SOBER escrita por Srta Granger


Capítulo 4
Café da manhã, praias e bares


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela a demora!



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Estavam caminhando pelas ruas estreitas perto do prédio onde Abigail morava. Ao chegarem na rua principal, o dia ensolarado que estava apareceu em meio aos edifícios enormes. Continuaram caminhando em silêncio desde de que Tyler ofendeu Abigail, pelo menos, ela levou para o lado ofensivo, ele estava mais para o divertido.

– Era uma piada.- ele disse quebrando o gelo.

– Pois eu não achei graça.

– Qual é, Abs! Posso te chamar de Abs?

– Tanto faz.

Eles chegaram e se sentaram em uma mesa do lado de fora da Starbucks, a favorita de Abigail, pois o guarda-sol deixava o clima melhor.

– Então, Abs, eu não disse para te ofender, não foi por mal, eu juro.

– Tudo bem, deixa pra lá.

– Então, deixe-me conhecer você.- ele apoiou os cotovelos na mesa a aproximou seu rosto do dela.

– Eu tenh...

Ela começou a falar mas foi interrompida pela garçonete do estabelecimento.

– Bom dia... Oh, desculpe-me ter interrompido.

– Sem problemas.- Ty se pronunciou.

– Então, o que vão querer?

– Eu quero um café preto grande, um croissant só com queijo e um cookie de chocolate.- ela falou rapidamente, enquanto ele encarava o cardápio.

– E eu quero... Hum, acho que, um capuccino, e hum... Deixe-me ver, porção de pãezinhos com manteiga.

– Tudo bem, eu já volto com seus pedidos.

– Como você fez o pedido tão rápido e sem olhar o cardápio?

– Eu peço sempre a mesma coisa quando tomo café aqui, e isso é quase todo dias. Os garçons já me conhecem e o meu pedido. Essa aí é novata.- respondeu sem mais delongas, e riu um pouco.

– Estou impressionado.

– Então, como eu estava dizendo. Eu tenho 21 anos, sou alemã, morei lá até meus 10 anos e depois vim para os Estados Unidos com minha família, tecnicamente em NY. Cursei um ano de Arquitetura na Columbia, e depois tranquei. Eu odeio esse curso. E então depois disso me mudei pra cá, pra viver minha própria vida, sem meu pai tentando manipular meu cérebro, coração e corpo. É isso, agora fale-me de você.

– Você é uma garota vivida em?!

– Aposto que não tanto quanto você! Agora é sua vez.

– Então, eu não sou vivido. Eu nunca saí de Los Angeles. Tenho 24 anos, terminei minha faculdade de música na Universidade da Califórnia, meus pais moram na beira da praia e eu, em uma birosca de apartamento. Trabalho de músico tocando em restaurantes, bares e dando aula de guitarra e piano. É, essa é minha vida.

– Eu amo a UCLA, queria ter feito Design lá. Mas é claro que meu pai não deixou.

– Design? Por que?

– Eu sou fotografa, na verdade é um hobby. Eu não tenho emprego, faço poucas exposições e as vezes bicos em festas e casamentos.

– Entendi. Adoraria ver suas fotografias um dia desses.

– E eu adoraria escutar suas músicas.

– Vamos comigo hoje, irei tocar na inauguração daquele bar no lado leste da cidade. Gostaria de ir?

– Sim, eu adoraria.

– Eu te pego ás oito, pode ser?

– Combinado.

– Então, o que mais eu preciso saber de você?

– Sou vegetariana.

– E eu amo carne.

Ela fez uma cara feia, que fez com que ele se assustasse.

– Por favor, não me mate. Ela riu, muito. E então disse:

– Eu só queria ver sua reação. Você come carne, tá tudo bem.

– Ainda bem, eu realmente fiquei assustado e pensei que ia dar aquele discurso de animais devem ser protegidos e não comidos e blá blá blá...

– Na verdade, eu poderia fazer esse discurso, se você quiser e...

– NÃO! Por favor, não.- ele a interrompeu.

– Tudo bem então. Passaram o resto da manhã comendo e em uma boa conversa, ele insiste em pagar a parte do café dela, após várias tentativas de não deixá-lo fazer isso, ela teve de se render. Ele foram caminhando até a praia em silêncio, aquele típico, o "agradável". Quando chegaram ela se sentou na areia.

– Você não quer entrar?

– Não, eu gosto de ir ao mar pela noite.

– Por que?

– Pra ir sozinha, como se fosse uma praia paradisíaca.

– Interessante.- então ele se sentou do lado dela.

Após algum tempo deixou-a em casa.

– Te vejo á noite!- ele disse.

– Até mais.

Quando ela chegou eram mais ou menos umas duas da tarde, morta de fome, ligou em em um restaurante vegetariano e pediu seu almoço. Se jogou na cama e se aprofundou em seus mais loucos devaneios, aqueles que sempre surgiam em sua mente. Ultimamente ela pensava muito em colocar um mochila nas costas e viajar pela Europa, tirando fotos maravilhosas, se aventurando, e... vivendo.

A vida tinha se tornado pacata. Aquelas mesma noitadas de sempre, as mesmas pessoas, as mesmas músicas, e... Seus pensamentos foram interrompidos pelo interfone, que foi atende-lo.

– É do restaurante.

– Ah sim, pode subir.- Abigail respondeu ao moço.

Esperou-o na porta.

– São 17 dólares.

– Tome aqui, está trocado.- ela tirou umas notas velhas e amassadas do bolso e deu para ele. Tornou a falar - Me desculpe, é que só tenho essas.

– Está tudo bem, boa tarde.

– Tchau.- disse, e sorriu para o rapaz.

Pegou sua cerveja e sentou-se no sofá. Começou a assistir True Blood, uma série que ela achava péssima, mas nunca conseguia parar de assistir. Quando termina de almoçar seu celular vibra e percebe que há uma nova mensagem:

"Oq rola esta noite???"

Era de Valentina, sua melhor amiga.

"Vou na inauguração daquele novo barzinho."

A resposta foi quase imediata.

"O Redevú?"

"Sim, esse mesmo, tá afim?"

Ela sabia que amiga não dispensava esse tipo de saída. Bares no estilo de pubs eram seus favoritos.

"Te encontro lá!"

Depois disso a garota ficou vegetando no sofá se sentindo entendida, até que foi em seu quarto e pegou seu bong e um isqueiro, que ficavam guardados na sua mesinha de cabeceira.

O calibrou com seu resto de erva que estava guardado no pacotinho.

– Argh! Preciso de mais massa. Tenho que falar com José.

Em meio aos tragos ela sentia uma sensação forte, boa, com qual já estava acostumada. Aquela sensação de liberdade, que tanto adorava. Depois de muitas tragadas, já se sentindo tonta e com o cérebro totalmente em transe ela caiu no sono profundo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Preciso de ajuda com a personagem na Val! O que acham??

Comentem e façam de mim uma pessoa muito feliz! Xoxo



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