Demigods Avengers escrita por Hime


Capítulo 18
Capítulo Dezoito – Negociações.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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―Zeus te proibiu de beber exatamente vinho que era o único tipo de bebida alcoólica da época. ―Eu disse com um sorriso malicioso percebendo Dionísio acompanhar meu raciocínio. ―Não significa que você não possa beber as novas bebidas alcoólica da época e tem outro pequenino detalhe.

―Mas como ele pode fazer um erro desses?―Dionísio perguntou descrente não querendo ter falsas esperanças. ―Quero evidências.

―Para isso façamos um teste. Essa teoria foi criada por mim, Bruce e alguns dos meus melhores cientistas da Stark. ―Disse com um sorriso orgulhoso. Admiro o esforço e dedicação que os meus soldados empregam para Stark crescer e ajudar semideuses. ―Sim, eles são semideuses. Variando entre Atena, Hécate, Apolo e Hefesto. E antes que peça; é só isso que direi.

―Obrigado. Eu entendo. ―Ele assentiu com as mãos sob o queixo e um semblante contemplativo. ―Continue.

―Muito bem. Você é o deus do vinho e da loucura, em algumas leituras, interpretada como “alegria”. O que significa que seu símbolo de poder é a uva, mais especificamente o próprio vinho. Ele é aquilo que te fortalece. Fazendo com que para alcançar seu nível de poder máximo, você precisa consumi-lo. ―Nesse momento, percebi o ligeiro erguer de sobrancelhas em surpresa. ―Você não poderia ter sido castigado dessa forma, porque Zeus não tem o poder impedir uma divindade de usar seu próprio símbolo de poder. O único que poderia fazer isso é o próprio Caos, mas ele desapareceu há milênios quando os primeiros titãs começaram a surgir. Isso somado ao fato de que ele te “proibiu” especificamente de tomar vinho, a ÚNICA bebida alcoólica da época.

―Muito bem. Tudo isso parece muito plausível, Stark. ―Dionísio disse se levantando da cadeira e sorriu batendo palmas. ―Mas então como em todas as minhas tentativas de beber vinho nesse acampamento falharam?

―Você nunca pensou que Zeus recorreria a Hécate para enfeitiçar esse lugar de forma que você não pudesse beber vinho aqui?―Perguntei sarcasticamente erguendo a sobrancelha, de modo, irônico. ―Por que acha que ele te prendeu nesse lugar especificamente?Esse lugar é protegido por magia. Hécate é uma deusa poderosa, mas é menosprezada e não tem aliados no conselho, então para Zeus conseguir obrigá-la a ajudar em seu castigo não é muito esforço. ―Expliquei indiferente e um sorriso frio começou a surgir ao perceber a surpresa no rosto de Dionísio. ―Porém, a barreira parece estar enfraquecendo diante dos contínuos ataques que vocês vêm sofrendo.

Dionísio ficou contemplativo com as mãos sob o queixo encarando o vazio enquanto eu dei um sorriso de canto percebendo que chamei a atenção de Dionísio para a lógica de seu castigo. “Parece que terei um aliado no conselho olímpico. O que é uma vantagem considerando que todos não vão com a minha cara, ultimamente.” Pensei lembrando-me da fúria de Zeus diante de minha decisão.

―Precisamos por sua teoria à prova.

Eu sorri irônico sinalizando com a mão para que ele esperasse e pedi através o meu microcomunicador que Summers me trouxesse a maleta que havia separado pra isso. Summers é um dos meus mais fiéis soldados e um dos primeiros que ajudei quando expandia meu Império. Ele é um dos filhos de Hécate que trabalhou inicialmente como um dos cientistas que ajudou no estudo da “vacina” para encobrir os rastros de semideus em nosso sangue. Eu peguei a maleta e tirando, de dentro dela, uma garrafa de: uísque, vodka, tequila e um Merlot.

―Precisamos de copos. ―Disse sorrindo relaxado enquanto Dionísio estalava os dedos criando três copos do ar.

Ele botou um pouco de cada bebida nos três copos e ficamos observando antes dele tomar o primeiro gole de vinho. Dionísio fez o impensável... Ele sorriu, tipo, realmente sorriu sincero. Bizarro, mas quem sou eu pra falar. Logo, depois ele testou a vodka, tequila e uísque. Ele parecia estar feliz quando olhou para mim. Dei de ombros mentalmente antes de olhar meu relógio de pulso.

―Bom, Dionísio, eu adoraria ficar e bater papo. Mas eu tenho que resolver umas coisas com a minha esposa. ―Me despedi indo em direção a porta quando ele me chama.

―Stark, nós vamos nos reunir aqui amanhã no mesmo horário. Pode chamar seus amigos, se quiser. ―Ele disse seriamente e eu voltei a caminhar. ―E obrigado por nos ajudar. Eu agradeço em nome dos meus irmãos também. ―Dionísio disse me oferecendo sua mão e eu fiquei surpreso antes de apertar sua mão, ainda chocado.

