“Então, querida, agora
Me leve em seus braços amorosos
Beije-me sob a luz de milhares de estrelas
Ponha sua mão em meu coração acelerado
E estou pensando em voz alta
Que talvez tenhamos encontrado o amor bem onde estamos”

Thinking Out Loud – Ed Sheeran

– E... também admito que te quero nu na minha cama e bom... de preferência, agora!

...

Eric levou a sério o agora, pois de imediato me jogou contra a cama e numa velocidade impressionante tirou seus tênis, e se colocou sobre mim se apoiando com os cotovelos na cama, para não deixar o peso do seu corpo cair totalmente no meu, no momento inicial ele apenas ficou me encarando, olhando diretamente nos meus olhos, com uma de suas sobrancelhas erguidas e um sorriso vitorioso e malicioso em seus lábios.

– Você é uma garota bem difícil de admitir coisas obvias né marrentinha? - ele sussurrou no meu ouvido direito trazendo-me arrepios gostosos na nuca.

– E você é um garoto bem persistente... - disse o encarando nos olhos fazendo ele soltar um riso fraco.

– Eu não desisto de uma coisa que eu sei que vai ser minha desde o inicio sabe? – ele disse se achando.

– Anw ta falando de mim? – disse brincalhona.

– Na verdade eu tava falando da sua bunda, mais como ela pertence a você, acho que você ta certa. – um sorriso cafajeste surgiu em seu rosto depois de ver minha cara de indignada.

Não aguentei e acabei rindo, fazendo-o rir também, dei um leve impulso e inverti nossas posições, ficando encima dele. Prensei cada um de seus braços do lado da sua cabeça o surpreendendo, ousei chegar a um centímetro da sua boca e dei um sorriso de vitória.

– Engraçado... minha bunda ainda não é sua.. – disse fazendo uma cara de inofensiva.

Afrouxei seus braços e me distanciei, fingindo que ia sair da cama, num ato de impulso Eric pegou nos meus braços e inverteu nossas posições novamente.

– A gente vai dar um jeito nisso. – ele disse de um jeito sedutor.

Antes que eu pudesse pensar em uma resposta, Eric atacou meus lábios rapidamente, como se quisesse me calar e acabar logo com isso, ou melhor... começar logo com isso.

Sua língua massageava levemente a minha enquanto ele passava suas mãos ágeis pela minha barriga me causando arrepios. Minhas mãos chegaram aos botões da sua camisa e praticamente rasgaram os que ainda estavam fechados, fazendo Eric sorrir enquanto me beijava. Joguei-a em qualquer lugar do quarto, e o oxigênio se fez necessário, fazendo Eric transferir seus beijos de minha boca para o meu pescoço, e apertar fortemente minha bunda me causando leves gemidos. Suas mãos chegaram a barra da minha camiseta do pijama e eu levantei os braços para cima para ajuda-lo a tira-la de mim, Eric continuou sua trilha de beijos até o meio dos meus seios me fazendo suspirar, ele parou e olhou nos meus olhos como se quisesse uma aprovação minha.

– Vai logo Eric.. – disse quase gemendo fazendo-o rir.

Ele ergueu minhas costas levemente e a acariciou até chegar ao fecho do meu sutiã o abrindo cuidadosamente e o jogando em qualquer lugar. Por algum motivo eu fiquei com vergonha, eu não era virgem mas também não tinha muita experiência no assunto, Eric me avaliou e deu um sorriso de aprovação me deixando mais tranquila e me fazendo focar no que eu devia focar. Ele abocanhou o meu seio esquerdo e com a sua mão livre massageou o meu seio direito, me fazendo gemer quase de imediato, eu dava leves puxões nos cabelos da sua nuca e arranhava suas costas com força o fazendo soltar gemidos reprimidos. Puxei sua cabeça para cima e encontrei seus lábios o beijando desesperadamente, numa rapidez incrível Eric tirou meu short e direcionou beijos molhados pelas minhas pernas, coxas, até chegar na minha virilha me fazendo gritar um gemido que o fez sorrir enquanto trabalhava naquela área. Ele levantou e puxou minhas pernas colando-as ao redor de sua cintura me surpreendendo e ergueu minhas costas me pegando no colo, fazendo nossas intimidades se chocarem nos fazendo gemer juntos. Dava pra ver que ele já estava bem excitado.

