–Elena volte aqui, ainda não terminamos de conversar mocinha. –Falou minha mãe em quanto vinha atrás de mim, porem foi mais rápida. Entrei no meu quarto e tranquei a porta.

–Elena abra esta porta agora!- Ordenou minha mãe, porem eu estava sem forças e sem vontades para abrir aquela maldita porta e levar sermão.

A única coisa que fui foi me deitar e chorar mesmo sabendo que isso não ia mudar nada.

[...]

Depois de ter ficado a noite inteira chorando adormeci e tive um dos piores sonhos que alguém poderia ter, sonhei que tinha me separado de Damon e que ele conseguiu seguir com sua vida e achou um novo amor. Naquela manha acordei assustada.

Fui ate o banheiro e me olhei no espelho e me arrependi profundamente, eu estava um caco, meus cabelos estavam armados, meu rosto estava todo vermelho e inchado por causa do choro e eu estava com olheiras enormes. Resolvi tomar banho para ver se melhorava algo.

Depois de banhada e trocada desci as escadas, aquela hora meus pais já deveriam estar no serviço então eu poderia tomar meu café tranquilamente.

ERRADO!

Assim que entrei na cozinha dou de cara com os dois me esperando na mesa, eu já estava dando meia volta quando minha me chamou.

–Nem ouse sair e se trancar no quarto outra vez Elena Gilbert, volte aqui, precisamos conversar.

–Conversar? Na verdade eu só tenho que ouvir não é? Porque nesta casa minha opinião não vale de nada.

–Claro que vale Elena, mas você precisa entender que isso é melhor pra gente.

–Melhor pra vocês, eu acabei de me acostumar a viver deste modo, ate gosto, consegui novos amigos, estou me adaptando novamente com o meu lugar escolar e estou ate namorando coisa que vocês sabem que é difícil pra mim e ai chega vocês dizendo que precisamos mudar por causa de dinheiro? Me poupem, se querem tanto mudarem pra lá se mudem, mas primeiro me dêem emancipação.

–E você acha mesmo que a gente vai viajar para outro lado do estado e te deixar aqui sozinha?- Perguntou minha mãe como seu eu fosse louca.

–Minha vida inteira foi assim, porem vocês moravam no mesma casa. Vivia sozinha, fazia refeições sozinha, conversava sozinha e fazia outras milhares de coisas sozinhas, sabem por que? Porque vocês davam mais atenção ao trabalho do que pra mim e estão prestes a fazer isso de novo.

– Elena, você tem certeza que preferi ficar aqui sozinha do que ir viajar com a gente?-Perguntou papai.

–Tenho!-Disse já convicta da minha escola.

–Ok então eu e sua mãe vamos pensar, mas apenas pensar nesta possibilidade.

–Alaric, não! Ela é muito nova para morar sozinha. –Falou minha mãe com uma cara nada boa.

–Jenna, eu disse que depois nos conversaríamos sobre isso, agora Elena sentasse, esta é a hora da nossa principal refeição do dia, temos que tomar ela em paz e sem discussões.

O resto do café foi tranqüilo depois que eles foram trabalhar subi para meu quarto para pegar meu material, assim que desço as escadas novamente escuto uma buzina e vou logo para janela e dou de cara com o carro de Damon na frente de casa, sai correndo para fora de casa.

–Damon o que você esta fazendo aqui? Você precisa repousar, sua mãe sabe que esta aqui?

–Não sabe e você não vai dizer nada para ela.

–É claro, o filho todo engessado dela some e ela nem vai perceber.-Disse revirando os olhos.

–Elena, estou cansando de ficar naquele quarto sem fazer nada.

–Eu sei meu amor, porem você precisa para ficar melhor logo e voltar a fazer suas atividades de sempre sem perigo.

–Repete.

–O que?

–Isso que você me chamou.

–De amor?-Perguntei e ele sorriu torto.-Amor, amor, amor, meu amor.

–Não canso de ouvir isso.-Disse.

–Damon, agora falando serio, você tem que voltar pra sua casa e logo.

–Affe, ok você venceu.

–Espera ai.

Fui ate a garagem e tirei meu carro de lá.

–Vou junto para ter certeza que você vai pra casa mesmo.

–Pra onde mais eu iria?

–Eu sei lá, você é meio louco, agora vamos se não irei chegar atrasada na escola.

–Ok senhora mandona.

‘Deixei’ Damon na sua casa e fui direto para escola, espero que não chegue atrasada.

POV. Damon

Depois da insistência da Elena, voltei derrotado para casa, assim que coloquei o pé dentro de casa minha mãe parece na minha frente.

–Posso saber onde o senhor estava?-Perguntou seria.

–Fui em uma tentativa frustrante de ir para o colégio, porem uma certa garota me fez voltar pra casa.

–Moleque onde já se viu, você ta todo machucado e ta querendo ir na escola.

– Mãe, eu estou com alguns arranhões e não morto.

–Alguns arranhões? Você ta com costelas quebradas e uma perna e diz arranhões? Já pro seu quarto descansar e só vai sair de lá quando eu deixar.

–Ok, ok.

Fui ate o meu quarto e me acomodei na cama, aquilo estava um tédio, sem ninguém pra conversar, sem poder levantar, o que me restou foi ver televisão e esperar o horário das aulas terminarem para conversar com a Elena.

[...]

Quando deu 14:30 alguém bateu na porta do meu quarto.

–Pode entrar.

–Oi Dam. –Disse Elena sorrindo de lado.

–Oi, senta ai.-Falei apontando para um lado da cama que estava vazio.

–Damon preciso te contar uma coisa, e é serio.

–Fala logo mulher, não me deixa angustiado.

– Meu pai conseguiu um emprego em New York e pretende se mudar pra lá.- Falou com seus olhos fechados.

Naquele momento o meu redor começou a girar.

–Damon você estava bem?-Perguntou Elena preocupada.

–Claro que não , como você espera que eu fique bem sabendo que minha namorada vai morar longe de mim?

– Eu conversei com meus pais hoje e talvez, eu digo talvez, eles deixem eu morar aqui sozinha.

–Mas se eles não deixarem?

–Não seja pessimista, temos que pensar positivamente, acho que meu pai deixa, mas antes ele tem que convencer a dona Jenna .- Falou em quanto se aconchegava em meus braços.

–Espero mesmo que eles deixem, pois acho que não sei mais vivem sem você.

–Pra quem antes me odiava você da vendendo amores por mim.- Disse Elena rindo.

–Engraçadinha.

Ficamos o resto do dia ali, conversando e curtindo a presença um do outro, mas mesmos assim não saiu da minha cabeça a possibilidade de ficar sem a minha morena.

CONTINUA...