Take Care escrita por iamthesavior


Capítulo 13
Décimo Terceiro Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Demorei? hehehe

Mil desculpas a demora. A desculpa de hoje é que não tive inspiração alguma pra escrever. Eu prefiro postar algo bom e demorar do que postar qualquer coisa só pra ter atualização. No caso do capítulo de hoje, é um pequeno impulso pro restante da história. O capítulo é muito importante, assim como o próximo, e espero que vocês estejam prontos pra adição de novos personagens em breve.

Não sou muito de fazer isso, mas quero dedicar esse capítulo pras minhas MommaRegals maravilhosas, Vitória, Rebeca e Paola, que tanto me atormentaram pela atualização. Amo vocês demais.

Enfim, espero que curtam o capítulo.



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Emma acordou com três suaves batidas na porta de seu quarto, rolando na cama ao sentir a pontada aguda em sua cabeça com o som.

"Entra," ela murmurou com toda a energia que havia em seu corpo.

"Bom dia, Emma," disse Mary Margaret sorrindo e entrando em seu quarto com uma caneca e um prato de biscoitos nas mãos, batendo suavemente a porta atrás de si.

O baque da porta fez a cabeça de Emma doer ainda mais. Ótima maneira de começar o dia.

Mary depositou o prato na escrivaninha ao lado de Emma e deu a caneca para a loira, que já havia se sentado enquanto calculava mentalmente a possibilidade de morrer sem ter que lidar com o dia que lhe esperava, e principalmente, com a conversa que viria a seguir. A morena caminhou até a janela e abriu a persiana com delicadeza, permitindo que o mínimo de luz entrasse, voltando rapidamente para os pés da cama de Emma.

"Bom dia, Mary," Emma sorriu suavemente. "Obrigada pelo café da manhã na cama."
"Não há de quê," a morena sorriu de volta para a amiga. "Você dormiu bem?"

"Sim," Emma mentiu. "Maravilhosamente bem."

"Podemos pular as mentiras pra parte em que você me explica o que diabos está acontecendo entre você e Regina?"

Lógico que os gritos e ofensas, principalmente a choradeira que veio em seguida eram uma grande pista para o que realmente estava acontecendo, mas Emma podia ver a compreensão nos olhos de Mary, e acima de tudo, a preocupação com seu bem estar. Mesmo sabendo que Mary Margaret era uma tremenda fofoqueira, Emma precisava se abrir para alguém antes que aquilo tudo a rasgasse de dentro para fora. E por que não dar aquele voto de confiança para aquela mulher tão atenciosa e carinhosa?

"Nós brigamos," ela admitiu a meia verdade.

"Isso eu pude notar. Por que vocês brigaram?"

"É complicado," Emma respirou fundo, sabendo que a amiga não cederia com tanta facilidade.

"Posso compreender," disse Mary, tocando as pernas da amiga para estimulá-la a dizer, e Emma podia ver que a morena estava ficando impaciente com a curiosidade.

"Nós meio que dormimos juntas," Emma admitiu.

"Meio?" Mary perguntou sem surpresa alguma em sua voz.

"Nós dormimos juntas. Não exatamente dormimos, apenas... bom, você sabe. Fizemos um monte de... coisas, e isso foi muito antiprofissional da minha parte, então no dia seguinte ao invés de tentar resolver eu simplesmente a agarrei no meio da sessão, mas lembrei que aquilo era ainda menos profissional então corri de lá e quando voltei ela estava com ódio de mim e me disse coisas horríveis que não sei se vou ser capaz de perdoar," Emma contou tudo de uma só vez, fechando os olhos com força para controlar a dor forte que pulsava em sua cabeça conforme ela trazia os fatos infelizes á tona.

"Uau," Mary finalmente disse. "Isso é... muito."

"Sim, é. E pior é que não sei o que fazer em relação as sessões porque só eu os deuses do céu sabemos o quanto eu preciso desse dinheiro, e só eu e os deuses do céu sabemos o quanto terei que suportar para recebê-lo no final do mês," Emma respirou fundo e deu um gole em seu chocolate quente, suspirando com o conforto que a temperatura quente lhe trouxe. "Eu queria muito ajudar Regina, Mary. Eu queria mais do que já quis qualquer coisa na vida. Eu queria que ela visse cores além do verde do seu dinheiro e preto de seu passado. Mas ela não permite, ela não sabe controlar as palavras antes de dizê-las."

