POV Percy

– O quê?! – Samantha gritou, eu encolhi os ombros um pouco assustado, confesso – Como eles podem ser tão burros?

Suspirei, era a quarta vez que eu ia falar a mesma coisa para ela – Sam, eles estão desesperados, eles vão acreditar em qualquer coisa mesmo que pareça óbvia demais.

As coisas em Chicago haviam piorado muito nas últimas horas, ainda mais para Samantha Jenner. Ela já estava sendo acusada da morte de Piper e Max, mas agora surgi novas acusações para ela, Valetim a acusou de terrorismo contra ele próprio e também ainda havia o fato de que todos acreditavam que ela era “A”, traduzindo, as coisas não estavam nada bem para ela.

Ontem, quando havíamos encontrado tantas coisas relacionados a Samantha e de ela ser possivelmente “A”, a primeira coisa que eu fiz foi desconfiar, estava obvio demais, “A” era esperto demais para simplesmente nos deixar saber qual é a sua identidade e sair vivo disso. Tudo ali cheirava a armadilha, o exame de gravidez de Samantha (Não é como se existisse clínicas que fazem exames enquanto o fim do mundo está acontecendo), a carta deixada por “A” e a explosão que pareceu que era mais para nos assustar.

Infelizmente os meus amigos pareceram não perceber isso, Tris e os outros acreditaram praticamente na hora, é claro, eu estava falando das pessoas que acharam que Calipso era “A” (Bom, ela meio que era), eles já estavam desesperados para descobrir a identidade de “A”. Então hoje de manhã, Samantha me deixou uma mensagem pedindo para encontrar ela nessa escola abandonada que ficava bem longe da parte habitada da cidade. E aqui estava eu explicando toda a história para ela.

– Mas que merda! – Ela exclamou – Será que ninguém me viu passar o inferno nas mãos de “A”? Será que ninguém viu aquele idiota do Robert colocar aquele a minha mãe em um caixão? Será que eles acham que eu seria... – Ela parou, sua voz falhou, os olhos dela estavam úmidos.

Envolvi-a com um abraço – Eu já falei que mortais só veem o que eles querem? Não ligue para isso, a gente vai dar um jeito nisso – Então eu me afastei dela – E não ajudou muito você ter sumido depois que Piper foi empurrada do prédio.

Samantha encolheu os ombros, envergonhada – Me desculpa, eu estava com medo, raiva, tristeza, não sei dizer o quê, só sei que eu queria correr e sair dali – Então ela levantou a cabeça – Eu só estou cansada disso tudo.

– Da próxima vez me prometa que não vai fugir ok? – Falei para ela, Samantha apenas bufou em resposta – Eu só quero que você fique protegida, esse que você está carregando é meu filho também.

– Eu sei, só não fique achando que por causa disso, eu preciso de você 24 horas por dia – Ela sorriu debochando – E então, eu soube que você e Annabeth brigaram, como está o relacionamento de vocês?

Suspirei pesadamente, meu relacionamento com Annabeth não andava nada bom já fazia alguns dias, parecia que Annabeth de repente havia ficado distante de mim e simplesmente pegado uma implicância enorme com Sam, sem mais nem menos. Ontem, depois da explosão, ela praticamente convenceu a todos que Samantha era mesmo “A” e ela tinha um jeito único de fazer as coisas terem sentido, mesmo quando não tem, eu amava e odiava isso nela.

– Acho que o melhor que eu tenho a fazer é contar para ela – Falei – Antes que “A” conte, não quero que ela saiba por outra pessoa.

Samantha suspirou – Você vai conseguir Percy, eu já te falei que irritantemente você e Annabeth sempre ficam juntos no final?

Bufei – Olha quem falou, a garota que acusou Annabeth de ser “A”.

– Ei, eu só estava desconfiada ok? Não se preocupe eu já tirei essa ideia da minha cabeça – Samantha fala, meio que se defendendo – É melhor você ir.

Assenti – Depois eu volto, Jonathan disse que vai vir aqui, você sabe que ele já quer executar o plano não é?

