Seu amor é a minha cura - ReNa escrita por soueumesma


Capítulo 54
cap 54 - Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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O relógio marcava 3:30h da madrugada Helena se remexia de um lado para o outro na cama, suava frio balbuciando algumas palavras. – PATY! – gritou ela despertando atordoada. - O que foi? - perguntei preocupado.

– Minha irmã Renê... ela se matou.

– Não Helena, foi só um pesadelo, são exatamente 3:30 da manhã, sua irmã com certeza está dormindo.

– Não é verdade, eu vi tudo. – me levantei da cama e me dirigi até a sacada onde dava vista ao jardim, a maldita árvore estava lá no canto, suas folhas balançavam devido ao vento frio da madrugada. Senti um aperto no coração e deixei mais algumas lágrimas caírem. – Vamos tirá-la de lá Renê.

–Tirar quem de lá? – me perguntou ele entrelaçando as mãos em minha cintura.

– A Paty, ela ta pendurada por uma corda naquela arvore! – apontei para o jardim.

– Me escuta! – virei Helena pra mim! – Você teve um pesadelo, não aconteceu nada com sua irmã.

– Como não Renê, foi tudo tão claro. Eu vi ela acordando, a vi revirando minha bolsa a procura de seus documento e com isso encontrou os exames. Dumbo tentou impedir de todas as formas que ela mexesse nas minhas coisas mas não adiantou. Depois ela pegou a corda na área de serviço e foi para o jardim, Dumbo veio nos avisar. Eu até falei com ela pelo celular antes que cometesse o ato.

– Ta vendo, você foi dormir com aquele pressentimento e acabou sonhando com essa coisa desagradável. Um cachorro não sabe decifrar essas coisas Helena. Agora para de chorar, Patrícia esta dormindo. – Vem, vamos ao quarto dela para você se tranqüilizar e vê que tudo não passou de um terrível pesadelo.

– Tudo bem, vamos! – segurei a mão dele. Passamos pela sala, tudo parecia está me ordem. Nenhum papel espalho pelo cômodo. Meu coração disparou ao notar que minha bolsa não estava sob a mesa de centro. Onde será que ela está? – pensei nervosa. Me aproximei um pouco mais do sofá. – Suspirei um pouco aliviada ao ver Dumbo deitado debaixo da mesa sobre a bolsa. Assim que peguei minha bolsa, meu cachorrinho rosnou, era como se ele estivesse protegendo ela. Ou talvez por eu o ter acordado. Abri imediatamente, e agradeci a Deus pelo envelope estar ali, lacrado como o deixei. Olhei para o Renê e sorri, ele sorriu de volta. Seu sorriso dizia: Está vendo, era tudo um pesadelo. Mas ainda não me dei por vencida, precisava ver Paty, necessitava naquele momento vê-la e abraçá-la....Soltei uma gargalhada ao abrir a porta e vê-la deitada em sua cama. Pulei em cima dela e a enchi de beijos. – Para Helena, me deixa dormir! – resmungou ela se virando para o lado! – não dei idéia e continuei a demonstrar toda minha alegria. Fiquei um tempo ali a olhando dormir, depois fui para sala. Me deitei no sofá pensando naquele sonho, talvez fosse uma premonição de algo que poderia acontecer, foi tudo tão nítido e geralmente sonhos são desconexos. – Mais tranqüila? – perguntou Renê me tirando do devaneio. – Sim mas ainda estou um pouco assustada, aquelas imagens não saem da minha cabeça. – respondi.

– Pesadelos são sempre chatos, procure pensar em outra coisa. Por exemplo, em como contar a Patrícia sobre a doença. – falei me deitando atrás de Helena.

– Agora me preocupo muito mais com a reação dela.

– Ela vai ficar triste, isso é obvio mas acredito que ela dará a volta por cima.

– Espero! – peguei o controle remoto e comecei a revirar a TV em busca de algo interessante para assistir.

– Larga esse controle e vamos para o quarto dormir. – me levantei e estiquei minhas mãos para ela.

