Confusions In The Enchanted World escrita por Catnip


Capítulo 19
Jantares, conversas e sótãos


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey!
Espantados por me ver? Eu também estou :3
Trago um capítulo pequenino, acompanhado de uma notícia: CIEW está na reta final. É verdade, eu decidi que é hora de terminar a fic pois já não tenho inspiração para mais e sinto que preciso de dar uma conclusão a esta fic para poder partir para outros projetos. A sério, neste momento, se eu morresse e fosse para o submundo de Storybrooke, CIEW seria os meus unfinished business.
Mas eu explico-me melhor nas notas finais.

Agora sobre o capítulo. Para quem não se lembrar muito bem do que está para trás eu aconselho a leitura de:
Capítulo 8, 2º pov
Cap 11, último pov
Cap 14, 2º pov
Cap 17, 1º Pov

É isso. Vemo-nos nas notas finais. Boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496060/chapter/19

Letícia Dunbroch

A casa dos Hood é realmente das mais acolhedoras em que já entrei. Ao contrário da maioria em Encantia, não é nenhum casarão enormíssimo, mas sim uma casa de tamanho normal, decorada de forma acolhedora e com um leve cheiro a pinheiro manso. Reparo em tudo isto enquanto estou sentada na mesa da sala de jantar da família, do lado esquerdo da minha mãe e em frente de Eric, e com Marion na ponta da mesa, do meu lado esquerdo. Robin está sentado na outra ponta e do seu lado direito está João Pequeno. Jake é o único dos Hood que falta, pois tinha algo marcado com o Caleb Safiris.

A conversa é animada, como não podia deixar de ser, já que em qualquer ocasião em que João Pequeno e a minha mãe estão na mesma divisão têm sempre de existir conversas altas e risadas escandalosas.

No entanto, apesar de as histórias de João Pequeno sobre “Os velhos tempos” ou seja, aquilo a que todos os adultos chamam, à altura das aventuras que deram origem aos Contos de Fada serem extremamente divertidas, não consigo evitar estar distraída, pois vem-me constantemente à memória a conversa que tive com Helena hoje à tarde:

“ – Queres vir para minha casa hoje, depois da aula? – perguntou ela enquanto ocupávamos a nossa habitual bancada no laboratório de química.

— Não posso – respondi, enquanto vestia a minha bata branca e colocava os óculos de proteção – tenho de ficar por causa da peça. E o Eric convidou-me para jantar em casa dele depois.

— Claro, o Eric. Só podia. Passas a vida colada a ele ultimamente – resmungou ela, enquanto ia dispondo os tubos de ensaio nos respetivos suportes – Quando é que vocês se vão assumir? – perguntou por fim.

— Assumir o quê? Não há nada para assumir! – insisti, pela milésima vez naquela semana.

— Não consigo acreditar nisso Leth! Vocês passam a vida colados um ao outro! Mesmo sem o pretexto de fazer as coisas para a peça, andam sempre juntos! E eu sozinha em casa, a consolar a minha irmã Katherine que se foi apaixonar por aquele idiota do Safiris.

— Isso não é verdade! Ainda este sábado fui contigo ao shopping porque precisavas de sapatos novos, e tu sabes que eu odeio ir às compras!

— Sim foste, e ficaste meia hora e vieste-te embora! E porquê? Porque o Eric te convidou para irem caçar.

Fiquei sem resposta a este argumento e por isso preferi ter outra abordagem:

— Eu e o Eric não temos nada. Já não te disse que ele está apaixonado pela estúpida tua irmã, a Keira?

— Por amor de Zeus, não lhe chames estúpida! E a Keira já se foi embora há mais de um mês! E para além disso – disse, enquanto abria o livro de química em ciam da mesa – eles nunca iriam resultar. Não têm nada em comum um com o outro!

— Até pode ser, mas eu tenho a certeza que ele ainda sente algo por ela. Passa a vida a falar mal dela porque ainda não a conseguiu esquecer! A dizer que seria tudo muito mais fácil se me tivesse conhecido a mim antes dela, pois nada disto teria acontecido.

Helena olhou para mim longamente, como que a refletir sobre aquilo que eu tinha dito, e depois limitou-se a resmungar algo incompreensível e a colocar mais bicarbonato de sódio na solução que tínhamos de preparar. Nessa altura dei graças aos céus por ela ser minha parceira em química, já que essa era sem dúvida a minha pior matéria, e o mais provável era que sem ela eu tivesse de repetir a disciplina no próximo ano.

— Sabes – começou ela uns minutos depois, agitando a vareta de vidro que tinha na mão para homogeneizar a solução – Acho que sei porque é que tu e o Eric ainda não se assumiram.

Revirei os olhos e depois perguntei:

— Porquê?

— Tu estás totalmente cega.

— Não percebi.

— Imagino que não, mas não me cabe a mim explicar – disse ela, já não parecendo tão chateada como antes.

Bufei irritada, e mantive-me em silêncio até ao final da aula. Quando esta acabou, Helena despediu-se de mim e disse para eu dar um abraço de coragem e paciência ao Eric por ela – escusado será dizer que este pedido dela só me deixou mais confusa com o assunto.”

