Os Fantasmas de Ian escrita por Luna Amaratto


Capítulo 17
Até Amanhã!


Notas iniciais do capítulo

Geeenteee! Minha internet voltou! Não é uma maravilha?*risos*, por favor não me matem ^^

Então...Tecnicamente falando, esse seria o capítulo final...*Chora* Eu estou super triste que tenha acabado a fic, e que eu não possa mais conversar com minhas leitoras queridas.Maaaas...
Eu criei um epílogo, que postarei amanhã, assim que entrar. Também estava pensando em fazer um "cap" especial, como algo depois do epílogo...Mas isso só depende de vocês. O que querem?
Era só isso, me despedirei amanhã...Bom capítulo!
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Ps: Tem uma parte do capítulo(vocês irão ver) que ficou meio...Fora do meu padrão de escrita. Mas explicarei nas notas finais, antes que vocês pensem que sou meio fumada,ok? ^^



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Ian acordou com o sol batendo na sua cara. Sonolento, levantou e abriu o resto das cortinas. Bocejou, e sentou na cama. Piscou algumas vezes para acordar, e olhou em volta. Tentava lembrar da noite anterior. Será que tinha bebido além da conta de novo? Ou tinha ficado com alguma desconhecida. Olhou em volta, mas não viu ninguém. E por mais que sentisse uma pequena dor de cabeça, não parecia ressaca. Olhou para as malas na sua frente, e sua mente foi clareando. Ele tinha salvado o casamento de Sinead, conversado com Amy...

Amy. Ela finalmente tinha o perdoado. Nunca mais teriam aquelas terríveis brigas. Ele nunca mais ouviria dela a frase “eu te odeio”. Era um ótimo começo para quem tinha decidido mudar ontem à tarde. Ian escovou os dentes, tomou um banho e se trocou. Já vestia a roupa que iria ao aeroporto. Quando separava a roupa suja que entregaria às suas empregadas quando voltasse- tinha que lembrar de pedir desculpas a Olivia- percebeu uma encharpe dentro do bolso de seu paletó. Deus, ele ainda não tinha entregado isso a ela?Colocou-a no bolso de sua jaqueta de couro, para entregá-la no café-da-manhã. Olhou-se no espelho e sorriu. Fazia dias que ele não tinha um sono tão tranquilo. Ia descer quando olhou o relógio. Ainda eram sete horas. Teria que acordar todos.

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Amy bocejou, sorrindo. Ia acariciar Saladin quando lembrou que ele não estava ali. Riu, e se olhou no espelho. Estava com o cabelo todo bagunçado, e só vestia uma regata e calcinha embaixo do cobertor, apesar de ser inverno. Mesmo depois de toda a confusão que tinha ocorrido esses dias, se sentia imensamente feliz. Sinead e Hamilton estavam casados e felizes, todo o estresse de casamento tinha acabado e ela... Finalmente estava de bem com Ian. Ontem à noite, quando ele subiu as escadas, Amy tinha sentido uma vontade enorme de dizer que o amava. Não falou nada, claro. Mas uma pequenina parte dela pensava: “agora vocês estão de bem. E até parece que ele gosta um tiquinho ainda de você. Por que não?”

Ela ia levantar quando escutou um grito abafado. Parecia... Ian? E tinha mais uma voz... Dan? Amy foi até a porta, estranhando tudo aquilo.

–SÃO SETE DA MANHÃ, PORRA! SETE DA MANHÃ!

Então ela escutou uma risada, e várias portas se abrindo. Amy abriu a dela também para ver o que raios estava acontecendo.

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Ian saiu do quarto nas pontas dos pés, segurando a risada. O que ia fazer era ridículo e imaturo, e se fizessem isso com ele algum dia, ficaria furioso, mas ele estava tão feliz que nem ligava.Iria comemorar seu novo Eu. Os quartos dos seus primos mais próximos ficavam pertos um do outro, então ficaria tudo bem. Ele tinha descido até a cozinha, onde Martha, a empregada, já estava acordada.

–Martha, você poderia ir preparando o café da manhã?

–Mas os outros ainda estão dormindo, senhor...

Ian sorriu.

–Eu sei. Mas acho que eles já, já vão acordar. Ah, e Martha?

–Sim?

