Games Z escrita por Cherry Opal, Child of the Moon


Capítulo 25
My Ending?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente eu sei que realmente demorou, mas as aulas voltaram e eu deixei um pouco de lado e também queria fazer um final foda, ficou enorme então espero que não liguem pois avisei no penúltimo capitulo que esse ficaria grande, eu realmente espero que vocês tenham gostado da historia, para mim foi ótima escreve-la e também foi ótimo ver o apoio de vocês para me manter postando ela. Eu realmente espero que vocês tenham gostado da historia, dos acontecimentos e personagens.
De novo eu espero que vocês tenham gostado, comentem sobre o final, se puderem favoritem e recomendem e obrigado por tudo.
By:Le



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Eu não podia ficar chorando, eu não podia ficar presa nessa ilha e eu não deixaria que Jack saísse daqui vivo, dei um ultimo beijo em sua testa fria, eu não conseguia soltar ele, mas eu precisava, deixei seu corpo de lado, levantei e empunhei minha katana, não havia nenhum barulho ao meu redor, era como se todos tivessem morrido ou desaparecidos, não tinha um zumbi se quer a vista.

Era como se só eu estivesse lá, era como se tudo tivesse acabado, eu estava sozinha e eu não gostava de me sentir assim, minha cabeça começava a doer, e logo a dor intensa começou a passar para cada parte do meu corpo, caí no chão de tanta dor, minhas mãos com força se mantinham na cabeça, olhei para onde tinha aquele pequeno chip e ele brilhava intensamente e a minha veia aparecia a cada vez mais e ela parecia latejar cada vez, gritos escapavam de mim, meus pés espasmavam, eu não podia controlar o meu corpo, eu não queria perder o controle de mim, eu queria que tudo voltasse ao normal.

A dor foi aos poucos passando e eu me sentia tonta, minha cabeça ainda doía, eu tentei levantar, mas não tive força para isso, parecia que o mundo girava ao meu redor, tentava procurar a minha katana, encostei minha mão no cabo dela e a empunhei, a finquei no chão e tentei me levantar, mas senti um pé em minhas costas que me empurrou, caí no chão de novo sem forças para levantar, fiquei sentada em minhas pernas esperando que a tontura passasse, senti alguém puxar meu cabelo com força para trás e uma respiração lenta e calma podia ser sentida em meu pescoço, uma mão foi em direção ao meu rosto e o apertou, eu podia sentir seu corpo atrás de mim, nessa hora eu já esperava a minha morte, eu já rezava pela minha alma.

–-Você acha mesmo que eu deixaria você ir embora, se eu não ganhar isso, você não vai. —Jack dizia com uma voz alterada.

–-Eu não me importo de ganhar, a única coisa importante para mim é que você vá para o inferno. —Disse.

–-Sempre tão mal educada, sempre tão grossa, achei que tinha te ensinado alguma coisa da nossa relação.

–-A única coisa que eu aprendi com aquela relação foi que você é um total babaca que não deveria ter nascido.

–-Você tem sorte que eu estou muito machucado, se não você estaria morta agora.

–-E o que adiantaria de me matar, você não ganharia de qualquer jeito, todos de seu grupo estão mortos.

–-Mas sem um dos participantes o grupo já perde, não pode faltar ninguém, ou seja, seria morte certa para eles.

–-E qual o sentido deles morrerem, você vai viver o resto da sua vida aqui, sozinho, até que você morra de fome ou sede. —Falei sorrindo.

Depois de ter falado isso ele me empurrou com força no chão, virei em sua direção e levantei, andei calmamente em sua direção e soquei sua cara, depois que ele voltou seu rosto para mim eu pude sentir sua mão em minha barriga, eu tinha levado um soco, mas dessa vez eu não ia deixar barato, peguei seus braços puxei para baixo e dei uma joelhada em seu rosto.

Ele levantou desnorteado e me empurrou com força, caí no chão e bati a cabeça, ele veio ao meu lado deu o chute na minha cara, minha cabeça doía muito, levantei rápido e botei a mão no rosto e percebi que meu nariz estava sangrando, eu tinha que pensar em um jeito de matá-lo rápido, até que um galho pontiagudo me deu uma grande idéia.