– Sei, acho que já está mais do que na hora de darmos um jeito nesse Domo, vai ser um problema a menos – Então ela pareceu pensar – E como está o Finnick?

– Numa escala de zero a dez? zero, ele não está nada bem essa história de você ser “A” só confundiu ele mais, ele ainda não acho Annie e para piorar a situação ele achou uma meia naquele falso esconderijo, era a meia do filho dele, eu acho que Finnick acredita que você seja “A”.

A expressão de Samantha murchou, ela de repente parecia bem mais velha e triste, estava óbvio que toda essa história atingiu ela como uma bomba, eu me repreendi mentalmente por ter contado à ela. Samantha não podia ter esse tipo de decepção, podia ser ruim para o bebê, talvez por esse motivo eu queria que Finnick ficasse longe dela, essa relação dos dois só estava apena machucando a eles mesmo.

Depois de me certificar de que Sam ficaria bem, eu me despedi dela e comecei a andar em direção a sede da Erudição, eu precisava ter uma conversa com Annabeth, mas eu me sentia inseguro quanto a isso, seria esse o melhor momento para contar a ela? Ou eu estaria indo dar um fim definitivo a minha relação com ela?

Tanta coisa se passava pela minha cabeça que eu percebi que quando eu cruzei a porta de entrada do prédio da sede da Erudição eu estava tremendo. Sentada em uns bancos no meio do salão estava Spencer Hastings, ela era uma das novas amigas de Annabeth, ela lia um livro, com um arrepio percebi que era o meu livro, “Percy Jackson & Os Olimpianos: A Maldição do Titã”, é estranho saber que sua vida está em livros e que as pessoas podem ler.

– Spencer – Falei chamando a atenção dela, Spencer pula de susto e quase derruba o livro – A Annabeth está lá em cima?

Spencer se recompõe – Está cima, mas cuidado, Malfoy está no prédio e se ele te pegar aqui, você já sabe não é?

Revirei os olhos – Ele é um idiota, não pode fazer nada.

Ela riu e eu acenei para ela e comecei a subir as escadas, uma peculiaridade sobre a sede da Erudição era que todo mundo usava as escadas mesmo que o elevador funcionasse, era bem difícil ver alguém usando o elevador.

Eu finalmente cheguei ao andar que eu pensava que era o dormitório de Annabeth, bom, pelo menos de acordo com as instruções de Samantha era esse mesmo. Em um determinado momento eu cruzei com Jonathan Morgenstern, ele apenas acenou para mim e entrou em um dormitório, eu ainda achava o garoto bem estranho, mas ele acreditava na Samantha e aparentemente ela acreditava nele também.

Eu finalmente havia chegado ao dormitório dela, a porta estava entreaberta, eu entrei devagar sem fazer barulho, Annabeth estava sentada em uma cama, ela tinha o que parecia se um papel do tipo A4, havia lágrimas nos olhos dela, foi quando ela percebeu que eu entrei o olhar que ela me dirigiu fez todo meu corpo amolecer, eu sabia que havia algo errado.

Annabeth se levantou e veio até mim, ela me deu o papel e eu li:

“Era uma vez um semideus chamado Percy Jackson e uma mortal chamada Samantha Jenner, em uma noite quente eles resolvem ir explorar a cidade e encontram um bar abandonado, eles acabam bebendo, papo vem e papo vai o clima esquenta e os dois se pegam no chão sujo daquele bar. Sabe qual o resultado disso? Percy vai ser pai de um filho que não é seu! Beijinhos, –A”

Minhas mãos tremiam enquanto eu lia aquela carta, não era desse jeito que eu queria que fosse, não era desse jeito que as coisas tinham que ser, eu abaixei a cabeça, naquele momento eu não tinha coragem de olhar para Annabeth.

– Annabeth... – Tentei falar, mas não consegui, parecia que tinha algo preso na minha garganta.

Quando eu tive a coragem de levantar a cabeça para olhar para Annabeth foi que eu senti o soco bem na minha boca, eu apenas fiquei tonto por um segundo, eu nem saí do lugar que eu estava, eu meio que já esperava por isso, levantei a cabeça de novo, os olhos de Annabeth estavam vermelhos, raiva deveria ser um dos motivos do estado dela.