– Eu to com menos roupas que você... isso é tão injusto tarado. – eu disse sussurrando sedutoramente em seu ouvido fazendo Eric se arrepiar.

Eric me chocou contra a parede e eu soltei minhas pernas da sua cintura quase caindo, levei minhas mãos ao zíper da sua calça e a tirei junto com sua cueca boxer preta fazendo seu pênis pular para fora.

Fiquei admirando sua intimidade, era grande e eu estava louca para tê-lo dentro de mim. Olhei para Eric e ele me encarava querendo saber o que eu estava pensando.

– Gostou do que viu? – ele perguntou colando mais ainda nossos corpos, fazendo seu pênis ereto roçar na minha intimidade me fazendo gemer e ficar toda molhada.

– Da pro gasto... – eu disse, não acreditando nas minhas próprias palavras, Eric puxou meus braços e os colou na parede com força me causando dor e prazer ao mesmo tempo, chegou perto do meu ouvido e sussurrou.

– Isso é o que nós vamos ver. – ele disse com aquela voz rouca que eu tanto amo.

Eric me empurrou novamente pra cama e se deitou sobre mim me beijando ferozmente até que eu sinto um estalo de cada lado da minha cintura dando uma sensação de belisco.

– Eric! Você rasgou minha calcinha?! – disse surpresa e com vontade de rir, só ele mesmo.

– Depois eu compro outra marrentinha. – ele disse revirando os olhos.

Ok, era agora ou nunca.

Eric abriu minhas pernas levemente e se encaixou no meio delas me penetrando devagar e com cuidado, a sensação foi ótima mas eu ainda senti um pouco de dor por ter tido só uma relação que já foi a muito tempo. Ele continuou indo e vindo num ritmo devagar até se adaptar ao meu interior e sentir que eu estava mais a vontade, gemíamos juntos e a dor já tinha ido embora.

– Mais ra raa rápido.. – praticamente implorei pra ele não conseguindo deixar as palavras saírem normalmente.

Eric prontamente aumentou o ritmo apoiando sua cabeça na curvatura do meu pescoço, a sensação do prazer era inexplicável e nós dois gemíamos juntos e sincronizados, era incrível como nos encaixávamos perfeitamente bem, nossos corpos pareciam terem sido feitos um para o outro. Senti minha intimidade apertar contra a sua, e um formigamento sob meu ventre que me causava mais prazer ainda se fez presente, meu corpo tremeu e eu senti uma explosão deliciosa saindo de mim me fazendo gemer alto ao perceber que tinha chegado ao meu ápice, Eric veio logo depois de mim e eu senti seu liquido caindo todo dentro de mim, ele se deitou ao meu lado, nossos corpos estavam suados e estávamos ofegantes e cansados.

– Eu te machuquei? – ele perguntou olhando pra mim com aqueles olhos negros de uma forma preocupada.

– Claro que não... você me deu o melhor orgasmo da minha vida. – eu disse suspirando o fazendo sorrir de banda.

– Não vale, você só tinha transado com um cara antes de mim. – ele falou brincalhão.

– É verdade! Tenho que começar a transar com outros caras, pra ver se você é bom mesmo. – disse zombando da sua cara que se fechou assim que eu soltei a frase.

Eric puxou minha cintura de uma forma possessiva e me colou contra o seu corpo e beijou minha testa.

– Na verdade você só tem que transar comigo marrentinha, você é minha! – ele disse me fazendo sorrir.

Deu um beijo leve nos meus lábios, e abraçados e mais juntos do que nunca, acabamos dormindo.

