Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 36
Capítulo Especial - É como andar de bicicleta, nunca se esquece Pt.II


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, hey :))
É oficial, estou de férias, com muitas ideias para passar para o papel, por isso, acho que vão ser umas duas semanas produtivas.
Antes de anunciar a vencedora, que a esta hora já sabe, quero agradecer a toda a gente que participou, Muito, muito, muito obrigada! :) Fiquei memso muito feliz, principalente porque eu não pensei que tanta gente fosse participar. Talvez até volte a fazer algo do genero um dia, que me dizem?
Mas bem, a vencedora foi a SweetSheep, com a seguinte frase e justificação:
«"Fui ter com ela, que se encolheu no sítio onde estava e puxei-a para mim, abraçando-a fortemente. Primeiramente não reagiu, mas depois que sussurrei um “desculpa” ela abraçou-me de volta e começou a chorar. Beijei os seus cabelos e voltei a sussurrar:
— Eu não devia ter feito aquilo… Fui um estúpido… Desculpa – ela soluçou ainda mais. – Eu estou aqui. Ninguém te vai fazer mal, muito menos uns bichinhos que nem 20 centímetros têm – ela soltou uma pequena gargalhada sobre o que disse em referência às criaturas do filme – Desculpa-me mesmo… “
O pedido de desculpas feito pelo Kentin foi, em minha opinião, a frase mais significativa dele, que ao mesmo tempo em que foi dita com a intuição de se desculpar, também foi uma forma de começar a sua amizade com Anne, virando a frase que eu mais gostei até agora na historia.»
Bem, anjo, apesar de mais uma pessoa ter escolhido esta frase, eu realmente gostei do motivo de a teres escolhido e pelo facto de eu nunca imaginar que alguém a fosse escolher. Muitos parabéns!
Quero também dar os parabéns a Louise, porque a frase que ela escolheu e a sua justificação foram mesmo fofinhas, e eu não consegui não tentar agradecer-lhe de alguma forma. Por isso, vou utilizar a "sua" frase num capítulo mais à frente, e garanto-vos que vai ter um papel importante.
Quanto ao capítulo, quero dizer-vos algo: Obviamente que a Anne e o Lucas não tiveram sempre momentos bons, mas, trantado-se das memorias da Anne, acho normal que ela se lembre mais das coisas boas do que das más.
Quero agradecer e dedicar este capítulo à Larissa Krause, à Gabi e à Mah pela favoritação. Muito, muito, muito obrigada! Vocês fazem o meu dia! ^^
Pronto é só isso, boa leitura! ^^

[Música - High Hopes dos The Vamps]



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Novembro de 2012

Estamos neste momento a dar a quinta volta ao campo. Eu e a Camila já tínhamos parado várias vezes, tudo por culpa dela que não aguenta nem uma volta.

– Sabes que dia é amanhã? – perguntou-me.

– Claro que sei, é dia 15 de novembro. Como poderia não me lembrar? Faço um ano de namoro.

– Pois, então é mesmo amanhã que vou ao médico. Que treta, não queria nada…

– Está tudo bem? – não é normal a Camila não querer faltar as aulas. Ela suspirou pesadamente e encarou o chão.

– Oh, sim! É só… como é que hei-de dizer… Às terças… Bem… – ela estava a ficar vermelha como um tomate. – Sabes o Ricardo do nono B? – assenti. – Pronto... Esse é o único dia que temos o horário igual...

– ‘Pera, então é com ele que estás sempre que desapareces? – soltei uma gargalhada. Nunca pensei que a sua paixão pelo Ricardo fosse além do platónico.

– Pensava que não reparavas! – disse, surpresa.

– Lá por estar com o Lucas, não quer dizer que seja cega – comentei a rir. – Mas vocês namoram ou algo do género?

– Namorar?! Tu estás parva?! – resmungou. – Isso é para pessoas velhas como tu e o Lucas-Lukey – sim, eu sei. Alcunha horrível, mas estamos a falar da Camila. Então tudo é possível. – Nós simplesmente curtimos, ok? Não há cá amor, isso é para os idosos com cãibras.

