Novo Mundo escrita por rodrigostoll16


Capítulo 16
Festa do Pijama


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Não foi o melhor capítulo que eu escrevi, mas com certeza é o mais estranho e o mais creepy. Queria agradecer a Duda Salvatore Grey Herondale, Maah Nutella, pinktribute, Isa Valdez di Angelo, pietra, Marichagas, Babs, Regan Cahill9, Larissa Swann, Miss Malfoy, TordoPotter, ReDiAngelo, Julie Evil Queen, Arya Stark Di Angelo e A Valdez Carstairs di Angelo, nao preciso dizer o quanto amo ler os coments de vcs *---*
Bom, ta aí, mas é mais ou menos assim que eu imagino festas do pijama. boa leitura :)



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POV Samantha

Já passava da meia-noite quando eu terminei de comer o sanduíche que eu havia preparado, eu estava na cozinha sentada na mesa e olhando para o os pingos da chuva caindo do lado de fora. Levantei-me e lavei minhas mãos na pia da cozinha, já havia se passado dois dias desde que eu cheguei em Nova York.

Chegar aqui não foi fácil, custou um mapa de extrema importância e mesmo assim quando eu e meus amigos, Finnick e Percy, não sabíamos nem por onde começar a procurar, se não tivéssemos encontrado Leo e os outros, provavelmente ainda estaríamos perdidos. E claro, ainda havia a inesquecível noite do bar, algo que eu definitivamente queria esquecer.

Subi as escadas em direção ao quarto onde eu estava dormindo, quando uma mão tampa minha boca e me joga contra a parede.

– Shh – Diz uma voz no meu ouvido. Olhos verdes-claros entram na minha frente, ele tira a mão da minha boca e sorri.

– Finnick, você quer ser morto? – Eu falo para ele um pouco alto demais.

– Desculpa – Ele fala – Mas eu precisava fazer... algo com você.

Então ele me beija, sua mão vai até a minha cintura enquanto a outra segura sua rosto, ele prende meu corpo na parede e começa a me dar pequenas mordidas e beijos na minha garganta. Eu coloco minhas mãos em seu peito e então o afasto.

– O que foi? – Ele pergunta meio desapontado.

– Nada – Eu respondo – Só não estou no clima.

Ele suspira – Você está se sentindo bem?

Eu assinto.

– Ok, então – Ele fala e me dá um beijo na testa – É melhor a gente ir dormir.

Eu sorrio – É a primeira coisa inteligente que você fala em muito tempo.

– Ei, eu sou muito inteligente – Ele fala e me dá um rápido beijo e então se dirigi ao quarto.

Depois de alguns minutos no corredor, eu entro no meu quarto. As outras já estavam dormindo quando eu entrei lá, me deitei na minha cama que ficava ao lado da de Tris, coloquei o cobertor em cima de mim e olhei para o teto e fiquei pensando no que havia acontecido comigo nos últimos dois meses.

Eu havia conhecido personagens de livros que eu achava que era ficção, minha mãe desaparece e descubro que meu irmão além de estar vivo, é o responsável por tudo de ruim que está acontecendo comigo. Era muita coisa para se pensar. E o mais importante, será que depois de tudo isso eu ainda era a pessoa que eu costumava ser? E se eu fosse lá no fundo tão má quanto meu irmão?

Essas perguntas ficavam corroendo minha cabeça, desde que eu descobri a verdade sobre meu irmão, eu me sentia estranha, por que ele havia feito tudo isso? Eu tinha que encontrar ele e pedir explicações, eu sentia que eu precisava de respostas, eu precisava encontrar meu irmão.

Ouço uma batida na porta. Quem poderia ser a essa hora? Me levanto e abro a porta, Barbara, Pietra e Alice estavam paradas na porta me olhando ansiosamente.

– Ei – Alice fala – A gente pensou em chamar vocês para o nosso quarto.

Bárbara assentiu – É, nós estamos dando uma festa do pijama e queríamos que você e as outras fossem.

Olho para trás e vejo que as meninas ainda dormiam – Tris, Clary e Katniss ainda estão dormindo.

As três ficaram visivelmente desapontadas, mas logo voltaram a sorrir.

– Mas você ainda pode ir? – Pietra pergunta.

Eu penso um pouco, talvez uma festa do pijama seja o que eu realmente preciso agora, eu não me lembrava mais qual foi a última vez em que eu tive um dia normal, em que eu fui para casa de alguma amiga, era bom fazer algo normal para variar.

Eu confirmo com a cabeça – Ok, vamos lá.

Elas me levam para um quarto não muito longe do meu, quando entro lá vejo que é bem maior que os outros, havia nove camas espalhadas pelo quarto, as seis meninas do orfanato estavam sentadas em círculo no centro do quarto. Algumas conversavam entre si e outras faziam tranças nos cabelos. Quando me viram entrar, elas rapidamente pararam de falar quando me viram, Emanuelle se levantou.

– Cadê as outras? – Ela perguntou.

Alice suspirou – Estão dormindo.