–Poderia, por favor, me emprestar sua colher de pau, e alguma tampa de panela?

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Chegou na frente do quarto de Catrine,primeiro do corredor, e começou a algazarra. Abriu a porta, e começou a andar, batendo na panela gritando:

–Vamos lá, pessoal! Já é dia 23! Quase véspera de natal! Todo mundo acordando! Acorda, Cat! Já é de manhã!

Catrine acordou com um sobressalto.

–Ahn? O que?

Ela fez uma expressão assustada, mas antes que pudesse dizer algo, Ian continuou andando. Ficou fazendo isso na frente de todos os quartos, e quando não surtia nenhum efeito, abria a porta, e gritava.

–Vamos lá! Já é dia 23?Quem ainda não comprou seus presentes?!

Recebeu várias travesseiradas de Nellie, resmungos de Phoenix – que horas são...? Ian, o que você está...?- muitos palavrões de Jonah Wizard e quase foi atingido por um vaso no quarto de Reagan Holt.

Quando estava batendo a panela na frente do quarto de Dan, porém, não ouviu um único resmungo. Ian sorriu, e entrou no quarto.

–A CASA ESTÁ PEGANDO FOGO! SOCORRO!MEU DEUS. DANIEL!

Dan acordou gritando “O que? Onde? Quando? Como? Não fui eu!” e caiu da cama. Ian o observou, sorrindo.

–Bom dia... Essa foi uma pequena vingança pelo dia 6 de maio do ano retrasado, quando eu dormi na sua casa. E não, eu não esqueci.

Dan se levantou confuso.

–O que....?Kabra?!

Ian sorriu.

–Olá, Daniel. Vamos tomar café?

–Mas... Eu... PUTA MERDA, IAN. VOCÊ ME ACORDA PARA DIZER ISSO?

Ian começou a rir.

–Mas já são 7:00. Você tem que acordar. Senão vai perder o café maravilhoso que a empregada está preparando.

Dan olhou para o moreno como se fosse cometer um crime. Ele começou a correr atrás do moreno que corria pelo corredor rindo loucamente.

–CAFÉ? CAFÉ?SÃO SETE DA MANHÃ, PORRA! SETE DA MANHÃ! NÃO TEM NENHUMA MERDA DE CAFÉ!

–Não seja mal-humorado, Dan! Aproveite o dia!

O pessoal, desistindo de tentar voltar a dormir, agora começava a abrir as portas para ver o que estava acontecendo.

–Que gritaria é essa?

–Cara, para de gritar.

–Aquilo é uma panela?

Eu não posso nem ter uma noite em paz com alguém.

–Com alguém, não, né sua puta? Aposto que vários “alguéns”.

Algumas risadas.

–Me chamou de que?

–Puta. “Tá” surda?

–OLHA AQUI, SEU...

–CARA, EU JÁ PEDI PARA PARAR DE GRITAR.

–EU SÓ QUERIA DORMIR.

– E EU SÓ QUERIA TERMINAR DE FAZER MINHA EXPERIÊNCIA EM PAZ.

–Você estava fazendo uma experiência às sete da manhã?

–Qual o seu problema, Ned?

Enquanto isso, Ian chegou perto de Dan e sussurrou:

–Ei. Ainda faltam os pombinhos. Parece que eles ainda não acordaram... Quer me ajudar a...

Dan sorriu maldosamente.

–Claro. É o mínimo que você pode fazer por mim. E eu já até sei como. Hamilton vai adorar. Já assistiu Friends?

.

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Dan e Ian abriram a porta o mais silenciosamente possível. Eles olharam Sinead e Hamilton, dormindo como pedras embaixo dos cobertores.

–Que fofinhos os dois juntos, assim, dormindo.

–Pois é. Aposto que ontem teve.

Você sabe que isso é completamente ridículo, não?

Dan deu de ombros.

–Eu sei. Mas bebi muito ontem. E olha quem fala, garoto da panela.

–... Bebeu?Daniel, você tem 17 anos.

Dan pareceu por um momento surpreso, mas logo depois fez uma cara irritada.

*pigarro*, Ahn, que parar de mudar de assunto?Temos um trabalho a fazer.

Ian revirou os olhos.

Isso é só por que amanhã é véspera de natal, pensou.

