Unapologetic escrita por oakenshield
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura guys
Um segurança murmura algo no ouvido de Joffrey, que fica inquieto e se prepara para sair.
– O que está acontecendo? - Katerina questiona.
– Coisas chatas. Eu resolverei isso.
Tem alguém aqui, ela consegue perceber.
– Quem é?
Antes que ele possa responder, uma mulher com cabelos ruivos claros e levemente ondulados entra no recinto. Seus olhos tem um tom entre azul e verde, completamente indefinido, e ela está usando um vestido longo e preto com detalhes em verde musgo e bordô na armação. Sem um pingo de maquiagem, porém bela e imponente, ela atravessa o salão ao lado de um homem alto com olhos azuis profundos até o rei e a rainha.
– Mãe.
Harriet sorri e sobe no primeiro degrau, ficando alta o suficiente para todos verem-na e ouvirem-na, mas ficando abaixo da sua filha, para que essas mesmas pessoas vissem que Katerina é a real autoridade.
– Sei como vocês devem estar surpresos, meus amigos. A rainha Harriet não está morta - ela sorri em direção a Joffrey e Ivna.
– O que faz aqui, JP? - Joffrey rosna para o inimigo. - Quem lhe deu permissão para entrar no meu palácio?
– Meu palácio - Harriet o corrige. - Como o rei verdadeiro está morto o trono é meu. Mesmo assim, estou aqui para dizer a todos que voltarei a viver normalmente no palácio, mas que a autoridade será minha filha Katerina e seu marido - ela olha para a filha. - Eu não reivindicarei o trono que agora lhe pertence.
Katerina fica aliviada. Não que a mãe dela não fosse uma boa governante, ela sempre foi, mas ser retirada do trono depois do juramento e da coroação seria muito humilhante até mesmo para ela.
– Peço que preparem um quarto adequado a minha mãe - Katerina ordena aos empregados - e também ao seu convidado.
– Eu não ficarei por muito tempo, Vossa Majestade - Jean-Pierre faz uma leve reverência e lhe beija as costas da mão. - Permita-me dizer que a senhora está estupenda com estas vestes. Parabéns pela coroação.
Katerina assente com um sorriso de leve.
– Fique o tempo que desejar. O palácio também é seu.
Joffrey estava possesso de raiva e isso a fazia querer com que Harriet e Jean-Pierre ficassem muito mais.
Enquanto os jornalistas cercavam Harriet e Jean-Pierre, enchendo-os de perguntas, Joffrey foi até Katerina.
– Isso não é possível! - ele grita. - O que ela está fazendo aqui? E esse cara? O que está acontecendo?
– O palácio é da minha mãe e ela recebe quem quer. Ele também é meu e do meu marido agora e se Erik também aprova a presença de Jean-Pierre.
Ela o olhou com intensidade. O loiro, que não é tolo o suficiente para não entender o que aquele olhar significava, concordou.
– Está tudo certo, minha rainha.
Katerina apenas lançou um sorriso sarcástico para Joffrey, que bufou.
– Você vai me pagar por isso.
+++
– Não será possível, Vossa Majestade. Branka foi condenada por traição contra o Regente...
– Não existe mais Regente - ela deixa claro. - Eu que mando aqui e eu ordeno que ela seja solta. Não me importa as consequências, quero que tragam a minha tia para o palácio até o fim dessa tarde - Katerina puxa uma folha que mandou ser impressa mais cedo, explicando as autoridades que era o seu desejo que Branka fosse liberta. Sendo assim, ela assinou. - Pronto. Coloque o selo real e leve com você e os advogados. Se eles se recusarem, usem a força.
– Majestade...
– Faça o que eu estou mandando.
O segurança assente, impotente. Antigamente foi um segurança fiel de Joffrey e agora ter que contrariar as ordens do seu rei deve ser difícil. Lealdade e respeito são conquistados, não forçados.
– Olha, sinto muito pelas minhas palavras - ela suspira. - Apenas, faça o que eu digo, por favor.
Ele parece surpreso, mas não fala nada além de sim senhora.
Se tudo desse certo, Branka estaria livre no fim da tarde.
+++
Joffrey andava de um lado para o outro do escritório a procura de alguém para culpar. Harriet, Jean-Pierre, Katerina? A ele próprio ou ao fantasma do seu irmão mais velho que parecia o perseguir durante todos esses anos? Ele não sabia responder.
Estava suando já, mesmo com o frio que estava fazendo. Foi quando ele se sentou e respirou fundo que um dos seus ouvidos fieis bateu na porta.
– Pode entrar.
– Jean-Pierre foi visto com o guarda-costas de Katerina, Fabrizio. O senhor me pediu para lhe avisar de qualquer movimento estranho.
– O que será que esses dois estão tramando?
– Eles foram vistos na zona proibida.
Joffrey franze a testa.
– Como eles sabem da existência dessa parte do palácio?
– Sinto muito, senhor, mas não sei lhe dizer. Tudo o que eu sei foi o que eu vi pelas câmeras.
– Obrigada. Continue a me avisar se vir algo suspeito novamente.
Assim que o segurança saiu do escritório, Joffrey ligou o monitor e ficou assistindo as imagens das câmeras na zona proibida.
– Você fracassou - Jean-Pierre diz a Fabrizio. - Estava tudo certo, mas você não insistiu o bastante.
– O que você queria que eu fizesse? Eu não poderia forçá-la a se casar comigo.
Você, Joffrey o repudia. Empregado abusado.
– Você poderia ter dito a verdade. Katerina estava na palma da sua mão e você jogou fora todas as nossas chances.
– Eu a amo.
Isso surpreendeu tanto Jean-Pierre quanto Joffrey. Ele não podia estar falando sério.
É só um adolescente que acabou de virar adulto, Archiberz zomba. Não sabe o que é amar.
E você sabe? Uma parte da sua consciência quase o pegou, mas ele afastou esses pensamento. É claro que eu sei, ele diz para si mesmo. Eu amo Harriet. Amo Katerina. Me amo. Eu sei exatamente o que é amar.
– Isso não importa mais agora. Ela está casada e nós perdemos.
– Eu ainda a quero.
– O casamento foi consumado. Você nunca mais terá a garota - ele sorri maliciosamente. - Pelo menos, não legitimamente.
– Se Erik morrer...
Jean-Pierre lhe dá um tapa no rosto.
– Não trame contra ele. Erik Le Lëuken além de rei de Ahnmach é também rei de Frömming. Poder e segurança duplicado.
O que na verdade surpreende a Joffrey é que os dois param em frente a uma enorme porta de aço reforçado que nem o Regente sabia que existia.
– O que ele está fazendo? - ele questionou enquanto olhava para o monitor, vidrado.
Fabrizio fixou o seu queixo em um apoio e um raio vermelho passou na horizontal pelos seu olho direito.
Reconhecimento de retina, Joffrey percebeu.
Então a porta se abriu e pela câmera ela viu várias mesas e cadeiras em metal, monitores por toda a parte, observando todos os cantos do palácio. Tudo passou em um milésimo de segundo, mas não conseguiu deixar de perceber que no maior monitor era exibido a imagem dela em frente a uma tela, observando Jean-Pierre e Fabrizio.
Que diabos! Joffrey rosna para si mesmo. Estou sendo vigiado. Malditos sejam!
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Sem muitas emoções, mas a máscara de Fabrizio logo cairá, isso eu prometo.