Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 18
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olááááááá!
Sim, eu sei! Desculpem pela demora! Mas eu andei mesmo deprimida estes dias, sem vontade nenhuma de escrever. Felizmente que ontem tive um ataque de inspiração e escrevi o capitulo em menos de quatro horas xD Eu ia publica-lo ontem, mas o meu pai mandou-me sair do pc porque já estava tarde :/
E quero aproveitar para vos dizer que fiquei em quinto lugar com o pequeno conto "Rapariga do Norte" no desafio de Junho e Julho. Vocês nem imaginam o quanto eu estou feliz, meu deus! Até estou a chorar! Nossa, eu nunca pensei que as pessoas fossem gostar... Meu deus, tou mesmo feliz! Apetece-me dar chocolate a toda a gente! Acho que conseguia correr até à lua de tão feliz que estou.
Mas pronto, aqui está o capitulo. E não, não vou revelar o que o Kentin viu, muahahahahah xD
Quero agradecer à/o anjo demoniaco pela favoritação! Muito obrigada, este capítulo é para ti! ^^
Boa leitura! ^^

[Obs: Capítulo editado e resvisto a 8 de Janeiro de 2015]



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Annelise P.O.V’s

Estou completamente entediada. Já toquei, já li, já olhei para a parede, já pensei em saltar da janela, já fiz exercício físico (porque me senti culpada depois de comer o bolo de chocolate todo que a Anastácia fez). Agora estou simplesmente a encarar o teto, como se ele fosse a coisa mais maravilhosa alguma vez vista.

Interessante, não?

Hoje é sábado, por isso não tenho de estar com o Kentin. Podia estar com o Germano, é certo, mas os “meus sogros” – nem sei se ainda posso chamar disso – decidiram que queriam passar o fim-de-semana fora, e arrastaram o loiro com eles, infelizmente. Triste vida solitária.

Suspirei e ergui os braços para me espreguiçar, sentindo bem assim que ouvi o som dos ossos das minhas costas a estalar. Levantei-me e fui pegar no computador, voltando de seguida para a cama. Abri o Opera, clicando no ícone do Facebook. Quando a nossa vida está uma seca, há que ir ver a dos outros. Assim que a página carregou, cliquei nas notificações que eram só pedidos para jogos. Mas quem é que ainda jogar Farm Vile?! Pelo amor de Deus, aquilo é tão antigo e tão cheio de erros. Não sei como é que as pessoas têm paciência para esse tipo de jogos.

Não posso falar muito, já que também jogo um em que se constrói uma escola secundária. Mas de resto só gosto de jogos rápidos, do estilo do Candy Crush (embora este não jogue).

Comecei a descer a página, vendo várias fotos e estados estúpidos, como “Quem é o voluntário que me quer dar um beijo perfeito?” com uma foto anexada que descrevia o tal beijo perfeito: “puxada na cintura, beijo lento com mordida e beijo no pescoço é definição de um beijo perfeito”. Credo, a rapariga está com o desespero no nível infinito!

Deixando de lado a falta de vergonha de algumas pessoas, continuei a ver as publicações pondo gosto nas fotos engraçadas do meu querido Jared Leto, assim como nas do Stephen Amell – ator da série Arrow.

Até que parei assim que vi uma foto da Camila, vestida com um quispo enorme amarelo. Estava acompanhada por um belo rapaz de olhos azuis e pele mais pálida que a neve que se encontrava atrás deles. Pelo que li da descrição, era um amigo dela que já não via há muito, e que se encontraram por acaso na rua. Pelo olhar e sorriso, diria que é mais que um amigo, mas quando ela voltar irei perguntar-lhe tudinho acerca do tal Dmitry.

Ouvi o som de notificação e vejo que recebi um pedido de amizade. Assim que vou ver sorrio, consentindo de imediato. Passado algum tempo, enquanto analisava o seu perfil, recebo um pedido de videochamada, que aceito sem hesitar.

Assim que a chamada é estabelecida, ele sorri e arruma o cabelo que estava um pouco a tapar-lhe a cara.

“Então anã? Estás boa?” Pronuncia com a sua naturalmente rouca.

– Vou indo, e tu Castiel? – sorriu também.

– A mesma coisa – comecei a observar a divisão em que se encontra. Ele esta sentado numa cama, consigo ver uma guitarra ao seu lado e algumas folhas espalhadas pela mesinha de cabeceira. Ele tem o computador pousado nas pernas, facilitando o nosso contacto visual. Está com uma camisola de alças vestida, expondo os seus braços e ombros musculosos. Será que o Kentin só conhece rapazes que praticam exercício? Na minha escola não há nada disso.