As outras meninas ficaram um pouco desapontadas, eu me juntei ao círculo, o mesmo fizeram Pietra, Alice e Bárbara. Um silêncio estranho e desconfortável caiu sobre o quarto, as meninas pareciam desconfortáveis, então resolvi quebrar o silêncio.

– Então, todas vocês são órfãs? – Pergunto e rapidamente percebo o meu erro – É claro que são, vocês são de um orfanato. Desculpem-me por isso.

Tento achar outra coisa para falar, as meninas me olhavam com curiosidade o que me deixou bastante desconfortável.

– Então vocês moram no orfanato desde sempre? – Pergunto para elas – Nunca tiveram uma família.

Elas assentiram.

– Eu já tive uma família que ficou comigo por dois meses quando eu tinha oito anos – May falou – Mas não deu certo.

Ariana bufou – O mesmo comigo, eu tinha nove quando uma família me adotou, mas depois me devolveram, falaram que aprontava muito.

– Eu já passei por três famílias – Mariana falou – Nenhum deles me quiseram.

Ju suspirou – Todas nós já fomos rejeitadas.

Esther se remexeu – E já estamos muito velhas para ser adotadas, o mais provável é que nunca iremos conhecer uma família.

– Eu já tenho dezesseis para falar, daqui a dois anos alcanço a maioridade – Ariana fala – Se bem que do jeito que o mundo está, eu não sei se isso ainda tem importância.

Olho para cada uma delas, eu havia tido uma família, e ás vezes eu queria não ter, ainda mais a luz dos recentes acontecimentos. Mas como deveria não ter a oportunidade de ter uma família, de não poder levar o seus pais para suas apresentações na escola por que você na verdade não tem pais para levar.

– Vamos falar de outra coisa – Emanuelle fala – Vamos falar de meninos!

As outras garotas concordaram animadamente, aquilo me lembrava de quando e minhas duas melhores amigas, nos reunimos na minha cada e falava sobre os atores mais bonitos. Aquilo apertou meu coração, saber que eu não sei onde está as pessoas que eu conhecia antes e que eu nunca mais vou vê-las. Elas provavelmente estão mortas.

– E aí, o que vocês acharam do Percy? – Alice perguntou.

– Lindo! – Mariana exclamou.

Ju suspirou sonhadoramente – Muito pegável.

– Mas parece que ele é muito recatado – May falou.

Esther franziu a testa – Por que você diz isso?

– Por que eu ontem eu vi ele no banheiro de tolha e... – May falou, mas Pietra a interrompeu.

– Para tudo! – Ela falou – Você viu Percy Jackson de toalha? – May assentiu – E não nos contou? – May assentiu de novo.

Sorrio internamente, se eu falasse para elas o que eu já vi.

May continuou – Então quando ele me viu, ele saiu correndo, acho que ele não gosta de ser pego desprevenido.

– Definitivamente não – Falo pensativamente.

As outras garotas me olham com curiosidade.

Alice sorri – E então Samantha, você passou dois meses Percy e Finnick, você pegou eles ou mesmo deu só um beijinho?

– Não – Minto.

Depois disso, elas continuaram a conversar sobre garotos, quem elas já haviam beijado ou como foi o primeiro beijo delas, várias vezes Pietra deixava bem claro sua obsessão pelo namorado de Tris, um garoto chamado Tobias. Eu apenas ficava olhando e sorrindo.

Uma lembrança veio em minha cabeça involuntariamente, de um mês atrás, eu estavam no quarto do hotel em Manaus, Finnick já havia ido dormir, já havia se passado cinco dias desde que Hermione, Sadie e Anúbis haviam partido. Eu estava tentando arranjar um avião para ir o mais rápido possível para Nova York, apesar de vários protestos de Percy.

Era uma noite calma e quente, eu estava em minha cama, olhando para a tela do meu celular, havia uma foto minha e da minha mãe, nós estávamos em um restaurante em Buenos Aires nas férias. Sorri, eu sempre olhava essa foto quando eu ia dormir, era uma forma de me lembrar dela. Percy se sentou ao meu lado na cama.

– Ela é linda – Ele falou – Já sei para quem você puxou.

Eu sorrio – Não precisa falar o que todo população mundial já sabe.

Percy suspira – Eu também sinto falta da minha mãe e eu acho que assim como ela sua mãe está por aí sã e salva.

– Eu espero – Sussurro.

Ele se levanta – Ei! Vamos dar uma volta por aí, só para se distrair acho que nós precisamos de um pouco de distração.

Ele me ajuda a me levantar da cama e depois de uma colocar uma roupa mais apropriada para sair, o que inclui uma camisa laranja do Acampamento Meio-Sangue que eu havia ganhado de presente no meu aniversário de 16 anos e uma calça jeans, nós passeamos pela rua.

As ruas de Manaus estavam calmas e vazias, nenhum sinal de vida e havia poucas luzes ligadas nos prédios e nas casas. Logo chegamos numa rua comercial, cheia de lojas de roupa e móveis, passado mais algum tempo nós chegamos numa rua cheia de restaurantes. Um bar me chamou atenção.