– Um filho Percy? Um filho?! – Ela gritou – Como você pode fazer isso comigo?! – Ela avançou contra mim e começou a desferir tapas contra mim, eu apenas fiquei lá, aguentando cada tapa – Por que Percy?! Me diz! Você é um idota, um irresponsável!

Eu a segurei pelos braços – Só me deixa te explicar...

– Você não tem nada o que explicar – Annabeth gritou – Como você pode me trair? Eu achei que você me amava!

Apertei os braços – Mas eu te amo! Me desculpa Annabeth, eu sei que eu fui um idiota, um irresponsável, mas me perdoa!

Ela se desvencilhou de mim e me deu aquele olhar que te faz tremer e quer correr como um garotinho.

– Te perdoar? Me diz como eu faço isso? Eu não sei como fazer isso, ainda mais quando eu só sinto ódio de ti Percy – Ela falou, mantendo a expressão séria – Eu meio que desconfiava disso, mas eu nunca imaginei que você tinha... – Ela tentou encontrar a palavra, mas aparentemente não encontrava, então ela deu um longo suspirou – Eu nunca imaginei que você ia ter um filho, não tem jeito de perdoar isso Percy, eu só sinto nojo de você.

Foi então que ela passou por mim e saiu do dormitório, eu senti um vazo tão grande em mim que eu não conseguia encontrar palavras para descrever o que eu sentia, eu só sei que o que eu sentia era forte e estava me destruindo por dentro. Um bip soou, vindo do meu bolso, eu havia guardado o celular que eu havia encontrado. Eu peguei o celular e li a mensagem com as mãos tremendo.

“Pobre Percy, perdeu a sabidinha, mas não fica triste, você ainda tem o estranho do Nico, ele ainda gosta de você, bom, pelo menos por enquanto. Não se esqueça, você ainda tem que escolher entre os dois. Beijos, –A”

– Percy? – Eu me virei e dei de cara com Nico di Angelo, ele vestia calças pretas e sua habitual jaqueta de aviador, eu guardei o celular no bolso.

– Nico, o que aconteceu? – Perguntei – Como me encontrou?

Nico olhou para trás e depois se virou novamente para mim – Annabeth me disse que você estava aqui, por que ela estava chorando? – Ele perguntou – Ah, deixa para lá, eu vim aqui para te avidar que eu seu amigo acordou.

Franzi a testa – Quem?

– Harry Potter, ele acordou do coma.

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POV Harry

Gina. Eu corria atrás dela, em um túnel branco de luz que se estendia até o infinito, simplesmente parecia não ter um fim, eu só corria, corria o mais rápido que eu conseguia e mesmo depois de ter corrido muito tempo eu não sentia meus pés doerem, era estranho. Por mais que eu continuasse correndo atrás dela, ela se distanciava.

Sinto sua falta, eu queria gritar para ela, mas eu não sei se ela me ouviria. O rosto dela parecia em paz, ela mantinha os olhos fechado e um sorriso tímido, a camisa dela parecia ter uma mancha vermelha na barriga, então ela abriu os olhos e eu senti todo meu corpo arder em vida. Ela continuou sorrindo para mim e então começou a fazer um movimento com as mãos, era um movimento de Adeus, a boca dela se mexeu. Ela parecia dizer: adeus Harry.

Tudo ao meu redor começou a mudar, eu já não estava mais em um túnel branco, Gina também estava não estava lá. Eu estava em uma casa, para ser mais exato na sala da casa, parecia ser aquelas casas simples do estado de Kansas ou do Texas, olhei para a janela e vi campos verdes indo até onde eu não podia ver mais, cavalos, bois e vacas pastavam pelo lugar.

– Não! – Alguém gritou atrás de mim e eu me virei e dei de cara com uma mulher de cabelos pretos, olhos azuis-safiras e pele branca como a de um vampiro, ela pareceu não me notar – Você não pode levá-la!