Os dois seguraram as risadas, olharam um para o outro, e assentiram.

The morning is heeeere...**

–The morning is heeeere...

–Hum… Mas o que…?

–Mas hein…

The morning is heeeeeere...

Hamilton farejou o ar, e sorriu.

–Ai, ai...

Sinead começava a abrir os olhos, e ficou com uma expressão confusa.

–Ian...?Dan...?O que vocês...

Os dois entraram em coro.

The morning is here...

Foi quando Hamilton, sorrindo, pulou da cama, e cantou em coro com eles:

The Sun is heeeeeere!

Os três começaram a rir.

–The morning is here! The morning is here! The sun is…UOU!

Dan e Ian olhavam de olhos arregalados para o Tomas, e depois começaram a rir loucamente.

O casal estranhou, foi quando Sinead olhou para o recém-marido e arregalou os olhos.

–Hamilton!

De repente Amy saiu correndo até a porta, com uma expressão preocupada.

–O que houve? Eu abri a porta por que estava ouvindo uma gritaria e de repente- HAMILTON!

Amy virou o rosto para o lado, com o rosto da cor de um tomate, enquanto seu irmão e Ian continuavam a rir.

Hamilton olhou para baixo, e corou. Estava nu. Pegou o cobertor de Sinead na hora, deixando-a a mostra. Ela gritou, o que fez Hamilton gritar, e se jogar em cima dela.

–NINGUÉM VIU NADA!

As pessoas foram até lá, olhando a cena surpresos. Ian olhou melhor Amy, e corou. Foi até o lado dela, e sussurrou.

–Ahn, Amy...

–O que foi?

–Olha para baixo...

Ela olhou e sufocou um gritinho. Tinha esquecido que estava somente de regata. Amy foi para trás de Ian, segurando seus ombros, como se ele fosse um escudo. Escondeu a cara nele, corada. Esperava que ninguém tivesse percebido isso... Estava morrendo de vergonha.

–Não se preocupe... Com essa confusão, ninguém reparou.

Eles foram mais para trás no quarto, enquanto o resto discutia.

–Você me prometeu que não iria mais causar confusão...

–Olhe... Vejamos bem... Bem, eu não queria causar...

Sua fala foi abafada pelo riso. Amy começou a rir também, e os dois ficaram rindo, olhando para a família...

–Nada como um dia bem Cahill para recomeçar...

Amy sorriu, e apoiou o rosto no ombro do moreno.

–Pois é... Nada como um dia Cahill...

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.

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Depois do “incidente”, todos eles tinham ido comer café-da-manhã. Foi ótimo. Todos conversaram, riram e se divertiram. Não parecia nada com uma família que tinha sido sua própria inimiga, depois se juntado para acabar com uma ameaça mundial como os Vepers e depois se fragmentado novamente, com mortes, desavenças e mágoas do passado. Pareciam uma família feliz e boa, como tinha que ser.

Quando acabaram o café, algumas pessoas começaram a pegar suas coisas e se preparar para ir embora. No dia seguinte, Sinead e Hamilton iriam arrumar a casa e depois se prepararem para a lua-de-mel, que seria um dia depois do natal. Como todos tinham ficado preocupados com o casamento, tinham se esquecido completamente da festa anual que um membro de algum clã realizava, para simbolizar a união da família. Ian se candidatou para fazer a festa, e quando algumas pessoas indagaram, ele disse que os empregados da mansão Kabra conseguiam realizar as coisas numa velocidade impressionante.

–Então está marcado. Vamos comemorar amanhã o natal na mansão Kabra, em Londres! – Disse Sinead sorrindo, com Ian ao lado. Ela tinha se despedido de todo mundo, agora só restando-a, Ian, Hamilton, Dan, Amy e Jonah na casa. Ian já estava com as malas prontas e se preparara para ir. Sinead o abraçou, chorando.

–Obrigada. Por tudo. Por ter vindo, ser meu padrinho, por salvar meu casamento... Por consertar tudo. Você é um herói para mim, Ian. Pode achar que não, mas é. Ultrapassar todos os medos, mágoas, rancores e se refazer, em poucos dias... Natalie ficaria orgulhosa de ver como você se superou.

