POV Percy

Antes do pior dia da minha vida começar, eu estava em uma das bases estrategicamente montadas perto do Domo, nos campo que um dia foram as plantações da Amizade, a maioria dos soldados e habitantes que estavam naquela região, haviam ido para o centro da cidade, ou para o baile, ou para alguma outra festa que estava tendo naquela região, já era meia-noite.

Eu preferia ficar aqui, sozinho, precisava pensar, planejar e esfriar a cabeça, os últimos dias tem sido tão estressantes, a expectativa era que Pain taria om ele um exercito de monstro e outras coisas terríveis, nó sabíamos que ele ia vir, mas o problema era saber quando ele viria e era isso o que me incomodava, eu não aguentava mais esperar por ele vir, eu não queria viver nessa expectativa, isso estava me enlouquecendo aos poucos.

Eu tinha nas mãos um dos livros que contavam a minha historia, o nome desse era “Sangue do Olimpo” e supostamente era para contar o desfecho da guerra dos Gigantes, mas o final estava... diferente. Nele o final parecia mais colorido, nós vencíamos e não perdíamos nenhum amigo, Reyna e Leo sobreviviam nele, mas a realidade era outra. O estranho era que todos os outros livros sobre mim que eu havia lido contavam a história exatamente como ela foi, menos esse.

Coloquei o livro na mesa, se eu tentasse entender mais uma vez o que estava acontecendo naquela merda de mundo, eu enlouqueceria mais ainda e eu não precisava de mais problemas para mim, era como Annabeth sempre dizia para mim: “Resolva um problema de cada vez, se tentar resolver todos de uma vez só, acabará não resolvendo nenhum”.

– Percy! – Alec Lightwood chegou me dando um susto, ele era assustadoramente parecido com Max, seu irmão, que eu conheci algum tempo atrás, inclusive fui responsável pela morte dele. Alec vestia uma roupa social e rafava como se tivesse corrido o caminho todo do centro de Chicago até aqui – Aconteceu uma coisa, nós temos um problema.

– Um problema? Que tipo de problema? – Perguntei começando a ficar agitado, parecia que meu TDAH estava mais forte nos últimos dias, eu estava muito agitado.

Alec tomou fôlego – Lá no baile, aconteceu uma coisa, alguém bateu na cabeça de Annabeth e ela desmaiou.

Meu coração começou a bater um pouco mais forte – E como ela está? Annabeth está bem?

– Sim, ela está bem, o baque fez um corte na cabeça dela, mas já fizeram um curativo nela e Annabeth está passando bem – Alec falou e um alívio percorreu por mim, mas não durou muito – Mas o problema é o que aconteceu com a pessoa que estava com Annabeth.

Uma pontada de irritação surgiu em mim, Alec estava enrolando – Alec, me conta logo o que está acontecendo.

Alec engoliu em seco – A pessoa que bateu na cabeça de Annabeth foi Nico e ele sequestrou Samantha.

Ótimo, era tudo o que eu precisava naquele momento, que a mãe do meu filho fosse sequestrada por um psicopata que era apaixonado por mim e que aliás, já foi meu amigo, era tudo o que eu precisava. Me sentei em uma cadeira e coloquei minhas mãos na cabeça, por que isso estava acontecendo justo agora, eu sabia que Nico ia atacar, mas por que agora?

– Há outra coisa que aconteceu – Alec falou e ele parecia especialmente cauteloso – Annabeth contou que a bolsa de Samantha estreou – Olhei sem entender para ele – Ela entrou em trabalho de parto.

Havia um copo de vidro com água em cima da mesa que ficava na cabana que servia de base, quando eu finalmente entendi o que Alec estava dizendo, o copo explodiu, Alec deu dois passos para trás pego de surpresa, meus ouvidos zumbiam, a raiva em mim havia aumentado. Meu filho estava nascendo e a única pessoa que podia cuidar dele, era alguém que me queria morto.

Houve barulho de passos e pessoas chegando e logo vi Jason, Tobias e Jonathan entrando com expressões preocupadas no rosto, eu ainda não tinha ouvido o que eles queriam me dizer, mas eu tinha uma noção do que era, por que se Samantha realmente esta perto de dar á luz, então...

– Percy, você precisa ver isso – Jason falou obviamente assustado – Eles chegaram.

