– E a vencedora é... Annabeth Chase!

Aplausos e a música de fundo, “Wake me Up”, ecoavam por todo o espaço, brigando para ver qual era o mais alto. Os flashes aumentaram ainda mais se é que é possível enquanto Annabeth subia a escada para pegar o troféu – torcia muito para que caísse como a Jennifer Lawrence, por diversão.

Logo atrás de Will Smith e da moça bonita, a telona passava várias photoshoot de Annabeth. E logo na parte inferior seu nome, “Annabeth Gaulle Chase” estava escrita em letra cursiva dourada.

Era visível que Annabeth estava emocionada. Ficou mais notável ainda pelo belo Close que deram em seu belo rosto. A mesma recebeu um abraço de Will Smith – como queria estar no lugar dela no momento – e da moça bonita que logo depois entregou o Oscar.

– Sabia que iria ganhar, a garota tem talento. – Falou minha mãe com uma bacia de pipoca em seu colo. Opa! Como essa pipoca foi parar aí? E minha mãe nem me ofereceu?!

– Se sabia por que me fez assistir essa droga? – Perguntei bravo... Pela pipoca.

– Você não gosta? Olha esse vestido, que lindo. – Falou com a boca cheia de pipoca. Annabeth se preparava para fazer seu discurso.

– Agora Annabeth vai fazer o discurso, senhoras e senhores. – Quando Steve Welry falou levei um susto. Nem lembrava que ele era o correspondente. A “festa” ficava em Hollywood e nós em Nova Iorque.

– Bem... – Annabeth limpou uma lágrima –... Quando comecei minha carreira nem imaginava que um dia estaria atuando em um filme como “300”, muito menos ganhando um Oscar. Só tenho mesmo é que agradecer minha mãe, Atena Gaulle Chase e ao meu pai, Frederick Chase, pelo apoio. E não desistam de seus sonhos. – A “Estrelinha de Hollywood” como é chamada, estava quase caindo em choro. Também, se eu ganhasse um Oscar dançaria pelado num jogo de baseball.

E então mais aplausos e de novo o fundo de “Wake me Up”. E novamente dividiram a imagem, só que em dois. Mostraram Sarah Berkley e Hazel Plum. Vermelhas de raiva.

– Então é isto Grace e Mclean,e claro, o pessoal de casa. Este foi o Oscar de 2014. Steve Welry para I.T.G.

Minha mãe desligou a TV limpando a pipoca em sua calça. Olhei para o relógio da sala simples e vi que eram 23:35.

– Nossa mãe, são 23:35. Nem percebi as horas passarem. Quer que eu acorde o papai? – Por favor, diz que não, estava desmaiando de sono.

– Não, eu acordo. Vai tomar banho que amanhã você tem faculdade. – Gritou porque estava subindo as escadas, que era relativamente longe de onde eu estava.

Meu pai, Poseidon Jackson, trabalha a noite como segurança do metro e dorme de dia. Então não conversamos muito. Esse muito é quase nada.

Entrei em meu quarto. Não era muita coisa, só tinha uma cama de solteiro de madeira com o lençol dos Lakers, um guarda-roupa antigo, uma mesinha também de madeira com um notebook que foi comprado com muito esforço de meu pai, para me ajudar nos estudos. Quase toda parede era forrada de pôster de skate e basquete e um banheiro pequeno e simples.

Peguei uma toalha e meu pijama, uma calça preta e camiseta branca, e entrei no banheiro.

A água estava fria - não por opção. Terminado o banho comecei a fazer a barba, e claro me cortei. Sempre tento deixar a barba crescer, mas não consigo. Troco-me e deito na cama.

Não é confortável dormir em um colchão tão fino quanto à grossura de uma TV Led, coisa que não temos. Mas o cansaço sempre vence e então dormi.