"E você não quer mais ajudá-la?"

Emma hesitou, e naquele momento Mary sabia que sua amiga precisava dela mais do que nunca. Ela se deslocou até o lado de Emma na cama e colocou a cabeça loira da amiga em seu colo, acariciando os cachos loiros com suavidade. Emma fechou os olhos e se entregou ao carinho inusitado da amiga, sentindo a total sensação de conforto naquele toque.

"Shhh, não precisa responder," Mary disse, passando as unhas levemente no couro cabeludo de Emma. "Eu sei o quão difícil é lidar com as coisas quando Regina está envolvida nelas. Eu não quero te ver magoada, Emma, e por mais que eu tenha muito carinho por Regina e saiba que você seria a pessoa certa pra ela, não quero que você sofra nesse processo. Se ela não quer sua ajuda, você deve seguir em frente sem sua interferência."

Emma sentiu uma única lágrima correr em seu rosto, e a secou rapidamente antes que Mary a visse. A loira se indireitou e se sentou de frente para a amiga, caindo em um abraço desajeitado o qual ela não estava acostumada a dar. Mary sorriu e a abraçou de volta, acariciando seus cabelos no contato. Emma se afastou, sorrindo para a amiga que, pela primeira vez em anos, lhe deu a sensação de conforto e companhia que ela tanto precisou por muitas vezes. O estímulo da amiga lhe deu um pequeno impulso para que ela se levantasse e encarasse o que quer que lhe esperasse no quarto ao lado.

"Muito obrigada, Mary," Emma disse, segurando suas mãos. "Obrigada por estar comigo. Eu não sou boa com palavras, mas espero que meu agradecimento chegue ao seu coração com a mesma intensidade que suas palavras chegaram ao meu."

Mary sorriu e pegou uma cartela de comprimidos no bolso de seu avental, entregando uma aspirina na mão de Emma antes de deixar um beijo em sua testa e se levantar.

"Eu estarei aqui para o que precisar. Agora tome este remédio e levante para o dia que te espera," disse Mary antes de sair do quarto, fechando a porta atrás de si.

Emma engoliu o comprimido sem expectativa, respirando fundo com uma falsa coragem para enfrentar o dia. O que quer que a esperasse durante a semana, estava para acabar. Em apenas oito dias ela estaria longe daquela casa para nunca mais voltar.

Regina não interrompeu seu telefonema ao ver Emma entrar no quarto e fechar a porta atrás de si. Ainda que sua garganta estivesse fechada e seu coração audivelmente acelerado, a morena manteve sua postura e evitou os olhos da loira, sentindo medo do que poderia encontrar neles.

O maior medo de Regina era a rejeição. Ela não dava espaço para que as pessoas a rejeitasse, mas ocasionalmente ela se expunha o suficiente para que entrassem em sua vida e bagunçassem toda a estrutura de ferro que havia construído em torno de si. Assim como fez Emma Swan. Como toda aquela confusão havia sido feita em tão pouco tempo era uma pergunta que ambas se faziam.

Regina espiou sorrateiramente para o canto do quarto, avistando Emma de costas, se movimentando muito lentamente até mesmo para uma manhã de terça-feira. A morena não havia ouvido o motor ensurdecedor do carro de Emma na noite anterior, e logo deduziu que ela não havia ido para a faculdade. Ou ela estava nervosa demais para sair, ou se sentia mal para isso. Regina engoliu a preocupação e torceu os dedos da mão livre nos lençóis.

Emma organizava a bagunça da sessão anterior inacabada, percebendo o quão desorganizado tudo havia ficado. Sua cabeça doía, pulsava e latejava a cada pequeno barulho que fazia. Ela empilhava as toalhas, segurando ao máximo a vontade de se desculpar pelo que havia dito para Regina na noite anterior. É claro que ela tinha total consciência que não haveria desculpas da parte da morena, mas se sentiria melhor em tentar amenizar as coisas entre elas, para que tudo aquilo terminasse pacificamente. Ela respirou fundo, tomando coragem enquanto esperava Regina desligar o telefonema.

"E quem se importa com isso, Ashley?" Regina disse impaciente. "Pois diga para esses idiotas que não preciso do dinheiro deles. Minha empresa é auto-suficiente para sobreviver séculos sem o dinheiro sujo que eles investem."