Eu saí da cabana e caminhei até onde minha esposa e as meninas estavam hospedadas. Estava procurando Ariel precisava da ajuda dela e das outras, se quisesse me reconciliar com a Thalia, quando ela surgiu da cabana dela. A loira parecia confusa e preocupada, então percebeu minha presença e sorriu aliviada antes de acenar para que eu me aproximasse.

―Tony. ―Ela me cumprimentou enquanto mexia no cabelo, nervosa. Um hábito que descobri graças a Thalia, que tem a mesma mania. ―Que bom que eu te encontrei.

―Eu preciso falar com você. ―Dissemos simultaneamente. ―O quê?Por quê?

Percebi que se continuássemos nessa, iríamos demora pra resolver o que precisamos resolver e eu preciso da ajuda dela para que meu plano seja um sucesso à noite. “Meu casamento depende disso.” Quando a Thalia se irrita, é um Senhor nos ajude. “Ela ainda está furiosa comigo, nós estamos numa trégua de aparências.” Pensei suspirando cansado. “Eu vou ficar grisalho antes dos trinta! Deus, que injusto!”

―Fala primeiro, Ari. ―Ofereci gesticulando para ela, que corou antes de acenar concordando.

―Eu queria falar sobre SHIELD. ―Ela sussurrou checando os arredores, para ter certeza que não estávamos sendo ouvidos. ―É importante.

―Ari, isso é um assunto demorado. ―Respondi sério evitando algo que pudesse mencionar meu segredo. ―Eu juro que eu irei falar sobre isso, mas agora eu preciso de sua ajuda para me redimir com a Lily. ―Tá, eu pareço realmente desesperado. Não era pra ser tão perceptível assim, mas está feito. ―Sério, Ari, eu preciso da sua ajuda e do resto das meninas.

―Eu SABIA!―Ela gritou acusadoramente apontando pra mim. ―Eu sabia que alguma coisa tinha acontecido com vocês. Vocês tinham essa aura estranha rolando e eu achando que era coisa da minha cabeça. Paranóia minha. ―Ariel dizia, distraída, andando de um lado para o outro gesticulando todo o tempo. ―Mas não! Vocês tinham brigado mesmo, e...

―Eu já entendi, Ari. Você estava certa. ―Interrompi sua linha de pensamento antes que saíssemos do assunto principal. ―E é por isso que eu preciso de você. ―Disse olhando seriamente para ela que acenou concordando enquanto íamos para a cabana das meninas. ―A Thalia está com a minha mãe?―Perguntei recebendo uma confirmação da loira, que me aliviou ao saber que não teria riscos da Thalia ouvir.

P.D.V. Thalia.

Percy e eu fomos tão cuidadosos. Sempre checando e ligando, ou usando vídeo-chamada e skype. A única coisa que somente os deuses sabiam era que o Thi é meu filho, bem, agora sabem que ele tem parte do Percy também. Não só eles, agora, os campistas também. “Por quê?! Por que eu?!” Mas isso não importa, o que importa é que eu tenho que treinar pra ficar mais forte. “Eu fui tão fraca. Tão arrogante que deixei meu treinamento de lado.” Pensei esfregando as mãos em frustração. Só de imaginar o que poderia ter acontecido, meu sangue ferve.

―Mamãe, vochê ta blava comigo?―Thi perguntou com os olhos brilhando de lágrimas não derramadas. ―Eu fiz algo elado?Eu julo que num foi pol mal. ―Ele se desculpou triste com a cabeça baixa.

―Non, non, mon bébé. Il me semblait agacé?* ―Eu disse o pegando no colo para abraçá-lo apertado. Ele enlaçou seus pequenos bracinhos no pescoço. ―Maman est très bien sur mon esprit, mon amour. Elle est inquiète pour toi, avec papa, grand-mère et ses oncles. Sans oublier le reste de notre famille. Ça y est, mon amour. Le souci. **

*N/T: Não, não, meu bebê. Eu parecia irritada?

*N/T2: A mamãe está com muita coisa na cabeça, meu amor. Ela está preocupada com você, com o papai, com a vovó e os seus tios. Sem falar no resto da nossa família. É isso, amor meu. Preocupação.

―Num palecia, eu num gosto de vê vochê blava. ―Ele cochichou no meu ouvido corado, como se fosse um segredo, eu ri abertamente com isso. ―Mamãe lindo é melho. Papa concolda comigo. ―Suspirei lembrando-me que ainda estou irritada com ele. “Por que tinha que ser tão difícil ficar irritada com ele? É quase um crime isso.”