Bom, eu estava certo. Quando eu saí da cabana eu comecei a ouvir os rugidos raivosos, o Domo podia impedir qualquer coisa de entrar e sair, mas nas últimas semanas sons poderiam ser ouvidos do lado de fora. “Está perdendo magia e poder” disse um bruxo, o fato é que nós sabíamos que o que mantém o domo estava enfraquecendo e aquela parede invisível iria cair mais cedo ou mais tarde.

Havia algumas pessoas lá nas cabanas também, algumas já estavam vestidas com roupas de batalha, outras vestiam ternos e roupas formais, mas todos olhavam para a mesma direção, pro exército de monstro que deveriam estar uns 800 metros depois do Domo e eram muitos, muito mais do que se imaginava.

Parecia haver lá todo tipo de monstro que já existiu no universo, alguns fa miliares, que eu sabia ser monstro gregos e outros que eu desconhecia, haviam lobisomens, pessoas que pareciam ser normais, mas que eram definitivamente vampiros, monstros egípcios e tantas outras variedades de monstros que chegou a me dar dor de cabeça.

– Jason – falei chamando atenção do garoto – Acione o alarme de emergência agora, coloque o protocolo de guerra em ação, reúna os exércitos, coloque os onagros em posição, quero que divida os esquadrões, quero que lidere essa guerra.

Primeiro, ele me olhou sem parecer entender nada – Do que você está falando? –Ele me olhou mais uma vez e fez uma expressão amarga – E você? Onde vai estar?

– Olha eu preciso achar Sam, só eu posso ajudar ela, não posso lutar uma batalha sabendo que ela corre perigo, preciso ir atrás dela.

Jason suspirou – Finnick, Leo e Courtney já estão procurando por ela.

– Não importa, preciso ir procurá-la – Olhei para Jason e ele parecia estar chateado e também... com um pouco de medo – Olha, eu sei que é pedir demais, mas eu sei que você pode fazer isso, liderar um exército, já vi você fazer coisas incríveis, sei também que você é um ótimo líder, por isso eu preciso que você os lidere.

O garoto loiro me deu um longo olhar, ele era um ano mais novo que eu, mas havia vezes que parecia mais velho, mais parecido com o pai dele, Zeus, eu sabia que ali era o único que podia fazer isso, do jeito que deveria ser feito, eu confiava nele, nos últimos meses Jason tem ficado ao meu lado, treinando todos os possíveis guerreiros de Chicago. O garoto deu um longo suspiro e pareceu ceder.

– Vem cá, me dá um abraço – Ele me abraçou forte e rapidamente separou o abraço – Vai lá, vai ser o herói de novo, eu cuido das coisas por aqui, tenho bons soldados ao meu lado.

Fiz meu melhor sorriso irônico para ele e logo comecei a correr de volta para Chicago e não muito depois de ter saído das áreas das bases, eu pude ouvir a sirene que anunciava a guerra ecoar por todo o lugar. Aquele som tornou tudo mais real, era hoje que minha vida ia ser decidida, o que o resto das vidas de todos os habitantes desse mundo ia ser decidida, por que se Pain conseguisse executar seu plano, não era só eu que seria atingido, seria o mundo todo.

Eu não sabia onde por onde começar a procurar e nem sabia onde Finnick havia ido procurar, mas eu tinha um palpite, Finnick não é um dos melhores estrategistas do mundo, nem Leo, nem Courtney, então eu tinha uma aposta de que eles ainda não haviam partido.

Enquanto eu corria para o centro da cidade, pude ver varias pessoas indo de um lado para o outro, algumas indo para o lugar onde as bases estavam, outros indo em vários direções, a intenção era cobrir todos os flancos da cidade, impedir caso haja um ataque por trás, havia também algumas pessoas em cima dos prédios, arqueiros, bruxos e alguns magos egípcios, esses iriam cuidar dos céus.

Quem montou parte da estratégia foi Annabeth e Tobias, os dois haviam planejado quase tudo, acharam que seria melhor dividir as pessoas em esquadrões de acordo com suas habilidades e poderes, os dois trabalharam muito em tudo isso, ver Annabeth trabalhando assim quase me lembrava outros tempos.

