Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olááá Flores! ^^
Bem, desculpem pela demora deste capitulo, mas estou cheia de trabalhos da escola e para a semana começam os testes e a seguir vem os exames, por isso vai ficar complicado postar com tanta frequencia, mas garanto que tento postar pelo menos um por semana!
Agora sobre o cap, acho que aquelas que apoiam o German vão adorar-lo... Muahahah xD
Sem mais demoras, Boa leitura! ^^

[Obs: capítulo editado e corrigido a 14 de novembro de 2014]



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Anne’s P.O.V.

Quando dei por mim estava a brincar na piscina com o Kentin. Atirávamos água um para o outro ou então ele vinha atrás de mim e eu a fugia. Passamos a tarde toda assim, nunca pensei vir a divertir-me tanto com ele ou mesmo que ele fosse assim comigo. Talvez por estar aqui a mãe dele, não sei… Afinal porque raios haveria ele de mudar de atitude de repente se não fosse a mamazinha?

–- Meninos! Já chega de estar na água! Venham secar-se antes do sol se pôr, para depois irmos jantar – falou a senhora Linda. Nós saímos da piscina e fomos para umas espreguiçadeiras que estavam mais afastadas da mãe dele, quer dizer, eu fui e o Kentin simplesmente seguiu-me. Deitei-me sem qualquer intenção de puxar assunto, ele que falasse se quisesse.

Estive ali cerca de vinte minutos, até que vi o Germano a passar e decidi ir atrás dele, afinal a nossa conversa não tinha acabado. Quando cheguei ao sitio onde o tinha visto a ir, reparei que ele estava com uma mangueira na mão, a lavar o carro. Já sem a roupa de mordomo, mas com uns calções e uma camisola de alças. Ele ainda não tinha dado pela minha presença e parecia uma boa altura para me vingar do susto que me deu ontem.

– Buu! – Tentei fazer uma voz grossa, sem grande resultado é claro. Mas em vez de ele se assustar ou assim, virou-se para mim e agarrou-me pela cintura, fazendo o meu coração saltar do lugar.

– Que pensas que estas a fazer? – fez uma cara de enervado. – Por acaso tinhas intenção de me assustar? Espero que não, porque se sim, terei todo o gosto em vingar-me Anne – disse encarando-me com a sua cara que embora séria, sorria pelo olhar.

– Eu juro que tinha a melhor das intenções Germano! – tentei desculpar-me.

– Como é que assustar-me pode ter boas intenções?

– Eu não disse que as minhas intenções eram boas! Só disse que o fiz com a melhor, mas nenhuma delas era boa…

– Ai não? Então qual foi o motivo, senhorita? – ele continuava a agarrar-me pela cintura, colando mais um pouco os nossos corpos. Por esta altura eu devia estar mais vermelha que o cabelo do Castiel.

– Digamos que eu queria vingar-me pelo susto de ontem – disse num sussurro, temendo pela reação dele. Sim Anne, temendo… Queres é que ele te agarre mais, te puxe para um beijo louco de ficar sem folgo, n’é sua safada? – disse a minha voz perversa. Má altura para estes pensamentos, muito má altura…

– Mas tenho a impressão que te correu mal a vingança – afirmou, agora encarando-me mais seriamente. – Hum… e o que faço agora contigo, hein? Deve-se castigar as meninas más não é? – sussurrou junto ao meu ouvido. Que faço agora Jesus Cristo?! Já devo estar azul de tão envergonhada que estou…

– E-eu não s-sei – tentei suar firme, mas estava muito complicado. A cara dele está muito próxima da minha, consigo até sentir a respiração dele a bater em mim.

– Devo dizer-te que foi um erro vires provocar-me, principalmente só de biquíni vestido – começou a passar o nariz pelo meu pescoço, roçando levemente – não sou de ferro baby – sussurrou mais uma vez. A minha respiração começou a ficar acelerada. O meu coração parecia querer sair do meu peito a qualquer momento de tão forte que batia. Este rapaz quer matar-me, só pode! – Infelizmente vai ter de ficar para depois, não é hora nem lugar para isto linda… – continuou a sussurrar. Depositou um beijo no meu ombro e afastou-se. – Até logo Anne – disse antes de entrar para a garagem, deixando-me perplexa e frustrada. Como é que ele ousa fazer-me isto e depois abandonar-me assim?! Acho que preciso de voltar mais um banho na piscina…

«»

Já estávamos todos juntos à mesa, na grande sala de jantar da Mansão Petrov. Era uma divisão bastante bonita. Tinha uma mesa grande ao centro, quando varias cadeiras, possuía uma televisão presa à parede, vários vasos com pequenas plantas espalhados pela sala, um monte de pinturas que deduzi que fossem antepassados da família. Reparando em cada quadro pode reparar que havia sempre um membro com óculos, como se passem de geração em geração, mas tanto o Kentin como os seus pais, ninguém usava óculos. Estranho não?

