POV Jace.

"Altas Doses da madrugada,

Enquanto a Lua brilha

em seu total esplendor

Distribuindo por seu rosto

O brilho prateado que inspira o Amor.

Oh, pobre menino.

Oh, pobre menino iludido.

Criava falsas esperanças de que,

Um dia,

Poderia sentir sua recíproca chegar.

Mas, como o mundo é cruel,

Isso não permitiria.

E então, o menino,

Uma guerra começaria. "

Depois da décima segunda rodada o mundo ficou trôpego.

Mas Clary pareciparecia super tranquila, com a mesma carranca. Não era possível ela aguentar mais que eu! Eu sou Jace Herondale!

Depois de um tempo, eu resolvi mudar de bebida. Um de nós deveria levar o outro para casa e Alec ficaria puto comigo se visse sua pequena e linda (lê-se gostosa) irmãzinha me carregasse pelos corredores escuros do instituto. Ele comeria meu fígado com limão e sal e ainda dividiria com Isabelle.

– Quero um mata-leão em vez de uma maria sangrenta, Garret. - Falei, minimamente arrastado.

Clary riu. Uma risada gostosa e sincera.

– Que foi? Não aguenta mais, Herondale? - Perguntou, em tom de escárnio. - Pensei que você fosse Jace, o foda e não Jace, o garoto bonitinho que corre de uma competição onde o objetivo principal é ver quem enche a cara primeiro.

Revirei os olhos.

– Eu não sou bonitinho, sou LINDO. - Retruquei. - E, aliás, eu não estou fugindo. Um de nós tem de ser o responsável e vejo que você não está apta para o cargo.

Ela ficou furiosa.

– Escute aqui, loirinho de farmácia: Eu passei DO-ZE (Falou pausadamente para destacar o número) anos da minha vida em uma cidade cheia de MORTOS. Meu melhor amigo foi um irmão fo silêncio. Eu não bebi, eu não frequentei festas na minha adolescência, eu não namorei, eu apenas fui RES-PON-SÁ-VEL. Não via meu Pai com frequência, não tive uma mãe para quem chorar, não tive amigos. Eu aprendi a crescer sozinha, então não venha me falar sobre RESPONSABILIDADE. Porque, você Jonathan Christopher, nunca teve que ser responsável. Você está sempre preocupado com a próxima conquista que se esquece de que pessoas têm sentimentos. Você teve Maryse e Robert, Isabelle, Max e Alec - MEU IRMÃO ALEC- para olhar por você. - Parou de olhar para mim e olhou para o garçom, que me encarava com um típico sorriso de divertimento. - Me passe a garrafa de tequila, Gary!

Ele fez o que ela pediu, entregando-lhe uma garrafa Patrón quase totalmente cheia. Ela se levantou, passou por mim esbarrando propositalmente em meu ombro e saiu.

Suspirei.

– Quanto deu tudo, Garret? - Perguntei.

Ele apenas sorriu de um modo condescendente.

– É por conta da casa. Eu devo muito à ela. Nem todo o álcool do mundo paga essa dívida. - Falou. - Vá atrás dela ou a coisa vai ficar pior para você.

– Sim Senhor. - Respondi, me levantando e indo atrás dela.

****

Seguir Clary era a coisa mais fácil do mundo, se você prestasse atenção na aura dourada que ela exalava. Eu apenas segui o brilho celeste e a encontrei, sentada em uma escada de emergência de um prédio residencial, com a garrafa pela metade ao seu lado e as mãos sobre os olhos. Parecia e estava triste.

Eu subi pelas escadas e me sentei ao seu lado.

– Quer conversar? - Perguntei e ela fez que não com a cabeça. - Quer ficar só parada no silêncio? - Ela negou novamente. - QO que você quer então?

– Sinceramente?

– Sinceramente. - Confirmei.

– Eu quero te bater.

– E por que não me bate?

– Porque você não merece isso. - Ela disse, suspirando. - entenda, Jace, eu sou uma granada. Uma bomba atômica com potencial para acabar com o mundo. Eu posso ser maneada mas, uma hora ou outra, eu vou explodir. E irei carregar quem ficar ao meu redor. Eu não consigo explicar o que sinto quando te vejo, e temo o desconhecido. Então, por favor, fique longe de mim. Não acha que já sofri o bastante?

Assenti, derrotado, e ela suspirou novamente.

– Não complique a minha vida, Jace Herondale. – pediu, tristonha. - Eu não quero te magoar, mas situações desesperadas requerem medidas desesperadas.