– Ai, Camila. Credo! Pareces uma vadia a falar assim!

– Vadia coisa nenhuma, é Carpe Diem, Anita, Carpe Diem… Mas não interessa, que vais dar ao Lucas-Lukey? Vão jantar fora?

– Sinceramente, nem sei. Ele não falou nada quanto ao dia, embora eu já lhe tenha comprado a prenda.

– Eu acho que ele se vai armar em príncipe encantado outra vez, não o fez nos teus anos? – sorri ao lembrar-me disso. No meu aniversário, o Lucas decidiu fazer-me uma festa surpresa com todos os meus amigos. E enquanto estava distraída com as pessoas dentro da minha própria casa, nem tive tempo para reparar que a verdadeira surpresa se encontrava no exterior.

A música estava alta e tinha um amontoado de pessoas na minha sala de estar. O que no início eram só vinte e cinco, passou a ser cem de um momento para o outro. Já para não falar que a campainha estava sempre a tocar. Vantagem de ser a Annelise Williams.

Sintam a ironia, por favor.

Voltei a procurar o Lucas pela divisão. Nenhum daquelas cabeleiras loiras pertencia ao meu namorado. Já há algum tempo que o perdi de vista, desde que me anunciaria que ia à casa de banho. O problema é que já passou quase meia hora. Mexi os meus ombros ao som da música e deixei-me envolver pela multidão de corpos suados. Vi o Pedro ao fundo, e caminhei até ele.

Ei – gritei junto ao seu ouvido. – Viste o Lucas? – o moreno encarou-me com um certo ar de aflição e olhou para todos os lados, fixando-se depois num sitio em concreto. Virei a cara e vi a Camila vir na nossa direção.

O que se passa? – berrou, assim que chegou.

Viste o Lucas? – perguntei no mesmo tom. Ela ignorou a minha pergunta e puxou-me para o meio outra vez.

Fica aqui, vou pedir que ponham uma música – saiu a dançar e foi até ao sítio que tinha o DJ improvisado. Rapidamente comecei a ouvir a voz da Sia. Merda, como resistir à Titanium? A Camila voltou apressadamente para a minha beira e puxou-me para dançar com ela.

––“I'm bullet proof, nothing to lose. Fire away, fire away. Ricochets, you take your aim. Fire away, fire away. You shoot me down but I won't fall. I am titanium .You shoot me down but I won't fall. I am titanium. I am titanium. I am titanium” – cantamos as duas, rindo no fim feitas parvas. Toda a gente à nossa volta pareceu desaparecer e ficamos só as duas a dançar feitas tolinhas, o melhor que sabíamos, enquanto cantávamos no nosso melhor inglês, mas parecido com árabe. (da parte dela, é claro). Por mais que os nossos movimento fossem desajeitados, éramos desajeitadas juntas e isso quase que nos ponha em sincronia. Quando a música acabou, estávamos as duas exaustas, como se tivéssemos corrido uma maratona. A morena agarrou-me no braço e gritou ao meu ouvido. – O Lucas está no jardim, caso queiras saber – virou costas e foi dançar para junto do rapaz do oitavo B com quem fala muito. Um tal Ricardo ou assim.

Caminhei até à porta que dava acesso ao jardim, abrindo-a de seguida. Encontrei pequenas velas a iluminar o sítio, fazendo um pequeno caminho em direção ao jardim das rosas. À medida que me aproximava, fui ouvindo um som de uma guitarra e quando lá cheguei, vi o Lucas sentado num banco, com uma guitarra no colo. A sua voz começou baixinho, quase como um sussurro.