– Querida, sempre vai passar aqui a noite como disse a tua mãe? – perguntou Linda, tirando-me dos meus devaneios. →

– Não sei, quer dizer… Se quiserem que fique… Se não posso ir para casa, afinal amanhã é sábado e não é preciso eu e o Kentin estarmos juntos. Além do mais, a segunda fase dos exames é na segunda e acho que ele precisa se preparar-se – respondi.

– Oh, é verdade, já nem me lembrava disso! – exclamou visivelmente preocupada. – Kentin, tens de te preparar! Ainda não te vi pegar em nenhum livro! Que faço contigo, meu Deus…

– Calma mãe! Eu vou passar o fim-de-semana a estudar, prometo! Sabes bem que te quero deixar orgulhosa! – sorriu genuinamente, como tinha feito mais cedo no quarto. – Pensei até que a Anne me podia ajudar com as coisas do 11º ano, uma vez que já não me lembro muito bem – virou-se para mim.

– Não te importarias querida? – perguntou-me a mãe dele.

– Bem, se o pouco que sei ajudar, claro que não me importo – sorri. Não vou bancar a vaca aqui na casa dele, vou fazer a mãe dele adorar-me tanto que vai implorar ao filho para se casar comigo! Se ele acha que no fim disto vou ficar mal, está muito enganado… Sempre a tentar ser o filho perfeito, não percebo o porquê… Ninguém é perfeito de qualquer das maneiras, e os nossos pais deviam ser das pessoas a quem não escondemos a nossa personalidade… Apesar disso, o facto de me pedir ajuda não deixou também de me surpreender. Tudo bem que eu seja mais nova e que acabei agora o 11º ano, mas ele não é propriamente fã da minha companhia e podia simplesmente pedir à Matilde ajuda…

– Que bom! Vou pedir que preparem um quarto para ti! Roupa devemos ter que chegue da Matilde, por isso não há problema! Vou aproveitar a ocasião para falar um pouco com a tua mãe, quando lhe ligar a avisar que vais ficar aqui. Até já meninos! – saiu, não sem antes dar um beijo ao marido.

– Fico contente que estejam a dar-se bem – comento pela primeira vez o pai dele. Ainda não tinha dito uma só palavra durante todo o jantar. Homem esquisito

– Estamos a fazer o possível pai… Sei que isto é importante para ti – este miúdo só sabe dar graxa, meu deus! A sério que os pais dele acreditam que temos uma ótima relação? Nota-se à distância que ele não quer nada comigo e vice-versa.

– Lamento, mas a cama chama-me… – disse levantando-se.

– Vais a algum lado amanhã? – perguntou Kentin num tom ansioso.

– Infelizmente, chamaram-me para ir a uma conferência muito importante por causa dos problemas da Ucrânia, e sabes bem que não posso recusar… Pelos vistos a situação esta a agravar-se lá… Desculpa só te dizer agora – o Sr. Petrov mostrava-se bastante triste. Eu compreendo, deve ser tão difícil ficar fora de casa…

– Tudo bem, se não te importas vou para o meu quarto – Kentin respondeu e saiu a correr para o quarto, mostrando o que não estava nada bem a situação… Marcus suspirou, e virou-se para mim.

– Anne, a minha mulher deve estar na cozinha, podes ir lá pedir-lhe o que precisares, ou até mesmo às empregadas. Enfim, sente-te à vontade querida, boa noite – disse e saiu. Deixando-me sozinha naquela sala enorme.

Decidi que devia ir ter com Linda para lhe perguntar o quarto onde iria ficar, por isso comecei a deslocar onde pensava que era a cozinha. Não estou com muita vontade de ir ter com o Kentin, nem tenho nada para fazer aqui. A casa não é minha.

Mas quando reparei, estava perdida. Acho que até já passei por este corredor duas vezes… Como é possível ser tão burra ao ponto de me perder numa casa?! Só mesmo tu Annelise para fazeres isto!

– Que estás aqui a fazer, Anne? – uma voz rouca surgiu atrás de mim, fazendo-me saltar de susto.

– És tu Germano, que susto… – disse assim que me virei para ele.

– Isso já percebi – riu – mas que fazes aqui?

– Seria estranho se eu dissesse que me perdi enquanto tentava ir para a cozinha?

– Tu perdeste-te? – assenti com a cabeça e ele começou a rir-se, fazendo-me perceber que ele tinha um riso bastante bonito e contagiante. – Tu és impossível – e continuou a rir-se de mim.

– Ei, já chega! – disse fazendo cara de amuada. – Já agora podias levar-me lá, não achas? – fiz beicinho.

– Penso que não, ainda me lembro do que me fizeste – Germano foi-se aproximando de mim, até finalmente eu ficar entre ele e a parede. Mais uma vez o meu coração parecia que ia sair fora do meu peito. Ele pôs-se a olhar para o corredor, a ver se ninguém vinha e aproximou a boca do meu ouvido. – Acho que sabes que não acabamos o que estávamos a fazer ao bocado – sussurrou.