...

Acordei com os raios do sol batendo no meu rosto, tatuei cegamente a cama e não encontrei quem procurava, abri os olhos e fitei o teto me lembrando da noite anterior com um sorriso bobo nos lábios, senti um cheiro delicioso de café e pão fresco, ele ainda estava aqui.

Levantei e me direcionei para o banheiro, tomei um banho rápido e fiz minha higiene pessoal. Coloquei minha roupa intima e vi que a camisa social preta e desgastada do Eric, ainda estava no meu quarto, por preguiça de ir até o armário, por pressa de comer e admito, por vontade de ter seu perfume perto de mim, a coloquei. Desci as escadas e me deparei comigo mesma parada na porta da cozinha vendo Eric terminando de fazer o café, ele estava apenas com a sua cueca, e eu não pude perder a chance de avalia-lo melhor. Cabelos negros rebeldes, costas largas e fortes, pele branca e pálida, tinha uma bunda gostosa, e pernas fortes também. Eric finamente notou minha presença e me lançou um sorriso de lado percebendo que eu o observava, odiava ser pega no flagra.

Fui até a mesa e me sentei na cadeira, me servindo do café da manhã.

– Bom dia pra você também! – Eric disse ainda me observando.

Estando de frente a mim, e com sua cueca boxer preta, era impossível não notar o volume que havia ali, voltei a encara-lo e ele mantinha a sobrancelha erguida, daquele jeito como se tivesse tentado entender no que eu estava pensando.

– Bom dia. – disse apenas.

Ele se sentou de frente pra mim e começou a tomar seu café também, ora ou outra, eu o pegava me encarando. Ele devia estar se perguntando o porque de eu estar tão quieta, ou porque eu não olhava nos olhos dele por mais de 2 segundos. Eu não conseguia, ou melhor, eu não sabia o que fazer, não vou bancar a virgem inocente, até porque eu não sou. Mas eu não sabia o que falar, sobre o que falar, e a ideia de que talvez eu não tenha deixado Eric satisfeito, da mesma forma que ele me deixou, me apavorava. Eu não sabia se tinha ido bem, não sabia se tinha feito direito, se ele tinha gostado, será que eu devia perguntar?

– Olha, se for pra ficar nesse clima, eu vou começar a me arrepender da noite de ontem. – ele disse interrompendo meus pensamentos e me pegando desprevenida.

– Não, não é isso... é que.. – eu falava sem ao menos olhar pra ele.

– É que o que Natalie? – Eric disse e ergueu meu queixo pra olhar pra ele.

– É que você sabe que... olha quando eu perdi minha virgindade eu não tava 100% lúcida e... eu não sei como agir, eu não sei se eu fiz certo e o pior de tudo.. eu não se você gostou! – disse de uma vez só fazendo Eric arregalar os olhos.

Ele riu, melhor, ele gargalhou, por uns dez minutos ou mais. Seus olhos ficaram vermelhos e ele já tava quase chorando de rir, eu fiquei sem reação, o que eu poderia fazer?

– Sério isso? – ele disse se recompondo.

– Nem parece a Natalie que eu conheço.. – ele disse revirando os olhos e me lançando um sorriso sincero.

– É eu sei... esquece. – disse suspirando, to parecendo uma idiota.

– Relaxa marrentinha, você foi muito bem, uma das melhores transas da minha vida, e você sabe que eu pratico muito. – ele disse brincalhão piscando pra mim, me fazendo sorrir e revirar os olhos.

– Mas... já que você ta tão preocupada, a gente pode praticar mais sabe... pra você se sentir mais segura e tals. – ele disse se levantando e vindo até mim.

– A gente pode comer primeiro? – perguntei sorrindo.

– Eu já vou comer você então... – ele disse balançando os ombros com desdém. Ele nunca mudaria, na verdade, nós nunca mudaríamos. Ri dos meus pensamentos.

Vamos ter uma longa manhã.