A Noiva escrita por Felipe Melo


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Eu amei escrever esse capitulo! E sei que demorei, espero que gostem, critiquem e me digam se gostaram do capitulo Noiváticos. Eu passei quase um mês pensando em deixar as coisas mais interessantes, e olha muita coisa nova e diferente vindo por ai. Deem os favoritos,recomendem se gostarem... Beijos e Boa Leitura...



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Capitulo Dezoito

(A Morte Irene a raça, sejamos dignos de ser e de aceitar as regras)

– JK. Rowling

Chegamos-nos ao pequeno estábulo de Felipe, e para nossa surpresa ele já estava nos esperando. Eu estava inquieta, mas não sabia se partilhava isso com ele. Estava em meio a tantos problemas, que minha mente não conseguia registrar o porquê de Carmela ser tão má. O que ela ganharia com isso? Pra quem ela estava trabalhando?

– Liz – disse Felipe – Camila – e fechou a porta dos estábulos.

Eu percebi que estava em choque. Foi preciso Camila me ajudar a sentar em um dos familiares bancos de madeira para que sossegasse.

– O que aconteceu? – disse ele – porque Elisabeth está assim?

– Felipe –disse ela – Liz está em choque...

– Camila – Felipe disse impaciente – fala logo.

Eu olhei para os dois e percebi que Camila assim como eu estava entrando em choque. Finalmente consegui gritar alguma coisa.

– Querem nos matar – falei e para minha surpresa saiu frio e natural.

O silêncio pairou e até mesmo Camila pareceu não acreditar na frieza em que eu dissera isso. Felipe por outro lado começou a rir descaradamente, um riso de escárnio. Aquilo estava me irritando. Não. Aquela vida desde que eu entrara nessa competição idiota me enchera.

– Felipe – gritei eu – JÁ CHEGA. EU NÃO ESTOU BRINCANDO. ERA PRA EU ESTAR EM CHOQUE AGORA, MAS NEM ISSO EU PUDE. PORQUE INFELIZMENTE DESDE QUE CHEGUEI AQUI QUEM RESOLVE TUDO SOU EU.

As palavras saíram ocas, esquisitas, quase como não pronunciadas por mim. Pude ver que instantaneamente ele parou de rir. Seu olhar demonstrou raiva, mas logo se suavizou. Quando o percebi estava ao meu lado me abraçando. E ao meu outro lado, Camila sem saber o que fazer.

– Liz – sussurrou ele ao meu ouvido – não precisa ficar nervosa. Não precisa chorar. Estou com você. Desculpe-me.

Eu não entendia o porquê, mas logo percebi que de meus olhos saiam lágrimas. Eu estava tremendo.

– Felipe – disse Camila – sente-se. Vou te contar tudo o que aconteceu.

–//-

Em todo o tempo em que Camila conversava com Felipe sobre Carmela ele mudava suas feições. A cada pico de suspeita ele batia na mesa, ou me olhava como uma experiência em laboratório. Por fim Camila chegou ao final do relato e por fim ele entendeu meu nervosismo.

– Não sei o que dizer – disse ele rígido – vocês estão correndo perigo. Temos que arranjar um jeito de tirá-las do castelo.

– Não – disse eu – temos que arranjar um jeito de desmascarar Carmela. Até lá tomamos cuidado.

– Vocês não sabem do que Carmela é capaz – disse Felipe inquieto. Ele não parava em ponto nenhum e continuava andando.

– O que você sabe? – disse Camila – Nunca nos conta.

– Não é o que sei – disse Felipe confuso – é o que sinto.

Aquilo foi demais. Não agüentava mais tantas perguntas e mistérios. Sai do estábulo correndo, sim estava sendo imatura! Mas não podia aturar mais coisas em minha cabeça. Minha vida já estava bastante zoneada para discutir algo. Ouvi gritos ao fundo dos dois, mas precisava espairecer, e não tinha tido essa oportunidade desde a morte de Melina.

Andei o jardim e mesmo assim não o havia percorrido todo. Tentei ficar calma, por mais que estivesse anoitecendo, Carmela não seria doida de ir ali e me matar. Ou seria? Pensei na besteira que fizera, e resolvi voltar ao castelo, ou aos estábulos. Foi quando me deparei com Cristian andando em minha direção. Ele estava com uma aparência ótima, mas mesmo assim algumas queimaduras eram vistas bem em seus braços.

– Elisabeth – disse ele – não pensei em encontrá-la aqui. Acabei de chegar, e queria espairecer um pouco.

Ele estava absolutamente sexy. Estava de camiseta regata, e dava para ver seus músculos, e aquela barriga tanquinho que colocaria Brad Pitty no chinelo.

– Ah – gaguejei eu – eu precisei também.

Ele pareceu sorrir, e se atentou a olhar meu corpo de cima baixo. Eu pensei em gritar, ou até mesmo perguntar o que ele olhava tanto. Mas uma parte de mim gostava de ser olhada por ele.

– Você não parece uma menina – disse ele se achegando mais perto – parece até uma mulher.

– Creio que já sou uma – minha pele e minha voz refletiam mais desejo do que imaginava. Eu esperava espairecer, não ficar dando mole para um cara mais velho.

