[Should I Trust You?] escrita por Grani008


Capítulo 3
Segredo Ardente


Notas iniciais do capítulo

Bom, desculpe a demora gente linda que acompanha isso! Foi mal :( Comentem anjinhos! A tia nolita Agradece! Como prometi, um capítulo mais 'quente' I hope you enjoy!
~nolitaAMV



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497365/chapter/3

Cap. 03 Segredo Ardente

Eu bati a porta do carro e me arrependi seriamente de ter jogado minhas costas contra o banco tão bruscamente. Cada machucado que fosse ardia e doía e eu tinha quase certeza que ainda havia algum estilhaço em algum lugar.

Encostei a cabeça no vidro e tentei virar o rosto para que Annabeth não visse os arranhões. Senti seus olhos me fitando, ela suspirou e finalmente disse:

– Às vezes, Jackson – seu tom era sínico – é bom se importar com a aparência.

Ignorei.

– Aonde vamos? – Perguntei em meio a um resmungo.

– Reunião de família na casa da vovó – ela falou casualmente.

A conversa morreu aí. Não sei como faria, mas daria um jeito de ninguém notar que eu estava morrendo de dor, fingiria receber um telefonema e sairia alegando que um parente próximo tinha sofrido um acidente de carro. Eu poderia até dizer que esse ‘parente’ morreu, para dramatizar um pouco as coisas. Simples.

Annabeth ligou o rádio com a mão que não estava no volante e começou a tocar ‘Who We Are’ do Imagine Dragons, logo ela começou a acompanhar baixinho. Os cabelos estavam presos em um coque mal feito, e ela usava uns óculos de grau que teimava parar na ponta do nariz. Ela até parecia um nerd inocente, e eu tinha de admitir que ela tinha seu charme. Como um grande segredo, onde você procura incansavelmente, até esbarrar em fogo. Dessa vez, suponho, um incêndio.

Tudo estava indo como planejado, Annabeth estava distraída e nem suspeitava de nada. Tudo estava bem até que a estrada começou apresentar alguns buracos. O carro passou bruscamente por um deles, fazendo minha cabeça ir de encontro ao teto do carro e minhas costas baterem com tudo contra o encosto do banco do passageiro.

Omiti um grito e cerrei o maxilar, mas não me contive e levei a mão esquerda a pouco abaixo do pescoço, meus dedos voltaram molhados de sangue.

– Desculpe – os cachos loiros se moveram quando Annabeth deu uma olhada rápida para mim com o seu melhor sorriso de desculpas, que logo sumiu de seu rosto quando sua testa se enrugou e as sobrancelhas se juntaram – aimeusdeuses Percy! O que houve com você?!

Droga, mil vezes droga.

– Continue dirigindo – eu falei, trincando os dentes, enquanto ela fazia exatamente o contrário do que pedi, dando ré e parando no acostamento – Continue dirigindo! – gritei.

Ela parou o carro, e se virou para me encarar.

– Eu não vou fazer isso, Percy – ela me encarou e eu mal senti as lágrimas quando elas surgiram – tire a roupa – continuou.

– Sabia que você só queria me ver pelado - falei em tom brincalhão, aliviando a tensão no carro.

– Pare de gracinhas Jackson – mesmo com seu tom bravo, um mini sorriso surgiu em seu rosto.

Tirei o casaco e tentei tirar a camisa, mas doías demais. Annabeth pegou as barras da blusa e me ajudou a tirá-la, para logo depois dar uma exclamação de horror.

Santo Zeus – ela levou a mão à boca – o que diabos aconteceu com você?

Ela tocou as minhas costas fazendo as feridas arderem, estremeci e senti as lágrimas queimando a garganta.

– Você precisa de um médico.

– Não – afastei a mão dela e tentei, falhando, recolocar a camisa – eles vão fazer perguntas.

– E qual o problema com isso? A não ser que... O que aconteceu Jackson?

– Eu caí da escada e bati contra a mesinha de vidro da sala – menti descaradamente.

– Você é um péssimo mentiroso – ela diminuiu o volume da música, que agora era ‘Beside You’ do Marianas Trench, ligou o carro e voltou para a estrada deserta, agora em sentido contrário – ele bateu em você não foi?

Ela não me olhava, estava com os olhos fixos na estrada, mas mesmo assim virei o rosto.

– Foi o que eu disse, só me deixe em casa e eu cuido disso.

Pude ver suas mãos pressionarem o volante e os seus lábios se apertarem.

– Você não vai para casa de jeito nenhum.

– E aonde vai me levar, sabidinha?

– Vamos para a minha casa.

–-*--

– Seus pais não vão se preocupar se você não aparecer por lá? – Perguntei.

Eu estava sentado em uma cadeira giratória no meio do quarto de Annabeth, no segundo andar da casa dos Chase. O quarto consistia em uma cama de dossel com lençóis marrons, papel de parede de corujas, uma escrivaninha e uma TV na parede. Ah, e não posso me esquecer do macio carpete cinza que cobria todo o quarto, resisti ao impulso de me jogar lá, bem, pelos machucados e por me lembrar de que não tenho mais cinco anos...

