Pieces escrita por xDarkDreamX


Capítulo 5
War


Notas iniciais do capítulo

Olá, alguém por aqui? Agradeço os favoritos!
Desculpem a extrema demora.
Boa leitura.



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* * *

– POR FAVOR, NÃO! NÃO NOS ABANDONEM! –O menino de cabelos negros berrara desesperado, ao ponto de chorar.

– IGNEEEL! –o filho do dragão do fogo chorava compulsivamente, soluçando e berrando pelo nome do pai.

A pequena filha de Grandine só conseguia soluçar e chorar o mais alto que podia enquanto olhava para a dragoa que lhe criara desde bebê.

– METALLICANA, IDIOTA! NÃO VÁ! –O menino do dragão de ferro berrava enquanto tentava controlar suas lágrimas.

– Não chore menino. –O dragão tentava acalmá-lo.

Lucy olhara para as crianças de forma triste e em seguida fitou os dragões. Cerrou os punhos. Céus. Ela sabia o que tinha que fazer. Mas aquilo era simplesmente tão... Tão doloroso que ela mal conseguia respirar direito.

– Por favor, crianças. Entendam. –A dragoa dos céus tentara acalmá-los. –Nós não queríamos deixá-los, mas é necessário. Para o bem de vocês e de todos. –Até mesmo ela tentava segurar o tom choroso.

Pelo canto dos olhos, a garota de cabelos loiros olhara para o dragão de fogo. Igneel possuía um olhar triste por ter que abandonar o filho tão amado.

– Garoto, nós vamos nos reencontrar algum dia. –Ouvira-o prometer com um tom rouco.

A menina cerrou os dentes e seus dedos tremularam.

Olhou para o dragão do apocalipse, ele parecia sofrer em silêncio. Mas ela podia decifrar o código que era Acnologia. Sabia o que o mesmo estava sentindo. Dor. Ele perderia a sua criança.

– Zeref, me escute. ­–Ele dissera, fazendo com que o menino o fitasse, soluçando. –Isso não vai ser pra sempre. É só por algum tempo. –Tentara prometer com um sorriso, arregalando os enormes e afiados dentes dragônicos.

– É MENTIRA! –O menino berrou, assustando as enormes criaturas. –VOCÊS ESTÃO MENTINDO, EU SEI QUE ESTÃO! –Suas lágrimas começaram a escorrer com velocidade por seu rosto arranhado.

Lucy queria gritar naquele momento.

Ver aquela cena era doloroso e frustrante. Ela não pudera proteger a todos, aquela era a sua missão e não pudera cumpri-la.

Na verdade, havia se tornado mais que uma missão.

A loira havia feito uma promessa de que tudo ficaria bem.

Mas agora não tinha mais certeza de como as coisas acabariam e se sequer ela novamente voltaria a vê-los.

Lágrimas se formaram em seus orbes castanhos, e a garota mordera o lábio inferior.

– L-Lucy-chan. –A pequena Mavis a olhara, chorando. –E-Eles vão ficar bem, não é?–Seus orbes esmeraldas tremulavam por conta do medo.

A mais velha dera um sorriso, com os lábios tremendo.

– Sim, Mavis. Todos ficarão bem. –Sua voz tremulara um pouco. –Juntos, mais uma vez, sempre.

– P-Promete? –A menina com cabelos cacheados perguntara chorando, querendo acreditar.

Os dragões e as outras crianças lhe olharam.

Os menores possuíam o mesmo olhar que Mavis: medo, desespero, dor, o Não de concordar com a situação.

A voz de Lucy ficara entalada à garganta.

Podia prometer algo como aquilo?

Poderia prometer que todos ficariam bem e juntos novamente?

– Eu prometo. –O tom fora firme, mas por dentro a garota tremia e queria chorar.

Era tão doloroso fazer uma promessa que não sabia se poderia cumprir. Era tão frustrante saber que mal poderia ajuda-los.

As explosões tornaram-se mais frequentes, e as grandiosas criaturas precisaram levantar voo para a luta.

As crianças gritaram por seus respectivos pais, implorando-lhes para que ficassem com eles e que continuassem a viver juntos.

Lucy não conseguia mais suportar aquilo.

Presenciar toda aquela guerra era doloroso. Ela via outros dragões batalhando e rugindo cada vez mais alto. As explosões quase os ensurdeciam. O sangue dragônico se fazia tangível e era num vermelho tão escarlate quanto o dos humanos.

Com os lábios tremendo, ela fechou os olhos com força.

Seu corpo começara a brilhar em dourado, e círculos do mesmo brilho foram surgindo ao seu redor e atraindo as atenções.

– Magica est in me, et in fide. Rogo vos. –Sua voz ressoava por todos os cantos, como uma melodia. –Animum, corpus ... salvare. –Ela finalmente abria os olhos, revelando-os num intenso brilho dourado e prateado.

O chão começara a tremer, as estrelas no céu brilharam intensamente e começaram a ficarem maiores a olho nu.

Mas não era apenas aquilo.