Ian sorriu. Abraçou-a mais uma vez e a girou no ar. Eles riram, e quando ele a desceu, disse:

–Eu te amo, Si.

–Eu também te amo, Ian - disse, limpando as lágrimas.

–E você é muito sensível. Nem parece a minha Sinead. Vamos nos ver amanhã- Disse, o que fez Si dar uma risada e socar de leve seu braço.

Ian apertou a mão de Jonah e Dan, se despedindo.

–Se cuida, brother. E ganhe muita grana por aí. Eu não vou poder ir amanhã.

–Pode deixar. Cuide-se também.

–Tchau, Kabra. Até amanhã.

–Até.

–Se me perguntassem se eu ia passar a noite de natal na mansão Kabra, eu diria...

–Tchau, Dan!

Ele apertou a mão de Hamilton, que o abraçou a força.

–Er... Tchau para você também, grandão.

–Valeu por salvar o meu casamento com a Si. Te devo muito.

–Eu já falei que está tudo bem.

–Eu sei... Mas obrigada mesmo assim. E fico feliz que tenha seguido meu conselho.

Ian assentiu, dando um meio sorriso. Deu um passo a frente, pegou os restos de malas que tinha, e virou para frente. O motorista de Sinead já estava ligando o carro. Ele já ia sair da casa, quando sentiu que faltava alguma coisa.

Ouviu passos correndo.

–Espera!Eu estava ajudando Martha a lavar a louça.

Ele se virou, e viu Amy em sua frente.

–Queria... Dizer tchau.

Ian sorriu.

–Claro.

–Eu... Bem... Sei que a gente vai se ver amanhã, mas...

–Mas...

–Eu...

O motorista o chamou.

–Amy, eu preciso ir.

–Ah, ok. Eu... Tchau.

Ian parecia um pouco desapontado, mas assentiu.

–Até amanhã.

Saiu da casa, e andou em direção ao carro. Conseguia ainda ouvir Sinead dizer:

–Se cuida! Chegue bem na Inglaterra! Coloca mais um casaco, está muito frio lá!E lembre-se da decoração! EU QUERO VISCOS!

Começou a por as malas no porta-malas junto com o motorista. Quando ia entrar, ouviu uma voz.

–Espera! Não vai ainda!

Ele se virou e olhou confuso para a silhueta que corria em direção dele.

–Amy?!

–Espera!

–Senhor, o senhor tem horário, precisamos ir.

–Eu sei, espere um pouco, por favor...

–Ian!

Amy chegou cansada até lá, descansando as mãos no joelho. Seu cabelo ruivo se destacava na paisagem de neve, e ela parecia linda. Linda e com frio.

–Amy, você não devia correr assim nesse frio. Vai ficar doente, isso sim. Toma.

Ele estendeu a jaqueta para ela, mas ela recusou.

–Não precisa. O que eu vou fazer é rápido.

–Bom, e o que vai fazer? Deveria entrar...

–Isso.

Então, ela fez algo que queria fazer a muito tempo. Ela se empurrou contra ele, e o beijou. Aquilo pegou Ian com tanta surpresa que ele perdeu o equilíbrio e caiu com ela na neve. Amy tinha o beijado. Ian retribuiu o beijo, colocando suas mãos na cintura dela. Ficaram lá, se beijando. Quando se separaram, Amy estava em cima dele, seus cabelos formando uma cascata vinho ao redor de sua face. Os dois sorriram.

Ian retirou algo do bolso, colocando no pescoço de Amy.

–Eu tinha esquecido...

–O que é... Ah! Minha encharpe?!

Ela deu uma pequena risada, olhando diretamente em seus olhos âmbar.

– Obrigada. Até amanhã. Ian.

Amy se levantou, e foi embora correndo para a casa. Ian se sentou, e disse, sorrindo:

–Até amanhã. Amor.


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Notas finais do capítulo

** Bom, para quem não sabe, Friends é uma série americana bem famosa que foi exibida de 1994 a 2004, mas reproduzida diversas vezes,inclusive ainda passa no canal da Warner. Em alguns episódios, mostra um dos personagens principais, Joe, cantando essa música com o vizinho dele, que acorda às sete da manhã só para cantar,todo dia. (eu amo esse vizinho)
Comentem ^^



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