“Yeah, você tem aquela coisa especial

Acho que você vai entender

Quando sinto aquela coisa

Eu quero segurar a sua mão

Eu quero segurar a sua mão

Eu quero segurar a sua mão”

I Want To Hold Your Hand – The Beatles

P.O.V ERIC

Acordei cedo em pleno sábado, ainda estava na cama olhando para o teto e pensando em qualquer coisa, decidi me arrumar e descer pra tomar café.

– Bom dia.- disse logo quando vi minha mãe preparando a mesa do café.

– Bom dia meu amor, dormiu bem? – disse minha mãe.

– Sim, consegui um emprego ontem... – disse e ela me olhou surpresa.

– Sério? Que bom, eu também consegui um emprego de secretária de um empresário, mas... me conta o que você vai fazer nesse emprego? – perguntou minha mãe interessada, e... que empresário famoso é esse?

– Eu vou cantar, não vou ganhar muita coisa mais o suficiente eu ganho, e que empresário é esse? – perguntei erguendo a sobrancelha.

– Oh que bom! To orgulhosa de você, finalmente alguém além de mim vai ouvir sua voz! Aah, você não conhece, ele não é um empresário muito famoso mais vai pagar bem. – disse minha mãe animada.

– Huum.. só mais alguns bêbados vão ouvir minha voz, de lucida só você mesmo. – disse divertido.

– Você e esse seu pessimismo. – ela disse revirando os olhos.

– Não é pessimismo é realismo, vamos comer logo que eu to com fome. – falei mudando de assunto.

– Educação mandou um abraço. – disse minha mãe risonha.

– Manda outro pra ela. – respondi e minha mãe mostrou a língua, sorri com isso.

...

Eu estava andando por Londres, resolvi sair um pouco de casa pra conhecer melhor a cidade, as pessoas andavam sempre apressadas na correria, a rua estava bem movimentada, acabei trombando com alguém.

– É me desculpe... não vi você. – disse o cara que se esbarrou comigo, pera.. é o nerd da sala?

– Vê por onde anda cara. – eu disse no meu tom habitual de sempre.

– É mals ai, é que eu to nervoso, chamei uma mina que eu sou afim a muito tempo pra sair e não sei o que fazer. – ele disse, realmente ele parecia estar nervoso.

– Sexo, faça sexo, eu sei que você deve ser virgem mais cara é muito fácil relaxa. – eu tava tentando aconselhar ele ué.

– Eu não sou virgem porra! Não é porque me chamam de nerd que isso significa que eu não saiba usar o meu pinto. – ta, por essa eu não esperava.

– E a Carly é diferente, ela tem algo a mais.. eu sei que você não vai entender. – não mesmo.

– Huum, que seja nós dois sabemos que sempre acaba em sexo, mais chame isso do que quiser. – eu disse revirando os olhos, a qual é? Acaba em sexo mesmo, não sei pra que todo esse draminha.

– Érr... você não quer ir na festa comigo? – ele disse passando a mão no pescoço nervoso.

– Cara eu não sou gay, tu não disse que ia sair com a mina? E que merda de festa é essa? – eu disse, esse nerd tava me estranhando, mais pensando bem eu precisava de sexo, e se é uma festa com certeza eu arranjava uma qualquer pra me dar prazer por uma noite.

– Não, não é isso, é que eu chamei a Carly pra ir na festa comigo e ela aceitou mais eu não sei se ela vai mesmo, sei lá talvez ela tenha vergonha de sair com um cara como eu, e como vai ter gente da escola mais eu não falo com ninguém, sei lá você podia ir só pra eu não chegar sozinho... ai cara foda-se nem sei o que eu to falando. – na boa esse nerd é muito confuso.

– Tá eu vou, mais eu só vou porque eu preciso transar, não to fazendo nenhum favor pra você, mais mesmo assim você me deve uma, nunca se sabe quando eu preciso colar em provas. – eu disse e ele revirou os olhos.

– Tá tá, valeu ai, aliás meu nome é Christopher e o seu? – ele dizia dando um tapa leve no meu ombro.

