Eu te odeio! Com amor, Quinn escrita por NallaTonks


Capítulo 5
Capítulo 5 - Tentação proibida




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Não é como se eu estivesse fugindo de Quinn Fabray. De jeito nenhum. Só porque definitivamente eu não estaria em qualquer lugar em que ela estivesse à vista eu estava fugindo? Não mesmo.

Rachel Berry não é covarde.

Já tinha alguns dias que nos encontramos e, com um pouco de habilidade da minha parte, ela não me viu desde então - não que eu possa dizer o mesmo, essa mulher parece ser um imã para meus olhos.

Mamãe e Papai não fazem ideia que ela também trabalha no McKinley. Imaginem só, papai me tiraria de lá nas costas se fosse preciso.

Minha semana de teste tinha acabado e eu me tornara oficialmente membro do corpo docente. Como Quinn.

O que me leva ao ponto inicial, trancada no meu quarto em um domingo à noite esperando o jantar: convencer a mim mesma de que Quinn Fabray não me afetava de maneira alguma.

E, de jeito nenhum, eu ainda tinha um diário onde estava escrevendo isso. É claro que não. Puff, tenho mais de vinte anos, por favor.

— Rae, o jantar está pronto. - Papai abriu a porta do quarto de uma só vez. Sem chance para alguma reação, tipo, esconder o diár- caderno. — Hey, você está escrevendo no seu diário de novo.

— Não é um diário, pai. É meu caderno de anotações. É onde planejo minhas aulas. - Ele tentou puxar o caderno da minha mão quando passei por ele para guardá-lo na cômoda. — Papai, não seja curioso. E não entre assim no quarto alheio, e se eu tivesse nua?

— Rae, você está falando com o cara que limpou o seu traseiro um milhão de vezes. Não há nada que me faça ficar mais traumatizado.

Não, definitivamente eu não precisava daquela imagem mental.

Como ele esperava que eu conseguisse comer depois disso?

— Como espera que eu consiga comer depois disso? Eca…

— Pode morrer de fome se quiser, mas sua mãe fez aquela macarronada especial que você adora.

Macarrão à la Corcoran.– Dissemos juntos.

Quinn Fabray e seu incrível magnetismo podiam esperar, eu tinha dois pratos de macarronada para devorar antes do papai - mamãe odiava que fizéssemos essas competições e sempre dizia que não iria ajudar ninguém quando um dos dois começasse a vomitar. Só aconteceu uma vez.

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Eu estava atrasada.

Muito, muito, muito.

Infinitamente atrasada.

Minha primeira aula era no primeiro horário da grade. A aula dos Gêmeos Monstros - batizados por mim.

Eu era uma pessoa de pouca sorte, sim ou claro?

Durante aquela primeira semana eu lecionei - obrigatoriamente - quatro vezes para a turma deles. Ricardo e Patrício Sanchês eram terroristas - não do tipo aprendizes, mas do tipo com PhD.

Favor não confundi-los com os adoráveis Gêmeos Weasley. Fred e Jorge são anjos perto deles.

Corri pelos corredores quase vazios e só parei faltando poucos metros para a sala correta. Tentei me acalmar respirando fundo e arrumando a bagunça que tinha se tornado meu cabelo.

Seja o que Deus quiser.

É só girar a maçaneta e entrar… E sair com vida.

— Bom dia, classe. Me desculpem pelo atraso. - Alguns alunos - os que estavam acordados - murmuraram um ‘bom dia’ e, sentados no fundo da sala, os gêmeos me receberam com um sorriso diabólico. Eles estão aprontando alguma.

Meus olhos não deixaram os monstros enquanto sentava cegamente na minha cadeira. Erro de principiante.

Balão de pum. Quanta criatividade.

A turma inteira - sim, os dorminhocos tinham que acordar nessa hora - começou a rir, os gêmeos estavam praticamente chorando. É muito ruim um professor desejar que seus alunos sufoquem até morrer? Não… Acho que não.

— Muito engraçado, pessoal. Muito engraçado.

Eu odeio segunda-feira.

Eu odeio os gêmeos.

Eu me odeio.

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Essa aula simplesmente não tinha fim.

Manter um mínimo de ordem era quase impossível com aqueles dois moleques intoleráveis fazem tudo para atrapalhar.

Quem eram os pais desses meninos? Será que eles tinham?

Naquele exato momento faltavam quinze minutos para o fim daquele tempo e, com muita dificuldade, eu tinha conseguido ter minar o conteúdo do dia. Agora eu agonizava na minha cadeira depois de desistir de tentar impedir as bolinhas de papel e outros objetos de voarem pela sala.

Eu quero ir embora.

— Com licença.

O que aconteceu a seguir foi a coisa mais impressionante que eu já tinha visto em toda a minha vida. No instante em que a figura elegante de Mika D’onahill entrou em minha sala, a turma inteira se calou. Até os gêmeos pareceram prender o ar ao notá-lo.

— Olá, Mika. Bom dia.

— Bom dia, senhorita Berry. Como está indo? - Mika sentou na borda da minha mesa e lançou um olhar para os alunos milagrosamente quietos.

— Estou bem. Me preparando para o segundo tempo. O que faz aqui? - Perguntei ainda espantada com seu efeito na turma. Inacreditável. Ele tinha que me ensinar isso.

— Vim para convidá-la para almoçar conosco hoje.

— Conosco?

— Sim, minha amiga e eu.

— Ah, tudo bem… Eu acho.

— Maravilha. Você vai adorá-la. Na verdade já deve conhecê-la, se chama Quinn Fabray. Até o almoço.

Mika se levantou e saiu casualmente como se não tivesse acabado de lançar um balde de gelo em minha cabeça - metaforicamente falando é claro. Será que os Monstros podem ouvir pensamentos? Tomara que não, não quero lhes ideias.

Almoçar com Quinn Fabray.

Todo o meu trabalho fugindo da maravilho- digo, da, daquela mulher foi em vão.

Tudo o eu não queria era ter que passar um tempo com ela.

Será que Mika ficaria chateado se eu desse um desculpa qualquer?

O sinal anunciando o fim daquele tempo - graças a Deus - soou interrompendo meus pensamentos.

Bom, eu ainda tinha algumas horas para pensar em uma maneira de fugir desse encontro.

Oi? Encontro? De onde isso veio? Não era um encontro e nunca seria. Nunca, não com ela.

Talvez - e esse era um ‘talvez’ beeem grande - ela poderia ser diferente do pai. Ela era professora de música, não era? Se ela fosse como Russell não estaria ensinando adolescentes.

Não, Rachel. Pare já com isso. Não arranje desculpas para inocentar Quinn. Ela pode ser a mulher mais bonita que você já viu. A mais charmosa também, e aquele sotaque muito sexy. Aquelas pernas eram bem sexy também…

É… Ela tem argumentos bem convincentes…

Mas nada disso é razão para confiar nela.

— Ah, desculpe?

— Oi? Que?

— Sua aula já acabou. - Uma professora que eu já tinha visto pelos corredores estava na porta da sala esperando que desocupasse a mesa.

— Ah, claro. Certo. - Recolhi minhas coisas e sai apressadamente de lá.

Jesus, essa Fabray já estava me dando problemas.

Está vendo, Rachel? Papai e mamãe estão certos: Fabrays são maus - especialmente a filha gostosa deles.


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