[Should I Trust You?] escrita por Grani008


Capítulo 8
Ghost


Notas iniciais do capítulo

Isso é só uma ponte *o* desculpem a demora amores, essa é a última semana de provas aí estou livre pra escrever para vocês! Grande coisa neh? kkk Obrigada por tudo pessoal *-*
~nolita



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Cap. 08 Ghost

Quando o ar voltou aos meus pulmões, a sensação da minha cabeça sendo esmagada ainda prevalecia, meu coração também não tinha se ajustado e meu estômago protestava, querendo por para fora tudo oque não tinha dentro dele. O vulto loiro sumiu atrás das árvores deixando meus olhos confusos e embaçados, eu sabia que era ela, e eu queria ir atrás dela, mas minhas pernas eram como massinha de modelar, e agora não tinham forma nem força para andar. Caí de joelhos e senti lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto, eu não me lembro de elas surgindo nem de quanto pararam, mas não foram embora tão cedo. Eu queria mais que tudo segui-la, mas algo na minha mente me convencia de que não era real, e eu não queria ficar frente a frente com o nada só para perceber que era nada, que ela era nada mais uma vez. Na verdade eu queria, mais que tudo. Mas nada em mim se movia. Eu era ossos, órgãos e músculos, mais nada.

Tinha consciência dos meus braços caídos ao lado do meu corpo, do meu cabelo em cima dos meus olhos, das minhas unhas se enfiando na carne da mão, o sangue escorrendo e caindo na grama com ruídos mudos. O jeans se afundando na grama gelada e molhada. Tudo era mil emoções, e tudo era ela.

Eu era todo ela.

Era como se ela corresse nas minhas veias, os cabelos loiros preenchiam minha visão, eu queria dizer, gritar como ela estava linda, com os cabelos ficaram bem cortados rente ao queixo, como ela estava fofa e sexy. Como o vestido preto se encaixava bem nela, como ela era tudo...

Senti mãos pegarem meu rosto, e por um momento me ouvi sussurrando um simples “Annabeth”, como uma súplica necessária, antes de eu ver que os cabelos cacheados na minha frente eram vermelhos, que os olhos que me fitavam eram verdes e não cinzas, que a voz que me chamava de volta era diferente da dela, não tinha seu tom rouco, nem a batida de flerte casual, ou a seriedade contínua. Não era ela, e depois de um leve momento de choque isso me faz chorar mais, soluços acompanhando tudo.

Mãos fortes me levantam pelos braços e me fazem caminhar até não sei onde, até algum carro, que eu queria que fossem de sequestradores, que me matassem e torturassem, por que talvez tudo fosse menor do que aquilo que se passava agora, eu não era mais eu, porque com ela longe, eu não tinha nada, nada a não ser rotina, a rotina que me deixava louco.

E apesar de tudo, eu queria que aquela garota atrás da árvore fosse ela. Queria que realmente existisse uma garota atrás da árvore. Queria envolver minhas mãos na cintura daquela garota, olhar nos seus olhos e me perder neles.

As luzes dos carros me acordam, estamos em uma rodovia movimentada, minha cabeça encostada no vidro, o gosto amargo de ferro e sangue na boca, mal percebera que vinha mordendo meu lábio. Desgrudei a cabeça do vidro e ela era pesada, doía e tudo girou por um momento, eu olhei para meus pulsos, enfaixados com gazes cobertas de sangue. Unhas sujas de terra e líquido vermelho e preto. Mas não doía, não que eu sentisse.

Olhei para o assento do motorista do meu lado e instintivamente levantei os braços, minhas mãos imediatamente querendo tocá-la. A pele clara, os cabelos lisos agora, queria perguntar onde estavam os cachos, os óculos, como fora o intercâmbio, como ela estava, como tudo. Mil perguntas, tudo explodindo dentro de mim e se expandindo até sumir, até que tudo se escurecesse de novo e eu tivesse apenas vislumbres de conversas e tudo o mais, tudo era borrões, nada fixo era ela.

Porque ela não era real.

Só eu não queria aceitar, só eu.

As lágrimas voltaram, mudas e sem mais nada, podia estar chorando sangue, mas não estava, mas era certo que meu coração estava sangrando e mais que tudo, eu esperava que aquilo me matasse, que parasse com a dor.

Mas não parava.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM SAHPORRA.
beijos
~nolita



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