Harry Potter o Começo da Procura das Horcruxes escrita por Nalamin


Capítulo 3
Capítulo 3 - A Visita


Notas iniciais do capítulo

Reescrita



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Silêncio. Frio. Escuridão. Estava sozinho. Não havia qualquer alma viva ao seu redor.

—Ron? - olhou em volta - Hermione? Luna?

A única resposta que recebia era o eco da sua voz e o silêncio retornou.

Correu pelo corredor abrindo todas as portas até encontrar uma que era totalmente diferente das outras. Como sempre, contrariando o seu instinto que gritava perigo, abriu a porta e entrou.

Um arco, mas não um arco qualquer. Tinha algo de misterioso. Algumas vozes sussurravam. Estava no Departamento de Mistérios e no centro da sala encontrava-se o Véu da Morte.

—Harry! - ouviu gritar.

Olhou em volta e viu os seus amigos. Era Hermione que gritara.

—Harry, temos de ser rápidos. Os comensais estão atrás de nós. Devem estar perto. - continuou a rapariga.

—Perdemos-te no meio daquela confusão. Pensamos que tinhas sido capturado. - explicou Neville - O que se passou?

—Não sei. Temos de fugir antes que eles nos encontrem. - pediu Harry.

—Achavam mesmo que seria assim tão fácil? - indagou Lucius com sarcasmo - Agora Potter, se não quiseres que os teus amigos morram entrega-me a profecia.

O moreno olhou pra trás e viu os amigos a serem agarrados pelos comensais. Ele não tinha alternativa. Tinha de os salvar.

Começou a caminhar em direção ao loiro com a profecia nas mãos quando vários vultos brancos apareceram.

Vários feitiços eram lançados. Era um festim de luzes por todo o lado. Os seus amigos tinham-se desenvencilhado dos comensais e ajudavam a Ordem a combater o inimigo.

No meio de toda aquela confusão, soltou a profecia que caiu e se partiu.

Harry juntou-se à luta. Combatia naquele momento Bellatrix.

—Expelliarmus! - ataca o garoto.

—Protego! Expulso! - revidou a bruxa.

—Petrificus Totalus!

—Crucius!

Harry não teve tempo para se defender e foi atingido pela maldição acabando por cair no chão. Não era a primeira vez que era vítima daquela maldição, mas a dor continuava a ser a mesma.

Ele já não aguentava mais, sentia as suas forças a esvaírem rapidamente. Estava quase a desistir quando ouviu a voz do padrinho.

—Deixa o meu afilhado e luta comigo prima. De igual para igual. Deixa de ser covarde. - disse Sirius enfurecido.

—Não sou covarde e eu não sou tua prima, traidor de sangue. - destilou a comensal cheia de raiva. - Crucius!

—Impedimenta! - defendeu-se Sirius desviando-se da maldição imperdoável. - Harry sai daqui e leva os teus amigos. Nós agora tratamos disto.

—Não vou deixar-te aqui Sirius. - debateu o garoto.

Enquanto falavam não notaram que Bellatrix mirava Harry e estava prestes a lançar a maldição da morte.

—Harry, cuidado! - berrou Lupin.

—Avada Kedavra.

Harry só teve tempo de se virar e ver um vulto entrar na sua frente.

—Sirius! - gritou.

Mas já não havia nada a fazer. A última visão que Harry teve foi de um lágrima solitária percorrer o rosto de Sirius que lançou um ultimo sorriso antes de cair nas profundezas do véu da morte.

Lupin agarrou Harry antes que este pudesse fazer alguma loucura.

—Não há nada que possa ser feito.

—Não. Não. Não. Solte-me. Solte-me! - implorou o garoto. - Sirius! Sirius!

—Sirius! - gritou Harry acordando do seu pesadelo.

Era sempre o mesmo desde aquele fatídico dia. Olhou para o relógio. Ainda era cedo. Passou a mão no rosto notando-o molhado por lágrimas. Estava cansado de reviver aquele dia todas as noites.

Depois de colocar a cabeça em ordem Harry levantou-se da cama, vestiu-se, arrumou o quarto e desceu para a cozinha começando a preparar o pequeno-almoço.

Era o seu aniversário. Em breve receberia a visita de Lupin.

Se fosse antes, a esta hora estaria a arrumar as coisas para ir para a caa dos Weasleys ou para o Largo Grimmauld nº12, mas ele não conseguiria olhar os seus amigos e tudo o resto que lembrava Sirius. Talvez, pela primeira vez, sentir-se-ia feliz por estar com os Dursley.

—Harry despache-se. - pediu a tia chamando Harry de volta ao planeta Terra.

—Desculpe, vou já servir a comida.