– A senhora deve estar muito abalada – disse ele – não pode subir ao meu quarto.

O quarto? Mais uma vez? Aquilo estava me matando. Pensei que ele poderia ser um canalha, mas na verdade aquilo me decepcionava mais. Ele achava que eu era tão imatura assim para não subir no quarto dele?

– Claro que posso – disse eu séria – não tenho nada para fazer.

– Mas a senhorita não tem medo de mim?

Queria responder Claro que Sim. Mas queria parecer madura! O que saiu da minha boca foi um simples não.

– Ótimo – disse ele – a senhorita não vai se arrepender.

–//-

O quarto de Cristian é todo atual e até mesmo atemporal. O velho se mistura com a tecnologia atual, e ate mesmo a arte decco, aqui fica maravilhoso. O quarto me deu uma espécie de paz, e me senti até em meu próprio quarto. Mas minha consciência chata martelou e lembrei que estava no quarto com um cara. Na verdade com um homem.

– Sente-se senhorita Smith – disse Cristian – não quero forçá-la a nada.

Sentei-me em uma cadeira que parecia de balanço, ela rangeu e seus olhos penetrantes adentram os meus.

– A senhorita bebe? – disse ele rindo – Ou é mais uma menina ao qual me engano?

Ele queria uma porrada? Eu não me considerava mais uma menina. Eu era uma mulher. Ele que se desse conta disso.

– Bebo – isso minta mesmo – conhaque.

Ele pareceu se surpreender. Pois sorriu.

– Assim mesmo – disse ele – tome.

Dentro de uma taça estava um liquido amarelo, que aparentemente me deu certo receio até de não querer tomá-lo. Mas percebi que se rejeitasse e contasse a verdade seria apenas mais uma menina idiota. Joguei o liquido e praticamente senti uma forte queimação na garganta. Minha cabeça doía e até mesmo meus olhos pareciam pesados. Eu sei que a bebida é forte, mas aquilo não é normal. Meus olhos agora viam Cristian sem camisa, em CIMA DE MIM! Eu arfava, mas não era de dor, era que meu coração parecia acelerado. Minhas vistas estavam embaçados. Ele tinha colocado algo em minha bebida.

– NÃO – gritei, mas os sussurros dele tapavam os meus.

Senti seus lábios nos meus. Não adiantava eu estava com medo, na verdade eu estava achando repulsivo. Meus olhos estava caindo, se fechando eu ainda pensei em dar uma porrada nele, mas já era tarde demais. Assim como Bela Adormecida, desmaiei.

–//-

Vozes. Eu ouvia vozes. Alguém sussurrava alguém gritava, na verdade eu não sabia. Eu percebia gritos e até mesmo espantos. Era um sonho?

– Carmela... Eu...

Carmela?Sonho esquisito. Abri os olhos e me deparei com a cena mais perturbadora em minha vida. Eu estava apenas com uma fina coberta de cetim cobrindo-me o corpo e Cristian estava de cueca. Carmela e Victor Salazar estavam no quarto com muitas meninas que gritavam e olhavam-me com espanto.

– A senhorita nunca foi de confiança – gritou Carmela.

Eu senti vontade de contra atacar, mas não pude. Como tinha vindo parar ali, eu não sabia.

– Cristian – gritou Victor – eu jamais pensei que se envolveria em um escândalo desse. O que vamos fazer? O que acontecerá se a mídia ficar sabendo disso?

– Senhor – Cristian suplicava, mas percebi que Carmela e Victor estavam muito nervosos para decidir algo bom.

– A senhorita – disse Carmela – está desclassificada. Pegue suas coisas, suma. Está eliminada das competições.

Aquilo foi um baque. Tentei me apegar à idéia de que tudo era um sonho, mas não era. Eu não lembrava de ter estado ali.

– Eu não me lembro – disse eu – não me lembro de ter estado aqui ontem.

– Amor – disse Cristian – nós tínhamos um caso. Agora fomos descobertos.

Um caso? Ele estava louco? Levantei-me de sobressalto.

– EU NUNCA TIVE UM CASO COM VOCÊ – gritei eu.

– Não seja ridícula mocinha – gritou Victor.

– Eu não sei o que está acontecendo – gritei eu – mas Carmela é a inimiga. Ela quer me matar.

Ela pareceu até mesmo surpresa, mas logo estava impassível e impenetrável.

– Não queira falar besteiras – disse ela – sua situação já esta péssima. Não me culpe por máculas que eu não fiz.

– Elisabeth e Cristian – berrou Victor – vocês tem quinze minutos. Apareçam na minha sala. Acertarei as contas com você lá.

Assim como a porta estava aberta, logo ela se fechou com um grande baque. Senti que ia desmaiar de novo, mas um torpor me invadiu. O que seria de mim agora? O que eu faria agora? O que Camila pensaria? O que Felipe faria?

Enquanto Cristian soluçava seus lamentos, na cama em que desgraçara minha vida eu deitei e gritei o mais alto que podia.


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Notas finais do capítulo

- espero que gostem... Comentem...