Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas flores! ^^
Eu sei, desculpem pela demora! Mas estas semanas foram impossiveis por causa dos exames! Mil desculpas!
Mas por fim, cá esta um capitulo novinho para voces minhas lindas!
Quero dedicar este capitulo à DivaLaianinha e à Chappy187 por favoritarem a fic! Não sabem como me deixam felizes com este pequeno gesto! *__*
Obrigada também pelos comentarios de todas, muito obrigada!
Não quero ocupar mais o vosso tempo, Boa leitura! ^^

[obs: capítulo editado e corrigido a 14 de novembro de 2014]



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– Eu amo-te Annelise, vamos fugir meu amor? – o Ian Somerhalder estava de joelhos e agarrava a minha mão, como se fosse um pedido de casamento. Ele sabia que não precisamos de uma aliança para mostrar o nosso amor.

– Sim, eu também te amo Ian, vamos fugir e viver o nosso amor proibido!

– Bom dia menina Annelise – a voz dele começou a ficar parecida com a da Anastácia.

– Que se passa Ian? Porque estás a dizer isso?

– Está na hora de acordar. A Senhora Petrov ligou há pouco a dizer que depois que o exame terminar, o motorista passa aqui para vir busca-la. Disse também que hoje é o seu dia de escolher – porque é que ele estava a falar estas coisas e a afastar-se de mim?

– Ian, para, não fujas de mim! Iaaaaaaaaaaaaaaaaan! Eu amo-te! Ian!

– Menina Annelise está a ouvir-me?! Menina Annelise! – gritou Anastácia, despertando-me de vez enquanto afastava os cobertores.

Que foi Anastácia? Deixa-me dormir… Estava a ter um sonho tão lindo… tentei pegar nos cobertores, mas ela impediu-me.

A menina não ouviu nada do que disse? É para se por pronta, daqui a pouco o motorista do seu noivo chega – suspirou e caminhou para a porta enquanto resmungava alguma coisa que não consegui entender.

Levantei-me e vesti a primeira roupa que me apareceu. Prendi o cabelo numa rabicha, estou sem paciência para penteá-lo.

Fogo, eu ia fugir com o Ian Somerhalder! Maldita Anastácia! Tinha logo que me interromper um sonho tão maravilhoso como aquele… Só de me lembrar daquele olhos azuis cintilantes enquanto ele dizia que me amava…

‘Tás parva ou quê? Que raio de pensamentos mais estúpidos.

Desci para tomar pequeno-almoço e fui para o exterior esperar pelo tal motorista.

Para minha sorte, ou azar como preferirem, não foi o Germano que me veio buscar. Nem nenhum motorista. O Kentin veio no seu próprio carro. E que carro! Não que eu seja muito culta no quisto de automóveis, mas aquele, para além da matrícula a dizer 2014, tinha a ceninha a dizer BMW. E eu que pensava que era rica…

Mal fechei a porta do carro, o Ken arrancou sem nem me dar tempo para por o cinto.

Ninguém falava. Estive algum tempo a encara-lo, mas sequer pareceu notar, fazendo-me desistir e acabar por olhar para a janela. Afinal para onde estamos a ir?

Vamos passar no meu apartamento, preciso de ir lá buscar algo que me esqueci… respondeu como se lesse os meus pensamentos.

‘tá. – disse.

Chegamos ao apartamento em menos de cinco minutos depois da nossa pequena interação. Ele perguntou-me se queira esperar no carro ao que respondi que não. Saí do automóvel e encarei o edifício. É absurdamente lindo! E o interior nem se fala, os meus olhos pareciam querer saltar fora! Isto tem aspeto de ser dos apartamentos mais caros da cidade. Porra, ele caga ouro? Nunca pensei que os militares ganhassem tanto…

Fomos para o elevador e ele carregou no botão do último andar. Antes que as portas fechassem completamente, um ser pôs a mão para impedi-lo entrando de seguida. Reconheci de imediato aquele mar de fios vermelho cereja. Pelos visto, o Kentin não é o único rico por aqui. Sim, até porque tens muita moral para falar Annelise, não vives numa casa que parece um palácio nem nada

Ora se não é a anã e o seu love – disse com o seu típico sorriso de lado.

Pensei que os cumprimentos fossem ficar só por ali, mas subitamente ele puxou-me para um abraço e sussurrou:

Estás melhor baixinha?

Respondi um “humhum” abafado pelo seu casaco de couro. Afastamo-nos passado algum tempo. O Kentin encontrava-se com uma cara que nem sei se consigo descrever de tão esquisita que era. Tinha uma sobrancelha arqueada, os olhos a saltar para fora e tinha a boca levemente aberta (leia-se: com um buraco maior que o das pessoas que dão prazer em troca de dinheiro). Olhei para o Castiel que parecia conter-se para não se rir, sem grande sucesso. Voltei-me para a porta. O ruivo carregou no botão que ficava logo por baixo daquele que o meu noivo tinha premido.

Kentin, também queres um abraço para tirares essa cara de cu? – não aguentei e comecei a rir-me também.

