Harry Potter o Começo da Procura das Horcruxes escrita por Nalamin


Capítulo 5
Capítulo 5 – Uma nova morada


Notas iniciais do capítulo

Reescrita



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Remus era uma excelente companhia. Quando lhe havia pedido para ir viver com ele, Harry ficou sem saber o que responder. Era uma proposta muito tentadora. Lupin esteve algum tempo a tentar convencê-lo, pois Harry disse que não queria dar trabalho. Enquanto arrumava os seus pertences, lembrou-se do ocorrido momentos atrás.

 

Harry e Lupin estavam sentados no parque a conversar sobre a vida do garoto desde que Sirius havia morrido e o mundo do jovem pareceu parar por segundos quando o antigo professor disse:

— Entendo se não quiseres, afinal não me conheces muito bem, mas eu gostaria que viesses viver comigo.

Após alguns segundos de choque Harry respondeu:

— Não quero dar trabalho professor. De certo que tem muitas coisas com a quais tem de se preocupar. A minha presença apenas iria atrapalhar.

Lupin ficou mudo por alguns momentos pensando no que poderia dizer para fazer o moreno mudar de ideia, até que falou:

— Harry, não darás trabalho algum. Eu quero muito que venhas morar comigo há muito tempo. Gostaria de recuperar o tempo perdido. Sei que nunca poderei substituir teus pais nem Sirius, mas eu adoraria que permitisses que eu entrasse na tua vida. Gostaria de cuidar de ti como um pai cuida do seu filho e de ser a tua família para além dos Weasleys.

Lupin estava com os olhos marejados tal como Harry que respondeu:

— Eu já te considero minha família.

 

Depois de uma longa conversa, Harry aceitou morar com o antigo professor. Foi fácil convencer os tios. Ainda não estava preparado para falar cos amigos, por isso pediu ao homem para não contar a ninguém que agora moravam juntos e no mesmo dia, mudou-se para casa do professor.

Lupin morava numa casa simples. Um misto de uma casa bruxa e uma casa trouxa. À entrada havia um pequeno corredor que conduzia às restantes divisões da casa. Do lado esquerdo ficava a cozinha com uma ilha e a sala de estar. À direita do corredor ficavam os dois quartos da casa, o quarto de Lupin e o de Harry. Ao fundo do corredor encontravam-se dois alçapões um que condizia ao sótão e outro que levava à cave, onde Lupin passava as noites de lua cheia.

— Harry? Harry! – chamou o mais velho – Estou a chamar-te à 5 minutos.

— Desculpa, estava a pensar nas coisas. - respondeu.

— Com os últimos acontecimentos não te felicitei pelo teu aniversário. Feliz aniversário Harry. - felicitou Remus com um sorriso no rosto e despenteando ainda mais o cabelo já revoltoso de Harry - Como já tens uma vassoura resolvi dar-te um estojo para fazeres a manutenção dela.

— Obrigado, não era preciso gastar dinheiro comigo - disse Harry um pouco constrangido. - O facto de me teres convidado para morar contigo já é o suficiente pelos próximos anos.

— Tens a certeza que não queres passar pela casa dos Weasleys ou chamar os teus amigos para festejar?

— Tenho. Eles vão sentir pena e eu não quero isso. Se não te importares, gostaria de passar o resto das férias aqui. - pediu Harry.

— Tudo bem meu rapaz, respeito a tua decisão apesar de não concordar com ela.

A conversa terminou por ali. O resto do dia, os dois passaram juntos em casa a ver programas na televisão e conversar sobre a vida e os pais do moreno.

Harry nunca pensou em ter um aniversário diferente como este. Era verdade que não era como aqueles passados com os Weasleys, onde havia muita gente e não faltava diversão. No entanto, ter passado o dia com Lupin foi muito bom, pois ficou a saber mais sobre os pais.

À noite, quando já estava prestes a deitar-se viu algumas corujas a aproximarem-se com alguns pacotes.

— Eles não se esqueceram. Nunca se esquecem.

Havia três corujas de Hogwarts, o que Harry achou estranho, uma de Hermione, três dos Weasleys e outras que ele não conhecia. Decidiu que abriria tudo e enviaria uma resposta pelas corujas na manhã seguinte. Já era tarde e elas deviam estar cansadas da viagem.

No dia seguinte, acordou cedo, olhou para cima da mesa de cabeceira e viu os presentes que recebera ontem. Levantou-se e começou a abri-los.