Emma sentiu a bile subir em sua garganta, se lembrando do porquê de tal alvoroço com Regina. Pelo visto, jogar dinheiro nas situações não era exclusividade da relação com Emma.

"Voltarei quando me sentir melhor para isso. Coloquei as melhores pessoas em meu lugar e tenho total controle sobre cada pequena e grande coisa que acontece nessa empresa durante minha ausência. Nenhum galho é cortado seu meu consentimento." Regina suspirou impaciente, ainda olhando para Emma. "Excelente, me deixe a par da situação."

A morena desligou o telefonema e colocou o celular na mesa de cabeceira, se preparando para o viria a seguir. Sua noite havia sido promissora. Ela, aos poucos, foi permitindo que as reflexões entrassem em seu consciênte. Ela tinha muito o que dizer e mostrar para Emma.

Com a loira ainda de costas, Regina limpou a garganta e endureceu sua voz.
"Swan?"

"Mills," Emma respondeu ainda de costas, forçando sua voz a sair em meio ao nervosismo do momento.

"Você pode vir até aqui? Tenho algo para lhe dizer," Regina disse calma, mas sua voz transparecia o medo que ela sentia de ser rejeitada novamente.

Emma caminhou lentamente até a cama, mas não se sentou.

"Se você pretende me insultar, pode poupar o trabalho," Emma disse cruzando os braços.

"Por favor, apenas me escute," Regina respondeu se sentando lentamente. "Ouça Swan, eu lhe devo um pedido de desculpas pelas coisas que lhe falei ontem e pela maneira que venho agindo com você." A morena respirou fundo antes de continuar. "Acho que exajerei um pouco e me frustrei por ter sido rejeitada, mas agora eu vejo que a sua atitude foi de bom grado. Eu agradeço por pensar em mim com respeito, porque..."

"Por que?" Emma perguntou depois de alguns segundos de silêncio.

"Porque nunca pensa em mim dessa maneira," Regina admitiu, respirando fundo e desviando o olhar para suas mãos. "Eu gosto de você, Swan, e isso é muito. Eu nunca gosto de ninguém. Mas eu entendo e admito quando você diz que isso não é profissional, portanto podemos continuar com as sessões normalmente. Não vou fingir que nada aconteceu porque ambas sabemos que não tem como. Eu não quero saber se você também gosta de mim, porque isso não vai fazer diferença. Eu gostaria que você aceitasse minhas desculpas por lhe ofender e falar daquele jeito com você, e gostaria de continuar nossa relação amigavelmente e sem ressentimentos."

Regina quis se bater no momento em que terminou de falar. Ela não fazia ideia do porque não existir barreiras quando se tratava de Emma Swan. Não podia explicar com exatidão os motivos que a faziam falar de si mesma, mesmo sobre suas piores partes, para a garota que deveria estar ali apenas para curar suas dores do acidente. A verdade é que ela havia sido tocada pela descrença de Emma, pela frase cuspida de que a loira não via nada bom nela. Isso a havia mudado. Ela estava disposta a mostrar para aquela mulher que era diferente, e que sim, valia a pena. Dentro de sua mente, o caos de derrubar suas paredes para ser alguém melhor a desconcentrava, e apesar de haver treinado mentalmente durante toda a noite para o que iria dizer naquele momento, nada saiu como planejado. O disparo em de seu coração ao ver a expressão surpresa de Emma dificultou ainda mais as coisas.

O menor dos sorrisos surgiu nos lábios de Emma, sumindo em seguida. Regina estava abrindo seu coração, ainda mais, estava expondo suas fraquezas para a loira. Ela havia mudado toda sua natureza apenas para acertas a situação com a massagista, e apesar de magoada, Emma não pode deixar de considerar perdoar a morena. Ela também tinha desculpas a pedir.

"Escuta, Regina," Emma disse. "Eu... uau, eu... eu não esperava ouvir isso agora. Não que eu achasse que você tivesse esse lado humano e tudo mais, muito pelo contrário... caramba, o que eu estou falando?"

Regina sorriu ao ver Emma sentar nos pés de sua cama, e com aquele pequeno gesto, soube que independente do que viesse a seguir, ela estava perdoada.