— Leth! – abandono os meus desvaneios quando ouço Eric chamar-me do outro lado da mesa – queres ir ao sótão? Há uma coisa que te quero mostrar.

Por esta altura já todos tinham acabado de comer e estavam demasiado distraídos a falar sobre o que quer que seja para ligarem ao facto de que eu e Eric nos levantava-mos.

Sigo Eric pelas escadas a cima, parando atrás dele quando tem de abrir o alçapão do teto para entrar-mos no sótão. Com não há escadas ele salta, apoiando-se nas extremidades, e assim que está lá dentro estende-me as mãos para me içar. Há um momento esquisito quando isto acontece, pois quando “aterro” no chão do sótão, mesmo em frente a Eric, o espaço é tão apertado que nos obriga a ficar perigosamente próximos um do outro. Isso leva-me a prender a respiração de nervosismo, e Eric acaba por perguntar preocupado:

Estás com falta de ar? largando as minhas mãos, só para colocar logo em seguida o braço direito em roda da minha cintura e puxando-me para longe do buraco do chão.

Claro, que ele tinha a melhor das intenções, mas infelizmente a preocupação fê-lo deixar de prestar atenção no que estava à sua volta, e por isso, ao recuar acaba por tropeçar em algo, que o faz cair, puxando-me automaticamente a mim também para cima dele.

Um enorme estrondo de louça partida foi ouvido pelo facto de termos acabado de esmagar a coleção de chávenas de chá da mãe de Eric.

No entanto não é nisso que estou a pensar. A única coisa que me passa pela cabeça de momento é o facto de os olhos de Eric serem tão escuros e brilhantes, que mesmo com a pouca iluminação da divisão, me permitem ver o meu próprio reflexo neles. E que pouco abaixo dos seus olhos estão os seus lábios macios e a pele coberta pela barba curta e escura.

Não tenho mais de três segundos para contemplar o meu melhor amigo, já que o próprio levanta a cabeça de repente em direção a mim e contra tudo o que eu esperava me beija.

Mantenho-me petrificada e de olhos abertos por um segundo, mas rapidamente caio em mim e os fecho, correspondendo ao toque doce dos lábios de Eric e dirigindo as minhas mãos para a nuca dele. Por sua vez, ele envolve-me com os seus braços, inclinando-se para a frente, fazendo-me ficar ajoelhada entre as pernas abertas dele. Não sei bem como acontece, mas sei que em pouco tempo, aquilo que começou como um simples encostar de lábios evoluiu para um beijo intenso, que rapidamente me deixa ofegante.

Subitamente ouvimos alguém chamar do andar de baixo:

Eric!

Separamo-nos rapidamente, e eu levanto-me desajeitadamente ainda desconcertada pelo que acabou de acontecer. Aproximo-me da abertura do chão do sótão e salto, dando de caras com Jake, que acabava de subir as escadas.

Ah, estão aí! diz ao ver-nos. Acabei de chegar. A mãe pediu-me para vir procurar-vos porque diz que lhe pareceu ouvir qualquer coisa a partir.

Olho para Eric que tinha também acabado de descer, e ele olha para mim. Ainda tem os lábios avermelhados e os olhos parecem ainda mais negros que o habitual. Ele ri-se e eu rio-me também, aliviada ao ver que ele não se arrepende daquilo que aconteceu.

Jake tem uma expressão confusa, mas eu não quero saber de Jake. Acho que finalmente percebi aquilo que Helena não me quis explicar. E sinceramente, também não estou com vontade de o explicar a vocês.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É...eu sei...UM BEIJO! Ficou bem? Nunca tinha escrito uma cena de beijo antes por isso preciso que me digam o que acham! A sério, não sei o que pensar!

Agora a parte séria:
Eu decidi que vou dar finais felizes a: Lena, Letícia, Lysbelle, Thomas, Alyssa e talvez a mais alguns dependendo da minha disposição e inspiração.
Alguns personagens aos quais me afeiçoei, embora não tenham chegado a ter o destaque que mereciam (como o Samuel, o Connor e a Ariadne) ainda não decidi o que vou fazer com eles, mas com certeza nãos os vou deixar no vácuo ;)
Podem dizer que estou a ser injusta a não dar destaque aos personagens cujos leitores não comentam. E eu percebo. Mas também peço que tentem compreender o meu lado: escrever uma interativa dá imeeenso trabalho, e esse trabalho é tanto do leitor como do autor. Se o leitor não fizer a sua parte, o autor muito provavelmente não terá vontade de fazer o trabalho todo sozinho. Que é caso, já que a inspiração para escrever esta fic anda reduzida há já bastante tempo.

Mas como nem tudo podem ser más notícias, aqui está uma interativa cheia de vagas e muuuuuuuito bem escrita para quem quiser participar: https://fanfiction.com.br/historia/686254/Two_Crowns_One_Winner_Interativa/

É tudo por hoje ^^ Até



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Confusions In The Enchanted World" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.