– Perdi o sono e mesmo se estivesse não arredaria meus pés daqui. Só dormirei depois que conversar com Patrícia. – Então ficarei acordado com você! – falou Renê que foi até o quarto buscar um cobertor e deitou-se novamente atrás de mim. Prometeu não dormir mas passado 5min, roncava em meus ouvidos. Demorou um bocado para amanhecer, o relógio marcava 8:00h da manhã, tanto Patrícia quanto Renê dormiam. Leda, minha empregada acabara de chegar, pedi que me trouxera um suco e como sempre desde que a contratei, seus sucos tinham um gosto horrível apesar de cozinhar muito bem. Dizia ser o adoçante o responsável pelo gosto ruim. - Helena, porque não me acordou? – perguntou Paty toda descabelada. – Não te disse que eu tinha que ir lá em casa e depois à faculdade destrancar minha matrícula! – completou ela zangada como seu eu tivesse culpa por não ter colocado o despertador pra tocar. – Droga, agora só segunda! – resmungou um pouco mais! - Que culpa eu tenho pelo seu atraso?

– Nenhuma, me desculpe! Fiquei até tarde no whatsapp com Alex e acabei esquecendo de ligar o alarme.

– Tudo bem! – vá se trocar, precisamos ter nossa conversa. – Ih, lá vem coisa ruim por aí, ta insistindo demais nisso! – disse Paty desconfiada se virando e entrando no quarto. Peguei meu cachorrinho no colo e me deitei no outro sofá com ele, qual a melhor forma de contar a ela Dumbo? Me dá uma idéia! – pedi ao quadrúpede. – Obtive um latido como resposta que por sinal acabou acordando Renê que dormia no sofá ao lado. Ele levantou bravo sem dar ao menos um bom dia e foi se deitar no quarto. – É, parece que vocês dois nunca irão se entender! – falei outra fez com o cachorro.

– Pronto Helena, já me arrumei. Onde prefere conversar?

– Toma café primeiro!

– Depois tomo!

– Podemos conversar no seu quarto mesmo!

– Então vem, mas deixa esse cachorro aí, ele não gosta de ninguém. Ontem depois que você foi dormir tentei pegar meus documentos na sua bolsa, só que ele avançou pra cima de mim e não me deixou pegar. Não sei se você viu mas ele estava em cima dela.

– Vi sim! – isso mesmo meu bebê! – cochichei dando um beijo na cabecinha dele. – Depois a mamãe te leva pra passear como prêmio! – continuei.

– Não entendi Helena.

– Nada não Paty, Dumbo não gosta que mexam nas minhas coisas.

– Percebi! – Ele odeia sua empregada também! – disse após ele ter latido ao ver Leda passar. – Agora deixa esse cachorro aí e vem logo conversar. Entramos no quarto e nos sentamos uma de frente pra outra. – Fala Helena, qual o motivo dessa conversa! – abaixei a cabeça já imaginado que se tratava dos meus exames, ontem perguntei sobre o mesmo a ela e senti que mentia ao me dá a resposta.

– Se trata do resultado dos seus exames! – senti um tom de preocupação assombrar o rosto de minha irmã.

– Você disse que não haviam saído!

– Eu menti, você estava tão animada para passarmos o dia juntas que não tive coragem de contar.

– Então é grave? – esperei a resposta de Helena que demorou a dizer! – Fala logo Helena! – falei alterada!

– Sim, é grave! – disse num tom baixo.

– Qual foi o resultado?

– Confirmou sua gravidez e.......

– E?

– E constatou que você contraiu o ............vírus HIV!

– Não é justo acontecer isso comigo Helena, eu já paguei caro pelos meus erros e agora isso? Justo agora que eu estava me apaixonando? Por quê isso comigo? Por quê? – chorei com a cabeça apoiada no colo de Helena. Quanto tempo ainda me resta de vida?

– Você pode viver o mesmo tempo de vida de uma pessoa saudável, basta fazer o uso das medicações necessárias e se alimentar bem.

– Vou ter que abrir mão do Alex, não posso contaminá-lo..... e nem você Helena! – me levantei do colo dela. – É melhor ficar longe de mim.

– Paty, para com isso. Você sabe muito bem as formas de contaminações. E quanto ao Alex eu converso com ele.

– Você faria isso por mim? – senti uma gota de esperança!

– Claro, fique sabendo que estarei sempre ao seu lado pro que precisar, lutaremos juntas e passaremos por cima de qualquer obstáculo que venha a surgir.

– Obrigada! Não sei o que seria de mim sem seu apoio. Te amo! – Nos abraçamos chorando.


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Notas finais do capítulo

Acharam que a Paty tinha morrido né? Tudo não passou de um pesadelo. O que acharam?



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