– “When you look me in the eyes and tell me that you love me, everything's all right, when you're right here by my side. When you look me in the eyes, I catch a glimpse of heaven. I find my Paradise, when you look me in the eyes” – sorri e senti as lágrimas virem-me aos olhos. Ele tem de parar de fazer estas coisas! - How long will I be waiting to be with you again? I'm gonna tell you that I love you in the best way that I can. I can't take a day without you here. ‘Cause you're the light that makes my darkness disappear. When you look me in the eyes and tell me that you love me, everything's all right when you're right here by my side. When you look me in the eyes I catch a glimpse of heaven. I find my Paradise when you look me in the eyes”.

Ele pousou a guitarra e eu corri para os seus braços assim que se levantou. Deixei uma perna de cada lado do seu corpo, envolvendo o seu tronco e deixei-me descansar no seu ombro.

Eu amo-te tanto, Lucas – murmurei. Ele sorriu e apertou-me mais.

Também te amo, Annelise, imenso – respondeu. – Parabéns – sussurrou.

Senti o meu corpo levantar-se do chão, fazendo-me acordar do meu flashback e quando reparei encontrava-me no colo do meu namorado.

– Que estás a fazer, Lucas?! – perguntei, tentando fazer cara de zangada.

– Nada que não possa, amor – disse, sorrindo. – Afinal, só estou a salvar-te de ficares cansada. Admite que eu sou um ótimo namorado? – piscou-me o olho. Olhei desconfiada para ele.

– Diz lá o que queres, pensei que sabias que já não me enganas com esse falso cavalheirismo – ele fez-se de ofendido, mas não recuei a minha expressão. Acabou por desistir e suspirou.

– Queria falar contigo antes de a aula acabar, já que depois tenho de ir logo embora e não te vejo até amanhã. Espero que não tenhas nada combinado porque vais sair comigo, e, antes que te armes em miúda mimada, espero muito bem que vás de calças de ganga, sapatilhas e aquela camisola de lã que eu adoro que uses. Agora dá-me um beijo que eu tenho de ir – sorri e puxei o seu pescoço para mim, beijando-o o mais possível.

«»

Saltei para as suas costas, assim que me aproximei o suficiente. Ele ficou um pouco surpreendido ao início, mas logo começou a rodopiar-me no ar, rodando-se a si próprio.

– Lucas, para! Vais ficar tonto! E eu também! – gritei, entre gargalhadas. Ele parou e eu aprovei para me soltar dele. Senti o seu corpo girar e logo estava nos seus braços.

– Vamos ficar assim um bocadinho? Tenho a impressão que vou cair se te largar – murmurou antes de se rir. Sussurrei em concordância, embora não fosse preciso. Eu nunca me vou importar de abraçá-lo. – Acho que já estou melhor – disse, começando a afastar-se. Levei a minha mão até ao seu peito, agarrando na sua camisola, puxando-o para que não se afastasse. – Que foi?

– Só mais um bocadinho – disse timidamente. Ele soltou uma gargalhada e voltou a por os braços à minha volta.

As you wish, my darling – respondeu.

– Oh, mas ele sabe inglês – afirmei, num tom brincalhão.

– Que raio de namorado seria eu, se não soubesse falar a língua materna da minha soulmate?perguntou. Soltei uma gargalhada e desprendi-me dele. – Já? – fez-se de desiludido. – Este pouco tempo chegou para saciares a tua fome de mim? – voltei a rir.

– Oh Lucas, no dia em que te quiser comer, é porque não existem mais torradas maravilhosas para serem saboreadas.

– Claro, sempre as malditas… Digo, maravilhosas torradas – passou um braço pelos meus ombros. – Às vezes acho que gostas mais de torradas do que mim…

– Pela primeira vez na tua vida, não pensas mal – retorqui quando começamos a caminhar para o interior da Pizza Hut. Sim, vamos comer pizza no nosso aniversário. Pode parecer estúpido, mas nada nos define melhor do que a estupidez.

– Devias namorar com elas então… – murmurou, num tom descontente.

–- Não, Lukey, eu devo é namorar com alguém que esteja disposto a fazer-me torradas a todas as horas que me apetecer.

– Ou seja, um criado.

– Não, já tenho a Anastácia e ela não me faz torradas sempre que peço – resmunguei.

