Maybe Gonna Be A Hero II escrita por Miss Asgard


Capítulo 3
Capítulo 3 – The Moment Of Truth


Notas iniciais do capítulo

Mozões, me desculpem a demora, mas semana de provas na faculdade é um completo inferno!
But...

Hahaha, enjoy it!



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– Posso falar com você, Loki? – entrei na sala do trono, onde Loki estava depositando sua atenção em um livro – Ou terei que marcar um horário na sua agenda? – sorri, sarcástica.

– O que houve meu amor? – perguntou ele, fechando o livro e colocando-o na mesa que tinha ao seu lado – Por que estás assim amor, tão nervosa?

– Não me venha com essa! NÃO ME CHAME ASSIM! – digo, passando ligeiramente as mãos pelos meus cabelos.

– Assim como Helena? O que deu em você? – diz ele, aproximando-se e colocando a mão direita no meu rosto.

– Não me toque. – rapidamente me afasto.

– O que há de errado, minha rainha? – Loki sussurra baixo, aproximando-se novamente.

– Não sou sua rainha. – tiro a coroa de gelo, que nunca derrete por conta da temperatura ambiente ser incrivelmente baixa o tempo todo, e estendo-lhe – Acho que isso é seu.

– O que? – questiona ele, recusando-se a receber a coroa – Você está louca? – Loki, que antes estava pálido como sempre, agora estava ficando com seu rosto com uma tonalidade estranhamente avermelhada – O que está acontecendo com você? – questiona ele, indignado. – Foi envenenada?

Envenenada, só se for pelo veneno da sua outra esposa, sua amada Singyn, idiota.

– Comigo? COMIGO? – agora sim, eu, Helena Stark, estou perdendo o controle – Eu cansei de ser sempre uma segunda opção pra você, eu cansei desse lugar, eu cansei dessa vida, eu cansei de você! – engulo em seco, a vê-lo sentar-se em seu trono novamente – Cansei de mendigar a sua atenção, cansei de mendigar o seu amor. – termino a frase com um sussurro.

– Isso tudo é por conta da Sigyn? – questiona Loki sorrindo com escárnio – Você sente ciúmes de mim, Helena? – Laufeyson alarga seu sorriso – Deveria controlar suas emoções humanas, elas são mesquinhas. – diz Loki, voltando a abrir o seu livro.

– Eu sou humana, se você não percebeu. – pego o livro de sua mão e jogo-o longe.

– E essa não é uma de suas virtudes. – diz Loki, sorrindo de maneira vitoriosa.

– Eu não sinto ciúmes de você, Laufeyson. – menti descaradamente.

– O que você quer com isso, Helena? – questiona ele, fuzilando-me com o olhar.

– Nada – sorrio – Só queria informar que estou voltando para a Terra, ou Midgard, como você preferir. – alargo o sorriso.

– Você não vai.

– Sim, eu vou.

– Eu sou o rei de Jotunheim e estou dizendo que você não vai. – levanta-se ele e caminha em minha direção.

– Bem, então... – pego a coroa que eu tinha jogado de lado e coloco-a de volta a minha cabeça, finalmente achando alguma utilidade para ela – E eu sou a rainha de Jotunheim, e eu estou dizendo que vou! – sorrio, encarando-o nos olhos – Sabe por quê? – alargo o sorriso – Porque eu não preciso de você!

– Nós temos um trato Stark! – grita ele, perdendo toda sua pose.

– Eu sei, e eu cumpri minha parte. Eu vim para Jotunheim, com você e com o Narvi. Você não pode invadir o meu mundo, você deu a sua palavra. – rebato.

– Você não se atreveria... diz Loki e sai bufando, deixando-me sozinha.

Agora eu estou quase me arrependendo de ter começado essa conversa, mas não tinha outra maneira, eu não posso controlar as coisas e não sei se posso suportá-las.

O meu pequeno príncipe, Narvi, estava me encarando de maneira confusa, perdida, o que o deixava ainda mais lindo, só para lembrar, os cabelos negros emoldurando seu rosto delicado, e seus lábios finos e avermelhados que formavam uma linha reta, enquanto seus olhos, sempre tão espertos e brilhosos, estavam apagados, não havia sinal do brilho que eu tanto via, que eu tanto amava, que eu tanto necessitava.

Tão lindo, tão pequeno, mas tão maduro.

Porém eu tentava lhe explicar minhas razões para querer partir e ele parecia não compreender.

– Por que você quer partir, mamãe? – E lá vamos nós de novo... Essa pergunta poderia ser respondida de inúmeras formas, porém todas elas, tão difíceis, tão improváveis, tão dolorosas.

– Bebê, as coisas mudaram entre seu pai e eu. Nada é mais a mesma coisa, nada funciona como antes, eu não quero que isso acabe te prejudicando, meu anjo... – sorri para ele, enquanto falava e sentia, mais uma vez, uma ardência na garganta, fazendo com que minha voz saísse fraca, traduzindo assim o meu estado de espírito.

