Eu te odeio! Com amor, Quinn escrita por NallaTonks
Notas iniciais do capítulo
Eu sei que faz semanas que estou devendo o capítulo novo de RTBM, mas, além de todas as coisas que me aconteceram, a criatividade foi embora sem deixar recado.Para não ficar sem postar nada, decide dar andamento nesse outro projeto. Espero que gostem.Ps.: o foco ainda é em Reasons to be Missed, assim que a inspiração para ela voltar.
Doze anos.
Finalmente estava em casa depois de doze anos.
— Rachel, querida, pode por favor não ficar parada ai e nos ajudar com a bagagem. - Mamãe reclamou. Eu estava, de fato, parada em pé na frente da nossa antiga casa, em Lima.
Lar doce, lar.
— Mal posso esperar para trabalhar no McKinley, mamãe. Os melhores anos da minha infância foram lá. Acha que vou encontrar algum amigo daquela época? - Disse com dificuldade tentando tirar uma mala pesada do carro.
— Eu fico com essa, Rae. Pegue suas caixas e deixe na sala. - Papai voltou depois de entrar em casa equilibrando varias malas pesadas.
— Acho que é bem possível, querida. - Mamãe respondeu levando algumas caixas para dentro comigo. — Ainda não acredito que meu bebê é a nova professora do melhor colégio da cidade.
— Mamãe! Não sou mais criança, tenho vinte e quatro anos, lembra?
— Você será sempre nossa bebê, Rae. - Papai apareceu com mais malas.
Quantas malas nos trouxemos?
— Quantas malas nos trouxemos?
— Muitas, Rae. Agradeça à sua mãe por ter mandado o caminhão com a maior parte das malas e móveis antes de nos virmos. Não terminaríamos essa mudança nunca se eles viessem hoje.
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— Caramba, ainda bem que a faxineira vinha uma vez por semana. Não quero nem imaginar quanto tempo levaria se tivéssemos que limpar doze anos de poeira. - Me joguei no grande e confortável sofá de couro sintético da enorme sala.
Estava exausta de limpar a casa por quase quatro horas.
— O que? Fizemos todo o trabalho pesado, mocinha. - Meu pai, todo sujo de poeira, exclamou indignado.
Ora, não é culpa minha se ele não me deixou fazer quase nada.
— Tudo bem, crianças, já chega. O que acham de pedirmos o almoço por telefone? - Mamãe sempre foi a voz da razão na família.
— Parece ótimo. - Papai e eu dissemos juntos.
Algum tempo depois, de banho tomado, nos três estávamos na mesa jantar apreciando uma deliciosa macarronada à bolonhesa. A conversa girava em torno das expectativas à respeito da mudança. Mamãe pretendia procurar algum espaço à venda para montar a tão sonhada floricultura. Papai ainda estava em êxtase pela promoção. Era o mais novo diretor de vendas de uma rede supermercados, foi assim que conseguiu a transferência para Lima. E eu tinha estado na cidade uma semana antes, para uma entrevista de emprego na minha antiga escola. Três dias atrás recebi a notícia de que era oficialmente a mais nova professora de Inglês.
Estava tudo perfeito e amanhã começaríamos, definitivamente, a viver em Lima.
Como era bom estar em casa.
CINCO QUADRAS DISTANTES - MANSÃO FABRAY
— Não acredito que eles tiveram coragem de colocar os pés na minha cidade outra vez. - Russel Fabray deu um soco na mesa fazendo os copos e talheres saltarem. A pele extremamente branca estava quase roxa de raiva.
— Russel, querido, acalme-se. - Judy tentou tocar o ombro do marido, mas o mesmo repeliu o toque.
— Como você espera que eu me acalme sabendo que aquela gente voltou à infectar o bairro? - Ele respirou fundo antes de olhar em minha direção. — Quinn, minha filha, apesar deste infeliz acontecimento, é chegada à hora que tanto esperamos. Eu soube que aquela criatura que eles criam como filha será professora na sua antiga escola. - Ele praticamente cuspiu as palavras ao falar dos Berry. — Eu andei falando com alguns conhecidos e consegui que você fosse contratada.
— Meu pai, não querendo interromper, muito menos contra dizê-lo, mas não tenho formação de professora. Me formei em contabilidade e sou uma pianista. Não vejo como posso ensinar algo. — Escolhi cautelosamente cada palavra. Uma frase mal colocada poderia me custar muito e de maneira alguma queria deixar Russel mais irritado do que já estava.
— Eu sei. - Ele gritou. — Você fazer uso dessa porcaria de piano que eu não permiti que você estudasse e vai ensinar aqueles delinquentes do clube do coral. Está na hora de colocar em pratica tudo o que lhe ensinei nesses anos.
— Sim, meu pai. Eu farei justiça. - Os Berry não faziam ideia do que os esperava. Eles iriam pagar por tudo o que nos fizeram.
— Acho bom, Quinn. Cuide deles direito, ou então eu cuidarei de você.
Nos últimos doze anos eu estive estudando todos os meios possíveis para destruir os Berry assim que tivesse a chance. Nova Iorque, França, Londres. Em cada um desses lugares aprendi algo novo. Principalmente na Inglaterra onde passei mais tempo.
Estava na hora de fazer justiça pela minha família.
E eu não falharia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
ask.fm/ApenasFlores