Pde escrita por tredfox


Capítulo 10
Capitulo 10




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Peguei meu celular e liguei para o Alex o mais rápido possível, precisava encontrar a Nicole.

–Alô? –Ele disse.

–Alex, sou eu, a Mila. Preciso que você venha para a minha casa o mais rápido possível. –Eu estava nervosa e tremendo.

Ele disse que viria o mais rápido possível, enquanto isso fiquei tentando encontrar alguma pista do paradeiro da Nicole. Procurei por todos os cantos e não encontrei nada, como alguém sequestra uma pessoa e não deixa nenhuma pista? Pelo menos se quisesse algum tipo de dinheiro teria combinado o local e a hora.

–Que inferno! –Gritei dando batendo na parede e chutando o sofá.

–Vai com calma mocinha, o sofá não tem culpa. –Alex já estava atrás de mim fechando a porta. –O que aconteceu?

–Sequestraram a Nicole. –Falei passando a mão nos cabelos e me jogando no sofá.

–E porque você não ligou pra policia? –Ele se sentou do meu lado.

–Não posso fazer isso. –Falei me ajeitando no sofá.

–O que? Não sei se você sabe ou vou ter que desenhar para você que a policia serve para isso. –Ele se levantou.

–Eu sei, mas antes eu quero descobrir onde ela está. Sabe as coisas que aconteceram no Convento? As ameaças? –Ele fez um “sim” com a cabeça. –Então, acho que a pessoa que fazia essas ameaças voltou a me ameaçar, estou começando a me sentir em um episódio de Pretty Little Liars. –Me levantei.

–Mais uma de suas séries ZzZ-Ele me olhou.

–Não é ZzZ quando acontece na vida real. –Caminhei até a cozinha. –Espera, você conhece algum lugar que seja perfeito para esconder alguém que foi sequestrado? –Me virei para ele.

–Hm, tem um bar abandonado, aposto que alguém esconderia uma pessoa ali.

–Vamos para lá, agora! –Coloquei meu celular no bolso e nós saímos. Chegamos ao bar e parecia estar vazio, não parecia que havia alguém escondido lá, olhamos através das janelas de vidro, algumas partes estavam tapadas com jornais, mas a grande maioria já havia caído. Rodeamos o bar e não encontramos nenhuma pista de que havia alguém ali.

–Mila! Aqui! –Alex gritou apontando para uma porta que havia ali. –Esta trancada. –Ele falou empurrando. –Consegui!

Entramos, havia muito pó e sujeira e aquele lugar fedia muito. As teias de aranha estavam por todas as partes e baratas se escondiam em algumas garrafas vazias.

–Meu deus! Socorro! –Gritei.

–O que aconteceu? –Alex veio até mim preocupado.

–Uma barata! Ali! –Apontei enquanto pulava na ponta dos pés.

–Medrosa. –Ele riu.

–Cala a boca, vamos sair daqui. –Passei por uma porta que havia ali e Alex veio logo atrás de mim. –Meu deus! –dei um pulo para trás.

–O que é isso?-Havia uma parede que estava toda rabiscada, mas havia apenas uma frase em vermelho: “Estão quase lá, andem logo ou irão encontra-la morta.”. Comecei a retirar todos os jornais do chão, toda a sujeira a procura de alguma passagem ou algo do tipo, enquanto Alex procurava outras portas.

–Não encontrei nada. –Ele falou voltando para a sala que eu estava.

–Tem que ter alguma coisa aqui, tem que ter! –Comecei a procurar desesperada por alguma passagem, ou alguma entrada para algum porão. –Eu acho que encontrei alguma coisa! –Gritei e o Alex veio correndo. –Me ajuda, é pesado! –Puxamos a pequena entrada que havia no assoalho e encontramos uma espécie de porão, havia uma pequena escada para descer lá em baixo.

–Tem alguém ai? –Alex gritou procurando alguma coisa que iluminasse aquele local.