Eu voltei minha atenção para Thiago que brincava com meu cabelo e a cabeça deitada no meu ombro. Eu comecei a balançá-lo de um lado a outro, andando pela cabana. Queria tanto poder aproveitar a infância do meu filho como deveria, meu pequeno prodígio. “Mas a vida nem sempre é como queremos, devia lembrar-se disso, Thalia.” Minha consciência aconselhou-me, porém, parecendo mais uma alfinetada.

―Bebê, você está com sono?―Perguntei percebendo os olhinhos entreabertos lutando para permanecer acordado. ―Vou tomar isso como um sim. ―Respondi rindo antes de acariciar a cabeça do meu bebê.

Sally chegou à soleira da porta e observou, com um sorriso maternal, Thalia botando Thi para dormir. Thalia fez gesto de silêncio e a mulher acenou concordando. Então perguntou se ele havia dormido através de gestos, os quais, Thalia, sorrindo amorosa, acenou que sim.

P.D.V. Autora.

Enquanto isso na Stark...

James tinha entrado em pânico quando soube pelo diretor Fury que Sally havia sido levada pelos titãs. Ele havia pensado que os planos traçados para manter o sobrenatural longe da família tinham falhado, porém, o diretor o acalmou avisando que os titãs estavam em busca de Sally tentando atrair o Percy e não sabiam sobre Thiago ainda. Entretanto, o homem sabia que era uma questão de tempo até que eles fizessem a conexão e aí, seria o Inferno na Terra. Ele suspirou novamente enquanto encarava a papelada que ainda tinha que terminar antes de ir para o heliporto e pegar um voo para o Acampamento Hero para buscar o neto e a esposa.

Sally havia acabado de ligar para acalmá-lo com o celular de Ariel e explicou a nova situação no Acampamento. Parece que os campistas descobriram sobre o Thiago e, é provável, que alguns desconfiem de sua herança. Percy decidiu ficar com a Thalia e Thiago já que seria mais seguro, caso, os monstros decidissem buscar por Sally novamente no mundo mortal. Quando estivesse no helicóptero, James avisaria ao diretor Fury que Sally já estava em segurança e precisariam checar com outros informantes semideuses sobre o perímetro de ação que a guerra está usando.

―Alerta vermelho!Alerta vermelho! ―Jarvis avisou a James, que estava terminando de ler alguns contratos de fornecedores. Um tanto distraído ainda pensando sobre a conversa que teve com Sally. Ele estava preocupado com a família que havia construído junto aos outros. ―Invasores nos setor beta e subindo para a cobertura. O sistema de segurança está iniciando o primeiro comando em caso de invasão.

Então o alarme de segurança da empresa começou a soar e o código de segurança foi ativado, as janelas foram totalmente fechadas com barreiras reforçadas de titânio e campos magnéticos ativaram-se impedindo o funcionamento de celulares e outros aparelhos não conectados ao canal central. Os comandos por voz também foram desativados. As portas foram fechadas com grades e paredes de titânio reforçado, suas senhas sendo alteradas e o sistema de dados envolvendo os projetos sendo apagados. Trancando o lugar e protegendo os principais arquivos para impedir a fuga e o roubo de dados extremamente importantes.

―Merda. ―James praguejou levantando-se para guardar a papelada em sua pasta enquanto se encaminhava, apressadamente, para o escritório da Thalia. Onde utilizaria o computador para se comunicar com Jarvis e assim protegê-lo contra spywares e malwares. ―Cacete, eu preciso de mais tempo.

O segundo comando de ação seria a evacuação, durante quinze minutos, do pessoal credenciado com o sistema. Então a SHIELD seria acionada enquanto o prédio iria ser lacrado, de forma que, nem mesmo o computador central seria capaz de abrir. James estava sozinho, então só precisaria ser rápido. “Percy morre se acontecer algo com esse programa.” Ele pensou enquanto corria contra o tempo. O homem havia chegado à porta do escritório da Thalia e estava terminando de fechar o sistema, quando olhou seu relógio de pulso. Faltavam cinco minutos para o fechamento.

James suspirou de alívio quando o computador ficou escuro. Ele se levantou rapidamente, derrubando a cadeira acidentalmente. Quando um par de braços femininos o abraçou por trás, pressionando seu corpo contra o dele surpreendendo-o. Então o delicado cheiro de flor de lótus invadiu suas narinas.

―É bom ver que continua firme e forte, James. ―Uma voz feminina ronronou maliciosamente perto de seu ouvido e James arregalou os olhos. ―Tão tentador quanto um fruto proibido. ―Ela continuou enquanto acariciava o peito dele.

―Alguns minutos para o fechamento total!Evacuem o prédio!―O alarme avisava enquanto as luzes começaram a apagar-se. Ele estava sem tempo. ― Alguns minutos para o fechamento total!Evacuem o prédio!


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Notas finais do capítulo

Até a próxima.
Abraços da Lorem Lunar.



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