Juvia mordeu o lábio inferior. Tudo o que sempre sonhara estava acontecendo. O que ela deveria fazer?

– Eu te amo... – Gray repetiu fazendo com que a maga virasse para ele. Ela tinha os olhos brilhando. Talvez por felicidade, talvez por emoção, talvez pelos resquícios das lagrimas que borravam seu rosto anteriormente.

– Juvia não sabe o que-

– Juvia, apenas escute. – ele pediu respirando fundo. - Quando nos enfrentamos pela primeira vez, senti que você era diferente. Eu não sabia o que era, nunca tive facilidade para lidar com sentimentos, sabe... E então, do seu jeito você foi ganhando cada vez mais espaço na guilda, conquistando amigos e se tornando parte da família. Percebi que você estava cada vez mais perto de mim. Sinto muito se não tenho te dado tanta atenção, mas é que toda essa confusão sentimental me deixa nervoso, odeio me sentir assim... Na ilha Tenrou, eu entendi que você era muito mais que uma nakama, eu não podia suportar a ideia de te perder. Eu ainda não posso. O que eu disse na festa do palácio – abaixou o olhar envergonhado – Eu realmente não sei como me desculpar, foi uma idiotice. Talvez eu não seja o cara certo pra você. Talvez Lyon seja, mas eu quero tentar. Preciso tentar. Juvia, me dá mais uma chance?

Com a respiração acelerada e limpando as lagrimas, aproximou-se do mago. Sorriu emocionada segurando as mãos tremulas do moreno.

– Juvia te aceita do jeito que é. Juvia te ama do jeito que é. Juvia não mudaria nada em você. – encolheu os ombros sorrindo mais abertamente.

– Juvia... – sussurrou não conseguindo segurar uma lagrima que caiu solitária de seu olho.

– Juvia não quer saber se Lyon ou qualquer outro é bom pra Juvia. Juvia sabe. Sabe que só será feliz com Gray-sama. – com a ponta do dedo limpou a lagrima do rosto do garoto.

Ele sorriu pegando-a no colo e, finalmente, selando seus lábios em um beijo apaixonado.

–-x—

– Você tá pronta? – perguntou abaixando a alça do vestido da garota.

– Sim. – sorriu confiante passando as mãos pequenas por toda a extensão do tórax bem trabalhado do rapaz. – Só vá devagar..

– Não faria nada que te machucasse, baixinha. – sussurrou sensualmente no ouvido dela para então, mordê-la.

Levy fechou os olhos com os contatos. Sentiu seu vestido ser jogado e abriu um do olhos para ver a cara extasiada do namorado.

– Você é realmente linda. – ouviu ele murmurar e corou furiosamente. Naquele dia, por algum motivo desconhecido, decidiu pôr um conjunto de langerie de um prata acinzado. – Lindas roupas.

Sorriu timidamente puxando o rosto dele para um beijo.

Gajeel levou as mãos ágeis para o feixe do sutiã e a garota sorriu internamente. Finalmente, seriam apenas um.

–-x—

Separaram-se ofegantes e corados. Não sabia o que pensar. Por Deus, havia acabado de beijar Natsu! Claro que já imaginara essa cena diversas vezes, mas nenhuma tinha sido tão boa!

– Ayee.. – ouviram a voz abafada do gato e só então perceberam que ele ainda estava amassado embaixo dos dois. Levantaram-se rapidamente pedindo desculpas. – Lucy quase me matooooou

Uma veia saltou da testa da loira. Por que aquele povo estava com a mania de chama-la de gorda? Estava muito feliz com seu peso e corpo, obrigada.

– Lucy é perfeita, Happy. Pare com isso. – surpreendeu-se ao ouvir Natsu dizer isso. Ele sorriu pegando em sua mão. – Vamos voltar à guilda. Tenho a sensação de que já acharam a Juvia.

“Juvia? QUE SE FODA A JUVIA! NATSU SE DECLAROU PRA MIM!!! “– esse foi o pensamento da loira.

Sorriu e assentiu. Ambos seguiram para fora do apartamento com um gato confuso logo atrás.

–-x—

Erza ainda estava corada e terminava o seu bolo silenciosa. Ainda pensava na conversa que havia tido com Jellal e principalmente no beijo.

– Aqueles não são Lucy e Natsu? – ouviu o garoto perguntar e olhou para a direção apontada. Seus olhos arregalaram-se.

– De mãos dadas...? – sussurrou surpresa. Será que os outros casais também tinham se acertado? Será que Juvia.... JUVIA! – AH MEU DEUS ESQUECI DELA!

O Fernandez a olhou assustado. Alias, todos do local a olharam dessa maneira.

– Erza...? – chamou meio temeroso. Ela o olhou e antes que pudesse dizer algo, o puxou pela mão arrastando-o cidade adentro.

Estavam quase chegando à Fairy Hills quando viram um casal fazendo algo muito suspeito. Aproximaram-se e quase caíram para trás.

