Os Fantasmas de Ian escrita por Luna Amaratto


Capítulo 16
Meu maior medo é dizer "Te amo"


Notas iniciais do capítulo

*Aparece das sombras profundas*
Yooooo! Tudo ok? Peço muitas muitas muitas muitas muitas muitas desculpas pela demora!Eu sei ,eu sei, demorei pacas, né?(Deuses, que expressão antiga...)Mas mesmo quando eu pude voltar, adivinha?Minha internet ficou com defeito!Pois é. Estava tentando entrar no site há duas semanas e não conseguia...Tive sorte por poder entrar hoje '-'

Bom...Esse vai ser um dos últimos capítulos (estou chorando aqui)...Provavelmente vou postar esse e mais uns dois, aí o fim. Eu já escrevi o próximo, mas não vou postar pois ele está muito...Fail, por assim dizer (não escrevo palavrões nas notas, sou uma pessoa vitoriana #sqnunca). Bom, só queria falar isso por enquanto. Mais informações nas notas finais.
Bom capítulo!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494230/chapter/16

Estava uma noite tranquila, fresca. O vento fazia seu cabelo voar, mas ela não se importava. Sentou no balanço da casa, e inspirou bem fundo, de olhos fechados. Quando expirou, olhou para o céu estrelado, e se perdeu em pensamentos. Ela se balançou um pouco com os pés, distraída, e não percebeu quando alguém chegou ao lado dela, apoiado na barra do balanço.

–Oi.

Ela virou assustada. Quando viu quem era, ficou aliviada.

–Ah, Ian, é você. Que susto me deu.

Amy riu um pouco.

–Desculpe, não foi minha intenção. Posso?- Perguntou, apontando para o balanço.

–Claro. – Disse, abrindo espaço para ele. Ian se sentou, e virou- se para o céu.

– Noite estrelada, não é?

–Aham. Bonita.

Inconscientemente, Amy começou a balançar um pouco o balanço, fazendo com que os dois- que estavam com praticamente o corpo inteiro inclinado- quase caíssem. Eles riram, com Amy descansando a cabeça no ombro do moreno. Quando percebeu o que fez, ficou ereta, com a pele da cor dos cabelos.

Ian sorriu.

–Sabe Amy, eu estava pensando em umas coisas ultimamente...

–Todo mundo estava pensando em umas coisas, Ian- Disse Amy, risonha. Ele fez um sorriso sarcástico a ela.

–Nãããão. Jura? Essa eu não sabia.

Amy riu.

–Tudo bem, tudo bem. O que estava pensando?

Ele fez uma expressão indignada.

–Não. Não vou mais falar. Não converso com meninas irônicas.

Ela riu mais um pouco, se inclinando.

–Ah, vai, deixa de bobeira. O que foi?

Ele olhou para ela, sorrindo.

–Percebeu que está sendo legal comigo esta noite?

Ela parece surpresa com sua declaração.

–Bom... É que... Olha, é só por quê...

Foi a vez de Ian rir.

–Foi só um pequeno comentário, nada de mais.

Ele a olhou de canto, com um sorriso desdenhoso.

–Não deveria ficar tão incomodada só por ser boa comigo. Geralmente, isso é algo muito confortável.

Amy corou um pouco, mas ficou calada. Eles ficaram um tempo em silêncio, cada um no próprio mundo.

Ian se ajeitou no balanço, e sentiu algo no seu bolso. A encharpe.Ele ia pegá-la de devolver à Amy, mas em vez disso, apertando a peça azul, perguntou, com os olhos viajantes, perdidos.

–Por que você me odeia?

Amy, obviamente surpresa, virou a face para frente.

–Po-por que acha que eu o odeio?

Ele riu amargamente, olhando para o nada.

–Jura? Tudo bem, então. Talvez por você ser a pessoa mais compreensiva do mundo, menos comigo. Talvez por você ficar brava comigo de cinco em cinco minutos. Talvez por você procurar minuciosamente cada defeito meu e aproveitá-lo ao máximo, usando-o como desculpa para tudo. Ou quem sabe é por você ter dito isso umas quatro vezes só no tempo em que estive aqui.

Ele disse aquilo e sorriu. Não foi um sorriso sarcástico; pelo contrário, foi um sorriso que dizia: Entendeu?

