Confusions In The Enchanted World escrita por Catnip


Capítulo 4
Aulas chatas, irmãs desagradáveis e bailes conflituosos


Notas iniciais do capítulo

Olá! Catnip está de volta, orgulhosa por ter conseguido escrever um capítulo com um tamanho considerável :D
Acho que desta vez não demorei assim tanto, mas espero que o tamanho compense :p
No último cap esqueci-me de agradecer a Tess pela adorável recomendação. Por isso considera este capítulo dedicado a ti :D
Muito obrigada também a todas que comentaram e enviaram fichas masculinas. Foram uma grande fonte de motivação para escrever :)
Agora uma coisa não tão agradável: Titã deixou de ser co-autor da fic. Segundo Miss Briel ele não tem realmente tempo para atualizar a fic :(
A Miss também não irá postar muito frequentemente pois está lotada de projetos e fics inacabadas :/
Tudo isto significa que eu meio que fiquei encarregue de gerir este negócio :3 Espero que não se importem de me ver mais vezes por aqui ;p
Agora vamos ao capítulo.
Boa Leitura :D



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Clary Torkin

– Bla bla bla, química, bla bla bla física. E blabla física blabla nuclear... – é possível alguém ser mais aborrecido? Acho que nem o Rei do Aborrecimento é assim. Quer dizer, não é como se eu realmente o conhecesse. Na verdade nem tão pouco sei se ele existe, mas também duvido que mesmo sendo real, ele…

– Miss Torkin! - Assim que ouvi o meu nome, tratei de endireitar a minha postura imediatamente. – Se não começar a prestar atenção na aula a partir deste momento, sugiro que arrume as suas coisinhas e se ponha a andar daqui para fora!

Admito, eu estava distraída mais uma vez. Mas para que conste, a culpa não é totalmente minha! Como já disse, o Anão Zangado, não é propriamente perito em tornar os assuntos que explica interessantes. Daí o facto de eu preferir mil vezes olhar pela janela a aula toda, do que tentar perceber alguma coisa daquilo que ele diz.

Oh meu Deus! Um casalinho de pardais acabou de pousar numa árvore! Li qualquer coisa sobre eles um destes dias. Aparentemente é época de acasalamento desta espécie, e eu posso ver esse milagre mesmo diante dos meus olhos!

Que se dane a aula do anão! Não posso simplesmente ignorar um ato que dentro de algumas semanas resultará na vinda de pequenos pardalinhos ao mundo!

Aproveitei um momento em que o professor se dirigiu a um aluno para lhe tirar uma dúvida, e voltei a concentrar-me no casal de aves.

A Senhora Pardal parecia usar todas as suas forças para se afastar do Senhor Pardal. “Isso SªP (Senhora Pardal)! Mulheres ao poder! Mostre-lhe quem manda! Quem é que SP (Senhor Pardal) julga que é para tentar obriga-la a procriar?!”

Neste momento, vejo um pequeno objeto de cor acinzentada voando em direção aos meus protegidos voadores.

“Oh não! Parece que SªP foi atingida! Quem terá sido capaz de um ato tão cruel como este! Mas quem!?” – desvio o meu olhar para uns metros a baixo do casal, e deparo-me com dois garotinhos com cerca de treze aos, cada um deles armado com uma fisga.

“Como?! Como foi que crianças desta idade tiveram a sua alma corrompida desta maneira?! Já não há esperança neste mundo?”

O meu raciocínio é interrompido quando de repente a preciana da minha janela é completamente descida, impossibilitando-me de ver qual o desfecho da crónica animal.

– Então é isto que a mantém distraída? – Pergunta o professor, espreitando por entre as fitas da preciana – As meninas nestas idades. Não sabem pensar em mais nada do que namoro!

Isabella McRoyal

Enquanto o professor de culinária continuava a explicar os passos (para mim, completamente impossíveis de atingir) da receita de Bolo De Nuvem, eu não conseguia parar de pensar nas narinas dele! É que são tão grandes! Tenho a certeza que é ali que ele guarda as chaves do carro.

Uau Isabella, depois ficas espantada por não teres amigos.

Sim, talvez eu seja demasiado direta. Mas isso é assim tão mau? Eu digo aquilo que penso. Facto. Mas sou sempre simpática, a sério!