As correntes de ar agora estavam ao redor da jovem loira, que brilhava e começara a flutuar para o espanto de todos que ali estavam.

Todos os dragões pararam para observá-la. Nunca tinham visto algo tão intenso e poderoso como aquilo.

Os demônios a fitaram, sem expressões. Seu medo pelo que viria era grande, aquilo os deixara paralisados.

Os cabelos da garota balançavam com o vento que estava ao seu redor, seu corpo brilhava de uma forma impressionante e indescritível.

Ela pudera ver as crianças lhe fitando assustadas.

– PROTEGO! –Lucy gritou com tudo o que tinha.

Inúmeros flashes de luzes brancas e douradas pareceram explodir por seu corpo, acertando todas as direções do espaço.

Esferas levemente douradas prenderam os filhos dos dragões, deixando-os espantados. Até mesmo as criaturas se surpreenderam com tal ato.

Lucy olhou para as crianças.

Ela ofegava e suas mãos tremiam. Seu peito subia e descia rapidamente, seus olhos e seu corpo ainda brilhavam em dourado e aquilo deixava todos estupefatos. Deixara-se cair de joelhos no chão, em busca de ar.

– One-chan! –Zeref a gritou, batendo na esfera para sair dali.

A garota vira a face das outras crianças. Elas pareciam aterrorizadas por um motivo maior, e então, num rápido momento, sentira uma dor aguda no peito.

Gritos de horror e rugidos ecoaram por toda a extensão da batalha.

Abaixara a cabeça para ver o que havia acontecido e então notara o líquido escarlate começando a manchar suas roupas e pingando em suas pernas. Atravessado em seu peito, estava um punhal negro com detalhes em vermelho.

A arma de um demônio.

Sentiu o gosto metálico em sua boca, e o líquido escapara pelo canto de seus lábios normalmente rosados.

Ela não sentia seu corpo, e tampouco percebia que havia sido realmente ferida. Apenas se preocupara em ver se aqueles que ela tanto amava estavam bem.

Começou a se levantar com esforço, vira as faces chorosas das crianças e sentira seu peito doer. Não por causa do ferimento externo, mas sim em seu interior. Seu coração se apertava ao vê-los sofrendo.

Era tão doloroso.

Sentiu as lágrimas a caminho e mordera o lábio inferior, segurando o choro.

Zeref estava desesperado para sair daquela esfera dourada, e não era nada diferente com o filho de Igneel.

– LUCE, OE, LUCE! –o filho do dragão do fogo berrava em meio ao choro. –ONEGAI, LUCE!

Viu-o cair de joelhos no chão, chorando e socando a esfera.

– Luce. –Dessa vez ela ouvira a voz de Igneel, rouca e chorosa. –Nos desculpe.

A loira tentara sorrir, sentindo seus lábios tremularem e os olhos se encherem de lágrimas. Suas mãos tremiam e dessa vez ela não escondia.

– Nós... Por favor... –Vira lágrimas nos grandes olhos da dragoa dos céus.

– Salve as nossas crianças. –Metallicana grunhira, num tom doloroso.

Ela podia ver o sofrimento nos enormes olhos dos dragões.

Eles estavam perdendo seus preciosos filhos.

Fitou Acnologia, este havia acabado de lançar um rugido na direção dos demônios, ganhando mais algum tempo para eles.

– Você é a nossa única esperança, Lucy. Salve-os, nós imploramos. –O dragão do apocalipse pedira num tom rouco enquanto abaixava a cabeça escamosa.

As crianças gritaram em meio ao choro. Não queriam se separar.

Lucy cerrou os punhos sentindo vontade de chorar. Assentiu em confirmação e o choro dos pequenos dragon slayers apenas aumentou.

Fitara Mavis pelo canto dos olhos. Aquela menina era especial, mas não tinha culpa de nada daquilo que estava acontecendo. Era apenas mais uma inocente naquela tragédia, abandonada pelos pais para morrer e sozinha no mundo. E ela estaria morta tempos atrás se não fosse por Lucy e Zeref, que a salvaram e a trouxeram para os outros.

Mas a pequena Vermillion estava assustada, chorando, encolhida no interior da esfera que lhe cercava e protegia.

Uma explosão acontecera repentinamente próximo a eles, fazendo com que os quatros dragões se vissem obrigados a usarem seus corpos como escudo.

Seus filhos berraram em desespero.

As lágrimas de Lucy começaram a cair e ela pediu com todas as forças em seu interior.

Ela tinha, absolutamente tinha que fazer algo por aqueles que lhe eram tão preciosos e amados. Lucy precisava cumprir pelo menos essa promessa.

A loira tinha que pelo menos salvar as suas crianças.

A maga soluçou consigo mesma e retirou o punhal que atravessara seu peito. Não havia dor, mas o sangue continuava escorrendo. Ignorou aquilo e mais uma vez olhara para as crianças.

– Eu... Amo vocês. –Confessara num tom choroso, fitando-as. –Amo seus pais, amo os momentos que passamos juntos. Eu amei ter vivido com vocês. –Seus lábios tremulavam.