As corujas de Hogwarts trouxeram uma caixa de bolinhos de Hagrid, que Harry escolheu não comer pois apesar de gostar do meio-gigante ele não sabia cozinhar e uma caixa de doces e um par de meias de Dumbledore. A terceira coruja trazia um par de óculos adaptados à sua miopia com um feitiço para impedir que as lentes se molhem, o que seria uma mais-valia nos jogos chuvosos de Quidditch e uma carta assinada pela professoa Minerva McGonnagal com a lista de material para o novo ano e com a informação de que era o novo capitão da Griffindor.

Hermione enviou-lhe um livro sobre manobras e movimentos de Quidditch, dos Weasleys recebeu a famosa sweat tricotada por Molly, um cartão de aniversário de Arthur, um colar com um dente de dragão de Charlie, um livro de feitiços de William, um pacote com várias criações dos gémeos; uma firebolt em miniatura de Ron e uma caixinha de música e com uma carta de Ginny.

— Harry, o pequeno-almoço está quase pronto! - gritou Lupin da cozinha.

— Tudo bem. Eu já vou. – respondeu.

Harry começou a abrir os pacotes das corujas que não conhecia e viu que recebeu um par de meias diferentes de Dobby, um livro sobre Defesa Contra as Aartes das Trevas de Tonks, um espelho que indicava quando os inimigos estavam por perto de Moddy e um fato da sua tia Petúnia que lhe explicou que sabia usar coruja por causa de Lily.

Harry soltou as corujas e foi ter com Lupin à cozinha para tomar o pequeno-almoço.

— Desculpa a demora, estava a abrir os presentes que vieram ontem à noite.

— Não faz mal, e então recebeste muitas prendas? - perguntou.

— Sim. Só estranhei que a minha tia tenha enviado uma prenda. Ginny deu-me uma caixa de música.

— Potters e as ruivas... – gargalhou Lupin – James era assim com Lily. Gostavam um do outro, mas não admitiam.

— Eu não gosto assim da Ginny – rebateu Harry. - Ela é a irmã do Ron.

— Lily também negava que gostava de James e no final casaram-se e tiveram um rapaz chamado Harry.

— Tudo bem. Admito que faz algum tempo que comecei a sentir algo diferente pela ruiva. Ela tem enviado cartas e mesmo não respondendo ela fala comigo e tem ajudado muito. - admitiu o rapaz.

— Mais uma ruiva na família Potter. - brincou Lupin.

— Não teria tanta certeza. - falou Harry. A conversa terminou ali.

Harry passou o resto do dia na sala fazendo os trabalhos que os professores pediram para as férias. Estava a conseguir fazer tudo até chegar a Poções. Snape não gostava mesmo dos alunos, o professor de poções mandou fazer 5 rolos de pergaminho sobre a Poção Polissuco, que Harry conhecia minimamente pois havia utilizado no 2º ano, alguns antídotos e os ingredientes mais utilizados na preparação de poções, as suas propriedades mágicas, onde podem ser encontrados e quando não devem ser utilizados.

Com a ajuda de Lupin, conseguiu concluir todos os trabalhos. Ter Remus Lupin, um dos melhores alunos do seu tempo em Hogwarts e antigo professor de DCAT, era uma mais-valia pois, pela primeira vez, conseguiu concluir um trabalho de poções e enriquecer todos os outros.

As restantes férias foram, pela primeira vez, normais. Ter a companhia de Lupin fazia-lhe bem.

Os dias eram diferentes. Ora passava a tarde a fazer os trabalhos pendentes, lia pela primeira vez livros por livre vontade e aproveitava para aprofundar os seus conhecimentos em Defesa Contra as Artes das Trevas e feitiços, uma vez que tinha a companhia de Remus, tudo ficava mais fácil e Harry aprendia feitiços avançados demais para a sua idade, mesmo aqueles que muitos bruxos não eram capazes de conjurar. Isso seria muito bom para uma futura batalha contra Voldemorte os seus seguidores.

Lupin também começou a treinar Harry em Transfiguração e mencionou mesmo a animagia, despertando a curiosidade do jovem sobre o assunto.

Finalmente Harry tinha a vida que sempre desejou. Apesar de não estar a viver com os seus pais e considerar os Weasleys como sua família por o terem acolhido no 1º ano, Harry sentiu pela primeira vez o que era ter um pai e essa pessoa era Lupin.


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