– Eric, e não encosta em mim, não somos amigos, que horas é a festa? – eu disse e ele arregalou os olhos, não gosto de gente, eu ando melhor sozinho.

– É oito horas, num clube perto da escola...

Ele continuou falando alguma coisa, mais eu simplesmente virei as costas e continuei o meu caminho, porra eu fiz uma pergunta ele me respondeu e pronto já tive minha resposta, não preciso ouvir o resto, o resto não me interessa.

...

Já estávamos na festa a uma meia hora, Christopher parecia que tava com Mal de Parkinson de tanto que tremia porque a mina não chegava, na boa ele já tava me irritando, eu já ia dar um soco nele quando ele para.

– Ela chegou! Porra ela chegou, como eu to? – ele disse virando pra mim.

– Tá parecendo um gay. – respondi sério. Qual é? Tava mesmo.

– Ah, ela trouxe a Natalie, nossa elas tão gatas. – ele disse olhando pra porta do clube.

Eu olhei pra porta no momento em que ele disse Natalie, uool ela tava muito quente, gostosa pra caralho, ela ainda não tinha me visto e o nerd já tava falando com a tal da Carly, então eu fui pro bar beber alguma coisa.

– Nossa, você tá muito gostoso hoje Ericzinho, aliás gostoso você ta todos os dias. – disse a mina que jogou os peitos na minha cara no primeiro dia de aula, acho que é Melanie, a mina tava me abraçando como se fosse alguma coisa minha, odeio que me abracem.

– Não encosta em mim, e é Eric, se me chamar dessa merda de novo você morre, fui claro? – disse no meu tom mais frio possível enquanto tirava as mãos dela de mim.

– Você tá muito estressadinho, vem comigo que eu te deixo mais calmo. – ela disse sussurrando no meu ouvido, na boa qual é o problema dela com diminutivos?

– Não to precisando de programa hoje, valeu. – disse e dei as costas pra ela, deu pra sentir que ela me deu uma boa fuzilada, na verdade eu precisava de um bom programa mais não de alguém que provavelmente nem sabe contar até dez.

Parei em algum canto e dei uma boa observada, procurando alguém, achei. Natalie tava dançando no meio da multidão, ela dançava muito bem e provocava quem quer que fosse, passava a mão pelo corpo e fechava os olhos mordendo o lábio inferior, eu já tava duro só de ver ela dançando, e aquela bunda, ah aquela bunda tinha que ser minha ainda hoje, Natalie chamava muita atenção todos os caras olhavam pra ela, com o mesmo desejo que eu tava, quando Natalie abriu os olhos ela teve seu olhar direcionado pra mim, parecia surpresa. Quando eu vi já estávamos dançando colados e suados, dançámos varias musicas e eu já estava mais duro do que nunca, eu apalpava sua bunda gostosa sempre que podia, ainda não era o suficiente eu precisa de mais do que isso, seus olhos se encontraram com os meus e eu tive certeza, tive certeza que não era só a bunda dela que me interessava, ela tinha alguma coisa, ela tinha aquela coisa e eu podia ficar ali olhando seus olhos por muito tempo, mais meu desejo era mais do que isso, eu desci meu olhar pra sua boca, nossas bocas já estavam quase coladas quando alguém decide nos interromper.

– Você tá me dispensando por ela? – Melanie brotou do nada do meu lado, cara ela não cansa não?

– Qualquer um te trocaria por mim, você é uma puta, só te procuram pra fazer sexo sem ter que pagar. – disse Natalie sorrindo vitoriosa pra Melanie, só ouvi verdades.

– Pelo menos eu transo e você? Aposto que você ainda é virgem sua piranha. – disse Melanie, isso não vai prestar.. prevejo treta.

– Minha vida sexual não cabe ao seu interesse, piranha eu? Por acaso tem um espelho na minha frente? – respondeu Natalie, as duas já tavam bem irritadas, pensando bem seria muito excitante ver briga de gostosas...

– Pois é, a única piranha dessa festa é você e suas seguidoras de merda. – disse Carly surgindo do além, ela deu um olhar cumplíce pra Natalie.

– Fica na tua sua nerdzinha mal comida. – disse Melanie pra Carly.