– N-Não, Luce! –O filho de Igneel chorava. –POR FAVOR, NÃO NOS DEIXE TAMBÉM!

Aquilo soara como um tapa na cara.

Seu peito se apertou e suas lágrimas aumentaram de intensidade, caindo cada vez mais rápido e fazendo-a fungar.

Eu preciso cumprir essa promessa. –A loira soluçara. –Me perdoem, por favor...Entendam-me.

Viu-os soluçarem.

Eles sentiam o que estava por vir.

A garota virou-se para os amados dragões que por tanto tempo convivera e conquistaralembranças tão boas e amadas.

– Eu amo muito vocês. –Sua voz era chorosa.

– Nós também te amamos, Luce. –Igneel se esforçava para não chorar na frente das crianças.

– E sempre iremos te amar, menina. –Grandine dissera um pouco trêmula.

– Confiamos em você. Salve os nossos pirralhos, loira. –Metallicana lhe fitava com um olhar entristecido.

Então, o último.

Acnologia.

O dragão negro parecia sem palavras, mas não lhes restavam muito mais tempo. Aquela batalha já estava prestes a acabar.

– Proteja-os, Lucy. Nós amamos as nossas lembranças com vocês, não queremos perdê-las. Por favor, salve-os. –O dragão do apocalipse pedira-lhe.

Soluçando, a loira assentiu em confirmação enquanto chorava. Aquilo era tão doloroso.Moveu seus braços, conjurando a magia que finalmente acabaria com aquele massacre.

A terra tremia e a luta tornara-se mais intensa.

Naqueles últimos minutos, os gritos dos demônios e os rugidos dos dragões foram ouvidos muito mais alto que antes. Os ataques passaram a se chocar mais e mais vezes, explosões aconteciam sem parar.

Com os lábios tremendo, ela olhou seus bens tão preciosos.

– Me perdoem. –Sussurrara com um pouco de dificuldade.

Sua magia estava ao seu redor, tomando seu corpo para o universo e fazendo com que todos eles brilhassem.

– LUCE! –Ouviu o pequeno de Igneel berrar seu nome.

– ONE-CHAN! –Zeref também berrara em meio ao choro.

– L-LUCY-SAN! –A pequena de Grandine estava tão fraca...

– BUNNY-LUCY! –E desta vez o menino de Metallicana.

– L-LUCY-CHAN! –e Mavis fora a última a gritar-lhe.

Ela soluçara e então gritara em meio ao choro.

– EU AMO VOCÊS! –Abrira os olhos, esticando os braços para tentar alcançá-los.

Mas a sua magia lhe impedia e os tirava do chão, começando a leva-los para longe dela. Muito longe.

O menino de cabelos róseos chorava sem parar e gritava.

– EU AMO VOCÊ, NATSU. –Ela berrara o nome do filho do dragão do fogo. –NÓS VAMOS NOS REENCONTRAR!

Então, para o desespero do menino, a sua preciosa Luce começava a também desaparecer. Gritou o mais alto que pôde.

– WENDY, VAMOS NOS VER NOVAMENTE, EU PROMETO! AMO VOCÊ, PEQUENA! –Gritara para a filha da dragoa dos céus.

A menina berrou em meio ao choro, tentando alcançar Lucy com seus pequenos braços. Mas aquilo não lhe era mais possível.

GAJEEL, QUANDO NOS VERMOS MAIS UMA VEZ, FAREMOS UM DUETO! –Lucy prometeu aos berros e lágrimas.

O filho do dragão do ferro gritou e chorou o mais alto que pôde.

Uma explosão afastara aqueles três dela.

Num último olhar, palavras foram sussurradas para as crianças e para a loira. Um singelo e doloroso adeus antes que eles desaparecessem num flash branco.

Agora restava apenas Zeref e Mavis que de alguma forma conseguiram esperar mais um pouco, tentando se aproximarem dela.

– ONE-CHAN, NÃO NOS DEIXE, ONEGAI! –O menino berrou chorando.

– LUCY-CHAN, VEM COM A GENTE! –Mavis implorou-lhe.

Cada lágrima da maga era mais dolorosa que a outra.

– Me perdoem, céus, realmente me perdoem. –Ela implorava enquanto chorava. – Eu amo vocês dois, e eu prometo. Eu prometo que vamos nos ver mais uma vez. Por favor, ME PERDOEM!

Num último grito e em mais um olhar, sussurrou algo e então elas desapareceram também.

Lucy caiu de joelhos no chão, chorando e começando a se encolher.

Agora, toda a dor reprimida ecoava por cada parte de seu corpo, de uma forma agonizante. Tossira sangue enquanto suas lágrimas ainda caíam com velocidade.

Olhou para seus preciosos dragões.

– Eu amo vocês. Adeus. –Acenara, chorando como ninguém nunca havia feito antes.

Então, houvera uma explosão estelar na Terra.

Uma luz branca cobriu tudo, e Lucy caiu num abismo da mesma cor. Seu corpo desaparecia em fragmentos dourados em brilhantes.

Após isso, suas lágrimas foram tudo o que restara para seus amados dragões.

