Eu te odeio! Com amor, Quinn escrita por NallaTonks


Capítulo 9
Capítulo 9 - A Grande Noite


Notas iniciais do capítulo

Eu não entro aqui a tanto tempo que levei alguns segundos pra lembrar o que eu tinha que fazer para adicionar o capítulo.



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— Rachel?

Onde será que a Fabray estaria agora? Ela saiu muito brava depois da apresentação do coral. Stewart tinha passado mal por não comer direito. Ele alegou que tinha estado muito nervoso para se alimentar corretamente nos últimos dias. James e Cooper tiveram dificuldades em segurar a loira raivosa quando ela tentou avançar sobre o ruivo.

Era uma situação extremamente antiética, mas foi divertido.

— RACHEL!

— O QUE? Que foi?

— Você está muito distraída, filha. Mal tocou na comida. Aconteceu alguma coisa na escola hoje?

Mamãe parecia verdadeiramente preocupada. Papai… Bom, ele me olhava como se tivesse certeza eu estava aprontando.

— O que você fez? - Eu não disse?! Pra ele a culpa sempre é minha. Inacreditável.

— Por que eu tenho que ter feito alguma coisa?

— Porque eu conheço a filha terrorista que eu tenho.

— Terrorista? Mãe!

— Querido, deixa a menina em paz. Responda minha pergunta, Rachel.

Eu já disse que mamãe era sempre a voz da razão nessa família?

— Não foi nada. O coral fez uma apresentação para a escola hoje e um dos meninos passou mal. Mas ele está bem agora.

— Oh, é verdade. Você comentou que estava ajudando o coral no tempo livre. Afinal de contas, você não nos disse como está o Will.

Ai, droga!

— Aahh, eu não sei como ele está.

— Como não? Ele não é o professor do coral? - Meu pai finalmente largou o garfo. Mau sinal.

— Não, ele… Ele-ele foi… Substituído. - Minha voz foi sumindo.

Eu estou tão ferrada.

— Substituído por quem?

— Por uma professora. Ela é nova.

— Oh, qual o nome dela?

Merda, merda, merda, merda, merda.

— Quinn… - Eu tentei falar o mais baixo possível.

— O que? Querida, seu pai já está velho. Fale mais alto.

— Quinn. - Tarde demais pra sair correndo?

— Quinn? Esse nome é tão familiar. - Mamãe respondeu pensativa.

É agora que eles vão me matar.

— Jura? Eu nunca conheci ninguém com esse nome. Estranho para uma mulher, alias.

— Qual o sobrenome dela, filha? - Mamãe fez a pergunta que literalmente poderia mudar tudo.

— Hã? - Eu tinha absoluta certeza de que eu estava mais branca do que a Fabray.

— De que família ela é?

Por algum milagre que eu agradeceria a Deus pelo resto da minha vida meu celular começou a tocar na sala.

— Desculpe, mãe. Tenho que atender.

Se eu fugi da mesa mais rápido que uma bala? Hora, pelo amor de Deus. Obviamente.

Peguei meu celular dentro da bolsa sobre o sofá de corri até o meu quarto.

Depois de estar segura finalmente olhei para a tela do aparelho que continuava apitando.

Quinn F.

— Alô?

Olá, Rachel. Estava correndo?

— O que?

— Você está ofegante.

— Oh, é que eu estava fugindo dos meus pais.

— Por que?

— Ah, isso não vem ao caso. Como está?

Não. Não contei a ela que meus pais eram ignorantes quanto a nossa aproximação.

Veja eu ainda estava formando uma opinião sobre Quinn Fabray e digamos que ela não era muito comunicativa quando o assunto era, bem, ela.

— Entediada para falar a verdade. Quer jantar comigo?

Jantar?! Com ela?

— Jantar? Com você?

— Sim. Isto é, assumindo que você ainda não jantou.

Tecnicamente era verdade.

— Ainda não…

— Então… Você aceita?

