Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hi! *-*
Bem, aqui está o primeiro capítulo. Ele ficou um pouco grandinho .. :/ digamos que me entusiasmei um pouco quando estava a escreve-lo!
Bem, Boa leitura anjos! ^^

[Obs: Capítulo editado e corrigido a 26 de novembro de 2014)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496138/chapter/2

O meu pai diz que a melhor coisa que lhe aconteceu foi ter conhecido a minha mãe através desta coisa de casamento arranjado, mas sinceramente não gosto nada da ideia. Isto tudo começou num século qualquer em que os meus antepassados paternos, que são ingleses, decidiram que para não perderem a fortuna da família, arranjavam casamentos com os primos mais distantes, sendo que mais tarde passou a ser só com famílias amigas da minha família quando se descobriu que não era boa ideia fazer casamento entre primos.

Mas voltando a minha adorável vida, fiquei com tão má impressão do Kentin que perdi qualquer vontade de conhece-lo, contudo tal não foi possível uma vez que estas duas semanas foram horríveis. Tomávamos chazinho com bolachinhas aqui em casa, falávamos de coisas estúpidas sobre economia e assim… Enfim, tanto cliché que parecia até um filme … Mas finalmente essa fase já acabou e agora vou sair sozinha com ele.

Sinceramente, nem sei o que é pior… Não é ele seja feio porque não o é de todo, mas não me parece muito o meu estilo.

Já o mordomo loiro, Germano, parece mais com aquela cara seria bastante sexy

– Menina Anne, menina Anne, ANNELISE!

– Hum.. Sim?

– Já estou aqui a chama-la há muito tempo.

– Desculpa Anastácia, estava distraída…

Anastácia é a minha “empregada pessoal”, já está comigo desde que nasci e vejo-a como se fosse minha segunda mãe. Sempre cuidou de mim, até mesmo para coisas que os meus pais não pagam.

– Sim, sim… Já estava aí a pensar no encontro de amanhã não era? – ai Anastácia se soubesses que eu estava a pensar no mordomo e não no meu noivo… – Adiante, o jantar já está pronto, despache-se a ir comer!

– Ok, ok! Já vou.

Cheguei a sala de jantar e os meus pais já estavam lá. O meu pai a cabeceira e a minha mãe à sua esquerda.

– Demoras-te muito querida, aconteceu alguma coisa?

– Não mãe. Só estou um pouco ansiosa para amanhã…

– Não te preocupes, vai tudo correr bem. Vais ver.

Depois do jantar, foi para o computador até a Anastácia me mandar ir dormir por amanhã ter de acordar cedo.

«»

– Menina, menina está na hora de acordar – disse Anastácia enquanto entrava no meu quarto e abria as cortinas.

– Só mais cinco minutos por favor… – Pedi enquanto me metia debaixo dos cobertores.

– Nada de cinco minutos! Daqui a pouco chega o motorista da Família Petrov para vir busca-la e a menina tem de estar pronta. Ande lá! Saía já dessa cama!

– Ai, que chata Anastácia… Já vou, já vou! – disse enquanto tentava abrir os olhos.

Levantei-me, tomei banho e fiz aquelas tretas todas que se fazem de manha. Logo de seguida, fui para a sala esperar o tal de motorista.

Adivinhem lá quem me veio buscar? O mordomo sexy!

– Vim buscar a menina Annelise para o encontro de hoje – disse mal entrou com cara sexy, quer dizer seria! Sim, séria!

– Estou aqui! Pai, já vou! Até logo!

– Até logo querida – gritou do escritório.

O Germano levou-me até ao carro, abrindo até a porta para mim.

– Germano, sabes para onde vamos? – perguntei tentando puxar assunto mal ele começou a conduzir.

– Sei sim, mas não lhe posso dizer. O Kentin pediu para que não lhe dissesse nada – disse enquanto sorria e olhava para mim pelo espelho.

– Podes tratar-me por tu também, não gosto de tantas formalidades. Aliás só as uso quando estou com os meus pais.