Eu até posso ter dito à Livy que ela tinha dentes de coelho, mas era um elogio! Eu sempre quis ter dentes grandes. Enaltecem a inteligência. É uma pena que ela não dê valor aquilo que tem.

Ainda por cima, depois de eu a ter comparado a uma lebre, ela virou-me imediatamente as costas e foi-se embora. Quanta rudeza! Não percebo algumas pessoas (deito-lhe a língua de fora mentalmente).

Após mais trinta minutos de falação desnecessária, finalmente ouvimos o som da campainha, avisando que estamos livres pra o primeiro intervalo do horário da tarde.

Como esta foi a primeira aula, não tivemos que fazer grande coisa. Pelos vistos, nesta disciplina, só pomos a mão na massa na segunda ou terceira aula. Até lá teremos de nos contentar em apanhar com os perdigotos do Sr.Goofy na cara.

Depois de abandonar a sala, dirijo-me à zona do bar da escola, para me encontrar com Sophie, como tínhamos combinado.

De início não a vejo, mas passados alguns minutos encontro-a a conversar com um garoto, que por sinal é bem atraente. Adoro morenos de olhos azuis! – suspiro.

Reparando bem, acho que não posso chamar aquilo de conversar, eles parecem estar mais a discutir. Quer dizer, ele está definitivamente a discutir, enquanto Sophie simplesmente se mantém ali como se estivesse a apanhar uma grande seca.

Isto não é nada bom sinal. A única pessoa com mais facilidade em insultar os outros do que eu, é a minha irmã Sophie. E ela não sente remorsos! Parece que faz de propósito.

Vou-me aproximando deles até ela me notar. Ela logo se afasta do rapaz, sem nem se despedir e vem ter comigo.

– Oi Isa – Diz normalmente.

– Oi – digo desconfiada – quem era o girinho?

Seth Malefic.

– Ele é filho da Maléfica? – Espanto-me, e Sophie acena afirmativamente – O que é que fizeste para ele ficar tão irritado?

– Isto é algum interrogatório? – resmungou – Se queres saber nem fiz nada demais, disse-lhe que era preciso ter coragem para aparecer em público depois de tudo o que a mãe dele fez. Aí ele ficou todo irritadinho e começou a dizer que eu não conhecia a mãe dele de verdade e blablabla.

– Ele tem razão sabes – disse eu, e arrependo-me em seguida. Não é boa ideia contrariar a minha irmã. Mas o mal já está feito por isso – Tu não conheces mesmo a mãe dele, e tenho ouvido algumas coisas. Parece que ela não era completamente a má da história.

– Ai Isabella, és mesmo criança. Se tens tanta pena dele, vai lá consola-lo. Eu é que não vou ficar a ouvir os teus sermões.

– Então vou mesmo. Sempre é melhor que estar contigo!

– Ótimo! – diz, elevando o tom de voz.

– Ótimo! – digo já virando costas.

Maldita, antipática e desagradável. Ela que me venha pedir favores quando for a vez dela de lavar a loiça. Nem sequer lhe respondo!

Eu criança! Francamente, até parece!

William Snow

Sem sombra de dúvida que não há nada mais aborrecido do que um baile de debutantes. Mas infelizmente fui obrigado pelos meus pais a vir, já que a minha querida maninha Daina iria participar.

A festa é em casa dos Frost, o que nem é mau de todo. Eu sempre quis espreitar a Mansão Azul por dentro. Ouvi dizer, que foi construída em cristal, apenas para manter a ilusão de que era feita de gelo – ou ninguém, para além dos elementos da família Frost, seria capaz de estar lá dentro mais do que algumas horas sem congelar alguns dos órgãos.

Mas como disse, este é o único ponto positivo desta visita. Tenho a certeza que nenhum ser do sexo masculino acha piada em estar cerca de três a cinco horas a olhar para um salão elegantemente enfeitado, onde de tempos a tempos alguém dança uma valsa com outro alguém.

Nem sequer faz muito sentido fazer esta festa neste momento. Pelo que sei todas as participantes têm mais de quinze anos: Daina, minha irmã, Alyssa amiga dela, e Keira a debutante anfitriã. Até onde sei este tipo de coisa é feito aos quinze anos e não dezasseis ou dezassete.