–Meu celular, a luz dele é forte. –Falei tirando o celular do bolso. –Nicole? Nicole? –Gritei movendo o celular de um lado para o outro para tentar encontrar alguma coisa.

–Mila, eu acho que tem alguém aqui. –Me virei para ver o que era e dei de cara com Sarah e mais dois homens que estavam segurando o Alex que tentava se soltar.

–Pegue ela. –Sarah apontou para mim e um terceiro homem aparecer me pegando pelo braço. Eles nos levaram até o fundo da sala e nos amarraram nas colunas que sustentavam o porão. –Achou que eu estava morta? Vaso ruim não quebra tão fácil minha querida. –Ela caminhou em minha direção e passou a mão no meu rosto. – E você Alexandre, eu quase consegui te tirar dela, mas eu acho que ela tinha algo melhor para te dar, não é mesmo? –Ela riu, a gargalhada dela me deixava nervosa e com muita, mas muita raiva. Comecei a tentar me soltar das cordas em que eu estava amarrada. –Que foi docinho? Essas são mais fortes que as da ultima vez. Quer falar? Hm. –Ela tirou o pano da minha boca.

–Onde está a Nicole? –Gritei tentando me soltar. –Onde ela está?!

–Você já já vai saber, mas antes tenho uma surpresinha para você. –Ela acendeu as luzes e pude ver Ângela descendo as escadas do porão, seu olho estava roxo e seus braços arranhados.

–É bom ver você ai amarrada, agora posso te dar uma ótima surra e você não vai poder fazer nada. –Ângela estava chegando cada vez mais perto, eu conseguia ver a raiva em seus olhos, eu sabia que iria apanhar se não me soltasse dali naquele exato momento.

–Calma Ângela. –Sarah colocou a mão na frente dela para que ela parasse. –Primeiro você vai cuidar do Alex. –Ela riu e me olhou.

–O que você fazer com ele? –Perguntei enquanto tentava mais uma vez me soltar, aquelas cordas eram realmente fortes.

–Você vai ver. –Ângela tirou o pano da boca do Alex e o beijou. –Não vai assistir? –Ela riu.

–Larga ele! –Gritei forçando a corda que me prendia. –Solta ele agora!

–Mesmo que você consiga escapar da corda, somos cinco contra uma, você não vai conseguir escapar. –Sarah riu e chamou os três homens. –E da próxima vez que tentar matar alguém, certifique-se de que ela morreu mesmo.

–Pode deixar. –Percebi que a corda já estava fina e fraca e puxei com toda a minha força, mesmo com o pé machucado eu conseguiria correr, era só esperar o momento certo para fugir dali. –Eu vou me certificar disso. –Me soltei e joguei a corda para o lado. Todos me olharam surpreso, inclusive Ângela que largou o Alex para assistir a cena.

–Nossa você é muito boa. –Sarah batia palmas e andava em minha direção, enquanto isso eu olhava para os lados para ver se encontrava algo para me defender. Encontrei uma faca, que provavelmente seria usada no futuro para me torturar ou até me matar. –Mas somos cinco contra uma. –Ela prosseguiu. –E você não tem nada para se defender, que peninha. –Ela riu.

–Você que acha. –A empurrei e sai correndo em direção à faca, um dos homens tentou pega-la, mas eu consegui alcança-la primeiro. Ele veio para cima de mim, mas eu fui rápida e o acertei no peito. Outros dois vieram para cima de mim, consegui desviar de um, mas o outro me pegou pelo braço.

–Acho que você perdeu essa. –Ângela veio em minha direção.

–Eu acho que não. –Olhei para meu braço, o sangue do homem escorria por cima de mim, eu havia o acertado no pescoço, não sei como, eu apenas fiz. O outro homem tentou me pegar, mas eu consegui desviar e o acertei nas costas, Sarah e Ângela apenas assistiam a tudo espantadas. –Vocês não vão correr? –Perguntei andando em direção a Ângela com a faca na mão, meu corpo estava cheio de sangue e meu extinto assassino estava tomando conta de mim.