"Eu lhe devo desculpas, Regina, eu não devia ter fugido de você, nem falado daquele jeito, caramba, eu mandei você ir se foder... enfim, eu não devia ter dito nada daquilo, porque eu sabia que ia te magoar. Droga, eu disse que não via nada de bom em você, e sinceramente, eu não estaria aqui se isso fosse verdade. Você precisa saber que eu não penso isso de você. Eu tenho essa mania idiota de falar as coisas sem pensar, me desculpa. Você aceita minhas desculpas?"

"Você aceita as minhas?" Regina sorriu timidamente.

"Aceito se você aceitar as minhas," Emma devolveu o sorriso, coçando a nuca sem graça.

"Então estamos de acordo."

"Obrigada, Regina," Emma lhe lançou um sorriso torto.

"Fico feliz que tenhamos nos resolvido," Regina disse cruzando as mãos nervosamente. "Eu não sou muito boa em conversar amigavelmente."

"Acho que percebi isso ontem a noite," Emma brincou. "Mas não se preocupe, agora você fez isso muito bem," disse a loira com um sorriso.

A morena sorriu de volta, e por um momento, Emma pensou em se inclinar e abraçá-la. Seu sorriso demorou alguns segundos antes de Regina pigarrear, trazendo-a de volta para a realidade.

"Podemos nos esquecer disso e focar no porquê você está aqui?"

"Ah, claro, podemos sim," Emma disse sem graça, tentando conter o rubor em suas bochechas. "Você está falando da massagem, né?"

"É claro, Swan," Regina disse revirando os olhos em um tom de brincadeira, trazendo a atmosfera confortável de volta.

Emma ficou apenas sorrindo para ela, e o brilho em seus olhos fez Regina se lembrar do porquê de ter se prendido a loira desde o momento em que a conheceu. Regina sorriu de volta, se lembrando rapidamente de algo importante.

"Swan, quero lhe mostrar uma coisa," Regina disse nervosa.

"Hmmm, me mostre então," Emma endireitou sua postura, trançando os dedos de suas mãos na ansiedade de ver o que a morena queria lhe mostrar.

Muito lentamente, Regina tirou o cobertor de seu colo e respirou fundo, lançando um olhar de expectativa para Emma. As sobrancelhas da loira se franziram em dúvida ao ver a morena endireitar a camisola e lançar as pernas para fora do colchão. Emma se levantou rapidamente para ajudá-la, mas Regina levantou uma das mãos em sinal de espera, e a loira se sentou novamente na cama.

Regina se apoiou na cabeceira de madeira de sua cama e respirou fundo, firmando os pés no chão e se impulsionando a levantar. Emma estava quase quicando no lugar de tanta empolgação, e quando Regina virou o rosto para sorrir para a loira, viu um sorriso tão grande em seus lábios que parecia machucar as bochechas. Regina apertou os lábios em uma linha fina e se esticou em uma postura ereta, sem esboçar qualquer sinal de dor ou incômodo. Muito lentamente, a morena caminhou ao redor do colchão, contornando a enorme cama em direção à loira. Regina olhou para seus pés, temendo se atrapalhar e estragar a pequena performance que havia ensaiado na noite anterior. Quando chegou aos pés da cama, a morena levantou o olhar para ver a reação de Emma. Havia um sorriso enorme, talvez o maior que ela já havia visto a loira dar. Mas havia algo a mais. Havia um brilho de fascinação em seus olhos, de orgulho. Regina se sentiu, de repente, a criança que batalhava diariamente para receber aquele mesmo olhar de seus pais. Ela queria impressionar a mulher, e mesmo que negasse para si e para o resto do mundo, ela queria ser especial para Emma. Ela queria mostrar que valia a pena. Ela queria ser a razão daquele olhar e daquele sorriso.

Emma sentiu seu coração se esmagar em satisfação. Ela sentiu seus ossos fraquejarem, seus pelos se arrepiarem. Tudo o que ela era capaz de ouvir foram seus batimentos altos demais e os passos mudos de Regina, mas que pareciam tremer toda a atmosfera a cada centímetro andado. Naquele momento, ela sentiu o que nunca havia sentido antes. Ela sentiu que fez algo certo, que fez algo especial. Ela havia mudado a condição daquela mulher, da mesma mulher que mudara sua vida. Emma observou a morena caminhar muito lentamente em sua direção, e ao ver o sorriso de alegria no rosto de Regina, não foi capaz de conter as lágrimas antes que elas deslizassem pelo seu rosto. Ela estava orgulhosa de si mesma, mas estava ainda mais orgulhosa de Regina. Ela pôde enxergar a mulher forte, batalhadora e incrível, a mulher única e maravilhosa que havia sofrido muito para que pudesse dar aqueles passos.