Um homem de meia-idade com uma barriga protuberante apareceu com algo grande enrolado nos braços – Você não entende mulher, é a nossa vida que está em jogo, eu tenho que levar.

A mulher que parecia familiar carregava uma criança no colo, a criança tinha aproximadamente um ano, talvez mais, talvez menos, eu não sabia dizer e pelo tamanho e formato da barriga dela, a mulher já estava grávida de outro bebê. A criança que ela segurava tinha cabelos pretos longos e parecia ser uma menina, ela tinha olhos azuis como os da mãe.

– Por favor, não leve! – A mulher gritava com a criança ainda no colo – Nós podemos fugir, você sabe disso, ainda dá tempo!

O homem pareceu se irritar – Não! Eu vou leva-la e não há nada que você possa fazer.

Então homem saiu e fechou a porta atrás de si com força, a mulher desmoronou em uma cadeira e começou a chorar incontrolavelmente com a criança no colo, senti um aperto no coração, aquela era uma cena triste de se ver. A mulher se separou da criança e olhou para ela.

– Eu juro que vou proteger você, minha menina – A mulher pegou um colar que estava no seu pescoço e colocou no pescoço da criança – Um amigo meu me deu, é a Pedra da Ressurreição, mas não conte nada a ninguém, agora eu quero que esse colar esteja com você e que te proteja, assim como me protegeu Samantha – A mulher sorriu para a criança.

Com um arrepio, percebi que a criança de um ano, era Samantha Jenner e que a mulher que a segurava deveria ser a mãe dela, Ângela Jenner. Então, tudo ao meu redor começou a virar névoa e eu comecei a me sentir tonto, a última coisa que eu vi foi um sorriso estampado na cara da criança.

Quando eu acordei de novo, eu estava deitado em um quarto branco, havia alguns tubos saindo de mim e uma máquina fazia um bip bem chato, minha visão estava embaçada, mas estava melhorando a cada segundo que eu passava com os olhos abertos, olhei para o lado e vi uma garota de cabelos preto enrolados numa trança caindo no ombro e do lado dela, estava uma garota de cabelos loiros, eram Katniss e Tris.

Katniss quando me viu, soltou um grito – Harry! Você acordou! – Ela veio e me abraçou forte, senti uma dor enorme no meu corpo e soltei um quase grito, Katniss percebeu o que fez e rapidamente se afastou de mim – Me desculpa.

– Harry que bom que você acordou – Tris falou e me deu um beijo na testa, então ela se virou para alguém que não estava no meu campo de visão – Nico, por favor, você pode avisar para todo mundo que Harry acordou.

Ouvi a porta se abrir e fechar, Katniss se virou para mim – E então você está bem, senti alguma coisa, ou melhor, sente todas as partes do corpo.

– Não sei dizer, ainda estou meio tonto – Falei – O que aconteceu comigo?

Katniss e Tris se entreolharam tão rápido – Do que você se lembra Harry?

Franzi a testa – Eu lembro de ter ido para a festa de Valentim, ter passado algum tempo lá e depois disso... – Uma dor aguda atravessou minha cabeça, como se minha memoria além daquilo estivesse inacessível – Não lembro mais de nada.

Katniss e Tris se entreolharam de novo, aquilo me incomodou, as pessoas só se entreolham quando compartilham um segredo e sabe de uma coisa eu estava cansado de segredos, desde que “A” havia aparecido na minha vida, eu aprendi que segredos eram as coisas mais perigosas que podiam existir, por que com apenas algumas palavras, vidas poderiam ser destruídas.

– Me contem o que aconteceu – Falei com o tom de voz um pouco mais firme – Não me escondam nada, vocês duas estão agindo muito estranho.

– Harry, pode não ser muito bom cont...

Tris começou a falar, mas eu logo a cortei – Não, sem rodeios, me contem o que aconteceu!

Tris suspirou – Você está no hospital da Erudição, te colocaram aqui depois que a casa de Peeta e Katniss foi explodida, você estava dentro e ficou em coma nesses últimos dias, a explosão aconteceu depois da festa de Valentim.

