O Beijo do Anjo. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 5
Quarto Capítulo.




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POV Jace.

– Mas... Como isso? Não se pode ler mentes! - Exclamou Camille, aturdida.

– A Clary pode, sua idiota! - Rebateu Izzy, tirando de mim uma risada.

– Não acredito que você está rindo de mim, Jace! - Choramingou a loira, chorosa.

– Pois acredite. - Respondi, olhando para Alec - Que me encarava.

Segundos depois, Clary ficou tensa e absolutamente seria. Alec arregalou os olhos.

– Clary, não faça isso! - Ordenou, tentando não ficar apavorado.

– Alec, ela... - Tentou argumentar.

– Clarissa. Não. - Vociferou, severo. - Não ligue para o que ela fala de você...

– Ela pode pensar o que quiser sobre mim, - Começou a minha ruivinha. - Você sabe que eu não ligo. As pessoas maldosas não me afetam. Você, mais do que os outros, deveria saber disso. - Ela parecia magoada, mas ficou tensa novamente e fechou os olhos, cerrando o maxilar. - Eu vou matar você, sua vaca! Como você ousa pensar isso..! - Clary avançou para cima de Camille, mas Alec a segurou.

– O Pensamento é meu, eu penso o que eu quiser! - Declarou Camille, feito uma criança.

– Ah, eu vou te...

– CLARISSA! - Alec berrou e Clary parou de lutar contra o seu aperto. Alec nunca se exaltava, nunca. Ela se virou para ele e o encarou, irritada. - Não. Faça. Isso. Você não é má, não deixe que pensem em você como má.

– Não Alec, - Ela sussurrou, magoada e com a expressão cansada. - Eu não sou má, mas você é hipócrita.

Como num passe de mágica, Clary já estava fora do Alcance de Alec, correndo até a porta e se retirando. Camille soltou uma risadinha e logo Isabelle tacou algo nela, que resmungou.

Eu e Alec ainda mantínhamos aquela silenciosa conversa pelo olhar. Pude ver que não estava nada bem.

– Deixa que eu vou ver se ela está bem. - Falei e ele assentiu.

Outra prova de que nada estava bem, Alec nunca me deixaria sozinho com a irmã dele.

Sai pela porta o mais rápido possível e fui até o seu quarto, que ficava ao lado do de Izzy. A porta estava trancada. Que ótimo!

Bati três vezes.

– Clary..?

VÁ EMBORA! - Berrou lá de dentro.

Bati três vezes novamente.

– Clary, deixe-me falar com você!

JURO PELO ANJO, HERONDALE, QUE SE EU SAIR DAQUI VOCÊ NÃO PODERÁ MAIS TER FILHOS!– Respondeu.

– Nossa, por que tanta raiva? - Cometi o erro de perguntar. Ouvi a porta ser destrancada e, dali, aparecer uma Clary com os olhos inchados e vermelhos por causa do choro. Ela parecia furiosa, juvenil e... Sexy. Do jeito que uma menina extremamente gata fica quando está irritada. (N/A: Tipo eu, sabe! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Até Parece!)

Cacete, Jace! Pense com a cabeça de cima!

– Da última vez, Herondale, que um de vocês ficou perto de mim, a coisa não ficou boa. Nem para mim e nem para ele. Não estou te pedindo para ficar longe, estou mandando você se afastar. Então, me poupe logo dessa fase "vamos-ser-amigos" para depois você ficar zombando de mim pelas costas. - Disse, como uma gatinha raivosa pronta para me arranhar com suas garras afiadas. - Vá embora! - E fechou a porta, me deixando ali. No escuro.

****

Eu me sentei em frente a porta dela. Havia resolvido não desistir de conversar e, uma hora ela teria que sair dali para comer alguma coisa. Izzy, Alec e os irmãos Verlac já haviam ido ao Taki's comer alguma coisa e voltaram, trouxeram comida para mim e para Clary, mas a mesma não saiu do quarto.

A porta só voltou a se abrir depois de escurecer, deviam ser umas oito horas.