Depois de meses essa era a primeira vez que Quinn e eu nos encontraríamos fora da escola.

Sozinhas.

— É claro.

Pensamentos puros. Pensamentos puros.

xXx

— Querida, aonde vai com tanta pressa? Você nem terminou de jantar.

Minha mãe reclamou quando passei praticamente voando pela sala. Ela e papai já estavam na sala vendo tv.

— Vou encontrar uma amiga do trabalho.

— Vestida assim, eu aposto que vai para um encontro.

Meu pai. O homem por trás dos momentos mais constrangedores da minha vida.

— O QUE? Não! É claro que não é um encontro. Decididamente não é um encontro, não poderia jamais ser um encontro. ISSO. NÃO. É. UM. ENCONTRO. Pai, você nojento.

— Amor, você deixou a nossa filha sem graça. Ela merece se divertir um pouco. Não se preocupe, Rae.

— Mãe… Não é um encontro.

— Não se preocupe, Rae. Você está uma gracinha. - Leroy Berry é um homem cruel.

— Uma… Gracinha? Urgh.

Depois desse comentário, absolutamente desnecessário, meu vestido azul que parava um pouco acima dos joelhos e as sapatilhas não pareciam mais uma boa ideia.

Quinze minutos depois eu passava pela sala, mais uma vez, tentando sair.

— Rae, você trocou de roupa. - Papai disse com um sorriso que quase lhe rasgava o rosto.

— Eu estou ignorando você.

Pelo som que meus pais faziam quando eu fechei a porta, eles estão se divertindo muito as minhas custas.

Hunf.

xXx

~ Quinn, estou esperando você na esquina. Cadê você? - Depois de sair de casa com o que me restou de dignidade, caminhei por alguns minutos até chegar no fim da quadra. A maior igreja de Lima ficava do outro lado da rua. A igreja que Russel e sua família frequentavam. Ainda não tinha entendido como meus pais ainda não haviam cruzado com os Fabray depois de tanto tempo.

~ Chegando. Porque está na rua? Eu disse que te buscaria em casa.

A mensagem chegou não muito depois que eu disse onde estava. Algo me dizia que ela havia ficado zangada pela minha atitude, mas eu não podia ariscar deixar meus pais verem Quinn Fabray me buscar na porta de casa. Eu não sabia que tipo de contato eles mantiveram durante os anos. E se mamãe tivesse visto uma foto recente de Quinn. Ela claramente sabia quem ela era. Foi pura sorte ela não ter ligado o nome à pessoa… Ainda.

~ Apenas venha. Estou faminta.

Ao mesmo tempo em que apertei a tecla de enviar no celular, o carro pata atontar na esquina. Meu conhecimento de carros é bem próximo de zero, mas eu com certeza conhecia o símbolo da Lexus. Caro era apelido para aquele carro. Ele gritava ‘eu sou podre de rica e quero que todos saibam’

— Filho de Fabray, um Fabray é…

O carro parou ao meu lado e a visão de Quinn Fabray vestindo jeans dos pés à cabeça saindo dele era demais pra mim.

Acho que desaprendi a respirar.

— Rachel. Obrigada por aceitar jantar comigo está noite. Você está linda.

Eu já sabia é claro, essa jardineira foi feita sob medida. Mas um elogio é sempre bem-vindo… Ainda mais vindo da deusa loira.

— Erh, obrigada, Quinn… Então, carro esporte, hã?

— O que? Não é um esporte, é quase um sedan.

— Oh, claro. - Como se eu soubesse a diferença. - Onde vamos jantar?

A diaba de olhos esverdeados me lançou um sorriso espetacular. Parecia o gato cheshire.

Vai ser uma longa noite.


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Notas finais do capítulo

Para os curiosos, o carro que na minha mente a Q teria é esse: http://www.ignitionlive.co.za/wp-content/uploads/2014/11/Lexus-CT-200h-Ignition-Live.jpg