– Como queiras – sorriu. – Primeiro, vamos busca-lo ao apartamento dele e depois levo-vos para o vosso destino.

– Ele não mora com os pais?

– Mora, mas o pai deu-lhe um apartamento perto da escola como prenda de se ter tornado um soldado tão bom. E ele vai para lá quando quer estar com a Matilde ou assim. Até eu uso aquele apartamento de vez em quando…

– Sabe-se lá para que n’é? – ele riu-se e deu um sorriso perverso no fim.

– Chegamos Annezinha, deixa-me só dar um toque ao Ken para ele descer. – Annezinha? Estou a gostar do desenrolar da coisa…

Assenti com a cabeça. Passado alguns minutos a porta de trás foi aberta e o Kentin entrou.

– Então German? Hoje és motorista? Evoluis-te! – disse mal se sentou, rindo.

– Cala-te camelo! Nem penses que vou andar atrás de ti o dia todo! Vou deixar-te no parque e só volto às horas que o teu pai mandar – bufou. – Nem dizes olá a rapariga, coitada… Se for mesmo casar contigo, ‘tá lixada…

– Oh, desculpa… Olá noivinha! – sorriu enquanto me olhava dos pés a cabeça. Pelo sorriso pervertido que deu, podia prever que a minha roupa estava aprovada. Burro, a opinião dele não me interessava para nada, já a do German…

German? Já ‘tás com intimidades Anne?

– Olá Kentin– respondi finalmente.

Eles falaram o caminho todo, mas não prestei nem um pouco atenção ao que diziam nem mesmo no meu “noivo”. Eu juro que tentava, mas não dava para tirar os olhos do Germano. Principalmente quando ele também olha para mim através do espelho. Ai que sexy, Deus! As minhas hormonas não aguentam tanto!

– Chegamos crianças! – já? Merda… Estava a gostar tanto…

– Até logo Motorista! – disse o Kentin com cara de gozo. Fazendo o Germano revirar os olhos.

– Adeus Germano! – sorri e olhei uma última vez para ele antes de sair do carro.

Ele baixou vidro, piscou-me o olho e disse um “Até” e foi embora.

– Foda-se! Parecia que se iam devorar dentro do carro. Já estava a ficar com medo!

– Medo porquê? A não ser que estivesse com ciúmes do teu amiguinho por me “seduzir” e não tu – sorri irónica. Ele revirou os olhos antes de me responder.

– Ciúmes? Quase mocinha, quase! Vamos lá despachar está merda que eu não quero nem um pouco passar tempo sozinho contigo. Disse a uns amigos para vir aqui ter, espero que não te importes.

– Podias ter-me dito que também trazia, não achas? – bufei.– Mas tudo bem…

Ficamos uns dez minutos a espera que os tais amigos chegassem.

– KEEEEEEEEEEEEEEEENTIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIN!!!!!

– Alexy fofo! - disse o Kentin abraçando a criatura de cabelo azul que gritou o nome dele.

Atrás do tal Alexy, vinham umas sete pessoas, quase só rapazes. Uma das raparigas devia ser a tal Matilde, presumo que seja a rapariga que o veio abraçar logo quando o tal Alexy o soltou. Matilde é a melhor amiga do Ken. Quer dizer, isso foi o que ele disse mas pela maneira que fala dela, acho que é mais do que amizade que ele nutre pela rapariga.

Mas voltando ao foco da coisa, estavam todos a conversar, ignorando-me completamente. Quando me fartei de me sentir a mais, dei meia volta e comecei a ir em direção a parte da restauração. ‘Tava cheia de fome!

«»

Kentin’s P.O.V

– Hey, Kentin? A tua noiva? Não disse-te que ela vinha? – perguntou o Alexy. A Anne! Esqueci-me completamente dela.

– Veio sim. Está é a Annelise – virei-me para apontar para ela, mas já não estava atrás de mim. – Onde está ela? –Já perdes-te a noivinha? – riu-se. – Coitada… Da maneira como vocês a ignoram, até eu me sentia mal aqui… – retorquiu o Castiel.