Pelo menos eu não sou o único a sofrer com todo isto. Nem me posso queixar muito, já que ter um braço engessado me trouxe a vantagem de não precisar de ser o acompanhante de Alyssa. Assim, o coitado do irmão do Charles, o Connor, é que ficou com essa tarefa. Não que seja assim tão mau. Até onde sei Aly é uma ótima dançarina e é também muito bonita. Mesmo muito bonita.

Aliás, a única coisa que me impediu de tentar algo com ela foi o Edward, o irmão super homem. Pelos deuses, ele é quase maior que o génio da lâmpada! E está sempre por perto. A coitada nem à casa de banho vai sozinha.

Olha, parece que a festinha vai começar. Vou tentar arranjar um lugar confortável para me sentar, porque isto vai ser demorado.

Annabelle McRoyal

“Uma melodia em piano começou, e a luz dos holofotes moveu-se para em seguida ser concentrada no cimo das escadas do salão. Duas figuras apareceram de braço dado. Eram facilmente reconhecíveis, devido à aparência exótica de ambos. A Senhora do Gelo, Elsa, acompanhada pelo marido, que é frequentemente apelidado por Guardião do Inverno…”

– Annabelle! – ouvi Katherine chamar – não podes estar sempre com o nariz enfiado nesse caderno!

– Desculpa, mas uma inspiração veio. Se não escrevesse imediatamente era capaz de me esquecer.

Kath revirou os olhos, mas sorriu em seguida.

– Que tal irmos dançar um pouco? As apresentações já terminaram. A música mais animada deve estar a começar a qualquer momento.

– Não acho que seja boa ideia. Eu danço muito mal – Kath não pareceu convencida – A sério. O meu irmão costuma dizer que tenho dois pés esquerdos.

– Tenho a certeza que não és assim tão má. E de qualquer das maneiras não interessa muito. É só pela diversão.

– Dizes isso porque nunca me viste a fazê-lo. Fico ridícula!

– Oh vá lá! Tivemos demasiado trabalho a arranjar-te para ficares sentada num canto escuro a noite toda. – insistiu Katherine – São só cinco minutos prometo.

Talvez não seja mês assim tão mau. E a verdade é que Hannah e Kath se esforçaram muito para me ajudar, e ainda para mais com o pouco tempo que tivemos.

Tenho de admitir que foi uma tarde bem passada. Depois das aulas, viemos as três diretas para a Mansão Azul, que é provavelmente o edifício mais bonito que já vi. E logo a seguir ao almoço (um tipo qualquer de peixe que nunca tinha provado, mas que era delicioso), lançamo-nos em três horas de trabalho de embelezamento.

Senti-me tão bem. Tenho que confessar que estava receosa que esta obra de simpatia, vinda de duas pessoas que eu não conhecia de lado nenhum, fosse dar para o torto. Mas no final fiquei muito feliz com o resultado.

Katherine emprestou-me um vestido da sua enorme coleção, e Hannah maquilhou-me de maneira simples, mas que realçasse os meus aspetos positivos (ainda que eu tivesse muito poucos).

No final, nem reconheci a garota do espelho. Mas estava contente com o resultado. E contente por ter uma espécie de “amigas”. Isso também era novo para mim.

– Ok vamos lá. Mas só cinco minutos – Katherine deu um pulinho de alegria e agarrou a minha mão, para em seguida me puxar para o centro do salão.

Ela tinha razão, ninguém estava realmente a prestar-nos atenção. As pessoas só queriam divertir-se.

Kath começou a dançar assim que chega-mos ao centro da pista. De início abanava só a cabeça, e depois passou ao todo o corpo. Fiquei contagiada por toda aquela alegria, e acabei fazendo as mesmas figuras tristes que todos os outros.

Podia até não ser tão bom como ler “Romeu e Julieta” pela primeira vez, mas também não é mau de todo.

Lysbelle Frost

Não há nada pior do que um baile de debutantes numa sexta-feira treze.

Era óbvio que as coisas iam correr mal. Eu devia ter visto os sinais.