– Claro, se não a esta hora já tinhas rebentado de tanto colesterol – disse como se fosse óbvio.

– Não tinha nada, eu também não peço todo o santo dia – Fogo, eu só como algumas vezes!

– Annelise, não sejas mentirosa. Por ti, só te alimentavas disso e de sumo de manga. Ah, e de Nutella quando estás naquela altura do mês – bati-lhe no braço com o seu último comentário, obtendo um “Ai” da sua parte.

– A tua sorte, é que “aquela altura do mês” já passou, se não, garanto-te que não sairias bem daqui – sentamo-nos numa mesa, ao fundo da sala, um ao lado do outro.

– Ainda bem que tu me avisas sempre quando ele vem. Se não, eu teria morrido no primeiro mês de namoro – murmurou.

– Ei, eu não te devo ter falado disso nos primeiros três meses! – respondi.

– Pois não, é por isso que nesses ditos “três meses” sofri como um cão. Coitado de mim, ser vítima de uma rapariga bipolar devido ao período – voltei a bater-lhe no braço, mas desta vez com mais força.

– Ei! Agora também sobre de violência no namoro? Vou denunciar-te à APAV*.

– Força nisso, eles ficam sempre do lado da mulher. É só eu fingir que quem agride és tu – encolhi os ombros. – Afinal, eu não passo de uma rapariga inocente – fiz cara de bebé, pondo o lábio inferior um pouco para fora. Logo a sua cara baixou-se até à altura da minha e senti os seus dentes mordem o meu lábio.

– Tens razão, eles iriam acreditar em ti, Annelise. Ninguém resiste a isto, pelo menos não eu – disse, antes de me beijar. Sorri contra os seus lábios e afastei-o um pouco de mim. – Que foi? – ergueu uma sobrancelha. Apontei com o olhar para a funcionária que se encontrava há algum tempo à nossa espera. Soltei uma gargalhada com a cara envergonhada que o Lucas fizera, sentindo depois um beliscão na minha cintura. A miúda, pouco mais velha que nós, encontrava-se levemente corada e parecia querer fugir dali.

– P-peço desculpa por interromper, mas já sabem o que vão querer? – disse, evitando estabelecer qualquer olhar connosco.

– Uma de queijo e fiambre? – perguntou o Lucas, à espera que confirmasse.

– Sim, uma de queijo e fiambre. Era suposto já teres a certeza Francisco Lucas! – disse, com falso tom de ultraje.

– Oh, peço desculpa, senhora dona Annelise Marie, por não saber todas as comidas que vossemecê adora. Era mais fácil se não gostasse de meio menu do restaurante – respondeu, num tom divertido. Revirei os olhos ao meu segundo nome. Reparei a que a empregada encontrava-se a olhar fixamente para o Lucas, como se estivesse a tentar lembrar-se de onde o conhecia. Pronto, lá vai o ego dele aumentar quatro vezes.

– Tu és o Lucas Monteiro?! O do canal do Youtube?! – a miúda praticamente gritou. O Lucas olhou para ela, e por momentos vi os seus olhos ganharem uma certa faísca de orgulho.

– Yup – disse, prolongando o “p”.

Oh my God! Eu adoro tanto a tua voz! Nem acredito que te estou a conhecer, podes tirar uma foto comigo, depois? – lembra-te, Annelise Marie Williams, nunca namores com um rapaz pseudo-famoso… Elas perseguem-no!

– Podemos tirar já se quiseres – respondeu, com um sorriso. – Eu não sabia que aqui já conheciam os meus vídeos…

– Tu estás a brincar?! No secundário não se fala de outra coisa! Eu adoro tanto a Lovestruck, foste tu que a escreveste, não foste? – ele assentiu. – Quem me dera por ouvi-la ao vivo… Sabes, tu poderias começar a dar concertos em locais mais pequenos, tipo, nas campanhas para as associações de estudantes, por exemplo. Eu estou numa lista, podia falar com a presidente, se quisesses. Nós pagamos! – o Lucas encarou-me e percebi logo o que precisava. Abanei em concordância com a cabeça, fazendo-o perceber que devia aceitar aquilo. A rapariga olhou para mim por um momento, mas depois voltou a concentrar-se no meu namorado.