– CANA?! LAXUS?! – gritou fazendo os dois se separarem imediatamente. Ela tinha os cabelos desarrumados, as roupas amassadas. Ele tinha marcas de batons por toda a extensão do pescoço, a camiseta meio levantada. – Desde quando vocês estão juntos?

– Fala mais baixo, mulher! Se meu pai nos pega, estamos ferrados! – Cana reclamou ajeitando suas vestes.

– Laxus está ferrado, né? – Jellal zombou ficando ao lado de Erza

– Hmmmm, Jellal. Vejo que cuidou direitinho da Erza – a morena riu maliciosa.

– Se veio procurar a Juvia, ela está na guilda aos beijos com o Gray – Laxus disse na lata – Agora, com licença, que vocês me atrapalharam – puxou a Alberona para outro canto e voltaram a se beijar.

– Juvia... Gray... beijos... O QUEEEE? – a ruiva pirou. Seus olhos ficaram desfocados e ela desmaiou. – Meu plano... tão lindo...

Jellal se desesperou. Pegou a ruiva no colo e saiu correndo em direção a guilda.

–-x—

Evergreen e Elfman resolveram dar uma escapadinha enquanto a guilda estava comemorando o novo casal. Foram para a parte de trás do edifício e seus queixos caíram.

Aos beijos e amassos, soltando gemidos abafados, estavam nada mais nada menos que Mirajane e Fried.

– MIRA-NEE? – o Homem berrou em uma mistura de surpresa e irritação.

– FRIED? – Ever não sabia o que falar. Já desconfiava, mas ainda assim estava surpresa.

Separaram-se em busca de ar – nem ouviram os gritos – e quando viraram para o lado quase caíram.

– ELFMAN? – a maga Take Over levou as mãos a boca. Tinha sido pega no flagra.

– Ever? – ouviu o namorado indagar surpreso. Espera...

– O que a Evergreen está fazendo com você? – Mirajane mudou sua expressão e uma energia negra começou a emanar dela – E o que vocês faziam aqui?

– O mesmo que você e o Fried estavam fazendo. – a auto denominada fada disse admirando suas unhas.

– Você não pode dizer nada, Mira-nee! Estava se agarrando com esse ai... Seja homem e assuma! – Elfman disse confiante.

– Esse ai é o namorado dela. – Fried retrucou calmo passando o braço na cintura da albina.

O outro casal abriu a boca mais surpresos ainda.

– Desde quando? – Ever indagou piscando os olhos.

– Três meses. – Mira respondeu sorrindo. – E quanto a vocês? – a aura negra voltou.

– Também estamos... namorando. – engoliu seco. Elfman segurou a mão da garota sorrindo nervosamente.

Mira ia falar alguma coisa quando avistou um Jellal desesperado com uma Erza desacordada nos braços.

– O que houve? – a jovem de cabelos brancos perguntou preocupada.

Jellal suspirou e tomou fôlego.

– Encontramos a Cana e o Laxus se agarrando em um canto perto da Fairy Hills e-

– O QUE? LAXUS E CANA? Mas ela não é digna de alguém como o Laxus! – Fried interrompeu indignado sendo calado por um soco de Mirajane que pediu que o outro continuasse.

– Bem, o Laxus disse a Erza que o Gray e a Juvia estavam se beijando na guilda e ela desmaiou falando algo sobre meu plano. – encolheu os ombros. – Ela ta meio pesada, sabe...

– Que ela não te ouça falando isso. – Ever riu enquanto os seis entravam na guilda.

– O que aconteceu com Erza-san? – Juvia correu até a ruiva assim que a viu.

Jellal teve vontade de chorar. Colocou-a deitada em uma mesa qualquer e começou a falar novamente.

– Encontramos a Cana e o Laxus se agarrando em um canto da Fairy Hills e-

– CANA E LAXUS? – um coro foi ouvido pela guilda.

– O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA FILHINHA? – Gildarts apareceu do nada segurando o jovem loiro pelo colarinho da camiseta.

– QUAL A PARTE DO MEU PAI NÃO PODE SABER VOCÊ NÃO ENTENDEU? – Cana gritou tentando soltar o namorado das mãos perigosas do pai.

– Ahh, vocês já voltaram... – murmurou sem graça passando as mãos no cabelo.

– Juvia... Gray... Beijos... – Erza acordou vendo toda aquela bagunça – Meu plano...

– Ah, Erza-san acordou! Juvia está tão feliz! – sorriu contente ajudando a mulher a sentar.

Crec. Esse foi o som da mesa quebrando quando a ruiva se sentou. Silencio mortal.

A porta da guilda é aberta.

– Por que a guilda está calada? – perguntou confuso, olhou para o lado e começou a rir – ERZA GORDA QUEBROU UMA MESA!

Um soco. Uma pessoa voando. Um brilho no céu.

– NAAAAAAATSU! – Lucy gritou parada na porta olhando seu amado voando pelo infinito.