* * *

Aquilo viera-lhe à mente absolutamente do nada.

Ela já sabia o que havia acontecido, mas aquilo não significava que estivesse preparada para receber suas últimas memórias do passado.

Agora tudo era tão claro.

Então ela quis chorar e gritar.

– Luce, oe, Luce! –Natsu a chamava, preocupado.

Num flash, a loira se vira de volta ao salão da Fairy Tail, com seus companheiros a fitando preocupados.

Sua garganta estava seca e a loira respirava com dificuldade. O filho de Igneel segurou sua mão e logo percebera o quão fria estava.

– Luce, o que aconteceu? –Perguntou-lhe, fitando-a com seus orbes esmeraldas que brilhavam em preocupação.

– Bunny-Girl? –Gajeel a chamara, se aproximando.

– Lucy-san, você está bem? –Wendy perguntou preocupada, preparando sua magia de cura.

“Lucy-chan, o que houve?”

“One-chan não está bem?”

Sua garganta se apertou ao ouvi-los repetindo as mesmas frases de suas memórias. Sentiu vontade de chorar e apenas abraçou-os o mais forte que todos.

Ninguém entendeu absolutamente nada.

– Eu amo vocês. –Sussurrou aos dragon slayers.

Natsu a abraçou forte, querendo mantê-la segura em seus braços. Algo em seu coração se remexia e ele não conseguia compreender. Por que sentia que havia algo mais em Lucy? Por que ele não conseguia evitar aquela sensação estranha?

– Luce…? –Ele não compreendia.

Mas algo em seu coração fez com que ele abraçasse a loira de imediato, tomando-a apenas para si em seus braços.

Aqueles que observavam a cena não sabiam se ficavam preocupados ou admirados.

Natsu e Lucy formavam um par tão...

– Incrível. –A pequena dragon slayer dos céus dissera, num tom baixo.

Apesar da estranha situação de apenas alguns momentos atrás... Quando o jovem Dragneel e a Heartfilia estavam juntos, tudo o que era ruim se dissipava. Não havia pensamentos negativos, nem guerra, nem nada de mal.

Era apenas o mais puro amor.

A maga celestial inalou o cheiro do rapaz que amava, seus lábios tremularam e formaram um sorriso doce. Era aquele mesmo aroma de antigamente, de séculos atrás. Porém, levemente amadurecido.

E mesmo que ela não fosse filha de um dragão, ela sentia o cheiro de cada um. Em seu passado atual (o passado que vivera neste século), a maga nunca havia entendido. Mas agora, finalmente se lembrara. E céus, como estava feliz.

E triste.

Triste por tudo isso ser dessa forma.

Ficando na ponta dos pés, para alcançar aos lábios do namorado, depositou um suave beijo ali. Sabia muito bem que seu mais precioso momento não duraria muito. Mas queria aproveitar enquanto lhe fosse permitido.

O rosado sorriu, colando suas testas e entrelaçando suas mãos.

Ele sentia algo de diferente dentro de si, sempre sentira. Mas agora que estava, finalmente, com a sua Luce... Seu corpo parecia tão mais quente. Um calor tão agradável no peito... Algo que mesmo o Dragneel não podia explicar.

E apesar de todos os bons sentimentos, havia uma guerra prestes a estourar. E ele faria de tudo para protegê-la, algo que não fizera num passado confuso.

Se Natsu sabia daquele passado?

Não exatamente.

Mas ele sabia que Lucy não lhe era uma desconhecida. Sabia que já havia lhe visto em algum momento. Sabia que deveria cuidar dela. Sabia que a amava desde o primeiro momento.

E era isso o que lhe importava.

* * *

Ninguém sabia explicar como tudo aquilo começaria. De repente, a guerra simplesmente estouraria, assim como Lucy dissera.

Os preparativos de batalha foram tão rápidos graças aos espíritos celestiais, que os magos apenas precisaram acalmar suas mentes e ajudar a evacuar as cidades mais próximas.

O paradeiro de Erza e Mirajane? Já descoberto e muito bem vigiado; por Elfman, Bacchus, Cana, Laxus e Jellal (a aparição dele fora de penetra, como sempre, mas acabou sendo descoberto pela filha de Gildarts).

No centro de Magnólia, concentrava-se grande parte dos magos da Fairy Tail, alguns da Sabertooth e da Blue Pegasus. Ao redor deles as sereias e Blue Pegasus tomavam conta como barreiras.

Os rapazes da Quatro Cerberus protegiam a ala hospitalar.

Lamia Scale estava na “linha de trás”. Basicamente, ao invés de combater os inimigos assim que os mesmos aparecessem, o dever deles era auxiliar no combate.

Se essa organização era estranha?

Bom, diga isso para os mestres de guilda e para Lucy Heartfilia.

Não eram poucos aqueles que não entendiam por que diabos a “fraca” maga celestial da Fairy Tail estaria numa posição tão alta. Para alguns magos, aquela menina era colocada dentro de uma redoma de vidro.

Deixando isso de lado, se essa formação lhes confunde a mente...

Isso tudo foi previsto.

