POV Tris

– Isso não pode ser possível!

Essa era frase mais repetida por mim e por qualquer um dos meus amigos nos últimos minutos desde que nós vimos a mensagem de “A” gravada na parede. Valentim ficou louco com o que viu, mas até agora nenhum culpado para “aquela pichação” foi encontrado, é claro que para mim era mais que uma pichação, era uma ameaça clara. Eu não sei como, mas “A” estava de volta.

Agora todos que estavam presos (O que basicamente consistia nos meus amigos e aquele garoto de cabelos prateados que aparentemente conhecia Samantha, já que os dois estavam conversando), estavam em cima do palco em fila em frente às cinco mini colunas que sustentavam os potes, cada um representando uma facção, estava um pouco diferente do que da última vez que eu fiz, mas aí eu me lembrei que eu estava em uma Chicago diferente.

– Vocês acham que aquela mensagem era de “A” mesmo? – Katniss perguntou – Pode ser de algum outro “A” ou sei lá.

Suspirei – Quem mais saberia que a gente estava em Nova York? É óbvio que é de “A”.

– Mas como isso é possível – Finnick perguntou – Todos nós vimos Robert morrer certo? Robert não pode ter ressuscitado, não é simples assim ou é?

Samantha que tem estado quieta se pronunciou – Tá ok, Robert era “A”, mas isso não quer dizer que ele não tenha aliados ou algo assim, talvez ele só fosse um capacho do “A” verdadeiro.

– Grande pedaço de merda de Pégaso, você tá querendo dizer que o “A” que nos atormenta desde o início ainda está por aí e provavelmente está aqui em Chicago – Percy falou exasperado.

Samantha encolheu os ombros - É uma grande possibilidade, se tem uma coisa que eu aprendi é que “A” não morri tão facilmente.

Notei que enquanto Samantha falava Finnick havia abaixado a cabeça e pela expressão que Sam fazia ela havia percebido essa atitude. As coisas pareciam tensas entre eles, não só entre ela e Finnick, mas entre Percy e Sam também. Eu ainda me lembrava do que Robert havia falado há um mês atrás, Samantha estava esperando um filho de Percy, isso definitivamente abalou as estruturas entre os três.

Olhei para seção do auditório que era ocupado pelos integrantes da Audácia e vi Tobias, meu coração apertou, parecia que fazia milênios que eu não o via, era tão bom ver ele, Tobias sorriu e acenou, infelizmente nenhum integrante das facções poderia falar com os prisioneiros, a não ser que conseguisse uma autorização, o que aparente Tobias não havia conhecido.

Samantha se aproximou – Então aquele é o Quatro? – Ela perguntou e eu assenti – Uau, bem mais bonito do que eu imaginava – Ela franziu as sobrancelhas – Eu não sabia que ele tinha olhos azuis, tudo culpa daquelas malditas adaptações cinematográficas – Ela suspirou e depois deu um sorriso zombeteiro – Você quer que eu liste para você o número de piadas que eu fiz com o apelido “Quatro”?

Dei um olhar cortante para ela – Nem tente.

Samantha bufou – Vamos Beatrice, só por que nós estamos presos numa cidade comandada por um psicopata e ainda sendo perseguidos por um Stalker que parece estar em todo o lugar, isso não quer dizer que a gente não possa fazer uma piada de vez em quando.

Suspirei e olhei para o garoto ao lado de Samantha – E quem é seu novo acompanhante bonitão aí?

– Jonathan Morgenstern – Samantha falou – O irmão malvado de Clary – Ela falou com um sorriso zombeteiro – Quer dizer agora ele não é tão mal, mas sim é ele.

Jonathan seguia Valentim com os olhos e parecia querer esganá-lo ou esquarteja-lo, os olhos deles eram verdes como os de Clary, mas havia algo predatório no modo como ele olhava, Clary uma vez me disse que Jonathan (Ou Sebastian, que era como ele era conhecido) tinha a mesma beleza que um tubarão tinha antes de comer a presa, eu definitivamente concordava. Bonito e mortal.