– Tinha alguém comigo? – Perguntei, mesmo que detalhes daquela noite começassem a voltar na minha mente, eu vi um flash de cabelos ruivos.

Os lábios de Tris tremeram – Gina.

– E onde ela está?

Um silêncio mortal caiu naquela sala, parecia que tudo se calou justamente naquele momento, nem Tris, nem Katniss precisaram me falar a resposta, no fundo, eu já sabia qual era a resposta. Gina estava morta. Eu lembro de ter ouvido o grito dela naquela noite, eu também lembrava de sentir muito calor e de uma sombra se erguer sobre mim, mas eu não conseguia lembrar o resto.

Gina estava morta, o sentido dessa frase começava a fazer sentido na minha cabeça, bem devagar, eu comecei a entender tudo e uma dor tão forte se apoderou de mim, senti minha garganta arder e todos os órgãos do meu corpo reagir. Eu senti lágrimas escorrendo pela minha bochecha, eu não sei ao certo como eu comecei a chorar, mas eu estava.

E chorar é como um vício, você sempre quer derramar lágrimas, por que você quer que os outros ao seu redor sintam sua dor também. Chorar além de tudo é uma fora de se conformar com a dor que você sente. E como dói, nesse momento eu queria arrancar o coração do meu peito pra ver se toda essa dor diminuía.

Eu não sei quanto tempo levou, mas quando eu parei de chorar, Katniss e Gina ainda estavam lá, olhando para mim com lágrimas nos olhos também. Elas sentiram minha dor.

– Foi “A” que matou Gina? – Perguntei, minha voz saiu rouca.

Tris assentiu – Sim, foi “A”.

Uma queimação subiu pela minha garganta – Eu vou matar esse desgraçado ou essa desgraçada.

– Nós já sabemos quem é “A” – Katniss falou e Tris começou a balançar a cabeça, como se quisesse impedir ela, mas Katniss foi mais rápida – “A” é Samantha.

E mais uma vez desde que eu acordei eu recebi uma pancada no meu cérebro. Samantha? Isso não fazia sentido, simplesmente era uma ideia que meu cérebro não conseguia processar. Eu vi Samantha receber cartas de “A”, aliás, foi Robert como “A” que colocou o corpo da mãe dela em um caixão. Por que Samantha seria “A”?

– Foi ela que matou Gina, foi ela que matou Piper, a namorada de Jason e amiga de Leo e provavelmente ela era que mandava em Robert – Katniss falou rápido – É ela quem armou isso tudo, ela praticamente confessou.

– Por uma carta – Uma nova voz surgiu, eu olhei para a porta e vi Percy Jackson entrar por ela – Ninguém sabe se ao menos foi ela quem escreveu a carta, não há provas.

Katniss revirou – E aquele maldito exame de gravidez, Sam tem te enganado, ela não está grávida!

Percy se aproximou de mim e apertou minha mão em um cumprimento – E aí cara? Tá melhor? – Percy perguntou ignorando a afirmação de Katniss, eu assenti – Ótimo, eu sinto muito pela sua namorada, acho que essas duas já te contaram – Ele se aproximou mais e sussurrou – Sam não é “A”, é uma armadilha, você sabe que e verdade. Separar e conquistar.

Separar e conquistar. Uma estratégia muito utilizada em estratégias era separar os inimigos e conquistar cada grupo. Percy me deu uma piscadela, mas antes que ele se afastasse, eu o puxei.

– O que você sabe do passado de Sam? – Perguntei sussurrando.

Percy sussurrou de volta – O suficiente para saber que ela não é “A”.

Então ele se afastou. Ainda não fazia sentido Samantha ser “A”, mas ela sendo ou não, eu tinha que descobrir quem era “A”, por causa dela, dela ou seja lá o que for, que Gina morreu, eu tinha que fazer justiça por ela. Então o sonho que eu tive com a família de Sam voltou na minha mente, o sorriso dela como um bebê gravado na minha mente. Samantha poderia não ser “A”...

... Mas definitivamente havia algo de muito obscuro no passado dela.