– Eu acho que pode ser.

– Que bom! – ela não tinha parado de sorrir um momento que fosse. – Podemos tirar agora a foto? As minhas amigas vão se passar quando lhes mostrar.

– Claro – Rita, nome que li na plaquinha do seu avental, tirou o telemóvel do bolso e pediu-me com o olhar para tirar a foto. O loiro levantou-se e colocou-se ao lado dela, sorrindo. E pronto, como acelerar o meu coração em dois passos: Ser o Lucas; Sorrir.

– Já está – murmurei com um sorriso.

– Obrigada,…?

– Annelise.

– Certo! – sorriu. – A canção foi escrita para ela, não foi? – perguntou. O Lucas abriu um sorriso ainda maior, como se falar de mim fosse ainda mais fascinante do que as pessoas gostarem dele e da sua música. Ele anuiu e ela alargou mais o sorriso. – És uma miúda de sorte, Annelise. – Oh, se sou.

«»

– Eu nem acredito que já tenho fãs em Guimarães. Fogo, sou tão awsome!

– E completamente humilde, não vamos esquecer – disse, revirando os olhos. Ele puxou-me mais para si, enquanto caminhávamos para a estação. – Lucas, acho que nos enganamos no caminho – murmurei, quando percebi que estávamos na subida errada.

– Não acho que isso tenha acontecido.

– Como não? Esta é a que vai dar ao Vila Flor – demorei alguns segundo a entender o que se passava. – Oh… – ele abriu um sorriso assim que viu que eu já tinha percebido.

– Pensava que só ias perceber quando chegássemos lá e eu te fizesse um desenho com folhinhas.

– Com folhinhas?

– Não estás a espera de encontrar lá papel e uma caneta, certo? – ergueu uma sobrancelha.

– Pois, certo.

– Vá, já estamos a chegar. Acho que desta vez não preciso de te vendar, n’é? – concordei. – Errado. Vou vendar-te sim, e desta vez vai ser ainda melhor que o ano passado.

Assim que entramos lá, ele colocou-se atrás de mim, pondo as mãos nos meus olhos e começou a empurrar-me até ao nosso sítio.

– Sabes, eu já sei o caminho, Lucas. Não temos de fazer isto.

– Menos, assim é muito mais divertido.

– Até já sinto a adrenalina correr-me nas veias… – comentei, irónica.

Ao contrário do ano passado, o jardim já não estava disposto em labirintos de coração, uma vez que a capital da cultura já não era cá. O mais provável, era que encontrássemos a fonte somente rodeada de arbustos normais, sem grandes efeitos. Mas claro que eu estava enganada. Assim que ele retirou as mãos, e tal como da última vez, perdi a respiração.

– Tu podes explicar-me como é que fazes isto? – perguntei, não desviando os olhos da fonte, que continha várias velas a flutuar, dando mais luminosidade ao local, assim como um aparência completamente mágica.

[música]

– Tenho os meus cúmplices – agarrou na minha mão. – This way, my dear – levou-me até um banco que ficava à frente ao chafariz. Ao lado do banco, estava a sua habitual guitarra. E eu já sabia o que vinha a seguir. – Preparada para ouvir o meu novo single? – soltei uma gargalhada e assenti. Ele clareou a começou a tocar. – Well, I met you yesterday, you took my breath away. And I kinda like the way that you're so damn unpredictable – piscou o olho, fazendo-me soltar um riso tímido. – That was just history, turned into you and me. It happened so easily like I'm living some kinda miracle.

«The world keeps spinning. It wont stop. It's just beginning»

As pessoas que se encontravam a passar por aqui, começaram a formar um círculo à nossa volta.