Então Jonathan desviou o olhar de Valentim e olhou para Samantha, foi aí que eu vi a expressão dele mudar totalmente, era como ver um rato se transformando em um elefante, algo totalmente diferente, Jonathan olhava para Sam com algo parecido à devoção, olhava para ela como se fosse visse uma obra de arte espetacular e estivesse obcecado por ela. Samantha estava indiferente ao olhar dele.

Eu avisar que Samantha provavelmente enjaulou mais um coração para ela e nem tinha percebido isso, mas o microfone ressoou por todo o auditório, a cerimônia de escolha ia começar.

– Olá caros cidadãos de Chicago – Valentim disse com aquela voz que eu apenas alguns segundos consegui adquirir um nojo, e a voz dele nem era feia – Estamos aqui para celebrar a entrada de mais integrantes na nossa comunidade, como Chanceler dessa cidade, eu peço uma salva de aplausos para os nossos novos integrantes.

A plateia respondeu com um franca demonstrações de aplausos e felicidade, eles pareciam querer estar em qualquer outro lugar, nenhum deles pareciam estar felizes estando no lugar que estavam, mas eles eram mais numerosos, se não estavam felizes por que aceitavam estar nessa situação.

Valentim sorriu – Acredito que todos sabem como funciona a cerimônia de escolha, certo? – Ele perguntou e estendeu os braços como se desafiando alguém a responder, como ninguém o fez, ele mesmo respondeu – O novo integrante de Chicago tem que fazer um pequeno corte em algum lugar do corpo e despejar o sangue no recipiente que indica a facção para a qual quer ir. Simples não é?

Como sempre ninguém demonstrou reação nenhuma enquanto Valentim falava, ele pareceu se irritar com isso. Olhou para algum papel.

– Katniss Everdeen – Valentim praticamente rugiu o nome.

Katniss deu um passo a frente e então se moveu até o semicírculo que as cinco colunas que sustentavam os potes, ela pegou uma faca e cortou a palma da mão e dirigiu a mão em cima do pote com o símbolo da Abnegação, o sangue escorreu das mãos dela e caiu no pote, houve alguns aplausos e Katniss foi em direção aonde a seção da Abnegação, vi ela abraçando um rapaz de cabelos louros.

– Muito bom! – Valentim falou com entusiasmo – Harry Potter!

A mulher atrás de Valentim, Bellatrix, deu algumas risadinhas. Harry fez o mesmo ritual que Katniss havia feito, mas sua pairou por alguns segundos na Sinceridade, mas no fim ele escolheu Abnegação, ele se dirigiu até aquela seção do auditório e deu um abraço em Katniss, depois vi ele conversando com uma garota ruiva que julguei ser Gina Weasley.

Valentim remexeu nos papeis – Leo Valdez.

Leo fez o mesmo ritual dos outros, torci para que ele não tentasse fazer nenhuma gracinha e acabasse morto, ultimamente o humor de Leo estava mais negro do que o costume, Leo deu uma olhada nos potes algumas vezes e então ele levou sua mão até o pote com o símbolo da Amizade, ele sorriu e se foi até o lugar onde as pessoas da Amizade estavam sentadas.

– Tris Prior – Valentim falou e eu senti um arrepio passou por mim, minha hora havia chegado.

Lembrei-me de algum tempo atrás onde eu havia feito esse mesmo ritual (Com algumas diferenças) e eu havia escolhido Audácia em vez de Abnegação, aquela escolha mudou tudo na minha vida, mudou o modo como eu via as coisas e eu não tinha outra escolha a não ser Audácia de novo, lá eu poderia fazer a diferença de novo.

Cortei a palma da minha mão e a levei até o pote com o símbolo da Audácia esperei meu sangue cair no pote e depois me dirigi até a seção das arquibancadas em que a Audácia estava, meu coração bateu forte, quando eu vi Tobias sorrindo para mim e me esperando, eu não me aguentei e corri até ele e deu um abraço forte e apertado.