Chato, nem sei o que é que ele ‘tá aqui a fazer, não o convidei. Mas ‘pera, será que a excluímos tanto assim? Ah, deixa para lá. Não ‘tou preocupado com ela de qualquer maneira.

– Não te preocupes, ela sabe tomar conta de si. E também não me apetecia nada passar o dia com ela…

– Não se deve deixar uma dama sozinha… É errado… - Suspirou o Lysandre. – Vem Castiel, vamos procurar a rapariga.

– Por mim… Não queria ficar aqui mesmo…

– Oh Cast, fica! Pensei que nós íamos divertir… - Disse a Matilde em vão, pois os dois já estavam bastante longe.

– Bem, vamos lá nos divertir crianças! – gritou o Alexy.

«»

Annelise’s P.O.V

Estava eu toda contente a acabar de comer o meu lindo pequeno-almoço quando de repente um rapaz que parecia saído dos filmes de princesas tocou-me no ombro.

– Er… Anneliese, não é? – perguntou-me.

– Sim, devia conhecer-te?

– Presumo que não – sorriu, e que sorriso… - Sou o Lysandre e este é o Castiel – apontou para um rapaz de cabelo ruivo, se é que se pode chamar aquilo de ruivo. – Nós somos amigos do Kentin!

– Ah, bom, olá! Mas podem dizer aquele burro que eu não preciso de baby-sitters – suspirei.

– Nós vimos a vir-te embora, e achamos que…

– O Lysandre achou! – interrompeu o tal de Castiel

– Ou isso… Bem, achei que não seria bom ficares sozinha.

– Hum, obrigada. Mas não tem problemas em eu estar sozinha. Não queria passar o dia com ele.

– Sendo assim, acho que podemos fazer-te companhia não? – perguntou o tal de Lysandre. Ele tinha cabelo meio para o prateado, vestia roupa de príncipe, mas o que mais me chamou a atenção foram os seus olhos. Um era amarelo e outro verde. Como é possível, alguém ser tão bonito?

– Ar… Sei lá… Acho que sim – sorri, aliás que mal tinha aceitar a companhia de tão belos jovens?

Lysandre sorriu e ajudou-me a levantar, estendendo-me a mão.

O Castiel já tinha começado a andar, penso que ia em direção à casa assombrada. Ele também é bastante bonito, embora aquele vermelho cereja não seja das melhores cores.
De facto, eram os dois bem agraváveis aos meus olhos castanhos.

«»

Kentin’s P.O.V

Depois de andarmos na montanha russa, decidimos que íamos a casa assombrada, depois de muita insistência da Matilde

– Ei, aqueles ali não são o Castiel e o Lys-fofo? – perguntou a Rosa apontando para a saída da atração.

Realmente eram eles, e junto estava também a Anne que a beira deles ficava uma anã completa.

– Parece que sempre a acharam… – suspirei. Eles pareciam estar a divertir-se muito. Até o Lysandre não parava de rir.

– Vamos ter com eles, quero que ma apresentes.

–Como querias Rosa…

Quando nos aproximávamos pode notar os olhares do Armin e do Nathaniel na minha noiva, pareciam que nunca tinha visto uma rapariga. Tudo bem que ela seja bonita, mas nada de exageros! A quem queres enganar Ken? Até tu ficaste assim quando a viste no carro! Gritou uma voz dentro da minha cabeça.

– Devias ter visto a cara dele, Lysandre! – gargalhou. - Parecia que ia morrer! – dizia Anne entre risos

– Ei, ninguém te perguntou nada anã! – retrocou o Castiel.

– Vi sim! Nunca o vi tão assustado! – o Lysandre já estava vermelho de tanto rir.

– Hey Lys, Cast! – gritou Rosa, fazendo com que se virassem parando de rir.

– Rosa? Que estão aqui a fazer? – indagou o platinado.

