Soul Hunter - A Restrição escrita por Redhead Wesley


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, foi pq eu fiquei com preguiça de escrever mesmo.



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Tive que pagar outra passagem de avião para a Ásia, culpem a ruivinha.

Caminhamos pelo aeroporto levando apenas armamentos, afinal, não iríamos passar as férias lá.

Soul Hunters nunca tiram férias, e devoradores também não.

Despachamos nossas armas e adentramos em um avião especial, pequeno e prático, apenas para viagens de reconhecimento e combate. Sentamos nas primeiras cadeiras e de repente senti falta de minha katana. A viagem demorou um pouco, não ousei dormir mas a ruiva dormiu tão bem que até eu tive pena de acordá-la. Comemos pratos completos e fartos. Filé com molho especial e cogumelos, lasanhas, vegetais. E de sobremesa um delicioso sorvete de creme e Nutella.

Chegamos lá antes da hora. Todos os tripulantes corriam e gritavam alegres.

– O que é isso? - Carol perguntou enquanto cobria os ouvidos, se permitindo apenas a ouvir minha resposta.

– Depois de anos matando e em movimento, ficar aprisionado em uma máquina que voa é quase uma prisão. - Falei sorrindo. Peguei minha Katana e meu coração mandou abraçá-la, mas minha mente não permitiu. Carol pegou uma foice de tamanho mediano e corremos pelo aeroporto, as pessoas deram espaço para nós e saímos correndo para direções indeterminadas.

– Venha - Falei em quanto subíamos em um prédio de Tokyo.

– Está louco?! - Ela falou atrás de mim - Esse edifício é imenso!

– Isso não é nada pra quem já escalou o Empire State e o Big Bang, então vamos! - Falei ríspido.

Subimos com movimentos ritmados, o que nos permitia a cansar pouco, ao chegar no topo, já podíamos ver o sol se pondo. Peguei minha câmera e bati uma foto.

– Ok, podemos descer. - Falei em quanto sentia a brisa fria batendo em meu rosto e levando meus cabelos para trás.

Antes que Carol pudesse protestar, ela viu um fato importante na minha foto. Com seu indicador clicando em minha tela, uma imensa foto se abriu no ar, nos permitindo ver todos os detalhes da foto.

– Aqui. - Ela falou, ampliando a imagem. Um ser meio humano com asas negras voava no céu com almas ao seu redor, possivelmente juntando-as para devorar.

– Isso é um Gaivon, um devorador com asas. - Falei meio experiente, mesmo sendo raro encontrar um desses. - Ele é uma evolução de um Givin, já deve ter devorado em torno de 500 almas.

– Saquei.

– Vamos, temos que pegá-lo - Falei a segurando pela cintura, senti seu corpo estremecer mas nem liguei. Pulamos do prédio e só escutava seu grito agudo e o assovio do vento em meus ouvidos. Caímos em um prédio vizinho, rolamos pela superfície e me levantei, em quanto Carol continuava deitada.

– Você...É louco - Ela falou com a voz trêmula e abafada pelo chão.

– Qual é, nem é uma altura muito grande. - Falei colocando as mãos nos bolsos. - Viu, nem estamos feridos.

Ela se levantou e analisou-se, após isso bufou. Pulamos para o prédio de uma altura maior, e tive que ajudá-la com alturas um pouco maiores. Escalamos alguns prédios e por fim conseguimos ver uma coisa...Interessante.

Senti a voz da ruiva atrás de mim, soltando um som abafado de surpresa e hesitação. Retirei minha espada da bainha e observei aquele círculo de vários tipos de devoradores comentando entre si, e no meio...Almas corrompidas*.

E infelizmente eu teria de salvá-las.

Então pulei para o próximo prédio, em um nível mais baixo, e Carol me seguiu.

E com essa visão melhor eu pude ver...Ela. Com os braços cruzados e a pele pálida que parecia refletir a luz do luar, seus cabelos presos em um coque e vestida com roupas humanas.

Aquele ser que devorou a alma de minha família aos meus sete anos...Aquele ser que devorou 50% de minha alma. Caí para trás e me arrastei no chão. Carol observou o que me deixou aflito.

Ela observou-me novamente e finalmente entendeu.

Não sairíamos vivos daquela situação...Não se fôssemos salvar aquelas almas


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Notas finais do capítulo

* Pessoal, os Soul Hunter, ao decidirem se tornar um, tem a habilidade de verificar as almas das pessoas. E com o tempo vocês vão entender que tem muitos tipos de alma. Almas corrompidas são almas de pessoas que fizeram muito mal para o mundo.



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