Espelho Assassino escrita por HaruSan


Capítulo 2
Capítulo 01: Sorte no azar.


Notas iniciais do capítulo

O que acharam do cap? =3



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Eu estava nos corredores daquele enorme colégio. O nome era Konoha e eu nunca havia ouvido falar dele, mas todos no bairro garantiram que é o melhor colégio em duas cidades.

Ainda assim, as pessoas pareciam correr e brincar pelos corredores, e não tinham cara de serem alunos disciplinados. Apenas eu, claro, com aquela folha de instruções que recebi quando passei na secretária, que informava onde ficava meu armário, a senha e claro, as salas e as aulas.

Eu não demorei muito para encontrar meu armário. A cor dele era azul cinzento e ele era um pouco estreito. Bem, basicamente eu apenas iria colocar livros e lembretes lá, então não fazia diferença. O código de acesso também era fácil de ser decorado e isso por sorte faz parte da minha incrível capacidade intelectual.

Eu me sentia com vigor a cada novo passo que eu dava naquele colégio e assim que encontrei minha sala, a de Geologia II, meu sorriso se abriu. Ela estava vazia, e reinavam apenas alguns insetos que comiam ferozmente um pedaço de lanche esquecido no chão.

Meu estômago se revirou com á cena ok, mas isso não iria estragar meu dia. Sentei logo na primeira carteira da primeira fileira. Fiquei olhando o quadro negro com os dizeres “Bem vindos, alunos do Segundo ano!”. Achei tão lindo que o professor tenha se preocupado em nos recepcionar... Enfim. Logo tratei de pegar meu caderno e meu estojo, alojá-los em cima da mesa e como de costume, escrever na última folha do caderno meus afazeres de casa.

Eu costumo fazer isso para matar o tédio, e admito que adoro cuidar da casa. Como nos mudamos á pouco tempo, ainda temos muito o que limpar e com o trabalho de meio-período da mamãe é meu dever como filha mais velha ajuda-la.

Alguns minutos se passaram e o sinal da primeira aula tocou. Senti meu corpo enrijecer e eu nem tinha escrito tudo o que teria de fazer em casa no caderno! O tempo passou rápido e minha respiração falhou.

Poucos segundos mais tarde alguns alunos começaram á encher á sala. Não consegui olhar para o rosto de nenhum deles. Eu estava olhando fixamente para o teto, tentando não me sentir nervosa ou fazer alguma coisa idiota.

“Bom dia alunos, prontos para mais um maravilhoso ano de estudos?”

Gritou uma professora muito atraente. Ela tinha cabelos negros e olhos vermelhos, estava vestida com o uniforme escolar que por sinal caia bem melhor nela.

“Como todos sabem, me chamo Kurenai e vou dar aula de Geologia para vocês este ano”.

Tentei dar uma olhada ao meu redor e tinha uma parcial visão da sala. Vi algumas meninas se maquiando no canto direito da sala, vi dois meninos conversando animadamente do meu lado e enfim... Ele!

Olhos pretos, cabelos ônix, pele branca, alto... Meu Deus quem é? E por que estou tão feliz de olhar para ele? Talvez o jeito descolado dele ou aquela franja que cai lentamente em seu olho enquanto ele me encara... Peraí me encara? Ai meu Deus, ele me notou! Sinto meu rosto ficar vermelho, preciso me acalmar. Talvez eu devesse sorrir? Ou jogar meus cabelos para trás e fingir que estou esnobando ele? O que fazer? Aquela sobrancelha arqueada na minha direção... Isso quer dizer que ele me quer??

“Ei garota, o gato comeu sua língua?”

Virei minha cabeça para frente assustada e notei á professora na minha frente, me olhando como se eu fosse louca e foi então que tive a péssima ideia de olhar para o lado: Todos na sala estavam me encarando com cara de paisagem, inclusive o garoto lindo.

“Eu perguntei da onde você veio e qual seu nome” disse a professora, se aproximando de mim “Você é a única aluna nova desta sala neste ano, queremos saber um pouco sobre você”.

Eu perdi á fala. Eu até tentei falar, mas não saía som algum.

“Então, qual seu nome?” Insistiu á morena, me encarando seriamente.

“E-Eu... Ahn, Sak-Sakura...”.

“SakSakura? Que nome diferente” riu ela.

“Sakura!” gritei, vermelha e segurando a barra da saia com força.

“Oh, calma aí. Não precisa ficar tão brava. Já entendemos que é Sakura!”

Todos na sala caíram na gargalhada enquanto á professora voltava para perto do quadro negro. Antes de começar á aula, ela sorriu e piscou para mim.

Minha orelha estava tão quente que parecia estar pegando fogo. Era tanta vergonha que eu queria sair da sala e me enfiar em um buraco! Eu havia decorado meu discurso de aluna nova duas noites seguidas em frente o espelho. Eu tinha tudo na ponta da língua e então... Travei! E travei porque estava hipnotizada por uma força do mal.

E essa força do mal é aquele garoto de cabelos negros e pele branca. Ele fez de propósito! Ele fez com que eu ficasse fascinada por aquelas covinhas de astro de cinema só para me envergonhar. Ele é meu amuleto do azar!


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