Minha mão foi direto em seu rosto, com a força do tapa que eu dei ele cambaleou até a direção do galho, enquanto ele ainda se recuperava do tapa eu me preparei para correr e quando ele finalmente se recuperou eu corri em sua direção e o empurrei com toda força e quando senti a ponta do galho encostando no meu peito eu pare e olhei para ele, ainda parecia estar vivo, por sua boca escorria muito sangue, sua respiração estava falha e descompassada, ele olhou para mim com ódio antes de seu coração parar de bater.

Eu estava parada, sem reação, eu finalmente tinha acabado com a pessoa que me atormentou todos esses anos, mas agora eu pensava direito, valia à pena tirar a vida das pessoas para apenas ganhar um jogo, eu olhava para seu corpo morto sem reação, um pequeno feixe de luz passava pelas folhas das grandes arvores que havia ali iluminou algo no pescoço de Jack, o brilho daquilo ia direto para meus olhos, cheguei mais perto para ver o que brilhava tanto.

Tentava olhar, mas a luz ainda atrapalhava, passei minha mão por baixo da pequena coisa que reluzia, cheguei mais perto para ver e vi que era um pingente, mas não qualquer pingente era o pingente que Jack tinha me dado enquanto ainda namorávamos, apertei aquele pingente em minha mão e puxei com força, seu cordão arrebentou e ficou em minha mão, mil coisas vinham em minha cabeça, mas um som tirou minha atenção e era o som de um helicóptero vindo de longe, eu não sabia onde os meus companheiros de grupo estavam, mas eu tinha que achar eles rápido.

Meu coração batia rápido, pois eu estava correndo, eu tinha só uma chance e não podia desperdiçá-la, eu estava perdida, eu os procurava em todo lugar e o som de helicóptero parecia se aproximar então corri mais rápido, as vozes deles de longe me guiaram até a frente do prédio, só que o helicóptero parecia já estar perto do telhado eu corri para as escadas e tentava subir o mias rápido possível, eu estava ficando cansada e ofegante, mas não ia desistir de ir embora desse inferno, o som do helicóptero estava a cima de mim e escutava alguém gritando, tentei corre mais rápido, chegando no telhado o helicóptero já estava saindo e só uma escadinha de cordas se pendurava, peguei impulso corri e quando cheguei ao meio-fio do prédio pulei e tentei me agarrar na escada, quando minhas mãos tocaram a escada me senti aliviada.

Abri os olhos e comecei a subir a escada, parei um pouco e podia sentir o vento batendo no meu rosto, olhei para meu bolso e o cordão de Jack balançava com o vento, uma mão surgiu do helicóptero, agarrei com uma das minhas mãos e fiz uma força para subir todos meus amigos estavam aqui, eu sentei na beirada do helicóptero e segurei em uma barra de ferro que havia ali, Julia sentou um pouco atrás de mim e perguntou:

–-Cadê o Chris?

–-Morreu. —Respondi.

–-Leticia, eu não queria que nada disso acontecesse. —Falou ela.

–-Se não tivesse sido você a nos botar nisso, eu nunca teria conhecido ele.

–-Mas se não fosse por mim você não teria reencontrado o Jack.

–-Mas nesse ultimo encontro eu pude fazer uma coisa que lá fora eu nunca faria, então eu só tenho que agradecer você.

Ela me abraçou e voltou para onde estava sentada, o vento batia em meu rosto, eu nunca tinha pensado que poderia me livrar disso tudo, eu nunca pensei que tudo isso poderia acontecer, meus olhos chegavam a marejar quando lembrava tudo que passei, uma das minhas mãos se repousou onde estava guardado o cordão de Jack, olhei uma ultima vez para a ilha que agora já estava muito longe, eu tinha que esquecer de tudo isso, mas tinha que guardar os poucos momentos bons que eu tive, peguei o cordão de Jack e joguei no mar que estava a baixo de nós, olhei o bendito caindo até chegar ao mar, e eu espero nunca mais ver isso de novo.

A viagem demorou quando chegamos até a um heliporto tudo parecia estranho, não tinha ninguém lá, nem uma viva alma, saí do helicóptero com uma sensação estranha que alguma coisa estava errada, o grito de Julia me fez virar para ela que estava na mão de um segurança, desmaiada, antes de falar qualquer coisa eu senti uma pancada em minha cabeça, caí no chão com minha cabeça doendo, minha visão ficava turva até que uma hora eu apaguei.