Assim que acabei a vistoria, concentrei-me na sua cara. Ele tinha a barba rala, dando-me a entender que a cor natural do cabelo fosse preta. Estava visivelmente cansado, mas mesmo assim sorria como se não se passasse nada. Decidi acabar com o nosso silêncio.

– A que devo a honra de uma web consigo, realeza? Aprendeu a mexer nas novas tecnologias? – disse num tom divertido.

– Realmente, é uma honra estares a ver-me por vontade minha. Não costumo fazer muito isto, mas estava aborrecido.

– Fico lisonjeada por te lembrares de mim, mesmo que seja como ultima opção – sorri, ficando séria de seguida. – Agora a sério, diz lá o que queres – ele soltou uma gargalhada, e encarou-me com o seu habitual sorriso de canto. Lá vem merda.

– Estava à procura de companhia para sexo virtual, e tu foste o melhor que me apareceu – falou com a voz ainda mais rouca. Arregalei os olhos e ele começou a rir-se muito, muito mesmo. – Devias ter visto a tua cara! – proferiu assim que se acalmou. – Achas mesmo que eu ia fazer uma coisa dessas? – fingiu-se magoado. – Eu sou um homem de verdade, quando quero sexo vou à casa da pessoa, ou ela vem aqui. Gosto de sentir as coisas, e não só vê-las – disse como se falar da sua vida sexual fosse a coisa mais normal do mundo. – Não precisas de ficar corada, sexo é uma necessidade humana e não devia ser tão tabu.

– Concordo com a tua afirmação, mas mesmo assim não quero saber da tua atividade sexual Castiel – disse fitando a parede do meu quarto, ainda sem conseguir olhar para ele.

– Ei, podes virar a cara. Não vou sair pelo ecrã, não te preocupes – fiz um risinho irónico e virei-me para ele. – Agora a sério, precisamos de falar – ergui a sobrancelha. – E não faças essa cara, o assunto é sério!

– Tudo bem, que se passa florzinha? – perguntei, gozando com o seu tom sério.

– Florzinha o teu cu! – replicou. – Não tentes distrair-me! O que estavas a fazer no outro dia com o Germano?

– Não te devo satisfações – respondi mal humorad.a – Mas mesmo assim, vou responder. O German convidou-me para ir até ao parque com ele, e fizemos uma espécie de piquenique – ele suspirou e ficou calado durante algum tempo, talvez a pensar nas melhores palavras.

– Desculpa se estou a suar rude e intrometido, mas vocês tem algum tipo de relação para além da amizade? – bufei. Eu nem sei ao certo se temos uma relação.

–É complicado – murmurei. – Mas porque queres saber isso?

– Eu só quero entender o porquê de estares lá com ele. Tudo bem que o Ken é um chato – a tristeza de ontem ameaço voltar a sair assim que ouvi aquele nome – mas mesmo assim dá para aturar. Além disso pensei que eras uma pessoa séria, e não uma que come dois ao mesmo tempo – a sua insinuação magoou-me.

– Quem pensas q- – parei assim que raciocinei. Visto por fora, o que estou a fazer é meter os cornos no meu noivo, quando na verdade ele não quer nada comigo assim como eu. – Esquece. Eu percebo o porquê de dizeres isso, mas entre mim e o Kentin não existe algum tipo de sentimento. Nem se quer amizade – sussurrei a ultima parte, porém não tão baixo quanto pretendia.

– Como assim? Já se desentenderam outra vez? – a sua curiosidade era quase palpável. – Foda-se, será que não podem dar-se bem pelo menos um dia?!

– Realmente, eu não sei o porquê do teu interesse nisto – comentei.

– Eu só me preocupo contigo. Eu sei que não sou um rapaz muito amigável, notasse isso à distância, mas desde o dia do parque que ganhei afeto por ti. Não Annelise, não estou apaixonado. Mas como amigo, preocupo-me com o que possas andar a fazer – ele parece estar mesmo a falar a sério, chamou-me até por Annelise. – Eu sei que provavelmente não vais ligar ao que eu estou a dizer, principalmente se já estiveres apaixonada por ele. Mas o Germano não é de confiança. Posso não gostar do Ken, mas entre ele e o loiro, mais vale o iludido.

– Por que dizes isso? E por que chamas ao Kentin de iludido? – agora era a minha curiosidade que era visível.

– Tenho os meus motivos. Chamo-lhe isso porque ele vive a correr atrás da Matilde desde que nasceu, e ela nem sequer olhar para ele – concordei mentalmente com o que ele disse. – A não ser quando precisa de algo – acrescentou.