– E agora já é altura para acabarmos? E sitio também? – perguntei num sussurro.

– Não, mas eu não consigo ver-te aqui sozinha e não querer fazer-te isto… - admitiu ainda no meu ouvido. – Pensei que sabias que eu fico louco quando te vejo Anne… - deu-me um beijo no pescoço e olhou para mim. – Mas tenho razão aqui não é sítio…

– Então onde? – eu perguntei isto? Ele está a deixar-me louca… O Germano e fez um sorriso convencido e safado, afastando-se um pouco de mim.

– Depois mando-te mensagem quando tiver uma folga Anne. Até lá acho melhor não nos encontrarmos muito, porque eu não sei até quando vou aguentar ver-te e não te beijar… – deu-me um beijo na bochecha e afastou-se de vez – a cozinha é por ali, é só ir sempre em frente, vai lá antes que não me controle mais…

– O-obrigada – disse ainda atordoada pelo que ele disse e dirigi-me a cozinha. Virei-me para trás e ele ainda lá estava, a sorrir para mim com a mão a coçar a parte de trás do pescoço. Voltei a olhar para a frente e entrei na cozinha, onde se encontrava Linda ainda a falar ao telefone. Pode ser que nem tenha demorado muito, pensei.

– Er… Linda? Será que me podia indicar o meu quarto? – perguntei.

– Oh! Claro! Ilda, espera um pouco. A tua filha está a pedir-me uma coisa – disse e pousou o telemóvel na mesa – já queres ir para o quarto, querida? – assenti. – Bem, Morgana! – a empregada apareceu. – Leva a Annelise até ao quarto de hospedes onde a Matilde costuma dormir. Lá deve ter algum pijama que te servia – sorriu e voltou a pegar no telemóvel. – Já esta Ilda. A tua filha é um amor, sempre…

Dirigi-me para o quarto na companhia da tal Morgana, quando lá cheguei vi que era o mesmo onde tinha vindo buscar o biquíni. A empregada voltou para trás mal chegamos aqui. Vesti um pijama que achei no armário e meti-me na cama, peguei no telemóvel e mandei uma mensagem ao Daniel. Aquele deficiente disse-me que quando pudesse mandava-me uma mensagem para nos encontramos, mas nada. Nem um sinal de vida! Deve andar a comer a burra da Francisca pelos cantos… Será que ele não vê que ela nunca vai assumir nada com ele por causa da sua situação financeira? Aquela vaquinha só pensa no estatuto da sua família e por isso quando se quer encontrar com o Daniel, diz-lhe para ser às escondidas com a desculpa de que é mais excitante. Mais excitante uma ova! A estúpida tem vergonha dele, e só se interessa pela aparência e pelo “prazer” que ele lhe dá… Mas burro é ele… Decidi escrever a mensagem:

Então, não dizes nada? --‘

Pensei que me ias mandar uma mensagem sobre o dia em que tens folga, mas nem isso estúpido -.- Quero falar contigo! Vê se arranjas um dia para mim, podemos até nos encontrar no shopping se preferires, mas eu preciso mesmo de te ver xD

Vá, beijinho idiota ♥”

Não mencionei nada sobre a outra, porque sei que o magoa… Ele gosta mesmo dela, coitado…

Pousei o telemóvel e virei para o lado em que estava a janela. Está uma noite bonita, vê-se bastantes estrelas e nem uma única nuvem. Tenho mesmo de falar com alguém! Preciso de desabafar sobre o Germano, só hoje provocou-me duas vezes, e das duas vezes deixou-me a pedir mais pelo seu toque…

eu fico louco quando te vejo Anne

As palavras dele vieram-me à cabeça, fazendo-me suspirar. Ele realmente disse aquilo? Só de me lembrar do seu corpo junto ao meu, do beijo no meu ombro e no meu pescoço fico arrepiada… Já para não falar do perfume que ele usa… Hum… Fico com uma vontade incontrolável de querer estar perto dele…

Senti o telemóvel vibrar, o que foi bom porque já estava a ficar com pensamentos demasiado insanos. Desbloqueei e vi que era uma mensagem, não do Daniel como eu pensava, mas sim do loiro.

Já estás a dormir linda? Espero não te estar a acordar :x

Era só para te dizer que vou ter folga na próxima quarta-feira… Espero que estejas disponível para eu poder continuar onde parei… Hum.. Era só isso xb

Boa noite! ;)”

Pronto, adeus sanidade mental!


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Notas finais do capítulo

Espero ter correspondido às espectativas! :D
Estou a pensar fazer um capítulo especial exclusivamente com o ponto de vista do Germano, que acham? *-*
Ps: o que acham das frase que ponho no inicio do cap? xD
Até a proxima! :D