–Você pode ter uma faca, mas esqueceu de que eu ganhei a briga? E sem falar que você está com essa perna machucada, não vai conseguir me atingir. –Ela riu e pegou meu braço.

–Mas eu acabei de matar três homens com o dobro do meu tamanho e estou prestes a matar você. –Eu sorri.

Peguei a mão dela que segurava meu braço e a empurrei, fazendo com que ela caísse no chão e tragicamente (ou não) batesse a cabeça no concreto. Subi em cima dela e cravei a faca em seu estômago, eu conseguia sentir o sangue dela escorrendo em minhas pernas. Virei-me para acabar com a ultima pessoa da minha lista de “quem assassinar hoje”.

–Se você der mais um passo eu mato ele. –Sarah estava com uma arma apontada para a cabeça do Alex, ela suava frio, provavelmente com medo do que ela acabara de presenciar.

–Abaixa essa arma! –Gritei andando em sua direção. –Atira em mim, ele não tem nada a ver com isso.

–Ah, ele tem sim! Você gosta dele, isso o torna mais uma pessoa para matar, se eu o matar você vai se sentir mal e culpada. –Ela estava tremendo. –Se você der mais um passo eu vou atirar nos dois! –Ela gritou. Sua voz não era mais de uma pessoa confiante, não era mais aquela voz de quem tinha certeza que iria vencer, de quem tinha certeza de que me veria morta e atirada aos pés dela.

–Então atira! –Gritei. Alex me olhou assustado, tenho certeza que ele pensou: “essa menina está louca, que tipo de droga ela andou usando? É claro que ela vai atirar sua anta!”.

–Vou acabar com você primeiro, para que a ultima coisa que você veja enquanto morre é imagem do seu namoradinho levando um tiro e morrendo. –Ela riu.

–Sua risada me dá nojo. – Sorri.

–Quais são as suas ultimas palavras? –Ela largou o Alex e veio em minha direção.

–Vadia! –Atirei a faca com toda a minha força, me joguei no chão e fechei os olhos, foi quando ouvi um disparo e uma dor tomou conta de mim.

–Mila! Mila! –Alex se soltou e correu em minha direção. A faca havia a matado, mas antes de morrer ela conseguiu atirar em mim. Minha perna doía muito e também sangrava bastante. –Mila, você tá bem? Você tá me ouvindo?! –Alex me segurou.

–Tá doendo muito, eu não vou aguentar Alex! –Gritei chorando, meu corpo começou a ficar fraco e eu apaguei.

Acordei em uma cama de hospital com todos a minha volta, minha perna doía e eu mal conseguia me mexer, meu corpo estava pesado e era difícil levantar.

–O que aconteceu? –Perguntei tentando me mover.

–Doutor! Ela acordou! –Nicole gritava e saia correndo pelo corredor a procura de um médico.

–Nicole! Nicole! Você está bem? Onde você estava? –Falei me sentando na cama.

–Como assim onde eu estava? Eu sai para fazer comprar e quando voltei você não estava em casa e um tempo depois me ligam do hospital dizendo que você havia perdido muito sangue e corria perigo! –Ela se sentou ao meu lado.

–Mas, então você estava bem? –Eu estava completamente confusa. –Você não foi sequestrada?

–Sequestrada? Você deve estar sob o efeito dos remédios contra a dor. A única que não está bem aqui é você que vai ter que ficar um mês de repouso e sem visitas desses seus amiguinhos que ao invés de ajudar só atrapalham. - Ela pegou a minha mão.

–Falando em amigos, onde eles estão? –Perguntei confusa, queria saber por que eles não estavam ali me esperando.

–Você ficou um tempo desacordada e nesse tempo o convento reabriu, as mães deles os mandaram para lá de volta e você também vai voltar, você estava indo muito bem até ele fechar. –Ela pegou a bolsa e ligou para o Leonardo avisando que eu já havia acordado e que poderia ir para casa.


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