Eu finalmente havia chegado no lugar que eu queria, o prédio da Erudição, o lugar já estava quase vazio, não era exatamente um lugar estratégico, ficava muito no centro da cidade e apesar de aqui ficar também o hospital, a maioria dos médicos foram movidos mais para a periferia da cidade, perto do Domo, para socorrer os feridos nas batalhas.

Subi alguns lances de degrau e logo cheguei no andar onde funcionava o hospital, como eu imaginei havia algumas pessoas ainda lá, bem poucas, vasculhei entre as macas de hospital para achar a pessoa que eu queria e não demorou muito para eu achar ela. Annabeth estava com uma faixa vermelha enrolada na cabeça na altura da testa, a faixa deveria ser para cobrir o ferimento, mas também parecia um adereço de guerra.

– Oi – Falei quando cheguei perto dela, eu sempre era cauteloso na hora de falar com Annabeth.

Ela levantou o olhar e parecia quase prestes a falhar – Me desculpa Percy, foi culpa minha, eu devia estar alerta para caso alguma coisa acontecesse, mas eu fui uma idiota e não percebi a aproximação de ninguém e...

Eu a abracei num impulso – Ei, não foi culpa sua, não há nada que você podia fazer, ok? Você sabe que Nico sempre foi perturbadoramente silencioso, não se culpe.

– Apesar de tudo, Samantha é uma garota legal, não merece ficar nas mãos de um psicopata – Annabeth falou enquanto afastava meu abraço.

– Eu sei, é por isso que eu preciso da sua ajuda Annabeth, preciso que me ajude a encontrar ela – Falei, eu sabia que precisaria da ajuda dela.

Ela me deu um longo olhar, eu me perguntava se ela depois de tudo o que eu havia feito, depois de toda a traição, ainda me ajudaria? Eu também pensava em como aquela ideia era estúpida, ela havia acabado de receber uma pancada na cabeça, levar ela para uma possível batalha não era a melhor das ideias, mas eu sabia que precisava de Annabeth, sempre precisei.

– Bom, se é pra ela ir, é melhor ir todos nós juntos – Uma voz familiar falou e quando me virei vi Finnick com uma pesada na mão, atrás dele estava Leo e Courtney, que geralmente se parecia com uma supermodelo, mas hoje estava vestida como uma guerreira – Dizem que a união faz a força.

Annabeth deu um sorriso de lado – Acho que nós temos alguém para salvar, não é? – Ela se colocou em pé e retirou uma espada de debaixo da maca – É melhor irmos logo, estamos perdendo tempo.

– Espera, você vai me ajudar? – Perguntei abismado.

Annabeth bufou – Não é por você, é por Samantha.

Revirei os olhos – Eu meio que já imaginava que essa era a resposta – E depois me voltei para Finnick – E você por que não está procurando Sam?

– Não me olhe como se eu fosse um irresponsável ok? Nós estávamos procurando, só voltamos por que precisávamos de Annabeth, já vasculhamos uma boa parte da cidade e nem sinal dela, há outras pessoas procurando por toda a cidade e nenhuma novidade – Finnick falou – E além do mais, Courtney acabou de lembrar de algo que pode nós ajudar a acha-la.

Olhei para a garota – E o que seria?

Antes de Courtney falar, um tremor tomou conta do prédio, as luzes piscaram, os armários balançaram e caíram, as macas balançavam, tudo tremia como se tivesse num terremoto, então veio um som tão agudo que me fez dobrar os joelhos e segurar os ouvidos, uma dor imensa invadiu minha cabeça e tão rápido quanto esse som veio, ele foi embora.

Me levantei devagar e olhei ao redor, por uma janela vi que tudo ficou claro por um instante e depois escureceu de novo, era quase como se o sol tivesse dado um oi bem rápido e a noite tivesse expulsado ele por não tá no lugar certo.

– O que diabos aconteceu? – Courtney falou ainda com as mãos no ouvido.

Annabeth olhou assustada para mim – Acho que o Domo caiu, a guerra já começou.

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POV Jason

Todos os esquadrões já estavam em posição, todos os flancos da cidade já estavam cobertos, as barracas que antes eram nossas bases, agora estão todas desmontadas, em seu lugar estavam os enormes onagros que quase não ficaram prontos a tempo, para uma cidade com recurso limitados, nós havíamos feito um bom trabalho.