O primeiro era, como já disse, a data. Eu até nem sou do tipo supersticiosa, mas revendo as coisas, era bem evidente que o mapa astral tinha algo a ver com o assunto.

O segundo sinal deu-se quando nosso pianista ligou a cancelar a sua vinda, pois uma das suas filhas precisou de ir para o hospital com urgência. Tive então que ligar a um rapaz lá da escola, o Killian, que me tinham dito ser o mestre dos sete instrumentos. Foi difícil convencê-lo a vir, mas nada que um bom suborno não resolvesse.

O terceiro sinal foi quando vi Charles a entrar no salão.

E o quarto quando ouvi os gritos de Helena. Não de agonia ou dor, mas sim de histerismo e raiva. Como disse, o quarto sinal. Ela não é alguém que se queira ter por perto quando se encontra neste estado.

E a confirmação de todas as minhas suspeitas (que este baile nunca se deveria ter feito hoje, e de que Charles é o maior idiota que eu conheço) , deu-se quando eu percebi o porquê de Helena estar a gritar.

Meu querido amigo Charlie. Estás tão ferrado.

Connor Reindeer

Direita, direita. Esquerda, esquerda. Direita, esquerda, direita. Esquerda, direita, esquerda. Direita, direita, esquerda.

Nojento do Charles! Como é que foi capaz? A única coisa que tinha de fazer era guardar um mísero segredo. Mas não! Eu Charles Reindeer, sou demasiado importante para fazer o que os outros querem. Em vez disso ajo com um completo imbecil depois de ser rejeitado!

Direita, esquerda, direita.

É claro que a Helena o rejeitou! Ou era suposto ela ter-se apaixonado por ele no instante em que ele lhe deu um apalpão no rabo?!

Esquerda, direita, esquerda.

Essa nem é a pior parte! Como eu referi, ele contou o segredo da mãe, só por estar irritado! Como foi capaz? Meus pais nunca lhe exigiram nada a não ser manter a boca fechada em relação a este assunto, e qual é a primeira coisa que ele faz? Grita-o alto o suficiente para toda a gente até plutão conseguir ouvir.

Retiro as luvas de box, e atiro-as para o mais longe que consigo. Em seguida estendo-me no chão do ginásio e fixo um ponto aleatório no teto.

Ele só tinha que manter o bico fechado. Ninguém precisava saber que a Senhora do Gelo e a minha mãe Anna eram irmãs. Foi a única coisa que a mãe lhe pediu. Que isso se mantivesse em segredo.

Oh, mas ele vai pagar. Vai pagar por tudo de mal que tem feito. Vai pagar por ter magoado a mãe. Por ter apalpado Helena. Por ter gritado com a Lys. Por ter ido viver sozinho e nos ter abandonado. Vai pagar por me ter abandonado!


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Notas finais do capítulo

Bom, acho que repararam que mudei a minha escrita para a primeira pessoa. Gostava de saber se preferem assim ou como nos caps passados. Confesso que me foi mais fácil escrever deste modo.

Então o que acharam? Clary meio despassarada? Sim ou claro? :3
E da Isa? Eu gostei da frontalidade dela, meio sem noção e tal, mas é até engraçada :p
Nossa, parece que Charles vai de mal a pior o.O Para ser sincera acho que ele é apenas incompreendido. E Connor? Concordam com ele? Charles é um imbecil? Ele tem bastantes razões para pensar dessa forma, por isso não o censuro.

Acho que vão gostar de saber que já tenho cinco pares amorosos decididos :P Alguma dica? Ou ainda é cedo para shipar alguém?

Espero que tenham gostado e que deixem as vossas opiniões. Espero imensos comentários, pois dão-me inspiração. E quem sabe, quanto maior o comentário, maior a aparição ;)
Beijos e até ao próximo ;)

P.S: tentei três vezes colocar imagem no Will e na Lys, mas não funcionou. Se quiserem estão aqui os links:
Will: http://desirewallpapers.com/wp-content/uploads/2014/08/Ian-Somerhalder-Desktop-Wallpaper.jpg

Lys: http://www.urbansplatter.com/wp-content/uploads/2014/05/Ariana-3-ariana-grande-24458566-1209-1931.jpg