‘Cause I got high hopes. High hopes. High hopes for me and you. When we grow old, I'll say, "I told you so", ‘cause I got high hopes. Podem dizer, sempre que eu acabar esta parte, “Woo, hoo, hoo”? – a plateia concordou imitando os seus sons. - I can move in with you. We could get married too, go on our honeymoon. Maybe we should finish this coffee first – voltei a rir-me, sendo acompanhada por algumas pessoas. Porque é que até nisto ele é estúpido?It might sound a little weird. It's like I've known you for years, so every word you hear might just sound a little over-rehearsed.

«The world keeps spinning. It wont stop. It's just beginning»

– ‘Cause I got high hopes. High hopes. High hopes for me and you. For me and you, yeah, baby. When we grow old. I'll say, "I told you so", ‘cause I got high, high, high hopes – a plateia fez os barulhos esquisitos e ele sorriu, começando outro tipo sons. Quando reparei, vi que os nossos amigos estavam também na plateia, fazendo com que tudo saísse tão coordenado.

«The world keeps spinning. It wont stop. It's just beginning»

– ‘Cause I got high hopes. High hopes. High hopes for me and you. For me and you, yeah, baby. When we grow old, I'll say, "I told you so", ‘cause I got high, high, high hopes.

Ele interpretou mais duas vezes o refrão, e quando acabou, foi aplaudido por todos. Lucas levantou-se, caminhou até mim, pousou a guitarra e, pegando na minha mão, ergueu-me até ficar de pé.

– Eu podia dizer uma frase completamente linda agora, mas acho que fui bastante claro, não fui, Annelise? – abanei a cabeça muito rapidamente em concordância. Ele soltou uma gargalhada e logo senti os seus lábios nos meus. Senti o meu coração apertar-se, assim como o meu estômago. Levei as minhas mãos até ao seu pescoço, puxando para mim. Os meus lábios começaram a mexer-se, seguido pelos seus. Comecei a despentear o seu cabelo, puxando-o levemente. Senti o aperto na minha cintura diminuir e as suas mãos descerem para onde não deviam.

– Lucas! – murmurei entre risos, sem afastar as nossas bocas. Ele soltou uma gargalhada e logo voltou a por as mãos parte superior das minhas ancas. Afastamo-nos um pouco até ele voltar a beijar-me docemente os lábios. – Eu amo-te, Lucas, muito mesmo – murmurei.

– Eu também te amo, Annelise – respondeu. Um coro de “aww’s” foi ouvido assim como palmas. Afastei-me um pouco dele, deixando que as pessoas pudessem falar com ele à vontade. Várias raparigas reconheceram-no e pediram para tirar uma foto.

Caminhei para fora da multidão, juntando-me ao meu grupo de amigos.

– Que estão aqui a fazer, totós? – perguntei, infiltrando-me na rodinha deles.

– Tu achas mesmo que o Lucas-Lukey, conseguia fazer isto tudo sozinho? – perguntou a Camila. – Ele nem uma vela deve saber acender – respondeu, antes de sequer me deixar falar.

– Além disso, nós estivemos a filmar para por no canal dele – disse o Pedro.

– E quanto é que ele vos pagou? – senti um braço ser colocado nos meus ombros e ergui a cara, encontrando o meu namorado.

– Não se pergunta o preço das prendas, Annelise. Que falta de educação é essa? – disse, com um sorriso de canto. Ergui-me um pouco e depositei um beijo casto nos seus lábios levemente rosados.


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Notas finais do capítulo

Bom, meus anjos, a terceira, última e mais importante parte saí para a semana que eu ainda tenho de a acabar de escrever.
Espero mesmo que estejam a gostar de conhecer mais um pouco a Anne e o Lucas tanto como eu gostei de escrever.
Beijinhos e até aos comentários! (e para ti, leitor fantasma, até à próxima semana ;D)
Ps: Caso queiram saber quem a vencedora escolheu para o cap. especial, é só mandar MP que eu digo, não quero estar a dar spoiler para quem não quer saber)