Palavras escrita por Detoni


Capítulo 38
Fim?


Notas iniciais do capítulo

Bom galera, eu avisei que a fanfic tava acabando. Então pros desavisado: surpreeeeesaaaa



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Pov Alasca

Lys já está lá dentro a muito tempo. Desde que chegamos ao hospital ele entrou com Leight e Cris na ala médica, onde me barraram na entrada.

A porta da ala de espera se abre e me viro logo antes de Ed me abraçar. Ele me encara com seus olhos por trás de seus óculos que ele costuma usar apenas em casa.

– Recebi sua mensagem. Como está o Lysandre?

– Eu não sei. Não tenho notícias a 1 hora.- Digo.

– Cadê a Rosa? Nathaniel?

– Estão na faculdade... tinha uma festa hoje e eu não quis incomodar.- Digo.

– Ai você vem incomodar o único que não está na faculdade? Que feio...- Ele diz.

Consigo forçar o sorriso antes de sentar com Ed ao meu lado.

– Tenho certeza que o pai do Lys vai ficar bem, Alasca. Seus olhos estão muito vermelhos, esteve chorando?

– Eu... só me apavorei um pouco. Não tenho notícias e sei que o Lys vai quebrar se acontecer alguma coisa...

– Ele vai se recuperar. Mas não acho que vá acontecer alguma coisa. Otimismo é tudo, certo?- Ed diz colocando minha cabeça em seu ombro.

– Por que estou tão cansada?

– Você chorou. Pode dormir, te acordo quando o Lys chegar.- Ele diz.

– Obrigada por vir.- Digo.

Ed diz mais alguma coisa, mas já fechei meus olhos, sendo levada pelo cansaço.

***

Pov Lys

– Ele ficará bem. Foi apenas uma recaída, senhora Parker. Pode ficar tranqüila.- O médico assegura minha mãe que está em prantos.

Cara, a quanto tempo estamos aqui dentro? Será que a Alasca foi embora? Duvido. Do jeito que ela é persistente até passaria a noite toda aqui.

– Obrigada, doutor. Quando meu pai receberá alta?- Leight pergunta.

– Sexta. Ele precisa se recuperar.- O médico diz.

– Eu posso vir buscá-lo. Não tenho nada programado para sexta.- Digo.

– Certo... obrigada, doutor.- Minha mãe diz. Aperto a mão do meu pai antes de sair da sala do hospital.

Eu não quero chorar. Estou cansado de ser fraco. Antes de perder a Alasca eu nem sabia o que era dor, mas eu sabia que eu podia recuperá-la. Agora a doença do meu pai é algo sem volta. E perder o meu pai...

Sinto uma mão no meu ombro e me viro encarando os negros olhos de Leight.

– Se acalme, Lysandre.- Leight diz. Parecemos crianças de novo, quando eu caia no chão e Leight tomava conta de mim...

– Eu estou calmo.- Digo.

– Seus olhos estão vermelhos.- Ele diz.

– Claro que estão. Como você consegue ser essa pedra? Não demonstra nenhuma emoção diante da situação em que estamos!- Digo. Leight suspira cansado.

– Chama-se auto controle. Mas você não é obrigado a ter isso, ok? Eu sei por tudo que você está passando. Ninguém vai te culpar se chorar, irmão.

– Eu sei, mas vai mostrar que eu sou fraco!- Digo. Sinto agora as lágrimas se formarem.

– Não seu idiota, vai mostrar que é humano.- Leight diz.

– Você está calmo.- Digo.

– Estou surtando por dentro. Quero chegar em casa e me acalmar e colocar as coisas em mente. Rosa está me esperando e eu preciso desabafar com ela.- Leight diz.

– Você chora na frente dela e não na minha?- Pergunto. Leight ri.

– Ela é minha noiva, o suporte que eu escolhi para toda minha vida. Vai me dizer que nunca chorou na frente da Alasca?

Eu já havia chorado na frente dela. Poucas vezes, e me arrependi em todas. Não queria que ela me achasse fraco.

– E acima disso, você é meu irmão Tenho que te dar exemplo e não chorar na sua frente.- Leight ri.

– Por que está me incentivando o contrário?

– Olha, Lys, você pode chorar e não ter vergonha disso. É apenas meu jeito de ser. Não quero que me imite. A mamãe vai passar a noite aqui, e eu tenho que vir trazer as coisas para ela. Você pode continuar aqui chorando sozinho, ou pode ir atrás da sua namorada que com certeza está preocupada com você.

Leigh está certo. O que eu estou fazendo? Não posso deixar que algo assim destrua tudo na minha vida. O mundo não vai acabar. Foi só uma recaída. Apenas.

Leight aperta meu ombro e vai em direção ao quarto falar com a mamãe. Olho meu reflexo no vidro: blusa azul amarrotada e suja de rímel da minha mãe que chorou; cabelo desgrenhado de tantas vezes que passei a mão; calça branca arrumada e meus olhos vermelhos. Vou dar um baita susto nas criancinhas por ai.

Considero as palavras de Leight e vou até a sala de espera e Alasca está com Ed. Ela está com os olhos fechado, provavelmente dormindo. Seus olhos estão ainda mais vermelhos do que os meus e pela primeira vez cogito que o sofrimento dela é o meu. Será que o meu também é o dela?

– Ela está bem?- Pergunto. Ed da um pulo, surpreso com minha aparição.

– Está, vou acordá-la- Ele diz.

– Não! Ela deve estar cansada. Vou levá-la para casa- Digo. Ed me encara.

– Você está bem Lysandre? Alasca me contou uma parte do que aconteceu e que estava sozinha no hospital, então eu vim correndo. Como está seu pai?