Sim, tudo o que eu sempre quis foi um abraço teu Castiel – respondeu num tom irritado. Quase que até posso afirmar que revirou os olhos.

Sempre me pareceu que sentias alguma espécie de paixão platónica por mim, mas lamento informar que sou hétero, muito hétero. Acho melhor ligares ao azulado – jugo que ele estava a falar daquele gémeo com o cabelo azul, Alem? Alen? Alex? Sei lá…

A porta do elevador fez uma espécie de “plim” e o Castiel saiu, mas voltou atrás:

Se precisares, o meu é o último do corredor. É só bater à porta – começou a andar. – Obviamente que estou a falar para a Anne, não quero dar-te falsas esperanças Ken – gritou antes das portas se fecharem. E quando se fecharam completamente, o moreno deu o soco na parede.

Ok, agora não percebi mesmo. Era só uma brincadeira…

Quando chegamos ao apartamento, ele foi logo para o que pensei ser o seu quarto deixando-me sozinha naquela enorme sala. Era toda decorada em branco e preto, tendo alguns detalhes em verde como as almofadas do sofá. Parecia uma sala daquelas que eu faço quando jogo Sims. Era tudo extremamente luxuoso. O sofá era enorme assim como a televisão. Na parede direita tinha uma estante com aqueles carros de coleção. Do outro lado, a parede era coberta por uma janela, mostrando a vista da cidade.

Pode notar que realmente a cidade, que outrora fora uma vila, estava completamente mudada. Estes dois anos que passaram realmente mudaram tudo. A pequena Vila agora era das maiores e melhores cidades do país. Onde antes só havia uns supermercadozinhos há agora dois enormes shoppings. Nem acredito que já passou tanto tempo desde que ele foi para Inglaterra, naquela altura ainda não havia nada disto…

Uma vista bonita não é? – perguntou, despertando-me dos pensamentos.

É sim – suspirei.

Olha, por acaso o Germano sabe que foste ao shopping? – virei-me para ele.

Que te interessa? Aliás, como sabes que lá fui? – perguntei, embora já saiba a resposta. De certeza que a Matilde lhe disse.

Ele atirou-me o telemóvel.

Então o Daniel sempre tinha razão. Estavam mesmo a tirar-nos uma fotografia – comentei olhando para a foto que estava no telemóvel. – Para que queres isto Kentin?

Então chama-se Daniel? Hum… Ele por acaso sabe que andas a pensar traí-lo com o meu motorista? Ou ele é a favor de ménage a trois? – comecei a rir muito alto e ele ficou com cara de parvo a olhar para mim.

Estás a dizer que eu o Daniel estamos a namorar? – disse entre gargalhadas. – Ó meu Deus! Vocês são todos uns ridículos! Tu e a tua namoradinha – continuei a rir.

Não tentes desviar o assunto, ou fazes o que quero ou mostro isto ao Germano e lá se vai o teu affair com ele…

Estás a chantagear-me? Com isto? – apontei para a fotografia. – Kentin, ao menos arranja uma chantagem decente – comecei a acalmar-me e devolvi-lhe o objeto. – Faz o que quiseres com isso – preparei-me para sair. – Espero por ti no carro, vou dizer adeus ao ruivo e desço logo – dei-lhe um beijo na bochecha, que me custou muito pois tive de me por em bicos de pés. – Não precisas de ter ciúmes noivinho. Entre mim o Daniel é como a água e o azeite, não mistura – finalizei e saí, deixando pata trás um Kentin estupefacto.

«»

Ok, eu realmente não devia ter dado um beijo ao Ken, com aquele ego todo vai pensar que me ando a atirar a ele. Que não é verdade, como é óbvio.

Quando cheguei ao carro, depois de ir falar um pouco com o Castiel, o moreno já estava encostado ao capô do carro a olhar para o nada. Toquei-lhe levemente no ombro, para o despertar. Que por acaso resultou, bem demais até. Ele deu um pulo que quase o fez espatifar-se no chão.

Ai miúda! Que susto! falou enquanto se recompunha.

Calma! Eu só encostei dedo ao teu ombro, não tenho culpa que estejas distraído.

‘tá bem, ‘tá bem. Vamos? – apontou para o carro. Entramos. – Então, onde queres ir?

Não sei, não tinha realmente pensado no que fazer… – suspirei. – Não tens nenhuma ideia?

Nope, não é propriamente uma alegria passar os dias contigo… - resmungou a última parte.

Olha, quem aceitou fazer parte disto foste tu, se não querias dizias não na altura. Agora que a merda já está feita, aguenta! – voltei a suspirar.

Menos Annelise! Não venhas por a culpa em mim, quando é inteiramente tua!

Minha? Tu por acaso achas que eu gosto que me escolham – fiz aspas com os dedos – “o marido”?!

Diz-me de uma vez para onde queres ir! Não estou para discutir mais, queres ir ao shopping? – ele acha que eu por acaso quero ir a algum lado com este mau ambiente?

Não quero ir a lado nenhum contigo! – abri a porta do carro e sai.

Onde é que pensas que vais?!

