P.O.V Amberly!

pergunta é porque ele não me eliminou? Ele riu tanto com as outras e comigo...Falou indiferentemente.
– Bem meninas, vocês passaram na primeira eliminação agora virá a chegada das novas fases, vamos nos preparar primeira lição, não fiquem cochichando - ela diz e me encara.
– Agora endireitem a postura e por favor Jaille sirva elas - ela disse à nós e depois se virou para uma criada.
A criada passou em cada mesa colocando, garfos, colheres, facas, pratos, uma tigela de sopa, acho, taças de champanhe, xícaras e só, ah tem mais um guardanapo, pra quê tanta coisa até parece que vou usar tudo em um café da manhã!
– As de castas menores devem estar achando estranho tantas coisas na mesa, alguma menina de casta dois quer demonstrar para que tantas coisas são utilizadas? - Marise disse e ninguém respondeu até que...
– Posso? - falou Beatrice com um sorriso falso no rosto.
– Claro senhorita Beatrice.
– Bem vamos começar por pratos , nos jantares costuma-se servir aperitivos antes do jantar mesmo, como uma sopa, apenas para "amortecer o estômago" - ela diz e algumas meninas dão risadas mas pelo menos na mesa aonde estou sentada ninguém mexe um músculo - Depois comemos a famosa refeição principal onde usamos o prato normal - ela levanta o prato e o devolve a mesa - Continuando temos os copos, a taça de champanhe usada nas refeições principais e as xícaras usadas no café da manhã , também temos os talheres, garfos e facas para refeições principais, a colher pode ser usada para tomar sopas ou durante o café da manhã e o guardanapo ...
– Está bom Beatrice respire. - Marise falou sorrindo - Se sente querida e obrigada esta parte eu quero mostrar. - Marise falou. - Bem meninas peguem seus guardanapos. - Marise explicou toda uma técnica como usar guardanapos e bla bla bla, já estava me dando sono e fome! Se soubesse que viria para uma escola não sei se teria me inscrito.
Finalmente, pudemos nos servir, comemos silenciosamente e Marise passava de mesa em mesa para ver se seguíamos suas instruções , isso me deixou um pouco constrangida , comer com pessoas me observando, mas tinha gente que merecia atenção, havia meninas que até comiam de boca aberta e faziam muito barulho enquanto mexiam a boca, ou falavam de boca aberta, aquilo apertou meu estômago e uma sensação, conhecida como NOJO subiu minha garganta. Mamãe sempre me ensinou a ter bons modos e hoje agradeço a ela por isso.
– Bem meninas depois do almoço, que será feito junto com a familia real , compareçam aqui para a aula de história de Illea - varios resmungos como "Droga" , "Fala Sério" surgiram pelo salão das mulheres, me levantei e caminhei em direção à porta sem nem ao menos esperar minhas amigas, só queria descansar e refletir porque a Melissa foi embora porque tantas meninas? Se ele nem conhece as selecionadas...
– Ei!! Amberly!! - uma voz que eu não queria ter reconhecido soou pelo corredor, com esforço me virei para trás.
– Ah oi Beatrice - falei, deveria ter esperado minhas amigas, droga, ela se aproximou de mim me deixando nervosa.
– Estive pensando - ela disse em uma voz baixa - acredito que somos as selecionadas com mais chance aqui dentro. - Ao compasso que ela se aproximava eu ia para trás.
– Está brincando não é? - que louca, algumas horas atrás ela brigou comigo e minhas amigas, agora está tentando puxar papo? Fala sério.
– Eu sei que é estranho mas nós não temos comparação com as outras selecionadas - senti uma falsidade nessa conversinha. - E eu vi como o príncipe olhou pra você. - tá ele riu com ela e comigo não teve nenhuma reação ela esta de brincadeira! Percebi ela me observando dos pés a cabeça e isso me deixou intimidada.
– Enfim pensei em fazermos uma aliança.
– Aliança?
– Sim, uma aliança para nos livrarmos das outras selecionadas.
– Tirar as outras? Isso seria desonesto. E nao cabe a nós a decisão de quem fica ou sai - disse, contendo o espanto, Beatrice dá de ombros.
– Acho que me enganei sobre você , não me parece a mesma que estava se encontrando as escondidas ontem com o príncipe.
– O Quê? - perguntei espantada, como ela sabia disso? Não tinha mais ninguém no terraço... - Como sabe disso? - penso na minha frase - Quero dizer a pessoa que lhe disse isso estava enganada.
– Ah me poupe Amberly, eu sei de tudo estou em todo lugar, e você apenas estava quebrando as regras, talvez um motivo de expulsão.
– Você não vai me convencer não vou participar disso.
– Está bem, mas acho que não iria me querer como inimiga - ela disse e caminhou para o fim do corredor, quando estava prestes a virar o corredor , virou-se para mim e disse - A propósito querida, você não sabe mentir - ela disse e se foi.
De uma coisa eu sei, essa garota não tem limite e acho que tenho uma nova inimiga.
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Caminhei para meu quarto pensando na conversa, estava tão distraída que trombei com o príncipe no corredor e acabei caindo no chão, tinha como ficar pior?
– Ah perdão senhorita - ele diz meio aflito.
– Não eu que lhe perdoo vossa alteza.
– Ah é você Amberly? - ele pergunta.
– Sim vossa alteza.
– Por favor me chame só de Clarkson.
– Ah..Obrigada..
– Bem tenho coisas a fazer, nos vemos no almoço - ele diz e saí caminhando, perdido em seus pensamentos.
Abro a porta do meu quarto e lá está June, Milla e Beth.
– Senhorita demorou ficamos preocupadas - June disse e eu a olhei de cara feia até que ela entendesse - Ah perdão senh...Amberly - ela falou e eu sorri.
– Bem meninas podem se retirar vou descansar . - falei e elas saíram , peguei o meu diário e comecei a escrever.
" Sabado :
Hoje o dia estava totalmente estranho, tive aulas de etiqueta e daqui a pouco vou ter aula de história e minha primeira refeição com a família real, mas o mais estranho foi Beatrice, ela está tramando algo eu não me resta dúvidas de que serei a vitima . "
Fecho o diario e me deito em minha cama, permito-me lembrar da minha casa, como deve estar Adele? Mamãe? Papai? O sono chega rapido e me vejo em um profundo sono, sem sonhos apenas uma escuridão e um silêncio relaxante.