– Foi uma recaída. Vai ficar bem em breve. Obrigada pela preocupação, Ed.- digo.

Me inclino e passo a mão por trás do ombro de Alasca e de seus joelhos a aconchegando junto a meu peito.

– Quer uma carona?- Pergunto. Ele nega.

– Está tudo bem. Tenho que ir atrás da Taylor, ela está no bar me esperando. Como sempre, foi um prazer Lysandre.- Ed diz e acena com a cabeça, saindo.

Alasca se remexe um pouco no meu colo e abaixo meu olhar, vendo seus olhos azuis inchados por causa do choro.

– Ei meu amor. Me desculpe a demora.- Digo. Ela pula do meu colo e boceja um pouco, me abraçando logo em seguida.

– E você nem pretendia me acordar, aposto. Lysandre, como está seu pai? Como está você?– Ela pergunta.

Realmente, ela estava preocupada.

– Estou bem.- minto.

Seus olhos que as vezes me lembram o gelo, me inspecionam de cima abaixo. Ela sabe que estou mentindo.

– Não precisa mentir para mim.

– Eu sei.- digo fraco. Sinto minhas pernas fraquejarem um pouco e caio de joelhos no chão. Alasca se abaixa e apoio minha cabeça em seu ombro.

– Está tudo bem ter medo, Lysandre. É normal.- ela diz.

– Não quero que pense que sou fraco- digo.

– A idéia nunca passou pela minha cabeça. Você é forte e se importa com as pessoas. E essa parte sentimental te torna mais homem do que tudo...

– Chorar me torna homem?- pergunto rindo ironico.

– Te torna humano. E é por isso que eu te amo.- ela diz.

Consigo sentir na sua voz que ela está tão assustada quanto eu. Ela está preocupada com meu pai e comigo e enquanto isso eu fico fazendo cena em uma sala de espera...

– O que te assusta?- ela perguntou.

– As incertezas. A situação do meu pai é instável. Eu perdi tanto tempo na faculdade ano passado que nem tenho mais nada concreto com minhas aulas. Não sei o que será de mim no futuro. Droga eu briguei com você, e isso...

Fico em silêncio. É se nós não acabarmos juntos? É incrível como estou cercado de incertezas. Devo estar sendo egoísta, mas não ligo.

– Case-se comigo.- Alasca diz. Fico um atônito.

– O que?- pergunto. Ela me afasta de seu ombro e me encara diretamente nos olhos.

– Lysandre Parker, você quer se casar comigo?- ela pede. O que? Como assim?

– Alasca, você está se escutando?

– Você quer certezas na sua vida. Bom, eu estou te dando uma. Você é a coisa mais certa que já aconteceu comigo e quero que você saiba disso. Se case comigo, Lysandre.- ela diz.

– Quando?- sei que devo estar ridículo com os olhos vermelhos e um sorriso de orelha a orelha.

– Agora. Hoje, amanhã. O mais rápido que conseguirmos.- ela diz.

– Está falando sério?- pergunto.

– Estou. Por favor Lysandre.- ela pede.

– Você já ouviu falar em Las Vegas?- pergunto rindo. Alasca sorri também.

– Vamos agora para o aeroporto.- ela diz.

– Eu te amo. Mais do que tudo.- digo e a beijo.

Alasca ri um pouco enquanto me beija, mas retribui. Não consigo acreditar.

– Espera.- digo. Não posso deixar que ela faça o pedido.- Isso está errado. Não foi assim que eu imaginei.

– Droga, Parker. - ela diz. Pego seu colar onde havia seu anel e seguro o anel em meus dedos.

Alasca fica de pé e ambos estamos sorrindo feito idiotas. Me ajeito sobre meu joelho e ergo meus olhod junto a minha mão.

– Alasca Agnes, você me daria a honra de se tornar minha esposa? A honra de me fazer feliz todos os dias? Você me daria a honra e o prazer de lhe chamar de Alasca Parker?

– Sim.- ela diz. Coloco a anel em seu dedo e me levanto, a beijando.

***

Las Vegas nunca me pareceu tão linda. Tivemos o dia mais corrido da minha vida. Chegamos pela manhã, fomos atrás de um cartório, compramos um vestido de noiva e nos casamos. Nos casamos. Eu estou casado.

Alasca entra na nossa suíte com um sorriso no rosto enquanto encara seu anel. Ela se senta na cama e sorri. Deposito um beijo em sua testa e um de leve em seus lábios.

– Como está, Alasca Parker?

– Você não vai cansar de dizer isso, vai?

– Sabe por que não? Por que eu mereço isso. Até o meu pior momento você o transformou no melhor. Eu mereço isso, você merece isso.- digo. Ela sorri e meche no dedo.- O que foi?

– Estou pensando em duas coisas.

– Quais?

– Que eu não contei para Rosa que iria me casar, e na quantidade de documento que vou ter que alterar.

– Eu não ligo. Eu te amo.- digo. Alasca sorri.

– Eu te amo mais.

– Não, eu te amo mais.

– Impossível Parker. Você não percebe a loucura que eu fiz?- ela pergunta rindo.

– Bom, já eu, sou louco por você.- Digo.

Ela me cala com um beijo. A empurro na cama.

Haverão muitas dificuldades, mas com ela do meu lado eu sei que seria capaz de tudo.

Esse não é o fim. É o inicio de algo bem melhor.


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Notas finais do capítulo

Não, esse não é o último capitulo. Ficou curtinho, mas acho que foi o que muitos queriam desde o principio. Comentem XD
XOXO
Detoni



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