Não pela fundadora da Fairy Tail, Mavis Vermillion. A loira de olhos verdes estava sumida desde o término dos jogos mágicos, e isso era algo preocupante.

Suspirando do topo da torre do relógio de Magnólia, Lucy bagunçou os cabelos dourados. Aquele alaranjado do céu, o sol se pondo, as nuvens coloridas... Aquilo lhe era tão familiar, tão agradável, tão... Lindo e triste.

Para que seus amigos fossem felizes, ela faria de tudo por eles.

Tudo.

– Lady Lucy. –Ouvira a voz de Apolo.

– Sim? –Virou-se para ele, levando uma mecha loira atrás da orelha direita.

– Meus preparativos já estão prontos, tudo certo para que eu cure seus amigos da forma mais segura possível.

– Agradeço-lhe, Apolo. –Sorriu. –Por tudo o que já fez por mim.

O deus do sol lhe dera um sorriso calmo.

– É o mínimo do que eu deveria fazer por ti, Lady Lucy. –Dera-lhe um aceno. –Espero que seja muito feliz.

A loira voltou a fitar o céu antes de olhar uma última vez para o imortal.

– Se meus amigos estiverem felizes... Isso sim é o bastante para mim.

Compreendendo as palavras da maga celestial, Apolo apenas se limitou a um sorriso sincero, porém triste. Ele sabia. Sabia como era aquilo.

Afinal, não havia abrido mão da capacidade de amar sem qualquer preço. Pagara muito caro por isso: perdera a sua real felicidade, sua vida. Mas estava tudo bem. Pois aquela que amava vivera feliz. Com outro.

– Como queira, Lady. –então o deus desaparecera diante de seus olhos.

E quem aparecera fora seu namorado, que viera lhe abraçar.

Quem os visse poderia achar que estavam muito melosos, coisa de casais pegajosos, insuportavelmente chatos.

Mas eles só queriam algum tempo juntos.

Permaneceram um nos braços do outro por algum tempo que preferiram não contar. Não queriam saber se estavam juntos há apenas alguns segundos, dois minutos ou uma hora. Só queriam... Ficarem juntos.

– Luce.

– Natsu.

Sorriram.

– Eu te amo. –O rosado depositou um beijo em sua testa. –Te amo muito.

– Eu também te amo. –Ela o abraçou mais forte. –Também te amo muito.

Sabiam que se amavam. E sabiam o quão ruim as coisas ficariam dali para adiante. Era pedir demais que ficassem juntos, sempre?

Ao que parece, sim.

Foi enquanto ainda estavam ali, no topo da torre do relógio, abraçados vendo os últimos momentos do pôr do sol. Foi ali que tudo começou.

A guerra estourou.

A noite chegou e com isso os demônios também surgiram. E apesar do que tanto diziam... Zeref não estava com eles. E aquilo preocupou a maga celestial da Fairy Tail.

A temperatura oscilava hora estava frio, outrora quente.

A Heartfilia avistou-os de longe e apertou a mão do Dragneel.

– Eu vou te proteger. –Disseram juntos antes de trocarem um último beijo.

Separaram-se, afinal, não podiam ficar na mesma área. Iriam se tornar alvos fáceis para os inimigos, e embora relutassem em ficar longe de quem amavam, sabiam que era o melhor. O mais seguro (aliás, o que realmente é seguro numa guerra?).

Lucy pulou da torre, lançando um último olhar para o homem que amava. Aquela não era a última vez. Não era um adeus. Era apenas...

Um “até daqui a pouco”.

Vendo um sorriso nos lábios dele, ela sorriu internamente antes que um círculo de magia surgisse em baixo dos seus pés, ainda no ar.

Era uma plataforma dourada.

O vento da noite viera uivando, balançando as mechas loiras. Os orbes cor de chocolate vasculharam a área da cidade e então pararam na direção de onde vinha um brilho vermelho. Aliás: dois.

Reconheceu-os de imediato. Afinal, agora se lembrava de tudo.

– Zeref. –Murmurou ao vento.

* * *

A explosão de alívio e alegria viera momentos depois no outro lado da cidade. Erza estava bem, na frente deles e Mira vinha logo em seguida. Natsu sabia que aquilo mal havia começado, mas aquela já era uma vitória para todos eles. Tinham conseguido invadir o esconderijo da Tártaros e resgataram suas duas amigas.

Infelizmente o traidor da mesa do Conselho de Magia já estava morto. Realmente uma pena, pois a Fairy Tail queria puni-lo por eles mesmos.

O momento de reencontro não durou muito mais que dez minutos, antes que os inimigos chegassem a dezenas.

Os dragon slayers lutavam contra os demon slayers, era assim que tinha que ser. Outros magos –não querendo dizer que eles eram inferiores, claro, teriam ainda mais dificuldade e poderiam morrer.

Era uma troca de magia nunca antes presenciada nesse século.

Ataques de fogo, de ferro, de ar, trovões, veneno, escuridão, luz... Tudo estava tão misturado. E havia também as magias demoníacas: as mesmas, porém corrompidas pela escuridão.