Eu estava desacordada, mas podia escutar pessoas falando coisas como “Não adiantou nada.” ou “Precisamos manter eles aqui e fazer experimentos.” Ou também “Ela é a pior que tem, temos que manter ela isolada de todos os outros”, eu não sabia o que estava acontecendo, mas estava ficando muito assustada.

Acordei algumas horas, dias ou semanas depois, podia sentir que estava deitada em alguma coisa macia, meus olhos abriam devagar, olhei para todos os lados e apenas via um quarto todo branco, olhei para meu corpo e estava coberta por um fino lençol branco, ao meu lado direito tinha aquelas barras metálicas de hospital e em uma de suas pontas tinha apoiado um saquinho de soro que estava ligado por um cano pequeno de plástico até a minha veia, tirei o lençol de cima de mim e desci da cama, me apoiei na barra de metal que possuía rodas, andei até espelho e podia me olhar por inteira, estava pálida, as roupa que eu tinha ido para os jogos tinham sido trocadas por uma regata branca e uma leggin até os joelhos também branca, eu parecia destruída, olheiras profundas estavam a baixo dos meus olhos, eu estava estranha, minhas veias pareciam mais escuras que o normal, não sei se era por que eu estava muito pálida ou algum tipo de remédio desconhecido.

Não parecia ter ninguém ali comigo, rondei o quarto todo e vi uma porta que parecia estar grudada na parede, girava a maçaneta desesperada, mas nada parecia se move, olhei para a janela e via vários homens e mulheres de jalecos e mascaras em seus rostos, eu batia com força na porta e gritava sem para o mais alto que podia, mas nada adiantava, eu batia, batia mas mesmo assim eles não olhavam para mim, minha mão já estava doendo e eu não aguentava mais gritar, quando eu finalmente parei eles viraram para a minha direção e começaram a andar, eu na tinha para onde fugir, eu simplesmente sentei no chão e esperei que eles fossem embora, não sei qual era a espessura da porta mas eu pude escutar um deles dizendo a seguinte coisa “Ela finalmente acordou, devemos começar os testes”, seus passos e vozes foram ficando cada vez mais longe e eu me sentia mais preocupada com o que estava acontecendo.

Levantei rápido e tentava pensar em um jeito de fugir de lá, arranquei a agulha que levava o soro até a minha veia, eu sentia uma grande dor, mas era o único jeito, eu tinha que escolher o lugar certo para quebrar, era só uma chance, peguei a barra de metal e bati com toda força no espelho que minutos atrás eu tinha visto meu reflexo, o barulho de vidro quebrado entrava em meus ouvidos, era escuro, mas não um escuro de parede, era escuro como se uma se tivesse uma sala escura atrás do espelho.

Peguei o colchão do lugar em que eu estava deitada para poder passar para o outro lado sem me cortar, lá estava muito escuro, mas eu consegui achar um lugar para que eu pudesse me esconder, deixei a porta um pouco aberta para ver se alguém entraria na sala, alguns minutos depois um guarda entrou, ele quase fez um alarde, mas eu quebrei seu pescoço antes que alguém pudesse escutá-lo, vasculhei seu corpo atrás de alguma arma e em seu coldre havia uma pistola, peguei-a e sai da sala, comecei a correr e me escondi atrás de uma pilastra.

Um homem passou correndo ao meu lado, mas nem me viu, quando ele chegou perto do grupo de cientistas e começou a gritar que o experimento um tinha fugido, eles perguntavam como e logo ele falou que tinha quebrado a janela e saiu pela sala escondida e que poderia estar armada, deduzi que eles estavam falando de mim, um dos cientistas correu em direção a uma alavanca vermelha, que desligou todas as luzes e apenas deixava uma luz vermelha piscando e um barulho de sirene, seguido por uma voz falando “Alerta, alerta, experimento perdido, todos em seus postos, começar a manobra de caça, começar a manobra de caça.” E então a sirene voltou.

Corri para a minha esquerda para tentar procurar meus amigos e tentar fugir dali, as luzes piscantes pioravam toda a cena, eu não ia deixar que prendessem de novo eu ia fugir, iria sobreviver de novo e contaria a todos como eu sobrevivi.


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