Give Me Love escrita por Mrs Know All


Capítulo 8
Bêbado


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei, eu expliquei os motivos no grupo do face, mas explicarei aqui também.
Tive semana de testes e quero me sair bem, pois vestibular vem aí e sabe como é né? Então, eu não quero ter que deixar de escrever por isso atrapalhar os meus estudos, então estou fazendo de tudo para conciliar os dois. Isso acaba gerando uma demora nos post's, mas sei que você me entendem.

Esse capítulo é uma transição, não terá acontecimentos muito



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Capítulo 07 – Bêbado

Nunca acreditei muito nessas histórias sobre carma ou lei do retorno, sempre achei que eram apenas para amedrontar as pessoas a fazerem coisas erradas ou para que elas não quebrarem as regras impostas. Acho que foi por isso que o destino resolveu me mostrar que é ele que manda, se vingando por eu não acreditar no poder dele e do retorno. Acho que se eu pedisse desculpas agora não adiantaria mais. Mas, mesmo assim, vá se foder destino.

Não sei ao certo aonde estou indo, apenas sei que Calista deve estar infligindo, no mínimo, três leis de trânsito. Porque até onde eu sei, ela não está usando cinto de segurança, não tem carteira de motorista e acho que as árvores e as casas não deveriam passar tão rápido pela minha janela. Mesmo sendo o meu trabalho fazer-se cumprir essas leis, não estou exatamente muito ciente de que devo fazer meu trabalho.

Acho que já chorei e gritei enquanto batia em tudo que via na frente desde o momento que entrei nesse carro, mas aquele sentimento de traição, de mágoa continuava destruindo o meu peito. Nunca gostei de chorar, mas aquilo parecia a única forma de jogar aquilo para fora de mim, o que, pelo visto, não estava exatamente funcionando.

– Vamos. – A voz de Calista abrindo a porta de motorista do meu carro me despertou do transe mental em que eu estava totalmente entregue.

– Para onde? – Perguntei para o nada, pois Calista já havia batido a porta e estava abrindo a minha porta e me puxando pelo braço como se eu fosse uma criança pequena que precisasse ser guiada.

Deixei ela me guiar pela rua desconhecida, não sabia ao certo em qual bairro estávamos, mas não parecia ser um bom bairro. A rua mal iluminada com várias pessoas, maioria negra ou de cor, passando com cigarros, não sei de tabaco ou maconha, na boca que me olhavam estranhando a minha presença ali. Toda a rua estava lotada de bares, boates e algo que parecia ser um prostibulo clandestino. Calista me puxou com tamanha facilidade, que imaginei que ela estivesse malhando ultimamente e não que tivesse feito uma cirurgia grave no coração. Ótimo responsável eu sou, ela faz uma cirurgia e deixo ela dirigir um carro em alta velocidade, fazer compras, ir a um jantar para descobrir que sempre fui um disfarce enquanto os pares de “chifres” cresciam na minha cabeça.

Entramos num bar chamado The Angel, a fachada tinha uma cor viva vermelha piscando como se estivesse prestes a queimar, mas do lado de dentro era completamente agradável, toda escura com detalhes em vermelho, do mesmo jeito que a fachada. Estava lotada, de todos os tipos de pessoas, asiáticos, negros, latino-americanos e, é claro, brancos.

– Onde estou? – Perguntei novamente para o nada, já que Calista nem se deu o trabalho de virar-se para me olhar, apenas continuou a me puxar por dentro da multidão que pulava ao ritmo de alguma música eletrônica que estava fazendo sucesso na mídia.

Finalmente saímos do meio da pista de dança e chegamos ao bar, onde um cara malhado latino-americano agitava batidas e já ia pondo os drinques para as pessoas próximas ao bar.

– Ei Cly! – Ele gritou para nós por trás do balcão sem deixar de servir aos drinques.

– Kol! – Ela não sorriu, mas parecia alegre por encontrá-lo ali.

Sentei-me num dos banquinhos a frente do bar assim como a loira.

– Você sumiu loirinha. – Ele disse terminando de servir o último drinque para uma mulher gordinha negra. Ele se apoiou no balcão para falar com Calista que não recuou, nem mesmo quando os lábios do homem tocaram os dela. Eles pareceram se esquecer da minha presença ali, pois tive que pigarrear para que eles se afastassem. – Então, quem é o carinha novo?

– Ele está cuidando de mim. – Ela falou brincando com um palitinho que estava sobre a mesa. – Descobriu hoje que a ex é lésbica e estava trocando ele. – Ela falou mais baixo, mas, por causa da minha proximidade dos dois, consegui ouvir. – Traga o que você tiver de mais forte para ele.

Mal sabia eu, mas aquelas eram as últimas palavras que eu teria consciência de ouvir naquele dia.


– BEBE! BEBE! BEBE! – O som dos gritos de todos no bar enchia os meus ouvidos. Eu estava de cabeça para baixo sobre um galão de vodka que possuía um cano que estava ligado direto a minha boca. Não tinha mais consciência de quanto eu já tinha bebido, nunca fui muito forte quando o assunto era bebida.

Nunca ouvi tanta gente vibrar por mim quando eu terminei de beber o galão todo de vodka. Me seguraram me colocando de volta ao chão. Mal senti os meus pés tocarem no chão e desabei sobre este, parecia que a terra ao meu redor estava começando a girar e somente eu não tinha colado os pés no chão, porque todo mundo ao meu lado continuava rindo, cantando e dançando ao som da música que o DJ Alton, sim, eu já fizera amizade com o DJ, ele era mexicano e entrara no país subornando alguns oficiais na fronteira.