– Mas por que não funciona mais? – perguntou ele desesperado – É por causa da Sigyn! É isso! – Narvi afirmou, como se não houvesse sombra de dúvidas sobre aquilo, e bem, ele não estava enganado, eu não poderia mentir para ele, então apenas assenti afirmativamente – Mas ela é legal, mamãe! – sorriu ele, encantado.

Primeiro meu marido, depois o meu filho.

Essa vadia me paga!

– Ela compreende melhor o meu mundo mamãe, melhor que você. – sentenciou Narvi. – Ela está me ensinando umas coisas legais, estou aprendendo tanto com ela sobre nosso mundo, sabe... – Narvi falava aquilo de forma tão doce, tão amorosa, tão emocionada que eu senti inveja.

E raiva.

Nojo de Sigyn, mas, um nojo ainda maior de mim.

Eu tinha tudo, tudo estava bem, até ela aparecer e me roubar tudo.

Como pude deixar isso acontecer?

– Me desculpe Narvi, mas esse não é o meu mundo e nem é totalmente seu, eu tentei me adaptar a ele ao máximo, por você e para você, mas não foi o suficiente. – sorri tristemente – Você não pertence somente a esse mundo Narvi, você também é midgardiano, eu não quero que você mude, ou que seja revoltado com a vida, como eu fui – acariciei sua bochecha esquerda – Eu só quero o melhor para você, meu anjo.

– E o que seria o melhor para mim, mamãe? – questiona ele, mostrando sinais de irritação.

– Eu só quero te dar a chance de ter uma família normal, ter amigos, ir à escola, brincar... Eu só quero te dar a chance de ser feliz, você entende? – coloco-o em meu colo, iniciando uma trilha de carinhos entre seus cabelos negros macios.

– Eu gosto daqui, mamãe. – ele diz, olhando para o teto – Papai diz que aqui é a nossa casa, o nosso reino, não somente meu ou dele, mas o seu também, mamãe.

–Não Narvi, não desde que ela chegou.

– Mas mamãe, se a Singyn é amiga do papai, você deveria gostar dela, não? – disse ele, inocente.

Amiga, sei.

Sabe de nada inocente!

– Ela não é amiga de seu pai, ela é esposa dele, assim como eu. – estava rezando mentalmente para que essa conversa acabasse logo, não sei mais nem o que estou dizendo.

– Então o papai tem duas esposas. – afirmou ele – Então, vocês deveriam se dar bem, não é? – Lokison me encarava confuso.

– Onde eu nasci, na minha cultura norte-americana, um homem só pode ter uma esposa, assim como uma mulher só pode ter um marido, nada mais que isso. – o assunto era um tanto complexo, constrangedor, confesso que estou odiando o momento que tive a maldita ideia de tentar explicar para o Narvi o motivo do meu retorno para Midgard.

– Não entendi. – disse ele simplesmente.

Eu nunca fui uma pessoa paciente, isso também está no sangue Stark, nós, definitivamente, não temos paciência!

– Ok, vamos lá de novo! – sussurrei, me acalmando – Melhor dizendo, eu amo muito o seu pai, você sabe disso, certo? – vi ele assentir afirmativamente e prossegui – Então, eu não consigo dividi-lo com outra pessoa, a não ser com você. Eu não consigo viver somente com a metade, por isso que estou indo embora, porque prefiro não tê-lo, a ter somente uma parte. Entendeu? – sussurrei mais esperançosa impossível.

POV’S NARVI

– Você conseguiria dividir algo ou alguém que lhe é muito importante com outra pessoa, Narvi? – mamãe perguntou aquilo e tive um momento breve de reflexão.

Pensei em todos os meus livros, no meu reino, no meu trono, eram todos meus, mas nada me causava ciúme,que é uma emoção humana que me permito sentir, às vezes, somente por ela...

Minha mãe.

Encarei-a, cabisbaixa, que sempre estava me direcionando sorrisos doces, sempre estava tentando me ajudar, sempre dizia me amar mais que tudo, sim, dela eu sinto ciúme.

Porque eu não posso perdê-la, não suporto a ideia de ter outro ocupando o meu lugar em seu coração, recebendo o seu afeto, o seu amor.

Não quero irmãos, porque não quero dividi-la.

Preciso voltar para Midgard com ela, só para manter as coisas no controle.

Eu estava com ciúmes de minha mãe, mas também estava com medo.

E finalmente eu entendi o que ela, pacientemente, tentou me explicar o tempo todo, porque eu não consigo dividi-la, assim como ela não consegue dividir o meu pai com a Sigyn.

Porque o seu amor, é somente meu.

– Eu vou com você, mamãe. – acabei, finalmente dizendo.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo está enorme e um pouco chatinho, eu sei.
Mas o próximo terá altas tretas, sangue, briga, ok, não.
Mas no próximo tem Stelena pra vocês! :*
Comentem!