Harry Potter o Começo da Procura das Horcruxes escrita por Nalamin


Capítulo 2
Capítulo 2 - A Carta


Notas iniciais do capítulo

Reescrito



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O moreno acordou com o primeiro raiar do sol.

Os tios e o primo não o chateavam como nos anos anteriores. Nos primeiros dias o tio Vernon tinha tentado, mas depois de um súbito descontrolo de Harry pela recente perda, os tios decidiram não chatear mais o sobrinho. Apesar de tudo, no momento, Harry preferiria que o voltassem a chatear com a limpeza de casa para que pudesse ocupar a cabeça com outras coisas.

O tempo passara rápido. Faltavam apenas quatro dias para o dia 31 de julho. Tinha a certeza que em pouco tempo, alguém da Ordem o viria buscar, mas ao contrário dos anos anteriores, não estava curioso para saber quem seria. Seria um aniversário agridoce, pois estaria rodeado pelos amigos, mas este ano à ausência sentida pelos seus pais, juntava-se também a ausência de Sirius. Definitivamente este ano não estava ansioso para mais um aniversário, mas sabia que os amigos não deixariam passar em branco.

Como no momento não havia nada interessante para fazer, Harry levantou-se da cama para buscar um livro de Defesa Contra as Artes das Trevas, afinal tinha que aproveitar o máximo de tempo disponível que tinha para se dedicar a adquirir o máximo de informação que podia para conseguir derrotar Voldemort, não podia depender de terceiros para o derrotar.

Harry sabia que tempos mais negros chegariam. Apesar de não querer que os amigos se arriscassem, sabia que seria uma missão impossível tentar convencê-los a ficar em segurança mas teria que tentar. E se queria que eles ficassem em segurança, ele mesmo teria que estudar todas as formas possíveis para que possa derrotar Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.

—Harry! Se quiser comer venha fazer o pequeno-almoço! - Não soube quanto tempo passou, mas foi desperto pelo grito da tia.

O garoto desceu as escadas e entrou na cozinha para preparar a refeição. Depois que os tios terminaram e saíram da mesa, colocou as sobras num prato e retornou ao quarto, onde encontrou uma coruja que ainda não conhecia a bicar a janela.

—Acho que ainda não nos conhecemos. Quem é o teu dono, pequena? – Indagou curioso.

O rapaz caminhou até à janela e abriu-a dando espaço para a coruja entrar. Afagou a sua cabeça, retirou o pergaminho que estava preso na pata e desenrolou-o.

Caro Harry,

Antes de tudo, espero que se encontre bem. Gastei algumas folhas de pergaminho para escrever esta carta, por isso espero que a leia e que o esforço não tenha sido em vão.

Toda a gente está preocupada, especialmente os seus amigos, pois não dá notícias desde que as férias começaram.

Sei que o ocorrido meses atrás foi doloroso e também sei que ainda sofre com isso. Tentei dar algum tempo para que pudesse fazer o luto e pensar no que aconteceu e no que vai fazer, mas acho que já passou tempo demais.

Sinto que chegou o momento de falar consigo uma vez que não responde aos seus amigos.

Você não foi o único a perder alguém. Pode ter perdido o seu padrinho, mas eu também perdi o meu melhor amigo, o único que me restava e que tal como o seu pai, era como um irmão para mim. Tal como você, eu também sofro com a sua morte. Sei como é doloroso. Sei o que está a sofrer.

Se for como o seu pai, e acredito que seja, tenho a certeza que se culpa pela morte dele e isso tem de parar. Se há alguém que tem culpa, esse alguém chama-se Bellatrix Lestrange.

Não havia nada que pudesse ter feito para impedir a morte de Sirius. Ele escolheu sair do quartel da Ordem e ir até ao ministério para o salvar. Foi uma escolha dele, não sua. Ele sabia os riscos que corria ao ir atrás de você e mesmo assim a escolha dele foi sair para o salvar.

Não encha o seu coração com ódio. Pode demorar, mas garanto que será feita justiça e Bellatrix terá aquilo que merece.

Você era a coisa mais importante para Sirius. Se havia algo ou alguém por quem ele faria tudo, mesmo o impossível, e pelo qual se sacrificaria, esse alguém era você.

Tal como para você ele era um pai, para ele, você era o filho que ele nunca teve e que faria e fez de tudo para proteger. Nunca se esqueça disso.

Sempre que precisar de algo não hesite em me pedir. Sei que não fiz muito para que acontecesse, mas gostava que não me visse apenas como um professor e sim como um amigo, alguém com quem possa contar e desabafar sempre que precisar.

Tenho um grande carinho por você Harry, afinal é o filho e afilhado dos meus melhores amigos e eu sempre estarei presente e farei tudo o que puder por você.

Algo me diz que não responderá a esta carta e eu não tenho a certeza se a irá ler por isso amanhã, por volta da 11:40h, estarei aí para o ver.

 

Com carinho,

Remus Lupin

 

Harry terminou de ler a carta do seu professor que naquele momento se encontrava manchada com algumas lágrimas que derramara durante a sua leitura.

Lupin tinha razão. Não era o único que estava a sofrer. Ele perdeu o padrinho, mas o seu professor perdeu o melhor amigo e como tal também sofria.

Sirius faria de tudo para o proteger e sabia os riscos que corria quando saiu da Ordem, mas mesmo assim Harry continuava a sentir-se culpado. Se tivesse treinado oclumência Voldemort não teria entrado na sua mente e plantado a falsa visão e consequentemente, Harry não teria ido ao Ministério, colocando a si e aos seus amigos em perigo. Se não tivesse sido tão inconsequente, Sirius não teria saído da Ordem para o salvar e morrido.

Mas agora, não valeria de nada pensar em todos e se... Agora ele não podia fazer nada a não ser lamentar a morte do padrinho e fazer o possível para Bellatrix e Voldemort pagarem por tudo e a morte do padrinho e de tantos outros, como os seus pais, não terem sido em vão.

Amanhã o professor Lupin visitá-lo-ia e Harry poderia finalmente desabafar com alguém que entendia a sua dor.


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