Os demônios eram adversários poderosos, Natsu os odiava.

Até que, após um ataque em conjunto provindo dos magos, o chão passou a tremer. Não era um terremoto. Era algo pior.

Gritaram e o rosado vira um sorriso maligno brotar nos lábios de um das criaturas das trevas.

Rangeu os dentes e viu quando um rosto branco começara a surgir do chão. Mas não era um rosto comum, definitivamente não. Ele era gigante e continuava a crescer, como se fosse um pedestal.

– Eu vou até lá! –Ouvira Wendy dizer com Charlie em seu ombro.

Notou Erza, Mirajane e Doranbolt acompanhando-a. Pelo menos ela estaria próxima a algo seguro.

Fitando as criaturas demoníacas, o dragon slayer do fogo sentiu seu corpo esquentar. Ah, como estava com vontade de socar a cara de todos eles.

A luta prosseguiu, mas de repente houve uma explosão.

E Natsu se preocupou com Lucy.

E a imagem do sorriso dela fora tudo o que ele vira antes de ser engolido pela escuridão de algo.

~~

Em outro ponto de Magnólia, Lucy acordara enquanto caía do céu. Seus olhos se arregalaram em medo, então num movimento rápido, ela conseguira cair de alguma forma menos dolorosa no chão ferido das lutas.

Levantou-se, assustada, em busca de alguém.

E nada. Nem mesmo uma magia sequer.

Por mente, começou a entrar em contato com os espíritos celestiais que ajudavam na luta. E todos eles continuavam lutando. Mas ninguém sabia sobre os membros das guildas.

Onde os magos tinham ido parar?

Até que um arrepio percorreu seu corpo e todos os seus pelos se eriçaram. Olhou para cima, encontrando uma estranha nuvem negra. Mas não era uma nuvem.

Ouviu uma risada, e alguns demônios apareceram parecendo satisfeitos.

Até que a viram.

– Como ela escapou?! –Um deles berrou, indignado.

– É um caso de perigo. A chance de isso acontecer é uma em milhões. –outro dissera. –Matem-na.

Cerrando os punhos, a maga compreendeu.

Claro. O que mais seria?

E estranhamente ela sentia sua magia mais fraca. Diabos! Então eles ainda faziam isso. Mal teve tempo para desviar de um golpe perigoso, sendo lançada contra os destroços de uma casa.

Gemeu de dor enquanto se colocava de joelhos.

Não poderia entrar em contato com os espíritos dos deuses, eles tinham seus próprios trabalhos e ela não deveria interrompê-los ou então tudo poderia estar perdido.

Um deles se aproximava com um sorriso sádico, e Lucy o reconheceu.

Seu corpo todo tremeu, seus pelos se arrepiaram e ela ofegou. Era aquele mesmo demônio de séculos atrás, que a perfurara com um punhal. Aquele maldito demônio que a separara de todos.

Medo.

Viu-o preparar uma esfera negra de energia, e aquilo não era igual à magia de Rogue Cheney. Era totalmente corrompida.

Ela sabia que tinha de sair dali, mas seu corpo não se movia. Estava paralisado de medo. Aquela era uma reação completamente instintiva.

Até que ela se moveu. Conseguiu ficar de pé, mesmo tremendo por inteira. Tentou sair dali, se defender. Mas fora presa num círculo de água.

Segurou o máximo de ar que podia enquanto se debatia para sair dali. Mas a redoma aquática não se desfazia. Seu oxigênio ia acabando, os pulmões se contraindo, um nó se formando em sua garganta. Ela queria respirar. Ela precisava.

Até que uma campainha ressoou em sua mente, e os orbes castanhos brilharam em alegria ao ver Aquarius ali.

Com um simples movimento, a sereia tirara a maga celestial dali. E enfim a Heartfilia pôde respirar.

– Quem é você?!

A risada do espírito da sereia ecoou alta.

– Você não deveria ter mexido com a minha loira. –Um sorriso maldoso brotava nos lábios de Aquarius.

Lucy engoliu seco.

E nos minutos seguintes, a namorada de Scorpius simplesmente dava uma surra nos demônios que tinham lhe atacado. Ela parecia divinamente perigosa.

Na verdade, ela não parecia.

A sereia era perigosa.

Havia prometido à sua antiga senhora, Layla, que cuidaria de Lucy. Mesmo com a garota se demonstrando fraca no início de tudo, chorona... Aquarius se apegara à menina Heartfilia com todo o seu coração. Ela pegava no pé da loira, adorava fazer isso. Mas era por amor.

Aquarius amava Lucy como se fosse sua filha.

E iria protegê-la até o fim.

* * *

Secando as lágrimas, Lucy soluçara uma última vez. Era tão fraca. Havia perdido Aquarius bem diante de seus olhos, e simplesmente ficara assistindo.

A Sereia fora brutalmente atacada e a maga celestial sequer pudera fazer algo para salvá-la. Ela fora seu primeiro espírito!

Então, com a chave de Aquarius quebrada... O Rei dos Espíritos fora chamado. E ele lutou por ela, salvou-a, derrotou os demônios com um poder absoluto. E em seguida o Rei dera os poderes da sereia para ela, Lucy.