Os esquadrões foram divididos de acordo com suas habilidades, os bruxos eram liderados por Harry Potter e foram divididos em dois esquadrões, um que ficaria no topo dos prédios e um que ficaria no chão, os magos egípcios são liderados por um cara chamado Amós Kane e forma divididos do mesmo jeito que os bruxos, havia também os caçadores de sombras, liderados por Jonathan Morgenstern, esses foram divididos em três grupos, dois que protegeriam duas entradas da cidade e outro que atuariam na principal concentração de monstro, ou seja, bem aqui nesse lugar.

E claro, haviam os semideuses, gregos e romanos, iriam ser liderados por Percy, mas o filho de Poseidon acabou passando o bastão para mim e como se não bastasse ainda tinha me deixado no comando geral. Havia também o grupo de mortais, nenhuma habilidade mágica ou algo assim, mas alguns sabiam lutar e outros foram treinados, esses estavam espalhados por toda a cidade e eram liderados por Tobias Eaton e Tris Prior.

Jonathan se aproximou de mim – Recebi informações das outras entradas da cidade, parece que nenhum monstro ou algo do tipo apareceu por lá, não é uma estratégia muito boa concentrar todo seu exército em um só flanco, o que Pain está pensando?

– Ele não quer nos aniquilar, não agora, essa batalha toda só é uma distração, ele quer nos manter ocupados – Falei para ele.

Jonathan suspirou – Nos manter ocupado para ele não ter intervenções no plano dele.

Olhei para o garoto, Jonathan era provavelmente o caçador de sombras mais forte atualmente, era um exímio lutador e inumanamente rápido, mas isso fazia dele um alvo, para Pain completar o plano dele ele precisava do sangue de um caçador de sombras, de um semideus, de um tributo, de um divergente e de um bruxo, sem contar o sacrifício do filho de Samantha, aquela guerra era tudo por eles.

– Ei, vê se toma cuidado – Jonathan me olhava confuso enquanto eu falava – Você sabe, Pain pode estar atrás de você também.

Jonathan deu um daqueles sorrisos predatórios que ele tem – Se ele vier, ele vai ter que provar o gostinho da minha espada.

Antes de eu dar algum tipo de resposta, a terra começou a tremer, a superfície, antes invisível, do Domo começou a esbranquiçar, um som agudo ecoou nos meus ouvidos, então ele parou. A superfície do Domo já toda esbranquiçada começava a se desfazer, dando lugar ao céu escuro da noite de novo, as partículas do Domo caiam sobre nossas cabeças como se fosse uma chuva de teias de aranha.

– Preparem os Onagros! – gritei, quando percebi o que havia acontecido, o Domo havia se destruído, a batalha começaria agora.

Olhei para a direção onde estava o exército de Pain e a visão que eu tive foi totalmente assustadora, eram milhares de monstros correndo na minha direção, imagine você um exército de monstros sedentos por sangue vindo na sua direção e havia uma grande variedade deles.

– Atirem! – Eu gritei e quase no mesmo instante vi três projeteis de fogo sendo atirados em direção ao exército.

É claro que a explosão que os projéteis fizeram não abateu todos, mas diminui o numero de monstros e deixou alguns confusos e desorientados, mas mesmo assim havia uma boa quantidade deles ainda vindo em minha direção. Novos projéteis começavam a ser preparados, mas eu sabia que não daria tempo.

Frank Zhang veio ao meu lado – Quem diria hein? Nós lutando juntos de novo, parece até o destino.

Hazel Levesque chegou logo depois dele – Não sei se eu gosto muito desse “Vale a pena viver de novo”, mas eu fico feliz de estar ao lado de vocês nisso.

Olhei para os dois, Frank e Hazel haviam mudado desde os tempos no Argo II, aquele lugar também havia provocado uma mudança neles. Eu quase pude imaginar que estávamos no Argo novamente lutando lado a lado, mas a realidade era que Percy, Leo e Annabeth estavam em missão suicida agora mesmo e Piper, ela já não estava mais entre nós. As coisas mudam, mas a amizade e o amor nunca acabam.

– Por Piper! – Gritei, Hazel e Frank logo gritaram também, e depois eu pude ouvir outras pessoas fazendo seus próprios gritos de guerra, lutando por pessoas que eles perderam, no final todos eles tinham algo em comum, alguém para honrar, alguém para defender, no final era tudo sobre defender aqueles que amamos.