Ah! Como eu havia sentido falta das mãos fortes de Tobias nas minhas costas, como eu senti saudades do cheiro característico dele que só ele tinha, ele me afastou um pouco e me deu um grande beijo. E o gosto daqueles lábios eram como droga para mim, me deixava viciada.

– Hum... Tobias, é melhor vocês se afastarem um pouco, antes que aqueles capangas do Valentim prendam vocês – Um garoto que estava próximo de nós falou, ele era loiro e tinha olhos azuis da cor do céu, calmos e poderosos, havia algo na postura dele que indicava liderança.

Tobias se afastou de mim e revirou os olhos – Tris, esse é Jason Grace, apesar de ele ser chato assim, ele pode ser um ótimo amigo.

– Acho que eu já ouvi falar de você – Falei, me lembrando de uma conversa com Percy – Você é amigo de Percy, não é?

Jason assentiu e depois voltou a prestar atenção em Valentim, ele iria anunciar mais um nome.

– Samantha Jenner – O nome dela ressoou no auditório e fez-se um silêncio.

Sam se dirigiu até o semicírculo onde estava os potes e fez o mesmo ritual que os outros, a mão dela pairou sobre o pote da Audácia, mas para o meu alivio ela deixou o sangue cair no pote da Erudição. Sam estava grávida, Audácia só a faria perder o bebê. Samantha deu um olhar para Percy e Jonathan e depois m longo olhar para Finnick e então seguiu em direção à Erudição.

Valentim folheou alguns papeis – Finnick Odair.

Finnick fez a mesma coisa que todo mundo, cortou a mão e por alguns segundos ele parecia querer ir até a Erudição, mas no final optou pela Franqueza, ele deu um longo olhar para a seção da Erudição e depois seguiu seu caminho até a Franqueza.

– Jonathan Morgenstern – Valentim falou o nome dele como se tivesse nojo, a tensão entre Jonathan e Valentim era bem obvia.

Jonathan escolheu a Erudição, ele deu um meio sorriso e seguiu em direção até a seção da Erudição.

Valentim olhou para o nome no papel e sorriu – E por último, mas não menos importante. Percy Jackson.

O nome de Percy foi como um durex na boca de todos, ninguém se atreveu afalar e nem a respirar, Percy pareceu bem envergonhado, mas fez todo o ritual e por um minuto achei que ele fosse para a Erudição, mas no último instante ele escolheu a Audácia.

Um garoto ao meu lado engoliu em seco, olhei para o garoto e me senti desconfortável, o garoto tinha cabelos pretos grandes e bagunçados, usava um casaco que ele usava por cima das roupas da audácia. No momento em que Percy e o garoto trocaram um olhar eu senti a estática entre os dois, me aproximei de Tobias.

– Quem é aquele garoto? – Perguntei à ele.

Tobias olhou para o garoto e sua expressão se tornou um pouco estranha, indecifrável – Nico di Angelo.

Senti um arrepio na minha nuca e olhei para trás, não havia ninguém olhando para mim, mas eu ainda sentia a sensação de estar sendo vigiada. Tobias segurou minha mão, eu olhei para ele e me sentir feliz por estar perto dele novamente, mas eu também pensei em “A” e imaginei a mensagem que enviaria se me visse agora.

“Isso Tris! Quanto mais coisas que você reencontra, mas coisas eu vou poder tirar de você. –A”

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POV Samantha

– Obrigada.

Falei para Jonathan, assim que a cerimônia de escolha havia acabado. Acompanhávamos os integrantes da Erudição até o que eu achava que era sede da facção. As ruas estavam desertas, mas fora isso as ruas pareciam bastantes limpas, os prédios estavam todos ilesos, eu esperava que eu encontrasse uma Chicago Pós-apocalíptica, mas não era bem isso.

A cidade só estava bem vazia, mas eu também tinha que lembrar que essa não era a Chicago dos livros, afinal a cidade dos livros não tinha um Domo encobrindo ela e impedindo a entrada ou saída de pessoas. Ao longe vi algumas pessoas vestidas de preto correndo, talvez fosse o pessoal da Audácia.