Amy suspirou, virando para baixo. Apoiou a cabeça nas mãos, cujo braço encontrava-se nas pernas. Olhou fixamente para as coxas, e depois de um longo tempo, suficiente para Ian ter esquecido a pergunta, disse:

–Eu não te odeio, Ian.

–Verdadeiramente falando?

–Verdadeiramente falando.

.

Depois de poucos minutos, retornou a falar.

–Então por que age como se odiasse?

Amy fez uma leve careta, um pouco desconfortável.

–Ian...

–Fale.

.

–Sinceramente, não sei.

Ian só assentiu.

–acho que é... Bom... –A ruiva suspirou- Tenho mesmo que fazer isso?

Ian sorriu, parecendo distante.

–Seria bom... Preciso saber se uma coisa que ouvi de uma... Velha amiga... É verdade.

Ela fez uma cara confusa, mas prosseguiu.

–Bom... É por que...

Você precisa fazer isso, Pensou Amy. É para seu bem. Vai tirar um peso das suas costas.

A garota olhou para o céu, com uma face indescritível. Lembrou-se da noite que teve uma recaída do sofrimento do término com Ian. Ficou um tempo sem falar absolutamente nada. Até que respirou fundo, se virou para baixo, olhando as próprias mãos, e disse:

–É porque eu ainda tinha... Ou melhor, tenho... Mágoa daquele dia.

Como que por imitação, Ian fez a mesma careta confusa.

–Daquele... -“Se tocou” do que ela estava falando antes que terminasse a frase.

–Ah.

–Pois é.

Ficaram quietos durante o que parecia a noite inteira, até que finalmente Ian quebrou o silêncio.

–Sinto muito.

Amy virou para ele, um pouco perdida.

–O que?

–Disse que sinto muito. Por aquela noite. Desculpe.

A garota deu uma pequena risada, não exatamente porque sentia graça.

–Ora, Ian. Não precisa me pedir desculpas. Já faz o que?Um ano?Somos adultos.

Ela respirou fundo, contendo-se para não gritar.

–E além do mais, você não fez nada... De errado.

Amy engoliu em seco.Não achava isso de verdade.Ela sentia raiva por ele ter feito aquilo com ela.Por ter feito ela se apaixonar, só para fugir quando conseguisse o que queria.De novo...Pensou.

–Eu sei- Respondeu Ian, o que fez Amy revirar os olhos. Ele riu, e disse em seguida:

–Mas não devia ter feito aquilo de qualquer modo. Eu abusei de sua boa vontade- apesar de achar que você também foi bem abusada por se bancar de difícil- e te magoei muito.

Ele abaixou a cabeça, bagunçando os cabelos, e respirou bem fundo.

–Sabe, por mais que não pareça, tudo o que eu não quis foi magoar você.

E eu, pensou, mas achou melhor não comentar essa parte.

Vendo a face sarcástica da ruiva, ele se ajeitou no balanço, sorrindo.

–É verdade. Pelo menos a partir da Coréia.

Amy ficou pálida.

–I-Ian... Nós juramos que... Que não íamos mais falar da Coréia.

Ele levantou-se e botou as mãos nos bolsos, ainda sentindo a peça.

–Eu sei. Não estou falando, estou só citando. Mas voltando ao assunto principal, eu nunca ia querer te deixar triste. Eu só...

Respirou mais uma vez, olhando para as estrelas. Ele tinha que fazer isso. Tinha que dizer a ela. Era o único jeito.

–Eu só tive medo. De me magoar.

Amy saiu do balanço para ir ao encontro dele, ficando ao seu lado. Sua expressão era bastante confusa.

Tudo o que ela fez depois de se abrir: Ficar confusa. Pensou Ian.

–Me-medo?De se magoar?Ian, eu nunca te magoaria-Disse Amy, tocando em seu ombro. percebendo o que fez, e que estava tão perto dele, corou, e se afastou um pouco, porém estava perto o suficiente que se Ian quisesse, poderia agarrá-la.

–Pelo menos... Não naquela época. –Completou, ainda vermelha.

O moreno sorria de forma sarcástica, amargurada, sádica. Ele se afastou ainda mais dela, batendo com força no poste que sustentava o balanço.

–Por favor, Amy.

–Estou falando a verdade.Eu nunca te magoaria.Pelo menos não conscientemente.Não gosto de magoar ninguém, você sabe disso.E ainda mais você que...

