Quil e Claire, uma história de amor precoce escrita por Annety Twigirl


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *-*



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4
Claire
Tomei um banho assim que Quil saiu. Faltavam 2 horas para ele voltar aqui em casa. Eu não entendi o motivo dele estar tão feliz por me convidar a ir numa reunião da tribo. Afinal eu não era uma quileute. Mas por fim, a alegria dele acabou me contagiando. Eu adoro vê-lo feliz.
Terminei de secar meu cabelo e o cachei com minha baby liss. Coloquei uma calça azul manchada, e uma blusa de moletom branca. Às 20 horas em ponto Quil me chamou na porta do quarto. Nem percebi que minha mãe já estava em casa.
– Já vou Quil.- Eu gritei de dentro do quarto. Coloquei uma sapatilha e abri a porta. Quil estava de joelhos no chão amarrando o cadarço do tênis, e quando apareci na porta ele me olhou dos pés a cabeça. Eu corei com o olhar de aprovação que ele me lançou.
– Uau que linda.- Disse ele pegando a minha mão e me girando. Eu sorri.- E aí, vamos?.
– Claro.- Eu respondi. Eu fui na frente dele e vi minha mãe na sala assistindo Titanic.
– Mãe eu vou sair com o Quil tá.- Eu falei entregando-lhe um lencinho de papel para ela secar as lágrimas que escorriam pelo rosto.
– Tudo bem filha, Quil já me avisou. Só não volte tarde por que amanhã você tem aula.- Disse-me ela enquanto secava os olhos. - Eu e o Leonardo DiCaprio estaremos esperando a senhorita até as 23 horas.
Sorri e me despedi de minha mãe. Quil e eu fomos andando até o penhasco. Chegando lá eu vi uma fogueira, tio Sam e tia Emily estavão sentados em troncos de árvores, assim como Paul e Rachel, Jared e Kim, Embry, Seth e Leah. O velho Billy Black estava sentado onde parecia ser o centro da roda. Todos estavam comendo e conversando.
– E aí Claire?.- Gritou Seth correndo na minha direção. Ele me pegou e me girou no ar. Eu ri.
– E aí Seth.- Falei.
Seth deu um soco em Quil e os dois começaram a brincar.
Falei com todos e Quil comeu 13 sanduiches e 2 litros de refrigerante. Sentei ao lado de tia Emily e Quil foi falar com Embry. Os dois conversaram até Billy pigarrear e então todos se viraram para prestar atenção. Quil veio para o meu lado e me abraçou, nem percebi mais estava começando a tremer de frio.
– Há muito, muito tempo, aqui em La Push, vivia um casal de namorados.- Começou Billy.- Eles se amavam muito, e a garota, Ajyra, não sabia que existiam vampiros em nosso mundo.- Vampiros?. Ok o velho Billy já está começando a ficar caduca. Olhei em volta e vi que só eu estava perdida. Quil me abraçou mais forte, deve ter pensado que eu estava com medo.- Ajyra sabia que seu namorado, Rudá, era um lobisomem e que havia sofrido imprinting por ela. Um certo dia, Ajyra resolveu visitar sua família em Makah. Rudá era contra, não dela ir visitar a família, mas por que ele sabia que haviam muitos vampiros soltos por aí. Ele só queria protegê-la.¨
Rachel foi até Billy e o cobriu com uma coberta xadrez, por que havia começado a esfriar. Billy agradeceu e continuou:
– À noite, logo depois de Rudá deixar Ajyra em casa, ela saiu pela janela. Precisava ver sua família, sua mãe e seus irmãos. Naquela época, moças não moravam longe dos pais, muito menos namoravam fora de casa, mas Ajyra veio para La Push com o pretexto de cuidar de sua velha avó.
¨Ajyra correu pela floresta. Correu muito, ela sabia se localizar pelo fato de desde criança correr de Makah a La Push sempre que precisava. Foi então que ela deu de frente com algo duro e gelado. Ajyra caiu fortemente no chão. Aquela coisa pálida à fitando. E Ajyra gritou. Aquele vampiro a mordeu. Não se sabe por quanto tempo Ajyra ficou desaparecida, mas um certo dia, Rudá a encontrou. Seu coração se acelerou ao ver a mulher da sua vida. Ele correu ao seu encontro, mas foi então que notou que havia algo diferente em sua donzela. ¨
Billy tossiu e Emily pegou um copo de refrigerante para ele, Billy bebeu e pigarreou. Eu não estava entendendo nada nessa história. Vampiros e lobisomens, isso não existe. Mas ao mesmo tempo, todos os outros estavam focados com atenção em Billy.
¨Ajyra estava cheirando mal. Algo que ardia no nariz de Rudá. Um cheiro que ele reconheceria até dormindo. E os olhos de Ajyra. Olhos que são fáceis de localizar numa multidão. Vermelhos como sangue. E são sangue, de pessoas inocentes. Rudá tremeu. Era a natureza de seu sangue contra a natureza de seu sangue. Algo que ele deveria amar com algo que ele deveria matar. Ele ficou parado, paralisado. Toda a tribo correu para se proteger, menos os lobos. E quando os irmãos de Rudá foram atacá-la, Rudá pulou na frente. Ele iria protegê-la. ¨Não¨, Rudá gritou. Os irmãos dele ficaram confusos, mas mesmo assim obedeceram. Eles o entendiam. Quando Rudá se virou para Ajyra, ela pulou em seu pescoço.¨
Eu olhei para Quil. Ele notou que eu estava confusa.
– Depois a gente conversa.- Sussurou ele no meu ouvido. Eu olhei para ele e concordei com a cabeça.
–Todos sabemos que o veneno dos vampiros são letais para os lobisomens.- Continuou Billy.- Rudá sentiu seu corpo queimar. Ele não percebeu mas Ajyra voltou ao normal. Seus olhos voltaram ao castanho perfeito que Rudá tanto amava. Ajyra não acreditou no que fez. Ela gritava enquanto os irmãos de natureza de Rudá a seguravam pensando que ela ainda era uma vampira. Rudá morreu poucas horas depois. A tribo não perdoou Ajyra pelo que ela fez. Muitos não acreditaram que ela tinha voltado a ser humana novamente. Ajyra foi morar com sua família em Makah, mas todas as noites de lua cheia, Rudá, o seu amor aparecia para ela, eles estavam em mundos paralelos mas não deixaram de se amar. E até hoje, quando olhamos para o céu, e vemos duas estrelas em lados opostos, vemos Ajyra e Rudá. Ajyra, a destemida, e Rudá, o amor.¨
Quando Billy terminou de contar a história eu já estava com lágrimas nos olhos. Eu não entendi muito bem esse negócio de vampiros e lobisomens, mas a história era linda. Se sacrificar, mesmo sem saber, por um amor é uma das coisas mais lindas que eu já vi.
Conversei com todos que estavam ali, inclusive o velho Billy. Ele tinha olhos de sábio, e de quem já viu muita coisa. Adoro gente assim. Pessoas que nos mostram que a vida é boa, e que temos muitas coisas para aprender.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?.