Para algum lugar em que não esteja contigo – ele saiu do carro e agarrou-me no braço.

Deixa de birra Annelise! Entra já na merda do carro!

Poupa-me Kentin, tu também não queres a minha companhia! – ele estava cada vez mais vermelho de raiva.

Por favor, podes entrar no carro?! Antes que eu perca a paciência! Não tenho que aturar as tuas crises existências.

Não te preocupes, eu não vou dizer a ninguém que não passamos o dia juntos, não precisas de me aturar. Vai ter com os teus amigos ou assim – ele pareceu pensar, se realmente era boa ideia.

Ok, tudo bem. Eu vou, mas pelo amor de Deus, ai de ti que faças queixa de mim!

Sim, sim. Não te preocupes, não vou estragar a tua imagem de filho perfeito. Vai lá Kentin – voltou para o interior do carro e arrancou sem sequer se despedir. Mesmo mal educado.

Comecei a rodar os olhos pela rua. E agora que faço? Não posso voltar para casa nem chamar o motorista e muito menos sei sair desta parte da cidade. Se o Castiel ao menos não tivesse um compromisso qualquer…

Flashback on

– Vê se desta vez não ficas sozinha no meio da rua. Tenho algo para fazer e não vou poder armar-me em príncipe “resgatador” de anãs enervadas. Por isso aguenta um pouco aquele animal ‘tá bem? – sorriu e despenteou-me o cabelo.

Flashback off

É Castiel, pelos vistos não consegui… E agora que faço? Sentei-me na borda do passeio. Será que o Germano está ocupado? Claro que está! Afinal ele disse que a folga dele era só na quarta… Podia mandar uma mensagem, mas não quero parecer nenhuma desesperada… Oh menos Anne, ‘tás numa situação de aflição. Se ele perguntar o porquê dizes que não conhecias este lado da cidade e pronto. Parece ser boa ideia. Vou mandar!

Olá! Estás ocupado? xD”

Se calhar foste muito direta Annelise. Alertou a minha consciência.

E qual é o problema? Há que ir logo ao assunto, sem rodeios e meias palavras. É assim que se faz, acho eu…

De qualquer maneira, a resposta não tardou a vir:

“Por acaso não, fui dispensado dos meus serviços hoje também xD

Porquê? O.o”

E agora que digo? Não esperava que ele estivesse livre…

Bem… tive uns pequenos problemas com o Kentin e agora estou sozinha enfrente ao prédio dele… Mas não é culpa dele! Eu é que o mandei embora… Será que me podes vir buscar ou assim? xD”

Que se passou desta vez hum? Parecem cão e gato vcs Xb

Está bem, tou ai em 5min, e quero saber tudinho, sim menina Anne? :)”

“ *Cão e gata sff xDD. Não foi nada de especial, mas tudo bem xD”

Hum, que tipo de gata? :b

Nunca é nada de especial, mas acontece sempre xD”

“ ahahah isso já não sei xD Despacha-te masé! :o”

Ele não me respondeu mais. Provavelmente porque passado alguns minutos ele chegou, estacionando à minha frente. Entrei logo de seguida.

Olá! – disse sorridente, deixando-me atordoada. Ele estava incrivelmente lindo! Vestia uma camisola de alças que deixava os braços e ombros musculosos à vista. Para além disso continha um pequeno decote, deixando também a desejar aquele peitoral sexy. O cabelo estava mais despenteado que o costume e a barba por fazer. Tão sensual, meu Deus! Como se respira mesmo? Acho que me esqueci… – Que se passa Anne? Parece que nunca me viste… Ups, acho que o encarei por demasiado tempo…

Oh, desculpa. Olá! – sorri por detrás das minha cara corada e desviei o olhar. Nunca é boa ideia olhar demasiado tempo aqueles olhos azuis. Perco-me quando o faço, são tão lindos. Fico encantada com a variação de cor que tem. Às vezes parece que tem uma espécie de raios esverdeados mesmo lindos. Outras vezes era em tons de amarelo.

Annelise, foco! Ele ainda está espera que fales!

Ah, já me tinha esquecido. Não me julguem ok? Aqueles olhos são uma perdição autêntica.

Bem, nós tivemos uma pequena discussão sem sentido para variar, nada com que te devas preocupar – sorri.

E no outro dia em que saíste de casa sem sequer te despedires de mim? Fiquei magoado, sabias? – disse num tom triste.

Oh, no outro dia não queria encontrar ninguém, desculpa!

Só desculpo se me deixares passar o dia contigo, à minha maneira – fez um sorriso perverso, aquecendo-me por dentro.

N-não sejas perverso!

Eu? Não disse nada de mais – levantou os braços como se se estivesse a render. – Tu é que tens uma mente poluída. Mas vais passar o dia comigo quer queiras quer não, e garanto-te que nos vamos divertir muito.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado deste capitulo e que esteja perdoada pela minha demora!
Fico à vossa espera nos comentários! beijinhos! :D

Para quem não sabe, este é o Ian: http://capricho.abril.com.br/imagem/580x362/15-ian-somerhalder22729.jpg?v=111207182901