– Eu mandei mensagem – Annabeth saiu do banheiro da suíte com um pano molhado em uma mão e uma maleta de primeiros socorros na outra – ele está vindo para cá, você sabe... Ele pode ajudar com isso.

Percebi que ela falava somente do pai, não teria até hoje aceitado ele se casar novamente? Tanto faz, não era problema meu.

Lembro-me vagamente de alguém me dizer que o pai de Annabeth tinha se formado em medicina em pouco menos de um ano atrás.

Ela arrastou uma cadeira para perto de onde eu estava e me fez virar na cadeira para ela passar o pano molhado nas minhas costas. Ficamos assim por um tempo e tudo o que eu podia fazer era cerrar o maxilar e gritar de dor enquanto ela limpava o sangue.

– Você está tenso.

Ela colocou as mãos nos meus ombros fazendo uma massagem de leve, com cuidado para não tocar nos cortes, e eu me senti relaxado. Suspirei de leve e me decepcionei quando ela se levantou para lavar o pano.

– Agora vire – ela falou ao voltar.

Obedeci enquanto ela puxava a cadeira para mais perto da minha, passando o pano de leve pelos cortes dos meus ombros. Eu podia sentir seu cheiro de sabonete de limão, ela estava tão próxima que mechas do cabelo loiro tocavam minha pele, ela era apenas poucos centímetros mais baixa que eu e podia sentir sua respiração no meu pescoço. Ela continuou limpando os machucados e eu fechei os olhos com força quando ela passou por um machucado grande demais. Ela emitiu um ruído de surpresa quando viu as marcas roxas na minha barriga, onde Gabe havia me socado, mas não falou nada.

Ela deixou o pano de lado, amarrando o cabelo em um coque mal feito e respirando fundo devagar. Ela aproximou a mão de dedos finos e delicados de um corte no meu peitoral. Senti seu toque como choque contra minha pele e soltei a respiração que só agora percebi que estava segurando.

– Dói? – ela perguntou, com um pouquinho de culpa na voz.

– Não – falei de olhos fechados, em êxtase – é uma sensação boa.

– Masoquista.

Ela riu e eu afundei o rosto na curva do seu ombro, ela passava os dedos pelos meus cabelos.

– Você tem que contar para alguém Percy – não respondi – tem que contar o que ele fez.

Eu apenas balancei a cabeça em afirmação e aproveitei a sensação da sua pele contra a minha. Beijei a curva do seu pescoço e, como ela não me impediu, tracei uma trilha de beijos da sua clavícula até o pescoço e depois até o queixo indo pela linha do maxilar até chegar à orelha e mordi o lóbulo.

O coque mal feito se desfez e seus cabelos caíram em cascatas sobre os ombros. Estávamos tão próximos e foi automático quando minha boca chegou á dela, então percebi que eu ansiava por esse beijo mais do que queria admitir. Passei a língua pelo seu lábio inferior e ela abriu a boca, quando nossas línguas se encontraram foi como um choque térmico e eu sentia minhas mãos inquietas ao lado do corpo.

A peguei pela cintura, fazendo Annabeth se sentar no meu colo e a fazendo arquejar de surpresa quando eu a puxei contra o meu corpo e passei a mão pelas suas costas enquanto nos beijávamos. Suas pernas envolviam o meu quadril e eu segurei suas coxas enquanto ela mordia o meu pescoço me fazendo gemer de prazer e retomar sua boca na minha enquanto a levantava e levava para a cama onde me deitei sobre ela. Seus cabelos loiros estavam espalhados, os cachos loiros reluzindo. Ela usava apenas shorts jeans e uma blusa de seda de alcinhas e um sutiã tomara-que-caia (tomara...).

Totalmente sem alças.

Totalmente sexy.

Olhei para ela esperando algum sinal de que eu estava indo longe demais, mas tudo o que vi foi sua maior expressão de desejo. Sim, ela me desejava.

Arranquei sua blusa fora, beijando de sua barriga até o meio dos seios, que não era nem um pouco protegido pelo tomara-que-caia - a pele quente sobre meus lábios – e voltei para sua boca enquanto ela prendia os dedos nas alças da minha calça jeans e me puxava para mais perto. Como se fosse possível.

A sua língua se prendia à minha e quando paramos de nos beijar estávamos ofegantes, mas ela pareceu se recuperar primeiro, beijando lentamente – quase dolorosamente – meu pescoço. Enquanto isso minha mão procurava freneticamente o zíper do short jeans e ela arquejou de prazer quando passei a mão livre pela sua barriga e encontrei o zíper quando...

– Annabeth! Querida! Onde vocês estão? – O pai de Annabeth gritou do andar de baixo, subindo as escadas.

Droga, mil vezes droga.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpe erros e incoerência, but, eu não tive tempo de revisar babies! COMENTEM! É UMA ORDEM DO PRESIDENTE SNOW (morra presidente...).
Anyway, alguém aí ta ansioso pelo lançamento de 'The One' amanhã? Já leram os dez capítulos que tão na net? UnlockTheOne.com
Kisses ;) Divulgue isso .-. comentem, recomendem seilah beijos!
~bybye



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "[Should I Trust You?]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.