Medo de Amar escrita por valdz


Capítulo 19
Capítulo 19 - POV Perseu / POV Phobos


Notas iniciais do capítulo

OK, NÃO ME MATEM! DEIXEM EU EXPLICAR A SITUAÇÃO PRIMEIRO! T-T

Pra começar, eu estou proibida de mexer no notbook na semana. Ou seja, só dois dias pra postar a cada semana. Aí vocês pensam: "Então por que não postou há umas semanas atrás?!". Então, eu só consegui fazer esse acordo com minha mãe agora, então nos outros dias eu estava completamente fora de alcance por aqui.
E, sabem o lado bom disso?! Nessas semanas, eu tive mais ideias pra essa fanfic, êêê! Se os deuses quiserem, eu ainda termino essa fanfic nesse ano! Aí, quem sabe eu faço segunda temporada... Sei lá. Se essa terminar bem né! XDD
Enfim, já estou escrevendo o próximo capítulo aqui, e provavelmente vou postá-lo amanhã! (Se o tempo quiser XD)
Boa leitura á todas (ou todos, se tiver um guri aí lendo...), e obrigada por não desistirem da fanfic, mesmo com uma autora azaradamente estabanada que eu sou!



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Capítulo 19 – Conversa de família.

POV Perseu

– Annabeth, eu já te disse. – falei para ela enquanto eu procurava algo útil na bagunça do quarto. – Você não tem que ir comigo, eu vou sozinho.

– Percy, eu sei que você está preocupado com a sua amiga e quer ir resolver as coisas com Ares do seu jeito – a retrucou, sentada na minha cama – Mas você precisa de ajuda. De um cérebro nessa “missão” já que você não está usando o seu nem para me escutar.

– Eu estou te escutando, Chase! – falei, ficando de joelhos e olhando nas pilhas de roupas que estavam pelo chão – E eu sei que Ares vai querer esmagar meus ossos, assim como na primeira vez em que eu tentei ter um “papo” com ele.

– Exatamente! – disse ela, balançando as mãos com impaciência – É justamente por isso que...

– Você deve ficar aqui. – cortei-a.

– Ah, certo, sabichão. – Ela sorriu sarcástica com os braços cruzados – Já que é tão esperto, pode me dizer o que está procurando igual idiota pelo quarto?

Parei de espalhar as coisas pelo quarto no mesmo instante, tentando me lembrar de o que eu estava procurando antes de começar a discutir com Annabeth.

– Por acaso... – a sugeriu, com seu tom carregado de ironia – Seria aquela sua caneta que nunca sai do seu bolso?

Disfarçadamente, levei uma mão ao bolso e senti Contracorrente bem ali. Limpei a garganta e me levantei, estufando o peito com o máximo de dignidade que encontrei, saindo do quarto. Annabeth me seguiu, com seu sorriso triunfante estampado no rosto.

– Você precisa de mim, Jackson, admita!

– Não preciso, não.

– Claro que sim.

– Claro que não.

Annie grunhiu e entrou na minha frente no mesmo momento em que eu ia abrir a porta do apartamento. Ergui a sobrancelha, encarando-a.

– Eu vou ir mesmo sem a sua permissão. – ameaçou.

– Não me importo. – menti.

– Então isso quer dizer que eu posso ir. – disse ela.

– Annabeth! – Empurrei-a para o lado e abri a porta, olhando por cima do ombro – Chega disso. Eu já disse que não. Qual o seu problema? Fique aqui para sua proteção.

– Percy, eu...

– Eu amo você e não quero que se machuque. – murmurei. – Fique aí.

Ela suspirou.

– Também amo você. Cuide-se, Cabeça de aAlga.

Sorri e estiquei o corpo para beijá-la. – Eu sempre me cuido.

***

POV Phobos

– Seu desgraçado! – berrei enquanto atirava Ares no ar – Você fez isso com ela!

Apontei para o espelho que refletia a imagem de Roxanne no hospital.

Prensei meu pai na parede e segurei-o pela gola da jaqueta, forçando-o a encarar o espelho com a outra mão. Por um segundo, parecia que era eu quem estava sendo forçado a olhar aquilo para poder sentir o peso da culpa. Encarei os cabelos azuis dela perdendo a cor, o brilho, a vida.

Eu já havia perdido Emma. Não aguentaria perder Roxanne. Mesmo que eu seja um idiota, com Roxanne eu sou um idiota feliz, um idiota amado. Sem ela, eu não sou nada, nem amado, nem feliz, talvez nem idiota. Se ela for embora, ela também levará o que resta de minha alma dentro mim.

Eu não posso deixa-la ir. Não agora. Ela não está com um pequeno pedacinho de mim, está comigo por inteiro. Será que ela nunca entendeu isso? Os sentimentos que ela me causou desde o segundo em que a vi na lanchonete?

Espera. Ela não se lembra disso. Ah, droga, Rox!

O som de meu pai murmurando algo como “fiz isso para seu bem” me trouxe de volta á terra firme. Ele tentava se soltar de meu aperto em seu queixo, mas eu não conseguia sequer afrouxar. Quanto mais tempo eu olhava para o espelho, onde Roxanne sofria com a questão de vida ou morte, mais eu queria que Ares sofresse. Que ele sentisse o remorso ao vê-la assim, que ele tentasse ajudar corretamente, e não do jeito bruto dele.