– Chega! – Ouvi uma voz conhecida gritar e dois braços me levantarem do chão, era o “amigo” de Calista que estava apoiando-me para que eu levantasse e me levando em direção ao bar.

– Eu quero mais! – Ouvi uma voz que deveria pertencer a mim dizer a ele, mas o cara apenas riu, uma risada profunda e me colocou numa cadeira vermelha.

– Acho que já chega por hoje Bass. – Calista surgiu não sei exatamente de onde, mas entregou algo a Kol que meus olhos não conseguiram registrar o que eram, seus olhos estavam profundos e distantes, os cabelos estavam soltos da mesma forma do dia em que eu a encontrei, o vestido ainda estava perfeito no seu corpo, o que me fez imaginar se ela sem ele também seria tão perfeita. – Vamos Bass, nunca mais vou deixar você beber.

Ela riu baixinho e acenou para Kol que estava novamente atrás do balcão preparando as bebidas e dançando ao ritmo da música rap que o DJ tocava.

Você não sabe se divertir. – Imito a voz dela recordando do dia em que ela saiu do carro para poder sentir o vento na cabeça.

– Não era sobre isso que eu estava me referindo.

Estava pronto a responder a ela, quando algo no meu estômago revirou bastante, o que me fez correr para fora do bar deixando Calista para trás. Assim que cheguei ao passeio vomitei tudo o que tinha que vomitar, o incomodo na minha barriga não dava trégua, parecia que queimava as paredes do meu pescoço quando passava.

Não demorou muito para uma mão tocar minhas costas me reconfortando.

– Definitivamente, você nunca mais vai beber. – A voz de Calista brincalhando soou próximo ao meu ouvido, enquanto ela continuava a passar a mão pelas minhas costas.

Fiz menção de xingá-la, mas uma dor de cabeça me atingiu. Ela tinha razão, nunca mais eu iria beber.

Depois que joguei tudo o que tinha no meu estômago para fora a loira passou o meu braço pelos ombros dela para que eu me apoiasse e não caísse novamente no chão até que nós chegássemos ao carro. Ela me colocou no banco do fundo, o que eu agradeci bastante, pois tinha bastante espaço para eu vomitar e também para ficar completamente deitado.

– Você não pode dirigir. – Consegui dizer ao perceber que ela estava sentada no banco do motorista. – Você bebeu.

– Não, eu não bebi. – Ela me respondeu azeda dando a partida no carro, novamente passando do limite de velocidade.

– O que você esteve fazendo então? – Perguntei fechando os olhos tentando impedir qualquer claridade me incomodar, mas parecia que isso não funcionava em nada, pois a minha cabeça continuava latejando bastante como se fosse explodir a qualquer momento.

Calista não quis me responder, mas o silêncio deixou claro, apenas fiz dois mais dois.

– Você e o Kol?

Não vi ao certo a reação de Calista, pois qualquer menção que eu fizesse de abrir os olhos aumentavam mais a dor que explodiria minha cabeça a qualquer momento.

– Ah, cala a boca Bass. – Ela respondeu mais ríspida que de costume, o que me fez calar a boca imediatamente. – Nós somos primos. – Ela complementou depois de algum tempo em silêncio, o tom risonho novamente presente, como se eu estivesse perdendo alguma piada muito engraçada que estava sendo contada ali.

O peso sobre a minha cabeça parecia aumentar a cada segundo que se passava, meus olhos queriam se fechar totalmente e dormir, mas eu precisava, precisava ter certeza daquele pensamento. Porque se eu não tivesse certeza daquilo eu estava ficando louco. Porque eu jurava que no hospital, quando eu e Calista, conversamos ela tinha me dito, ela me disse que Amélia era lésbica. Não, aquilo não era possível. Eu estava ficando completamente louco.

– Ah. Calista, você sabia não sabia? Sobre Amélia, no hospital, você... – Foi apenas o que disse antes de apagar totalmente.


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Notas finais do capítulo

Bass bêbado mudou? Quem é Kol afinal? Querem ver esse moreno sensual e pocadão mais vezes? Será que ele é mesmo primo da Cly? E que diabo de apelido que a autora escolheu para ele dar a ela ein? Será que tem algo mais nessa história de primos? O Bass bêbado é melhor que sóbrio? Os pensamentos do Bass bêbados são meio confusos? Eu quis passar uma confusão que deve ser o cérebro de alguém bêbado, consegui? (Me desculpem se não, porque eu nunca bebi) Bass ficou com ciúmes da Calista? O que a Calista entregou ao Kol? Ela dopou o Bass? Ela é prostituta? Porque ela parou nesse bar numa região tão sinistra? Ela tem carteira de motorista? O Bass desmaiou porque a Calista é má motorista e bateu numa árvore? KKKKKKKKKKKKK Parei, essa última foi zoeira.


Espero que todas as perguntas sejam devidamente respondidas nos comentários, tiveram mais perguntas, porque capítulo passado não teve, então né...
Não se esqueçam de recomendar a história se achar que ela merece e indicar para os amigos.
Entrei no grupo do face ok? Quem não tiver o link, volta pro capítulo anterior que tem.
Beijos da Nanda.