P.O.V Clarkson!

No momento que vi que era Amberly a pessoa que eu derrubara, me arrependi profundamente de não te-la ajudado a levantar.

Ela o fez sozinha, me pedindo perdão e batendo o vestido. Não consigo entender essa reação que ela causa em mim. Eu começo a suar frio e fico ansioso.

Olhar nos olhos dela, ver seu sorriso, me deixam tao hipnotizados que nao consigo forçar um sorriso, como faço com as outras.

Conhecer cada selecionada foi incrivelmente.. Desgastante. Todas sempre querendo me impressionar. Tenho certeza que nenhuma ali esta sendo verdadeira quanto a sua personalidade.

Amberly me passa outra coisa. Eu me sinto ate incapaz. Passei nossa entrevista inteira, forçando para conseguir falar. Eu ficaria apenas ouvindo se pudesse.

Ela ficou extremamente cabisbaixa quando acabou, não entendo por que. E agora, eu tinha deixado ela cabisbaixa novamente.

Andei ate o escritório, olhando para trás a cada segundo, enquanto podia ve-la memorizei seu quarto, planejo fazer uma visita em breve.

Assim que entrei no escritório meus pais estavam sentados, olhando para vários papeis espalhados na mesa. Aproximei-me e vi que eram algumas fichas da seleção.

– O que vocês estão fazendo? - perguntei

– Você fez sua primeira eliminação filho - minha mãe disse

– Estamos avaliando o que temos.

– Parem de se referir a elas como objetos - eu disse, sentando em minha cadeira

– Eu ja te falei Clarkson - meu pai falou - elas são. São peças no meu jogo de xadrez. Temos que saber dar cada jogada com sabedoria. Porque disso depende o futuro do país.

– É uma péssima forma de se pensar.

– É o certo para o país. Fim da historia.

Resolvi nao discutir mais com meu pai. Tinha coisas mais importantes para pensar. Essa tarde eu vou falar com Amberly. Tenho que saber porque ela esta tão infeliz.

