Quando chegamos na colina ouvimos um som estranho atrás de nós.

–Corram! - Grover grita. Corremos colina acima, quando chegamos arfamos de cansaço mas infelizmente o monstro nos alcançou, o Minotauro era enorme, concordamos que não iríamos conseguir escapar e pegamos nossas armas.

–Só desviem quando ele estiver bem perto - o menino bode fala, o monstro vem pra cima de mim, eu quero correr e gritar por ajuda mas sigo o conselho de Grover e no último segundo me desvio para o lado. Quando olho de novo pro Minotauro uma espada se crava nas costas dele, olho agradecida para Percy e vamos até onde um sátiro nos encarava.

– Tudo bem menino bode?

–Ãh? Claro, isso foi estranho, como fizeram isso?

– Sei lá só, fizemos- Percy responde.

– Eu esqueci de perguntar, quem é você?

– Meu nome é Thalia Grace.

–Certo. - Ele nos leva para dentro do acampamento, fico de boca aberta quando olhamos o lugar, me viro e vejo que Percy também está assim. O sátiro nos leva até a Casa Grande, onde na varanda em uma mesa dois sátiros e dois homens estão jogando cartas.

– Quíron! - Grover chama e o homem cadeirante se vira, saindo da cadeira, mas não fico nem um pouco impressionada quando percebo que ao invés de pernas ele tem hum... bunda de cavalo, não desrespeitando nem nada, só falando.

– Oi? - Falo meio hesitante e Percy faz o mesmo.

– Ah! Perseu Jackson e, quem é você?

– Essa é Thalia Grace, ela estava junto com Percy e parece que também é uma meio sangue.

– Tudo bem, podem ficar no chalé 11 por enquanto, Thalia, posso falar com você?

– Sim- me viro para Percy e lanço um olhar ameaçador. - Nada de me esperar.

– Tá, boa noite Grace. Ainda não comemos bolo então termine logo isso.

– Perseu!- Ele ri e vai embora com Grover, reviro os olhos.

– Nunca vi um semideus ou humano assim, qual sua história?

– Quando tinha um ano fui pro orfanato e conheci Percy. Nós ficamos melhores amigos e todos achavam que éramos irmãos, até nos mesmos nos consideramos irmãos mas desde que cheguei ao orfanato nada mais aconteceu até hoje é claro.

– Não se lembra de mais nada antes disso?- Nego. - E quando Percy foi para o orfanato?

– Ele praticamente nasceu lá. De quem você acha que ele é filho sr.D? - Pergunto me referindo ao outro homem sentado na mesa com cara de tédio.

–Não sei, como sabe quem sou Tânia?

– Grover explicou tudo enquanto estávamos vindo e é Thalia.

–Bom, já pode ir Thalia. - Quíron diz. Me viro e vou andando pelo acampamento. Entro na floresta que tinha visto quando cheguei, um cachorro gigante e todo preto vem na minha direção, eu sorrio e passo a mão nas costas dele enquanto levo uma lambida no rosto.

– Own. - É muito fofo. - Que nome vou dar pra você seu, ops, sua fofa? Ah! Dixa pra lá depois pergunto pro Percy. - Ela se deita como se quisesse que eu subisse. - Tudo bem. - Subo e ela começa a correr para uma árvore, não, para a sombra da árvore e quando chegamos bem perto tudo que me lembro é do escuro.

Aparecemos de repente nas portas de um palácio todo preto. A porta se abre e o cão infernal (sim, eu sei um pouco de mitologia) corre pelos corredores feliz até chegar em um salão com dois tronos e me deixa ali, alguns segundos depois uma névoa preta cerca os tronos e quando sai, uma mulher está sentada no trono da esquerda e um homem no da direita, os dois me parecem um pouco familiares.

– Thalia, sabe quem eu sou? - Nego. - Eu sou Hades, o deus do submundo, dos mortos... e seu pai.