–Que..?-Instigou Ian, com uma sobrancelha arqueada.

–Que... Era tão especial para mim.

Ian riu, com um pouco de escárnio.

–Não foi isso que você demonstrou.

Amy levantou a cabeça, surpresa. Foi até ele, corando um pouco novamente.

–E-eu... Fui fraca. Tomada pelo sentimento de medo. Não queria que me enganasse. E foi exatamente o que fez.

Disse, abaixando a cabeça. Ela não entendia aquilo. Por que estavam falando disso?Ela estava parecendo a “Antiga Amy”, como dizia Dan. Fraca. Frágil. Pequena. Não eram mais um casal. Talvez Phoenix estivesse certo. Talvez Ian tivesse mudado de uma noite para o dia. Talvez ele quisesse conseguir seu perdão. Mas eram muitos “talvez”... E ele já tinha a decepcionado tantas vezes... Não queria garantir que ele tivesse uma segunda chance para isso. Por mais que gostava da ideia de ficar perto dele novamente... Mas não podia.Mesmo assim... Era uma ideia tentadora... EmbArgh!Ela estava enfrentando mais um confronto bipolar!Não podia ficar assim conversando com alguém. Nem percebeu que Ian tinha se afastado novamente.

Ele ria como um louco. Não “ria como um louco”, a expressão que significa rir muito, mas sim literalmente. Ele tinha uma expressão de louco, como aqueles que sorriem diante de sua própria morte.

–Enganar?Enganar?Amy!Quem traiu o namorado com um Sohn einer hündin ficken babaca foi você!Você!Não eu!Como poderia pensar nisso?

–I-Ian!-Disse a ruiva. Ela também sabia alemão. Tinha aprendido com ele, na verdade. –O Jake não é isso!E eu... Olhe, naquele dia, eu...

A verdade é que ela não tinha resposta para aquilo. Por simplesmente saber que estava errada. Foi um acontecimento rápido, simples e totalmente incorreto. Eles estavam na biblioteca de sua mansão. Tinham ido pesquisar registros de uma vesper que também tinha sido agente lucian.No clima que deu, Jake a beijou, e ela se viu correspondendo.Quando acabou, Amy tinha se arrependido totalmente.Tentou até se afastar dele, mas foi impossível.Em outro dia, numa outra biblioteca...A da casa de Ian, ele a pegou e a beijou novamente.Por mais que amasse Ian, ela não lutou.Sempre teve atração por Jake.Infelizmente, Ian entrou no local quando estavam fazendo o ato.Ela se arrependeu no momento em que o viu, observando seu olhar e choque e tristeza.Odiava lembrar do seu olhar.Nunca tinha o visto tão...Frágil.Essa era a palavra correta.Frágil.Despedaçado.Decepcionado.

–Tudo bem que eu te enganei várias vezes. Ok. Mas me arrependi profundamente. E demonstrei isso. Depois da caça, nunca mais te tratei mal.Na verdade, quando nós namoramos oficialmente, eu te tratei como uma verdadeira princesa!- Exclamou Ian, que parecia ter esquecido a fala anterior.

–Eu sei, só... -Amy mantinha a cabeça abaixada. -Você... Teve medo de que eu o traísse novamente?-Perguntou de repente. Queria que parassem de botar a história em foco dela. Não suportaria isso. Ela sabia que estava errada. Mas Por que não admitia isso?

Ian, bem surpreso, em um minuto parecia normal de novo.

–Eu... Sim. –Disse francamente- Tive. Tive medo de me decepcionar do mesmo jeito que me decepcionei antes. Amy, eu posso ter gritado com você. Posso ter sido mal, cruel, inescrupuloso, injusto, e muitas coisas mais. Mas te amei como ninguém nunca amou. Não tenha duvida disso. E o amor era tão, tão, tão grande... Que para mim, no meu pensamento ridículo e covarde, achei que seria melhor me afastar dele.

PPP. Lembro disso. Eu... Por que... Por que está falando isso?Quer dizer, tudo isso?Ficamos um ano inteiro sem tocar no assunto de nós dois juntos. Ou daquela noite.

Ele sentou-se novamente no balanço, suspirando de forma exasperada. Colocou as mãos na cabeça, bagunçando novamente os cabelos sedosos.