– Obrigada pelo o quê? – Jonathan perguntou com um sorriso no rosto.

Sorri – Por vim para a mesma facção, eu teria odiado ficar sozinha.

– Então é dois – Ele falou – Eu teria odiado ficar sozinho.

Olhei para Jonathan, ele ainda sorria para mim, era incrível ter o achado, ele tem me ajudado muito nas últimas semanas e ele parece estar sempre disposto a fazer algo por mim e apesar de ele ter aquele jeito de predador, sempre quieto, quase não fazendo barulho enquanto andava, ele era extremamente dócil, mas toda vez que eu olhava pra ele, eu me perguntava se ainda não existia um pouco de Sebastian dentro dele.

– Como você se sentiu quando viu o seu pai? – Perguntei para ele – Você ficou com raiva?

Ele cerrou os punhos – Senti ódio, raiva, tudo junto em mim, eu queria mata-lo ali mesmo, mas eu percebi que isso era o que Sebastian faria, eu tenho que ser uma nova pessoa, eu não posso matar qualquer um só por que eu tenho ódio.

– Fico feliz que você pense assim – Falei olhando para ele. Jonathan corou e eu tive que me segurar para não rir, eu sempre esqueço que eu tenho esse poder sobre determinados meninos.

Pelo canto do olho, pude ver que alguém me observava atenta, era Annabeth, quando eu me virei para olhar para ela, a mesma se virou para frente. Annabeth estava ao lado de uma outra garota loira, a reconheci de uma foto que eu vi no covil de “A” em Manaus, era Spencer Hastings, ao lado dela havia um outro garoto que eu não conseguir reconhecer.

Em questão de minutos, estávamos em frente a um prédio de aproximadamente 50 andares ou mais, eu era péssima em matemática mesmo que fosse para contar quantos andares tinham um prédio. No hall de entrada do prédio, havia várias pessoas correndo de um lado para o outro, todas vestidas com roupas azuis.

– São todas de outro mundo – Perguntei para ninguém específico.

Spencer se virou – Não, a maioria só teve a falta de sorte de estar no lugar errado na hora errado, outros vieram parar aqui no dia D.

O “Dia D”, o dia em que Pain trouxe todo mundo para o mesmo mundo, ou seja, o mundo real. Em uma parede havia um retrato de um homem de meia idade com cabelos loiro-prateados como os de Jonathan, só que eram bem longos, sua expressão era de superioridade.

– Quem é aquele? – Jonathan perguntou.

Annabeth se virou para nós e deu um longo olhar para Jonathan – Lucius Malfoy, ele é um bruxo e líder da Erudição, mas um grande capanga de Valentim, pessoa totalmente desagradável. Na verdade a maioria das facções são lideradas por algum bruxo, com exceção de Amizade e Audácia.

Um garoto se virou para nós – Novatos vocês vêm comigo, é obrigação minha mostrar pra você o lugar. Meu nome é Caleb Prior.

– É parece que uma vez Erudição para sempre Erudição – Sussurrei para que o garoto na minha frente ouvisse.

Caleb nos levou para uma direção diferente da que os outros integrantes estava indo, nós entramos numa sala enorme que pela quantidade de prateleiras e livros que nelas tinham, era obviamente uma biblioteca, depois ele nos levou por mais andares e nos apresentou várias salas de informática, outra tinha vários líquidos estranhos e coloridos (Provavelmente era um dos vários laboratórios químico).

Depois fomos até alguns dos dormitórios, Caleb nos explicou que o toque de recolher era as 21:00 e que depois disso só poderia estar nos corredores quem tinha uma autorização, enquanto ele falava isso a carranca em seu rosto parecia ficar maior, ele parecia odiar essa “nova” Erudição.