– Não fala assim com ela! – Christopher defendia Carly, ele parecia nervoso. Eu vou acabar com essa merda não tenho paciência pra isso.

– Chega dessa putaria, já disse que eu não quero a porra do teu programa, na real ninguém aqui quer então procura manter a boca fechada eu sei que é difícil pra você, mais com a boca fechada você fica menos pior. – eu disse olhando firme pra Melanie, cara essa mina precisa levar uma surra dos pais.

– Isso não acabou aqui. – ela disse e saiu andando.

Me sentei na mesa mais próxima e pedi um drink, logo Natalie estava junto comigo me encarando, ficamos nos olhando por pelo menos 2 minutos até o cara trazer a bebida pra mim.

– Algum problema? – perguntei pra ela.

– Não precisava ter defendido a gente. – ela disse enquanto ainda me olhava.

– Eu não defendi ninguém, a voz dela me irrita só isso. – era verdade, eu não tava defendendo ninguém, só tava achando aquela situação entediante.

– Uhuum... – ela desviou seu olhar do meu e olhou pra algum lugar da multidão, acompanhei seu olhar e vi o que ela estava olhando, Christopher e Carly tavam se comendo no meio da pista, é pelo menos alguém se deu bem hoje.

– Eles fazem um casal lindo não? – Natalie me perguntava enquanto ainda olhava eles, é realmente eles pareciam combinar.

– Tanto faz... – eu disse ainda olhando pra ela, eu não me canso de olhar pra ela, mais que merda.

– Na boa, você precisa de sexo. – ela disse divertida, eu sei disso porra.

– Quer transar comigo? – fui direto ao ponto, a intenção era ter a bunda dela pra mim mesmo.

– Até parece que eu entregaria meu corpito pra alguém como você né Green.. – ela demorou pra responder, eu sei que ela quer tanto quanto eu.

– Jura Foster? Porque eu acho, acho não.. eu tenho certeza, que você ta louca pra gemer meu nome. – eu disse sorrindo de canto e ela arregalou os olhos, bingo!

– Érr, eu vou pra casa.. – ela disse se levantando.

– Eu te acompanho. – disse me levantando junto.

– Não precisa, eu vou sozinha. – teimosa...

– Eu não pedi sua permissão. – ela me encarou e se deu por vencida, se despediu da amiga dela e saímos do clube.

O silêncio pairava entre a gente, não estava muito tarde mais Londres estava calma e sem movimento, uma brisa fria pairava sobre nós, se ouvia apenas o salto dela batendo contra o chão.

– Por que você me olha tanto? – ela perguntou enquanto caminhávamos.

– Não te interessa. – ela já fez essa pergunta quantas vezes mesmo?

– Nossa cara você é muito maduro, parabéns. – ela disse irônica.

– Nossa cara você é chata pra caralho, meus pêsames um dia serão dados aos seus pais. – respondi mais irônico ainda.

– E é essa chata aqui... – ela passava a mão no seu corpo. – que você quer na sua cama. – ela sussurrou no meu ouvido.

Me aproximei do ouvido dela lentamente, inalando seu perfume tirei seus cabelos do pescoço, ela se arrepiou só com o meu toque, sorri disso.

– Foster, Foster, não brinque com fogo que você vai se queimar..- sussurrei em seu ouvido e seus pelos ficaram em pés com a minha aproximidade.

– Da pra você desgrudar de mim? – ela disse ofegante.

– Por que? Eu te deixo nervosa? – perguntei olhando pra ela sorrindo. Você ainda vai acordar na minha cama garota.

– Vai se fuder garoto! – ela disse nervosa.

– Só se você vier comigo “garota”- dei ênfase no garota.

– Você é ninfomaníaco por acaso? – ela disse risonha.

– Você me deixa perto disso. – respondi sério.

– Chegamos. – ela disse mudando de assunto, ela tinha uma casa bacana.

– Não vai me agradecer? – perguntei risonho.

– Não, você veio porque quis, não te obriguei a nada. – ela disse fingindo estar séria.

– Boa noite marrentinha. – disse me virando pra ir embora.

– Boa noite tarado. – sorri com isso, é Natalie você definitivamente tem aquela coisa...