Então eu avancei contra o primeiro monstro, era um ciclope e ele não teve mais que dois segundos de glória, eu desferi um golpe contra a perna dele e outro na barriga e ele explodiu em pó dourado. O segundo monstro teve um pouquinho a mais de sorte, ele durou mais tempo e tenho quase certeza que era um cão infernal, não conseguir distinguir.

Eu continue cortando e matando monstros quase como se eu tivesse no mod automático, eu não sabia como, mas eu sabia que meus amigos tambéme estavam tendo sucesso em suas lutas, pude ver também mais disparados dos onagros e até de algumas balistas, em um determinado momento, fui cercado por quatro dracanaes, invoquei um raio dos céus e ele desceu até minha espada e fios de ondas azuis elétricas atingiram os monstros os transformando em cinzas.

Ouvi um grito de algum lugar, um grito humano, mas eu não conseguia ver de onde ele havia vindo, eu só sabia que alguém havia sido pego e talvez morto, eu não podia pensar nisso agora, eu tinha que me concentrar na batalha. Então outro grito ecoou pelo campo, outra pessoa morta.

Merda! Eu não podia deixar que pessoas que eu amava acabassem mortas, tentei encontrar um rosto conhecido pela multidão, mas eu não achava ninguém e se um dos mortos fosse algum amigo meu. No momento que eu estava distraído, um ciclope avançou em mim e eu quase fui pego, mas um dragão se jogou em cima dele, interceptando o ataque. O dragão mordeu o pescoço do ciclope com tanta força que foi o suficiente para tirar parte da carne do ciclope e logo depois ele desmontou em pó dourado.

O dragão se voltou para mim e eu me preparava para a luta, mas então a forma do dragão começou a mudar e logo eu pude respirar aliviado, era Frank que havia se transformado em um dragão. Ele começou a correr na minha direção.

– Isso o que você fez foi bem nojento – Falei quando ele havia se aproximado.

Frank fez uma expressão de bulldog, ou seja, mal-humorada – Eu não sei o que deu em mim, eu meio que fiz as coisas no automático, é quase como se eu tivesse recebido a benção de Ares de novo – Ele então olhou sério para mim – Você também tem sentido isso, não tem? A presença dos deuses, como se eles tivessem voltado.

Assenti – Tenho, faz alguns meses que eu tenho sentido eles, mas até onde eu sei Pain deixa todas as criaturas divinas presos em algumas espécie de presídio.

– Você esqueceu-se do que Percy nos contou? Sobre Cronos? – Frank falou – Ele também escapou dessa prisão, talvez os deuses tenham conseguido também certo?

– Se eles conseguiram escapar, espero que nos ajude com isso tudo, sinto que Pain ainda não mostrou a cartada final, isso daqui é só o começo – Falei enquanto eu girava a espada nas mãos.

Ouvi um rugido vindo de trás de mim e quando me virei vi uma espécie de cobra demônio vindo em minha direção, aquele não era nenhum monstro que eu conhecia. Antes que ele me atingisse, alguma coisa o jogou para o lado o desviando da rota, era Jonathan que havia se jogado contra o monstro e o derrubado, ele então se levantou rápido e deu um golpe no monstro com uma espécie de espada brilhante, a cobra demônio se desfez em pó negro.

– Cuidado! – Jonathan gritou quando desviou o olhar para mim.

Ele gritou tarde demais, um lestrigão carregava uma lança e jogava contra mim, Frank me jogou para o lado e a lança o atingiu bem na garganta, ele caiu morto no chão e sangue jorrava de onde a lança havia atingido ele, eu havia ficado chocado demais com o que havia acontecido, senti meu corpo todo começar a tremer e eu não sei quanto tempo eu passei ali, só acordei do meu torpor quando eu ouvi outro grito.

Dessa vez era Hazel, ela havia visto o corpo de Frank e olhava para ele com lágrimas nos olhos, mas aquele momento também a havia condenado, pois quando ela ficou parada, um cão infernal avançou e abocanhou a cabeça dela, a violência com que o monstro a mordeu foi tão grande que foi o suficiente para separar a cabeça dela do corpo.

– Não! – Foi a única coisa que eu pude gritar entre as lágrimas.