–Eu quero resolver as coisas. Quero botar tudo para fora. Estou cansado disso. Dessa vida. Entende?

Claro que ela entende.Eu digo que quero melhorar as coisas entre nós depois de ter gritado que nem um maluco com ela. Você é tão incrível, Ian... Pensou.

–Natalie sempre disse que eu precisava aproveitar mais o que tenho... Ser mais feliz. Mesmo depois de sua morte, não fiz o que ela pediu.

A ruiva ficou surpresa por ele ter dito aquilo. Morte...? Ian nunca tinha pronunciado o que ocorrera a Natalie como morte. O que tinha acontecido com ele?

–Eu... Tenho medo, Amy. Tenho muito medo. Tenho medo de que sendo assim, eu só possa... ”Afundar”. - Completou, dando um pequeno sorriso junto dela com a última palavra. Ela dizia antigamente- brincando- que se ele continuasse tão metido e cheio de si, iria afundar no próprio ego. Mas continuava sério.

– Eu tive... Sonhos. Sonhos que... Fantasmas me perseguiam.

–Por isso a história dos fantasmas- ela já tinha até se esquecido daquilo com tudo o que houve depois.

–Pois é. E nesses sonhos... Eu... Aconteciam coisas terríveis, Amy. Horrorosas.

–Alguém morria?Ou você ficava pobre novamente?- Brincou, dando um sorrisinho, tentando quebrar o gelo. Tentava na verdade, se distrair. Estava boquiaberta com a facilidade dele poder mudar de humor tão rápido. Depois eu sou a bipolar...

Ian não riu da piada, mas a respondeu.

– Não. Não exatamente.

Ela esperou-o continuar, mas parecia que já tinha terminado. – Ok, ela admitia- Estava morrendo de curiosidade, mas não ia pressionar. Ele parecia um pouco abalado.

–A questão é: Eu quero mudar. Não quero mais ser o mesmo Ian Kabra de antes. assim terei paz,completou internamente. – Não precisa me perdoar se não quiser. Tem o direito disso. Só não quero que me odeie. Já pedi minhas desculpas, por mais que não tenha as aceitado.

Amy se permitiu uma risadinha.

–O que houve? Por que está rindo?- Disse Ian, confuso, mas possuindo um sorriso contido, pois não a fazia rir a muito tempo.

–Esse... Foi o pior pedido de desculpas que eu já vi.

Ele se juntou com ela, dando uma verdadeira risada. Logo, os dois, contagiados um pelo outro, estavam rindo, ele no balanço, e ela em frente. Quando pararam, Amy o encarou, observando seus brilhantes olhos âmbar.

–Eu entendo você... Acho que entendo, pelo menos. – Ela voltou a se sentar ao lado dele, sorrindo um pouco. Suspirou, cansada da briga.

–Eu... Ian, eu não sei se... Olhe...

–Eu já disse. Não precisa me perdoar. Basta não ter seu ódio.

–Eu disse que não te odeio. É só...

.

– Você... Realmente vai mudar?

–Vou fazer o possível.

–Vai... Parar de ser tão mal-humorado com nossa família?Promete dar uma chance a ela?

–Se ela me dar uma chance de volta...

– Vai parar de causar problemas?

–Tem a minha palavra.

Sua palavra nunca teve lá muita credibilidade, mas tudo bem-Disse, causando mais uma risada de Ian.

Amy o olhou, um pouco desconfiada.

–Vai parar de trair... Suas namoradas?- Falou finalmente. Não ficava muito feliz com a ideia do “Novo-velho” Ian ter muitas namoradas, mas era uma pergunta útil e válida.

–Não era eu que traia o namorado...

A ruiva franziu as sobrancelhas e arregalou os olhos, como se dissesse: Ian!Cala a boca!

–Ok, ok!- Disse Ian, com as mãos em sinal de rendição e um sorriso travesso- Eu vou... Olha, esse eu não te prometo nada.

–Ian! – Exclamou, rindo.

–Isso só irá depender da garota. Se ela valer a pena... Embora só tenha encontrado uma que realmente teve minha fidelidade por merecer.

Falou, a olhando de forma descarada e maliciosa. Amy arregalou os olhos novamente, dando outra risada. ”Idiota.” Disse, sorrindo. Era impressionante. Em um momento eles estavam brigando, e no outro, compartilhando risadas. Lembrava seu antigo namoro, o primeiro.