Eu, como estava escorado em sua porta, caí de costas no chão.

Só pude ver orbes verdes me encarando, confusos.

Clary havia mudado a roupa, estava com uma blusa fina cinza, um cardigã azul manchado, tênis da mesma cor e uma bolsa azul transversal ao tórax. o dedo, o anel Mongestern e Os cabelos agora estavam soltos e modelados. Ela pretendia sair.

– Você ficou aqui o tempo todo, Herondale? - Perguntou, confusa.

– E isso importa? - Desconversei, me levantando. - Para onde vai?

– Não é da sua conta. - Afirmou. - Apenas não conte a Alec que eu saí.

– Você é grossa comigo e ainda quer que eu te dê cobertura? Sem chances. Eu vou com você.

– Nem pensar.

– Oh, isso não foi uma pergunta...

****

Após quinze minutos explicando o porquê de eu estar certo (Porque eu não discuto e sim explico o motivo de eu estar certo), ela felizmente cedeu. Então saímos de fininho do instituto e dividimos um Taxi.

Eu estava esperando que ela me levasse ao Shopping, ao cinema e até talvez ao Starbucks. Mas, ao contrário de minhas expectativas para um Java Jones, Clary me levou a um bar de lobisomens.

Ela nem me esperou abrir a porta do taxi, apenas saiu - me deixando frustrado. Quando ela ia pagar, eu não deixei. O que fez ela chiar.

Ela também não me esperou para entrar no bar e eu tive que correr para não deixa-la entrar ali sozinha. Tadinha, ela não deve estar familiarizada com aquele tipo de ambiente.

– Morcego! - Ela gritou, animadamente, antes de correr e se jogar nos braços de um lobisomem que estava sentado ao balcão. Caminhei para segui-la, um pouco constrangido.

– Pequena Clary! - O lobo exclamou, sorrindo. - Quanto tempo!

O Barman carrancudo também sorriu.

– Você virou uma mulher, minha menina! - O mesmo exclamou, emocionado. - Está uma mulher linda.

Clary corou.

– Oh, não me deixe sem graça Garret! - Ordenou, com um tom gentil.

– E então, soube que o Chase está te procurando? Castiel disse que ele não está aceitando muito bem o fato de você ter ido embora. - Falou o tal morcego, com a expressão desconfiada. Até me notar, pela primeira vez. - O que Jace Herondale está fazendo aqui, Meu anjo?

– Ah! - Ela revirou os olhos. - Meu irmão botou ele no meu pé, deve estar com medo de... você sabe o que.

– Ok. - Morcego deu de ombros. - Vai querer o que, Pequena Clary?

– Qual é a bebida mais fraca? - perguntou e morcego falou o nome. - Então não me traga esse troço. Quero duas Blood-Marys triplas, por favor.

Eu a encarei, pasmo, e ela sorriu para mim. Alec não aguentava meia Blood-mary, ela não aguentaria metade da metade da metade de uma.

Quando o Barman trouxe as bebidas, morcego disse que tinha que ir bancar o DJ e eu me sentei ao lado dela. Clary pegou o copo e pretendia leva-lo à boca, mas eu tirei o copo de sua mão.

– Qual é! - Ela reclamou, irritada, - Isso é meu.

– Seu irmão me mataria se eu te deixasse beber. - Afirmei, virando a substância vermelha em uma golada e colocando o copo na mesa. A bebida desceu queimando, mas eu ignorei. Nunca fui fraco para bebidas.

– Ah, vá se ferrar! - Exclamou, antes de pegar o segundo copinho de vidro e o encaixar nos lábios, jogando a cabeça para trás e deixando o líquido fluir por sua garganta. Para me surpreender, ela não tossiu, não fez careta e muito menos engasgou. Ela apenas pediu mais duas e, quando o garçom trouxe, me deu uma e ficou com a outra.

O Mundo ficou zonzo depois da décima segunda rodada.


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Notas finais do capítulo

E aew? mereço reviews?