Regina ficou parada em frente a loira, assistindo suas lágrimas descerem e molharem suas bochechas e lábios. Sem pensar, a morena estendeu uma das mãos e tocou o rosto de Emma, secando suas lágrimas com os dedos. Emma tocou sua mão, sem tirá-la de seu rosto, e Regina não pôde conter as lágrimas em seus olhos também. Emma se levantou e a abraçou.

A abraçou e a segurou.

As mãos da loira deslizaram lentamente até a cintura de Regina e se cruzaram em suas costas, a prendendo ainda mais contra si. Os cachos loiros grudaram no rosto molhado de Regina, que sorriu no ombro de Emma e se aconchegou em seus braços.

"Você conseguiu, Regina. Você conseguiu," Emma murmurou em meio ao abraço e se afastou para olhar nos olhos da morena em seus braços.

"Não sem você," Regina disse suavemente, olhando nos olhos da loira.

"Você é fantástica! Caramba Regina, você é incrível," Emma disse, secando em vão as lágrimas no rosto da morena, que foram substituídas por outras no instante em que Regina ouviu aquelas palavras.

Naquele pequeno momento, Regina viu que nada a havia feito tão feliz quanto aquele reconhecimento. Se sentir admirada, querida, respeitada. Se sentir importante para alguém depois de tanto tempo em que ela não se sentiu importante nem para si mesma, foi a chave para que ela não tivesse mais medo. A garota que a segurava era única para ela, e naquele momento, a fazia se sentir única também. Ela não exitaria mais.

Regina segurou o rosto de Emma e a beijou. A beijou lentamente, sem pressa, desfazendo o sabor das lágrimas de ambas em seus lábios. A segurança se evaporou quando Emma a beijou de volta, deslizando uma das mãos até seus cabelos e puxando-a suavemente para mais perto de si. A morena correu a língua lentamente pelo lábio inferior de Emma, que permitiu aprofundar o beijo e imediato. Não havia luxúria ou desejo, não havia toques ou provocações. Era um contato íntimo, talvez o mais íntimo que haviam tido. Era um misto de paixão e carinho que nenhuma delas sentiu necessidade de interromper.

Emma se afastou por um segundo para olhar nos olhos da morena novamente. Ela viu o brilho que esteve ausente na noite anterior, talvez em toda sua vida. Ela viu a chama da expectativa, a sombra do medo de ser rejeitada outra vez. Toda a conversa e todo o acordo que haviam feito minutos mais cedo se evaporou, e naquele instante, por mais que tudo fosse tão errado, nada parecia tão certo. Foi o suficiente para que Emma se inclinasse para beijá-la outra vez.


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Notas finais do capítulo

Tem algumas coisas que eu gostaria muito de conversar com vocês.
1. Antes de qualquer julgamento, eu quero que vocês entendam que essa é uma história sobre o desenvolvimento de ambas. Sim, elas fazem merda e sim, elas vão continuar fazendo. Take Care é uma ficção e tem muitos obstáculos no plot. Como não se trata de uma história com magia, morte, vingança etc etc e SIM sobre o relacionamento entre duas mulheres, os obstáculos se baseiam nos conflitos internos que elas mesmas tem. Não vai se basear em discutir por orgulho, muita coisa ainda vai acontecer, mas antes que vocês acabem por desgostar da história por eu fazer as duas orgulhosas demais, quero que vocês entendam que isso é o que vai desenvolver a trama da história. Não desistam de Take Care.
2. Eu fico MUITO feliz com review, acho que é o que me impulsiona a postar sempre mais, mas eu gostaria de pedir que vocês me dessem a opinião de vocês. Se você também escreve, eu gostaria de dicas ou sugestões pra que eu melhore a história, e se você é apenas leitor, quero isso de você principalmente, já que a história é escrita para vocês.
3. Prometo não demorar mais pra postar, sério.