De repente, ela se tornara como Juvia. Mas apenas por alguns momentos. E ela sentira que estava lutando com Aquarius, juntas.

E agora, ela estava sozinha.

“Não se desespere, sua idiota. Vá ganhar essa guerra, fique com o seu namorado.”

Soltou um riso seco, as palavras da azulada ecoavam em sua mente. Ah, se Aquarius soubesse...

Levantando-se, ela fitou aquela nuvem negra de antes. Seus amigos, todos, todo mundo estava lá. Cerrou os dentes. Iria libertá-los.

Respirou fundo, abrindo os braços e fechando os olhos. Um círculo de magia surgiu abaixo de si, era dourado.

Avalie os céus e abra-os vastamente... –recitou.

Sua voz ecoava.

– Através do brilho de todas as estrelas do céu torne a ti conhecido por mim. –Estrelas e planetas ouviam seu chamado.

Os astros aproximavam-se reluzentes.

– Tetra Biblos eu sou a dominadora das estrelas.- Seus cabelos dourados balançavam em sinal à magia. -Sobre o céu aberto do portão da perfeita malevolência...

As estrelas pareciam que iriam despencar do céu. E definitivamente seria algo próximo a isso... Mas de outra forma.

– Ó, 88 Estrelas do Céu. BRILHEM! –Então, a voz de Lucy ecoou por toda a cidade, num tom alto.

Abrindo os olhos, revelando aquele belo brilho dourado os preenchendo, ela encheu os pulmões de ar e gritou.

– URANO METEORIA!

E então, de uma forma diferente das últimas vezes, a magia da dominadora das estrelas se concentrara naquele amontoado negro. Luz e escuridão num único ponto, combatendo-se.

Aquilo não os machucaria, mas causaria um certo estrago ao redor.

E então ela escutara a voz de sua sereia favorita.

“Mandou bem, loira. Eu acredito em você.”

E Lucy observou os magos caindo do céu, alguns desesperados, outros rindo. Quem ria? Era mesmo necessário dizer que a Fairy Tail gargalhava da situação?

Céus. Que magos malucos.

Embora ela os tivesse libertado, a guerra mal havia começado. Notou uma cabeleira rosa gargalhando no ar, e sorriu.

Ela iria salvar a vida deles.

Havia prometido.

Então, sentiu aquela presença.

– Zeref. –Sussurrou.

– Há quanto tempo? –A voz do magro negro era rouca.

Virou-se para trás, encontrando um rapaz de cabelos escuros como a noite, e olhos vermelhos como rubis. Na verdade, aqueles olhos revezavam entre o carmim e o negro da noite.

Confrontaram-se pelo olhar.

– Por quê? –Ela balbuciou.

Com os olhos cheios de mágoa, ele cerrou os punhos.

– Você me prometeu que tudo iria ficar bem. –Falou num tom baixo. –Você prometeu que os salvaria.

E os magos já alcançavam o chão e ofegavam ao vê-lo ali, frente a frente com a maga celestial da Fairy Tail.

– Luce... –Natsu a chamou, aflito.

– Zeref, eu... –A loira tentara dizer algo, mas fora interrompida.

– VOCÊ PROMETEU QUE NÓS SEMPRE FICARÍAMOS JUNTOS! –O rapaz berrou e sua magia negra se espalhou ao seu redor.

Sentindo o peso da culpa em seus ombros, Lucy caiu de joelhos. A magia corrompida lhe fazia mal. Mais mal do que a qualquer um dali.

– Eu tentei Zeref... –Sua voz saía fraca.

– Você quebrou a sua promessa! –Ele continuou. –VOCÊ NOS SEPAROU!

A Heartfilia abaixou a cabeça, culpada.

Se alguém ali entendia? Não.

Mas Natsu e Gajeel lembravam-se de algumas coisas. A memória com uma moça loira brincando com eles... Por que ela parecia tão real?

– Eu fiz isso para protegê-los. –A maga celestial dissera, encarando-o com tristeza. –Não havia outra forma... Eu prometi que iria protegê-los.

– Eu fiquei sozinho! NÓS ficamos sozinhos! –O mago negro prosseguiu com os olhos cor carmim completamente feridos. –Você nos abandonou!

Lucy mordeu o lábio inferior.

– Não pude ficar junto de vocês. –Afirmou. –Mas eu nunca quis isso, Zeref...

Você quebrou a sua promessa. –O rapaz encolheu os ombros. –E eles perderam suas memórias. Eles se esqueceram de mim, dos nossos momentos! –Cerrou os punhos. - VOCÊ SEMPRE SOUBE O QUANTO ISSO ERA IMPORTANTE PARA MIM! E você me roubou isso! –Berrou com raiva.

Ah, como ela se machucava a cada palavra. Sentiu todo o seu interior doer e ofegou ao sentir uma pontada no peito.

– Luce! –Ouvira a voz de Natsu.

Então ela se levantou com a cabeça abaixada.

– Me desculpe. –Sua voz era rouca.

