Júlio: Lena o almoço esta pronto.

Helena: Estou sem fome.

Júlio: Eu não te perguntei se está com fome, estou dizendo que o almoço está pronto e você vai comer. Há praticamente um mês a senhorita não come direito e não pense que não notei que esses últimos dias você vem passando mal.

Helena: Deve ser porque não estou comendo direito, só isso. Agora para de me encher o saco que quero dormir.

Júlio: Nada disso, vai comer nem que seja a força. - Peguei ela no colo e joguei seu corpo sob meu ombro e desci as escadas com ela que não parava de gritar e me bater me fazendo rir.

Helena: ME SOLTA GAROTO! - belisquei a bunda dele que em seguida deu um tapa na minha. - Me solta Júlio, estou ficando enjoada. - falei fraquinho e ele me pôs no chão preocupado.

Júlio: Senta aqui! Helena, você me disse que se preveniu! O que vai fazer agora? Como vai criar um bebê separado do pai?

Helena: Tá maluco Júlio, eu não estou grávida!

Júlio: Tá sim, você acabou de ter uma tontura e enjoo!

Helena: Lógico, você desceu a escada comigo de cabeça pra baixo.

Júlio: E os outros dias que sentiu os mesmos sintomas? Não se esqueça que faço faculdade de ginecologia.

Helena: Você ainda precisa estudar muito, já disse que é porque não estou comendo direito. Agora vamos parar com esse assunto.

Júlio: Grossa, eu me preocupo com você.

Helena: Eu sei, vem cá me dá um abraço, meu chato favorito. Nos abraçamos e fomos almoçar. Uma coisa que estava virando rotina aqui em casa desde que o papai e sua esposa viajaram era a Paty trazer a cada semana dois homens diferentes pra dormir aqui em casa. Hoje ela estava acompanhada de um negão lindo e forte. A Paty parece não ter juízo, como pode andar com tantos homens, e ainda por cima traz pra dentro de casa. Ela não pensa que pode pegar uma doença ou engravidar de um desses caras que ela mal conhece, ela só tem 19 anos. O Júlio já conversou, deu conselhos mas não adianta ela não está nem aí. Se o papai descobre ela tá perdida. (…) Por volta das 15:00h meu pai e a tia Lúcia voltaram de viajem, conversamos um pouco e depois eles foram descansar.

(…)

Renê narrando: Estava em casa colado no meu celular a espera de uma resposta da Helena, eram 20:00h já estava perdendo as esperanças, talvez ela nem tenha lido a carta. Se ela não me der um sinal, ou se disser que não aceitará minha amizade, estou decidido a sair da cidade e tentar esquecê-la. Tudo depende da sua resposta. Me levantei, preparei algo para eu comer e fui tomar um banho bem demorado de hidromassagem.

Às 20:00h Helena e família se reúnem para jantar

Adolfo: Como vocês se comportaram na nossa ausência?

Paty: Eu me comportei super bem pai. - Os empregados jamais iam me entregar, pois eu ameaçava demiti-los, pensei.

Adolfo: Assim espero! Vou dá um recado pra você e a Helena que são mulheres. Se vocês engravidarem sem terem se casado, eu expulso de casa. E se eu souber de alguma safadeza envolvendo vocês, vai ser a mesma coisa, eu expulso.

Helena: Aff, nem chegou e já começou a encher o saco. - O Júlio me olhou um pouco assustado por achar que estou grávida, nem ligo se ele me expulsar, posso muito bem me sustentar sozinha, já até comprei um apartamento. A Paty fez uma cara de espanto ao ouvir as palavras do papai que até rir.

Paty: Do que está rindo Helena? O papai fala sério.

Helena: Dessa sua cara de espantada, aprontou alguma coisa dona Patrícia?

Paty: e..e. Eu? Claro que não.

Helena: Tia posso conversar com a senhora depois?

Lúcia: Claro Helena. - Terminamos de jantar e subi para o quarto dela para conversarmos. - Então Helena, o que queria falar comigo?

Helena: Eu queria que a senhora me aconselhasse em algo. - disse me sentando na cama.

Lúcia: Em que? - Me sentei na cama em frente ela

Helena: Tia, eu e o Renê terminamos, não sei sei fiz a coisa certa, tenho muitas dúvidas do que aconteceu de fato.

Lúcia: E porque terminaram?

Helena: Eu vi ele me traindo com a Suzana. Na verdade nem sei mais se ele me traiu ou não, mas eu vi eles se agarrados no banheiro na casa da mãe dele. A Suzana estava completamente nua e ele sem camisa, ela gemia tanto. - Ao me lembrar da cena meus olhos se encheram de lágrimas. - Ele me disse que ela armou tudo aquilo, talvez com a ajuda da mãe dele. - contei todos os detalhes do que vi e do que ele me contou a ela.

Lúcia: É difícil, mas pensa comigo. Se o registo do chuveiro não estava quebrado e a D. Tereza convidou a Suzana sabendo que você iria estar lá já é estranho. Outro ponto importante, após você ter visto aquela cena, a Tereza dizer que a Suzana e o Renê foram namorados acredito que ela fez isso para você ficar com mais raiva dele. Agora analisando a cena que você viu, se ele estava de calça o ato não aconteceu, e levando em consideração no que ele te disse sobre essa cena isso pode ter muito sentido. A Suzana é amiga da Paty, nunca gostei do jeito oferecido dela.

Helena: Já pensei tudo isso tia, por isso a dúvida. Olha a carta que ele me mandou. - Peguei a carta na gaveta e a entreguei para ela ler.

Lúcia: Que linda Helena, ele realmente te ama, uma carta dessa só se escreve quando realmente sai do coração. Querida não quero te induzir a nada, apenas escute o seu coração.

Helena: Eu já tinha tomado uma decisão, antes de falar com a senhora. Suas palavras me deram mais confiança. - Vou mandar uma mensagem pra ele.

Lucia: Helena, tive uma ideia para ajudar a esclarecer melhor essa história. Fala com ele primeiro e amanhã te conto meu plano.