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– Esta gostando da comida senhorita Amberly? - perguntei

Amberly se assustou, deixando a faca cair na mesa. Todas as selecionadas pararam de comer e olharam para ela. Eu segurei o sorriso.

– Esta tudo divino majestade, obrigada - ela respondeu sem jeito.

– Vejo que esta com dificuldade com os talheres

– Sao muitos. Ainda estou aprendendo.

– Se nao for incomodo - eu disse soltando os talheres e me recostando na cadeira - gostaria de dar uma palavrinha com a senhorita.

Ela me olhou boquiaberta, e o olhar cabisbaixo voltou. Comecei a suar frio outra vez. Eu estava fazendo de tudo para não parecer um completo idiota e aparentemente não estava dando certo. Ate tentei fazer uma pose mais descontraída na cadeira. Endireitei-me na hora.

– Sim majestade - ela disse, forçando um sorriso

Assenti, forçando um sorriso. Será que ela não queria estar aqui? Será que se inscreveu porque os pais forçaram? Eu a escolhi para entrar, e ela estava tão infeliz. Sera que ela tem alguem que ela de fato ame esperando por ela?

Pensar isso me fez sentir raiva. Eu a coloquei aqui dentro, e ela tem outro lá fora? Não sei explicar o que sentia naquele momento. Era ciume? Nunca me apaixonei nunca se quer estive com uma garota, como vou saber?

Acabamos o almoço e eu esperei pacientemente ate que cada um deixasse a sala de jantar, sobrando apenas eu e Amberly. Ela mantinha seu olhar longe do meu. Como se quisesse evitar qualquer tipo de contato.

– Muito bem - eu disse, me recostando novamente.

– Você vai me mandar embora? - ela perguntou

Olhei para ela, pensando o quão ansiosa ela devia estar por isso. Arrastei minha cadeira, levantando num pulo. Caminhei ate ela, enquanto ela olhava para baixo e levantava.

– Quero que me diga a verdade - eu disse rudemente - é isso que você quer?

– Como? - ela perguntou, me olhando assustada.

– Porque não tenho interesse em manter ninguém aqui a força.

– Não. Não quero sair - ela disse virando para mim

– Então porque você esta tão infeliz? - perguntei apressado - se não tem alguém lá fora, porque não esta feliz por estar aqui?

Amberly me olhava com os olhos arregalados. Percebi que ela media as palavras, como se tivesse medo d dizer em voz alta.

– Só estou infeliz porque você não gostou de mim, em comparação gostou das outras.

Olhei para ela boquiaberto. Minha expressão se suavisou na mesma hora.

– Eu não..? Eu.? - Pela primeira vez, fiquei sem fala

– Eu vejo que você se divertiu mais nas outras entrevistas. E comigo... Não. Nos encontramos outras vezes, e em todas, você estava.. Não sei.

– Você..?

– Essa não. Eu me dirigi a vossa majestade por "você". Eu não acredito que já comecei errando!

Enquanto ela se lamentava, senti o mundo girando sob meus pés ela estava infeliz por achar que eu não gosto dela. Isso significa que ela gosta de mim. Sorri na mesma hora.

– Você esta sorrindo por quê? - ela perguntou - eu já quebrei mais regras em dois dias do que muita gente quebra a vida inteira.

– Eu não me importo

– Ah. Não?

Sorri novamente. E em um raro momento de impulso, tomei seu rosto entre minhas mãos e a beijei. Amberly demorou vários segundos para reagir. Ela ficou imóvel. Mas depois, senti seus músculos relaxarem e ela colocou sua mão em minha cintura com tanta delicadeza, que tive a impressão de ela ter medo de estar fazendo a coisa errada.

Afastei-me e olhei para seu rosto. Ela ainda tinha os olhos fechados. Quando os abriu, eu não pude deixar de sorrir. Ela sorriu logo em seguida.

– Desculpe pelo meu comportamento - eu disse, sentindo meu rosto queimar

Ela assentiu, ainda sorrindo. Sorri outra vez.

– Preciso ir. Tenho trabalhos a fazer e você tem aula de historia.

– Ah. Verdade. Aula.

Achei graça e depois me virei para ir embora. Parei depois de três passos e voltei. Dando mais um beijo nela,bem leve, sem tocá-la. Depois sai apressado. Não queria que ela visse minha cara de abobado.