Foi então num corredor que eu o vi. Lucius Malfoy estava acompanhado de dois guardas que provavelmente eram da Audácia, ele tinha uma expressão de superioridade que era terrivelmente irritante, era como olhar para Draco Malfoy, só que bem mais velho, ele passou por mim e me deu um longo olhar e depois avaliou Jonathan e seguiu caminho, depois Caleb pareceu se certificar que ele já havia indo embora.

Caleb suspirou – Odeio esse cara, ele nem é inteligente, Valentim só colocou ele no poder por que quer obter controle sobre tudo.

A pergunta que mais pairava no começo era se todo mundo estava tão insatisfeito com isso, por que simplesmente nãos e rebelavam? Acho que tudo era por causa do Domo, não adiantaria nada se rebelar se o domo ainda estaria ali.

– Aqui – Caleb apontou para uma porta e pediu para eu entrar – Esse vai ser o seu quarto.

Entrei e me deparei com um quarto muito parecido com o que eu ficava lá no Orfanato, mas a tinta da parede do branco era um branco desgastado, havia uma janela que estava oposta á porta, e em cada lado havia um beliche e dois armários do lado da porta.

Engoli em seco, Annabeth estava naquele quarto, Spencer também estava lá. Havia uma menina de pele escura como chocolate e cabelos da mesma cor, seus olhos eram dourados ou uma cor bem parecida, pelas características era Hazel Levesque. Caleb acenou para mim e para as outras meninas e encaminhou Jonathan para outro lugar. Jonathan deu um olhar deprimido para mim e seguiu Caleb.

Fez-se um silêncio terrivelmente constrangedor, eu fui até uma cama vazia e me deitei lá, mas eu ainda podia sentir as três garotas me avaliando, eu odiava ser olhada por muito tempo.

– Por que você mentiu? – Annabeth falou de repente cuspindo as palavras – Quando eu perguntei se você conhecia algum Percy, você disse que não conhecia nenhum, as essa manhã eu vi você abraçando ele.

Olhei para os olhos cinzentos de Annabeth, tudo o que diziam sobre eles era verdade, definitivamente autoritários e assustadores. Engoli em seco, eu não podia deixar Annabeth perceber que eu estava nervosa, eu não podia deixa-la fazer perguntas, ela era muito boa em apontar emoções nas pessoas, eu a conhecia, eu tinha que usar isso a meu favor.

– Não te interessa – Falei fingindo indiferença – Talvez Percy Jackson só precise dos braços de uma desconhecida.

Annabeth teve a reação exata que achei que ela teria, raiva e provavelmente uma vontade enorme de enfiar uma adaga no meu peito, mas isso era necessário. Ela desviou o olhar.

Depois disso o silêncio reinou no quarto, Annabeth saia e voltava várias vezes do quarto, sempre acompanhada de Spencer e Hazel, em um certo momento, eu adormeci. Eu não lembrava direito com o que eu havia sonhado, mas eu lembrava de estar em cima de um prédio e depois eu sentia mãos me empurrando e eu caindo em direção ao chão.

Eu acordei com o barulho de uma pancada, eu me levantei com um susto, olhei para os lados e percebi que ainda era noite e que nenhuma das meninas estava no quarto, o que era definitivamente estranho já que deveria passar da 00:00 noite, percebi que a pancada que eu ouvi foi da porta batendo. Me levantei rápido e abri a porta.

O corredor estava aparentemente vazio, no fim do corredor eu vi um flash de cabelos loiros dobrando para direita, corri até lá o mais silenciosamente que eu pude, mas quando cheguei no corredor, não havia nada, o corredor dobrava para a direita e esquerda e nenhum dos dois lados havia movimentação. Então eu notei um pequeno papel dobrado no chão, eu o peguei, desdobrei e li:

“Ei Finnick, quando você vai contar para Annie que você a traiu, você já sabe, se não contar, eu conto. –A”

Era uma mensagem de “A”, mas o estranho era que não era endereçada a mim e sim a Finnick, poderia “A” ter trocado as mensagens? Ou então “A” ter escrito isso e deixado cair no corredor, se isso for verdade, significa que “A” é da Erudição.

Isso também queria dizer que o inimigo estava próximo.