– Também acho o mesmo, nós até nos chateamos por causa dela. Eu também devia ter ficado calada, era óbvio que ele ia acreditar nela, já que convivem há anos e ele tem quase uma obsessão por ela – suspirei.

– Não me queres contar a história toda? – olhou para o relógio. – Só tenho de sair de casa às seis, por isso ainda tens duas horinhas para relatar tudo ao teu príncipe “resgatador” de anãs enervadas – sorri com o apelido e comecei a narrar-lhe tudo que tinha acontecido.

– Foda-se, nunca fui com a cara dela. Mas cada dia ela arranja mais um motivo para que eu a deteste. Que miúda irritante – falou entre dentes. – Se ela não fosse mulher juro que lhe dava um soco bem dado, maldita!

«»

Continuamos a conversar sobre eles, até que por algum motivo mudamos o rumo da conversa para guitarras e música. Encontramo-nos agora com as respetivas guitarras acústicas nas pernas, a tocar músicas aleatórias à vez. Ele toca mesmo bem! Até me sinto mal que ele esteja a ouvir-me.

– És mesmo bom Castiel, à tua beira não passo de uma amadora! – comentei assim que ele acabou de tocar uma música que desconhecia. De seguida, foi buscar a sua guitarra elétrica e tocou as primeiras notas da Summer Of ‘69 do Brain Adams. Começou a cantar, surpreendendo-me. Devia ter previsto que com aquela aura que ele exala que ele também tivesse uma voz bastante bonita. Sem aguentar comecei a cantar junto com ele.

– “Standing on your mama's porch, you told me that it'd last forever. Oh and when you held my hand, I knew that it was now or never. Those were the best days of my life!” – Ele soltou uma gargalhada e começou a cantar a última parte da música repetidamente, diminuindo cada vez mais a sua voz. Assim que parou, começamos dos dois a rir.

– Foi muito bom, muito bom mesmo – disse com um sorriso no rosto. De repente a sua expressão mudou e começou a arrumar as coisas enquanto dizia um monte de palavrões.

– Que se passa? – perguntei aturdida pela sua atitude.

– Já estou meia hora atrasado, é desta que o velho me mata! – disse sem olhar para mim.

– Quem? O teu pai?

– Meu pai? – gargalhou. – Não! O Lysandre! Não sei de te lembras dele, era aquele de cabelo branco que estava comigo no parque – soltei um “Ahh” e ele voltou a pôr-se à frente da câmara – Tenho mesmo de ir anã! Um dia temos de voltar a repetir isto, mas não por aqui. Depois mando-te mensagem quando estiver disponível para a sexo. Adeus! – disse e desligou, pondo-se offline na rede social. Sorri, virada para o pc e fechei-o. Pousei a guitarra no chão com cuidado e voltei a deitar-me na cama. Voltei a estar sozinha, mas desta vez mais animada.

Ouvi alguém a bater a porta e murmurei um entre.

– Menina, os seus pais não irão jantar cá em casa hoje. Por isso decidi preparar-lhe a refeição que desejar – tenho a noção que os meus olhos começaram a brilhar, ergui-me e encarei a Anastácia com um grande sorriso.

– Lasanha! – gritei como uma criança que pede chocolate. No meu caso, lasanha é o meu chocolate suíço com avelãs. Ok, comparação muuuito estranha…

Anastácia aproximou-se de mim e afagou-me o cabelo, fez o seu sorriso habitual que eu já intitulara de materno e proferiu as suas palavras sábias:

– Seja lá o que for que a preocupa, deixe estar. Lembre-se que tudo tem um fim, mesmo as coisas más – encaminhou-se para a porta e parou antes de fecha-la. – Irei começar já a preparar a lasanha. Vou aproveitar que a sua mãe não está e vou fazê-la com tudo a que tem direito. Venho já chama-la Annelise – e saiu. Voltei a atirar-me para a cama e fiquei a pensar no que ela dissera.

Espero mesmo que tenha razão. Por mais que o Kentin não goste de mim, eu não posso esquecer os pequenos, mas bons momentos que passamos juntos. E sem dúvida que não consigo deixar de me preocupar com ele, mesmo que no fundo ele possa não merecer isso.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado e mais uma vez desculpem pela demora. Ah, sobre isso eu quero aproveitar para dizer que apartir de setembro as coisas vão ficar mais dificies, já que vou ter de conciliar o trabalho com a escola e não sei ainda muito bem que tempo vou ter para escrever. Mas é só em Setembro! ^^
Beijinhos, fico à vossa espera nos comentários! :)