O moreno terminou de preparar a comida e colocou-a na mesa servindo os tios, o primo e por último a si mesmo.

—Cale a sua coruja de uma vez por todas. - rosnou o tio Vernon - Estou farto do barulho que ela faz. Se você não der um jeito nela quem o dá sou eu. Estamos entendidos?

—Sim senhor.

Depois de acabar o seu pequeno-almoço Harry levantou-se e quando se dirigia para o quarto ouviu a tia chamá-lo:

— Onde pensa que vai? Arrume a cozinha.

Harry voltou atrás e fez o que a sua tia havia mandado.

Enquanto secava os pratos ouviu a campainha tocar e foi abrir a porta assustando-se ao ver o seu antigo professor de DCAT. Por momentos esquecera-se da visita dele.

—Bom dia Harry! - cumprimentou Lupin com um leve sorriso.

—Bom dia professor.

— Já lhe disse para me tratar por Remus ou Lupin. Não sou mais seu professor. Posso entrar? Gostaria de falar consigo e com os seus tios.

—Desculpe, ainda é um bocado estranho. Sendo assim, trate-me por tu enão você. Entre, mas aviso desde já que os meus tios não são a gentileza em pessoa. – avisou o garoto deixando o seu antigo professor entrar e pedindo-lhe para se acomodar na sala enquanto ia chamar os tios.

 Harry subiu as escadas e dirigiu-se ao quarto onde estavam os tios. Bateu na porta e chamou-os:

—Tio Vernon? Tia Petúnia?

—O que você quer moleque? Será que nunca há descanso nesta casa? - resmungou o tio mal-humorado como sempre.

—Tem uma visita na sala. - bufou o rapaz.

Harry desceu com os tios e quando entrou na sala a sua tia perguntou:

—Quem é o senhor?

—O meu nome é Remus Lupin e estou aqui para falar com Harry e com vocês.

—Um anormal. Eu não quero ninguém da sua laia debaixo do meu teto. Vá-se embora! - explodiu o tio.

—Sei que o senhor não gosta de magia, mas peço-lhe que me escute. Eu não estou aqui para fazer mal algum a vocês. Apenas quero falar com Harry, com o vosso consentimento, e com os senhores. – explicou Lupin com uma calma que por breves momentos fez Harry lembrar de Dumbledore. - Por favor, não têm nada a perder. Eu acho que poderemos ter uma conversa civilizada.

—Acho que podemos tentar Vernon. Ele tem razão, não há nada a perder e também quanto mais rápido fizermos isso mais rápido teremos paz. - Apelou Petúnia.

—Tudo bem, mas seja rápido. - disse o homem torcendo o nariz.

—Sentemo-nos então. Você também Harry. - pediu Lupin quando notou que o garoto estava a preparar-se para ir embora. - A conversa pode demorar algum tempo e posso precisar da sua ajuda para esclarecer alguns pontos.

Antes que o professor pudesse começar a falar, Dudley entrou na sala e sentou-se com os pais a pedido destes.

—O mundo bruxo – o Vernon fez uma careta ao ouvir a palavra «bruxo» - é parecido ao mundo muggle em vários aspetos. - começou Lupin.

Ao ver a cara de indignação de Petúnia e a fúria que se formava no marido da mesma quando disse a palavra «muggle» começou rapidamente a esclarecer o mal-entendido:

—Existem dois nomes que os bruxos dão a pessoas que não possuem o dom da magia. Quando uma pessoa tem um ou ambos os pais mágicos, mas nasce sem a capacidade de fazer magia é chamado de squib ou aborto. Mas quando uma pessoa nasce sem qualquer capacidade de fazer magia e cujos pais também não apresentam qualquer habilidade mágica, então são chamados de muggles ou trouxas, como é o vosso caso. Não é muito comum existirem abortos ou dois trouxas terem um filho que possua magia, que são chamados de muggle-born ou nascidos-trouxas, existem também bruxos que para se referirem aos nascidos-trouxas utilizam o termo ofensivo de sangue-ruim ou mudblood.

—Lily era uma nascida-trouxa então Harry é um também? - perguntou a tia Petúnia curiosa.

—Não. Lily era sim uma nascida-trouxa, que se casou com James que era um sangue-puro ou pure-blood. Os sangue-puro são bruxos cujos ancestrais também eram bruxos. Quando um bruxo é filho de uma nascida-trouxa com um sangue-puro ou de um muggle com um nascido-trouxa ou puro sangue é chamado de mestiço ou half-blood, que é o caso do Harry. - explicou Lupin. - O que eu vos quero explicar vai exigir muita atenção para que perceberem tudo o que se está a passar à vossa volta.


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