Então eu consegui tirar os olhos de Roxanne, para poder encarar meu pai. Ele olhava para o espelho, a expressão vazia. Agora ele não estava relutante, estava aceitando os fatos. Por um mísero segundo, pensei ter visto um brilho de culpa em seus olhos. A culpa de que ele fora egoísta em querer ter o filho só pra ele.

Mas foi só por um segundo, pois no seguinte, um maldito semideus invadiu o quarto, fazendo um corte em meu ombro. Soltei meu pai com um murmúrio de dor e vi o garoto indo pra cima de meu pai.

– O que está fazendo aqui de novo¸ pirralho? – berrou Ares, jogando o garoto até o outro lado do quarto.

Fui até a cama bege que havia ali e sentei-me, com a mão direita no ombro esquerdo, que saia o líquido que eu chamava de sangue, icor.

Depois de ver a patética briguinha entre o semideus e meu pai, joguei-me de costas na cama, em silêncio enquanto ouvia os berros de Ares e o choque da espada do garoto. Fiquei assim por mais alguns minutos, até cansar completamente daquilo.

Levantei-me e segurei o garoto pela gola da camisa, afastando meu pai dele. Joguei o garoto, que reconheci ser aquela cria de Poseidon, Percy, na cama. Ares fuzilava-me com raiva por ter interrompido sua briguinha.

– Você – Apontei para o Jackson – deve ter vindo aqui por causa da Roxanne.

Ele assentiu, tentando se levantar, mas eu o joguei na cama novamente, mandando-o ficar quieto.

– E quer descontar a raiva em meu pai – Ele assentiu novamente – Pois não vai, porque esse otário aqui vai consertar a merda que ele fez. Ou eu mesmo arrebento esse rostinho bonito e seu reprodutor divino.

Ares arregalou os olhos e colocou as mãos na frente da “área sensível”, como se pudesse evitar que eu fizesse algo de ruim. O garoto sorria vitorioso, guardando uma caneta no bolso e cruzando os braços.

– E aí, velhote? – falei, arqueando uma sobrancelha com um curto sorriso no canto dos lábios – Vai fazer isso por bem ou por mal?

Ares coçou a nuca, baixando a cabeça. – Eu não posso ajudar. Não muito.

– Como não? – berrou Percy – Você fez essa... Essa merda acontecer!

– Os cachorros não estavam encarregados de mata-la. – respondeu Ares, dando um passo para trás enquanto eu o encarava sério. – Seria muito fácil, e vocês sabem que eu gosto de torturar antes, porque assim tem mais graça e...

– Resume de uma vez. – ordenei, cerrando os olhos.

– Foram enviados apenas para feri-la, de alguma forma que as garras ou dentes se conectassem com o sangue dela.

Ele hesitou, olhando pra mim e para o Jackson, como se estivesse esperando o pior dos dois.

– Lembra-se daquela sua maldição? – Ele olhou diretamente para mim, agora sem expressão nenhuma. – Em que as fobias mais estúpidas invadem a mente da pessoa, tornando essas fobias reais pra ela? Como se ela sempre houvesse pavor daquelas coisas?

– Você não pode ter feito isso.

– Isso o quê? – disse Percy, franzindo o cenho.

Ninguém respondeu. Respirei fundo, encarando a lenta cria de Poseidon.

– A mordida do cão que Roxanne levou, recebeu, além da dor, uma maldição minha. – Respirei fundo novamente – E essa maldição é sobre fobias - o que é óbvio, pois eu sou o deus do medo -, que vai trazer à filha de Íris as últimas fobias que ela imaginaria ter.

– E tem “cura”, né? – Jackson fez aspas com os dedos.

– Eu a criei faz pouco tempo. – disse, sentindo como se o teto estivesse caindo sobre minhas costas – Eu ainda sequer tentei uma cura ou algo do tipo.

Encarei mais uma vez o espelho, vendo uma Roxanne inconsciente. Engoli em seco, jurando mentalmente que a tiraria dessa situação.

– Ares, pode pelo menos acordá-la?

– Phobos, eu sou o deus da guerra. Meu desejo é ver morte! Mor-te. – ele soletrou lentamente, cruzando os braços. – Não sou o deus do brilhinho amarelo com curativos de florezinhas!

***

– Apolo!

Soquei o templo do meu tio, respirando fundo.

Por que o templo dele é tão distante do meu?, pensei. Caramba! Eu podia ter simplesmente aparecer por aqui! Que burrice.

– Oi! – uma voz animada disse atrás de mim.

– Apolo, preciso da sua ajuda.


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Notas finais do capítulo

Ares é um desgraçado, eu sei, podem tacar pedras nele em vez de tacarem na minha linda pessoa. (Só que não.)
Acho que não há duvidas que o rostinho bonito de Apolo balançou a cabecinha em um sim, né?? XDD
Ok, vou parar de enrolar, afinal, ainda tenho uns capítulos para escrever!
Espero que tenham gostado e que a demora tenha valido pelo menos um centímetro da pena ç.ç
Até o próximo capítulo!



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