– Será que ainda tem bebida? – Percy perguntou – Eu não acredito que eu vou dizer isso, mas acho que eu estou preparado para ter meu primeiro porre.

Eu sorrio – Parece abandonado, nós só vamos descobrir quando entrarmos.

Percy então se encaminha para a porta do bar e eu o sigo. Se eu soubesse o que ia acontecer naquele bar, eu teria pensado duas vezes antes de entrar, ou talvez não. Afasto a lembrança para longe e percebo que todas as meninas estavam me olhando, de novo (Por que todo mundo faz isso?).

– E então? – Bárbara pergunta.

Franzo as sobrancelhas – E então o quê?

Ariana revira os olhos – Samantha para a terra, nós estávamos perguntando se você queria brincar de esconde-esconde?

– Essa hora? – Pergunto – Mas não está muito tarde para isso?

– Mas é por isso mesmo – Bárbara fala – Quanto mais tarde, melhor.

Suspiro – Ok.

– Então você conta Bárbara – Esther fala – Foi você que deu a ideia, nada mais justo do que você contar.

Bárbara revirou os olhos – Ok então, vão se esconder, eu vou começar.

Ela ficou de frente para uma parede e começou a contar, as garotas saíram animadamente do quarto eu fui logo atrás. Algumas delas entravam em outros quartos e algumas outras seguiram até corredores do segundo andar bem próximo desci as escadas e fui direto para a lavanderia do orfanato, que ficava próximo à cozinha.

O lugar era cheio de Máquinas de lavar roupa e havia um cheiro de sabão em pó misturado com cheiro de roupa suja, desliguei as luzes e entrei num armário cheio de vassouras e que era cheio de poeira, fechei as portas e me encostei na parede.

Ótimo, aqui estou eu brincando de esconde-esconde enquanto o mundo estava sendo destruído aos poucos a minha volta. Ouvi passos e alguns risinhos de menina, depois pude ouvir o som de uma luz ser ligada e desligada, repetidas vezes.

Então ouvi mais passos e a porta da lavanderia ser aberta. Olhei pela fresta da porta e tentei ver alguma coisa, mas tudo ainda continuava escuro, quem quer estivesse entrado não havia ligado a luz. Ouvi os passos se aproximando e então pararam. O silencio continuou uns trinta segundos e então os passos se distanciaram, ouvi a porta sendo aberta e fechada.

Depois de dois minutos, resolvo sair do armário das vassouras, a lavanderia estava escura, mas havia um cheiro que não havia antes, um cheiro de algo perfumado, algo como baunilha. Vou até a porta e saio do lugar.

Lá fora estava vazio e silencioso, a chuva caia do lado de fora e trovões soavam pela noite, o orfanato parecia mais macabro do que estava a alguns minutos atrás. Ouvi alguns passos as minhas costas, mas quando me virei não havia ninguém, ouvi vozes sussurrando vindo de algum lugar lá em cima. Então fui para o hall de entrada e comecei a subir escadas.

Quando eu cheguei ao corredor eu reprimi um grito, havia sangue por todo o chão, nas paredes havia sangue no formato de mão, de repente os sussurros ficaram mais altos, eu andei pelo corredor, minhas mãos tremiam descontroladamente. Vários pensamentos vieram na minha cabeça e nenhum deles era bom.

– Meninas? – Falei num quase sussurro.

Continuei andado pelo corredor, o chã parecia ainda mais cheio de sangue e no final do corredor na parede oposta, havia uma mensagem que parecia ter sido escrita à sangue, me aproximei mais parar tentar ler. A mensagem, como eu pensei, estava escrita com sangue e dizia:

“Vadias como você Samantha, acabam em covas. –A”

Arfei, ouvi mais passos atrás de mim, me virei e não havia ninguém e percebi também que o sangue antes espalhado pelo chão e paredes havia desaparecido, me virei para a mensagem, mas ela havia sumido também.

Apoiei-me em uma parede, minhas mãos tremiam incontrolavelmente. Será que foi tudo um delírio? Ouvi mais passos ressoarem no corredor, olhei e dessa vez vi que era Ariana e Emanuelle correndo em minha direção. Suspirei aliviada, achei que estava ficando louca.

Elas estavam com rostos preocupados e pareciam com medo, logo percebi que havia alguma coisa muito errada.

– O que foi? – Perguntei – O que aconteceu?

Elas se entreolharam e engoliram em seco.

– Foi a Bárbara – Emanuelle falou – Ela desapareceu.


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Notas finais do capítulo

Desculpa Barbara (AKA Babs), mas eu fiz um sortei para saber qual das meninas iria sumir e deu vc, como eu disse esse capítulo foi meio estranho, até mesmo para mim kkkk Bom, comentem, deixe a opinião de vcs, favoritem, recomendem e espalhem entre os amigos. Na quinta, nos veremos de novo no mesmo horario entre as 16 e 17. Eu esqueci de colocar uma frase legal no capitulo anterior, aqui vai uma.
"Procure e acharás - O que não é procurado, não será encontrado"