Seria possível? Será que dessa vez eles realmente teriam uma relação relativamente boa?Mesmo como... Amigos?

Amy levantou a cabeça.

–Disse alguma coisa?

–Não, não disse nada. Por quê?

–Porque eu...

Perdoe-o. Por mim.

Ela virou a cabeça, confusa.

–E agora?

Ian negou.

–Não disse nada, Amy. Está bem?

– Estou, eu só...

Só você pode decidir agora. Eu lhe peço, perdoe-o.Ele mudou. Sei disso. Por favor.

Eu... Não sei se devo...

–O que?

Eu lhe imploro, Amy. Você é a única que pode ajudá-lo a realmente mudar. Perdoe.Da mesma maneira que ele a perdoou.

Amy olhou para Ian, um misto de confusão, medo, preocupação e... Algo que Ian não conseguiu identificar.

Eles tiveram tantos momentos bons... E quando namoraram, era tudo tão perfeito. E ela o amava tanto... Quer dizer, ainda amava, mas não admitia isso. E ele parecia realmente sincero. Porém, e aquelas vezes em que ele traía sua confiança?Por mais que ele não tenha sido infiel... E Coréia? Ela não podia esquecer disso tão facilmente. Mas... Ela também tinha traído sua confiança.

–Eu... Perdôo-o.

– O que?Perdoa o que?Amy, você está bem?- Disse Ian, um pouco preocupado, segurando de leve o ombro da ruiva.

Amy deu um leve sorriso, balançando a cabeça.

–Você. Eu perdôo... Você. Por tudo.

– Você... Perdoa?

–Aham.

–Eu...

Ian, lentamente, foi formando um enorme sorriso. Tão grande quanto o de Hamilton, quando Sinead o beijou. Ele pegou Amy pela cintura, e a levantou, girando-a no ar. Ela riu, tomando cuidado com o balanço.

Quando ele desceu Amy com os braços, ela deixou seu rosto roçar de leve no dele.

Meio atordoado, soltou-a, com um meio sorriso. Os dois estavam vermelhos.

–Ahn... Eu... Desculpe. Não quis...

–Tudo b-bem. Eu também... Er...

Ficaram uns segundos sem dizer nada, até que Ian quebrou o gelo.

–Bom... Já está bem tarde. Acho melhor entrarmos. Sinead vai sentir sua falta.

–Ah, ok. Ela vai sentir a sua também, e... Ah. Esqueci que você vai embora. Ela já sabe?

Ian fez uma cara confusa, como se não soubesse do que ela estava falando.

–Ah!Sim. Eu... Acho que meu trabalho por aqui já terminou. Sinead está feliz, eu meio que fiz as pazes com alguns familiares... Preciso voltar para Londres. Sabe, dinheiro não se faz sozinho.

Amy deu um meio sorriso. Não ia dizer isso, mas não curtia tanto assim a ideia deles terem se reconciliado e logo depois ele ir embora.

–É... Não se faz... Vamos?

Ela indicou para eles irem e os dois seguiram até o interior da casa. Não sabiam quanto tempo tinha se passado, mas viram algumas pessoas indo embora.

–Eu... Vou começar a arrumar minhas coisas. Você vai ficar aqui embaixo?

–Ahn? Ah. Vou sim.

Ian deu um sorrisinho. Ele se virou na direção da escada,mas antes de subir, virou e deu um beijo na bochecha de Amy.

–Obrigado.

Amy corou, e tocou sua bochecha. Ian já tinha subido, mas mesmo assim ela disse bem baixinho:

–Eu que agradeço... Kabra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou...Uma coisa '-' (aka pessoa vitoriana). Eu fiquei muito tempo sem escrever nada...Mas por favor, não deixem de comentar. Comentários construtivos são bem-vindos!

Ah, só mais uma coisita. Semana que vem eu tenho provas, e na outra eu irei viajar. Como o cap 16 está praticamente pronto, eu vou conseguir postar numa boa...Caso a Tim deixe. Mas eu ainda vou precisar(isso já está enchendo o soca, não?Desculpas mais uma vez) de um tiquinho de tempo para escrever o outro.
Obrigada pela compreensão, dondocas amadas!