– A Rosalya queria que lhe apresentasse a Annelise – Suspirei .– Bem está é a Anne – apontei para a morena que parecia levemente enervada, se calhar por lhe estragar o momento. – Esta é a Rosa, Alexy, o gémeo Armin, Matilde e Nathaniel – indiquei apontado para cada um.

– Prazer – respondeu com o seu enorme sorriso.

– Oh my God! Que fofa! Dá cá ma’sé um abraço – Lexy correu até ela, sufocando a pobre coitada, que parecia estar a corar.

‘Pera, corada? Aquela coisa esquisita cora? E que fofa que fica... Disse mais uma vez aquela voz interior.

Anne’s P.O.V

– Ei, azulado, larga-me lá se faz favor, ‘tou a sufocar! – gritei já farta.

– Ai, desculpa-me anjo! – anjo? Onde é que ele foi buscar isso? - Mas não resisti! Que bochechas mais fofas! Posso apertar? Posso?

– Obvio que não.

– Oh, por favor.

– Não.

– Por favor!

– Já disse que não – suspirei.

– Por favor! Por favor! Por favor! Por favor! Por favor! Por favor!

– FODA-SE! Já disse que não! N Ã O ! Não, não e não! – gritei já bastante enervada.

– Conseguiste chatear a rapariga Ale, eu bem digo que és chato – respondeu, julgo eu, Armin fazendo todos rir, exceto eu que só revirei os olhos.

– Nós estávamos a pensar ir à casa assombrada, vêm? – perguntou a Matilde

– Nope, já fomos – respondeu friamente o Castiel, pelos vistos o Germano não era o único a não gostar da Matilde.

Ele tinha-me contado num dos dias que foi lá a casa, que o Kentin não poderia aparecer porque estava com a Matilde e acabou por escapar que não gostava nada dela.

– Oh Cast! Anda lá, que custa?

– Não quero! – suspirou. – Eles podem ir, se quiserem. Não entro mais nessa coisa!

– Eu também não quero, já não tem piada. Principalmente porque já não vou ver a cara de galinha assustada do Castiel – respondi, não contendo o riso.

–– Eu concordo com a Anne, só me lembrar… – comentou o platinado voltando a rir.

– Ai! Calados os Dois! – gritou. – E tu, pulga, vê se paras quietinha! Já me ‘tás a enervar! – dito isso, pegou em mim e pôs-me sobre o seu ombro. – Nós vamos para a montanha russa, até.

– Ei, põem-me no chão Castiel! Põem-me no chão! Cabeça de menstruação põem-me no chão! – gritava com todas as forças, enquanto nos afastávamos dos outros.

– Já disse, calada!

O Lysandre veio atrás de nós, ainda a rir do Castiel, ou seria de mim?

«»

Passamos o dia só os três. Nunca mais encontramos o resto para meu alívio. Não queria nada aturar o chato do Kentin e os seus amigos chatos também. Não sei como é que eles são com os amigos, mas pelo menos comigo aqueles dois eram bastantes simpáticos e engraçados. Até estranhei a maneira como o cabelo de cereja falou com a Matilde, pareciam pessoas diferentes.

Fomos a tudo que havia no parque, até mesmo as de crianças. Andamos um monte de vezes na montanha russa para ver se conseguíamos uma fotografia de jeito, mas ficávamos sempre de olhos fechados com caras completamente estúpidas. Acabei por comprar uma assim.

Resumindo, foi um dia bem passado.

Mas nada melhor que ter o Germano sexy a levar-nos para casa né? Pois é, morram invejosas! Ainda por cima, íamos só os dois. O idiota do Kentin quis ficar mais tempo, ao menos isso! Conversamos muito, sobre coisas do dia-a-dia e assim. Até trocamos números caso eu precisasse de alguma coisa, sabe lá ele o que é que eu preciso…

Cheguei a casa e fui logo para a cama, com um único pensamento:

Amanhã será a minha vez de escolher onde vamos, por isso, kentinzinho prepara-te!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado!
Beijinhos e até a próxima! ^^

(caso a imagem não apereça, é esta aqui: http://imageshack.com/a/img838/7352/yyg0.jpg)