ANTHONY'S P.O.V

Droga! Droga! DROGA! Porque eu fiz aquilo??? Argh. Que ódio de mim! Eu não sei nem esperar. Nem dei um tempo, pra ela pelo menos lembrar de mim. Do que eramos no passado.

Chega de ficar me remoendo por uma coisa que fiz e que não da pra voltar atrás. Preciso ir para casa.

Fiz o percurso de 30min com o som do carro no máximo. Pelo menos a musica alta me faz esquecer pelo menos um algum tempo.

Cheguei em casa, estacionei o carro na garagem e entrei.

Vi que não tinha ninguém na sala de estar, mas ouvi vozes na sala de jantar e me dirigi para lá.

Mau entrei e já começaram as paparicações.

—Olá Anthony! Quanto tempo não é? - essa é Annabel. - Como você está bonito!

—Pois faz muito tempo mesmo! Obrigada! Onde está Rafaela? - Rafaela é minha prima. O fato de eu não gostar dos meus tios não significa que eu não tenha que gostar dela. Nós sempre fomos muito unidos desde pequenos.

—Ela não pode vir. Mas mandou um abraço e disse que liga pra você mais tarde. Ah, já ia me esquecendo. Nós compramos um presente pra você, é bem simples é pra você usar no seu dia-a-dia.

—Não precisava se incomodar Annabel.

—Não foi nada, querido.

—Okay.

—TONY! Feliz aniversário! - esse é Carlos (o escandaloso) marido de Annabel, que é irmã do meu pai.

—Obrigado Carlos!

—Quando você vai parar com essa mania garoto? - perguntou com uma falsa cara de bravo.

— Acho que nunca.

—Hahaha. Vem aqui me dar um abraço! - me puxou e quase arrancou o meu braço e quase quebrou minhas costas de tantos tapas.

—Anthony! - ouvi alguém chamando o meu nome. Me virei e era o meu pai. Hugo Seraos.

—Sim?

—Você poderia me acompanhar?

—Claro! Se vocês me derem licença...

—Claro garoto vai lá!

Segui meu pai até o escritório. Entramos e ele trancou a porta.

Meu pai é dono de uma empresa de publicidade chamada Seraos Advertising e minha mãe é arquiteta.

— O que o senhor quer falar comigo? - perguntei a ele.

— Quero falar sobre você ainda estar atrás desse moça. Já disse que é melhor você ficar longe dela. - disse com o semblante serio.

—É o que o senhor quer. Você sabe muito bem que eu... -me interrompeu.

—Que você á ama? Isso não é amor! - gritou - Isso que você sente é doentio!

—Se é tão doentio assim porque vocês não me internam logo e se livram de mim de uma vez por todas? - falei no mesmo tom que ele.

— O que? Do que está falando? - me olhou incrédulo - não queremos nos livrar de você. Nós te amamos e queremos o seu bem!

— Se me amassem de verdade não me impediriam de ir atrás da minha felicidade.

—Você dá mais valor à ela do que sua própria vida? Você devia começar a viver a sua própria vida.

— Eu estou vivendo minha vida! Pelo menos metade dela, porque a outra parte vocês estão me impedindo de vive-la.

—Você está vivendo por ela.

—Ela é a minha VIDA!

— Ela nem se lembra de você Anthony. Siga em frente. Aposto que ela está fazendo o mesmo. - ele já não está mais gritando.

— É claro que ela está. Mas o que eu posso fazer se eu a amo? Eu tenho que faze-la lembrar.

—Não posso. Não sem ela. Vou faze-la se lembrar de mim.

—E quanto tempo isso vai durar?

—Não sei. Mas eu não vou desistir tão fácil assim.

—Filho...

—Não pai! Não vou desistir, não importa o que aconteça.

Sai do escritório, e encontrei minha mão em frente a ele encostada na parede. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e olhavam pra mim magoados.

— Mãe...

— Não Anthony! - falou - vá conversar com seus tios.