– Lucy? O que está havendo? –Laxus indagou. (Sim, o dragon slayer do trovão resolvera lutar na guerra, não puderam discordar muito disso, afinal, o loiro era tão teimoso como Natsu).

Sua voz ficou presa à garganta. Ela contaria tudo? Sem gaguejar? Sem medo? Não achava que conseguiria. Mas tinha.

Não podia esconder a verdade, não mais.

E mesmo que ela apenas houvesse se lembrado do passado há tão pouco tempo... Odiava manter segredo de seus companheiros. Odiava sentir como se enganasse Natsu.

Cerrou os punhos, seus lábios tremulavam.

Até que sentiu aqueles braços quentes e acolhedores envolverem seu corpo num abraço protetor.

– Eu já entendi Luce. –Escutou aquela voz que tanto amava. –Não precisa se forçar, e vai ficar tudo bem, tá?

A loira tremulou ao sorrir. Então, fitou Gajeel que também já possuía uma expressão de compreensão.

– Quando Wendy e Mavis estiverem aqui... Nós conversamos. –Falou baixinho, tentando sorrir.

E o dragon slayer do ferro reconheceu naquele sorriso, a doçura de uma moça que tanto se lembrava de admirar. Como sua memória sempre fora nublada quando envolvia Metallicana, ele nunca soubera dizer se realmente conhecia Lucy ou não. Mas agora... A coelhinha da Fairy Tail lhe parecia tão familiar... E ele sabia.

Lucy era a garota de cabelos dourados que sempre tinha um riso doce em seus sonhos.

O filho do dragão de ferro sorriu.

Então os magos encararam o mago negro, apreensivos, tensos. Qual seria o próximo passo dele?

Mas Zeref simplesmente desaparecera numa sombra, fazendo a jovem Heartfilia cair de joelhos logo em seguida.

O Dragneel amparou a namorada, preocupado. Chamara seu nome repetidas vezes, tentando fazer com que ela o respondesse. Mas nada. Os olhos de Lucy estavam nublados, ela ficava pálida.

O Redfox fizera o mesmo, aflito. Ele mal sabia chama-la.

Até que o rosado notara os lábios da amada se movendo. Mas som algum saía. E mesmo beirando a inconsciência ela insistia em pronunciar algo. Até que ele se dera conta.

– WENDY! –O grito de Natsu ecoou pelo campo de batalha. –WENDY, PRECISAMOS DE VOCÊ!

Do outro lado da cidade, a pequena dragon slayer ouvira o chamado. Seu corpo todo tremeu com um arrepio intenso. Disse à Erza, Mira e Doranbolt que contaria com eles para parar o FACE.

Pois agora, sua prioridade era o chamado do dragon slayer do fogo.

A filha de Grandine voava com o auxílio do vento, indo o mais depressa que podia para o local de onde ouvira a voz de Natsu.

Só agora a pequena Marvel notara algo de estranho.

A imagem de Lucy sorrindo logo lhe viera à mente. Mas a dragon slayer dos céus não se lembrava de ter visto a Heartfilia com um vestido branco como aquele. Era um sorriso doce, como os de sempre. Mas Wendy sentia algo de diferente naquele.

“Onee-chan! Olha o que eu fiz pra você!”

“Que lindo buquê, Wendy! Obrigada, pequena.”

Arregalou os olhos azuis, parando no alto do céu.

Aquilo não podia ser real, não é?

“Lucy vai protegê-la.” Aquela era a voz de sua mãe.

Então Wendy sentiu um gosto amargar sua boca. Suas delicadas mãos tremularam e ela voou com mais velocidade. Agora ela estava definitivamente tensa, aflita.

Como podia ter tais lembranças com a Heartfilia? Como ela podia ver imagens em sua cabeça de ela, Lucy e Grandine no mesmo momento? E era não apenas a maga celestial. Não.

– Natsu-san... Gajeel-san? –sussurrou para si mesma ao lembrar-se de mais uma memória.

Seus lábios tremularam e ela avistou um amontoado de magos. E uma cabeleira cor de rosa auxiliando a maga de cabelos loiros.

Então a menina pousara, logo correndo para a maga celestial. Segurou suas mãos e chamou-a várias vezes.

– Me desculpem. –Lucy finalmente conseguira pronunciar algo.

Mas por que aquele pedido de desculpas não parecia ser atual? Por que Lucy parecia presa ao passado? Por que tudo estava tão nublado na mente dos envolvidos? Por que a jovem Heartfilia possuía memórias com dragon slayers do fogo, ferro e céus? Por que ela sorria ao lado de seus amados dragões?

Quem eram aquelas duas outras crianças que brincavam tão alegremente com eles?

E por que eles estavam todos juntos?

Por quê?

Um choque fez a menina despertar de seus pensamentos.

– Eu vou contar. –a filha de Layla dissera rouca.

Embora seus belos orbes cor de chocolate não houvessem voltado àquele gracioso brilho de sempre, Natsu sentiu que Lucy estava de volta.

Mas apenas uma parte dela.

[...]


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Fanfic em reta final.



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