A menina que não sabia chorar escrita por Ella


Capítulo 6
Rumo ao cemitério


Notas iniciais do capítulo

Não pise em uma cova, a morte está abaixo de você.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/492377/chapter/6

Depois da festa, fomos para casa. Carrie iria dormir na minha casa, era de manhã quando mamãe nos acordou para tomar café. Depois de tomamos café, fomos nos arrumar, pois iriamos ao clube. Eu coloquei o meu biquíni e fomos. Chegando no clube Austin estava lá e ele veio falar comigo.

– Oi Becca, você foi embora cedo ontem, eu te procurei por todo parte e não te achei.

– É eu fui, mas e você, está melhor?

– Sim estou, obrigado. Você vem sempre aqui no clube?

– Não é a minha primeira vez, e você?

– Os meus pais são os donos daqui.

– Ah é? Eu não sabia, puxa deve ser legal né?!

– É, mais ou menos. Então quando vamos começar nosso trabalho?

– Pode ser amanhã atarde?

– Tá, tudo bem. Então até.

– Até.

Depois que Austin saiu, eu e Carrie ficamos na piscina nadando, até o clube fechar. Na volta para casa, passamos em frente ao cemitério. E o menino não estava lá. Chegando em casa, fomos tomar banho e jantar. Naquela noite eu iria descobrir quem era aquele menino.

– Carrie, eu irei sair, se mamãe chegar coloque umas almofadas na cama com a coberta em cima e diga que estou dormindo.

– Becca, você está louca? Aonde você vai essa hora?

– Não está tão tarde, eu vou ao cemitério procurar por aquele menino.

– Não está tarde? São duas e vinte e três da manhã, ao cemitério? Qual o seu problema?

– Vai ficar tudo bem, eu irei voltar, não se preocupe.

– E se você não voltar, o que direi a sua mãe?

– Você sabe que eu sempre cumpro o que digo né?

– Tome cuidado Becca.

– Eu tomarei.

Então eu fui rumo ao cemitério, era um pouco longe da minha casa, então fui até a garagem e peguei uma bicicleta. Eu me sentia livre com aquele vento batendo no meu rosto. Eu estava na esperança de encontrar o tal menino no cemitério, mas eu sabia que ele estaria lá, aliás todas as noites ele está lá.

Chegando em frente ao cemitério ele estava lá, eu fui chegando de fininho para ele não perceber. Até que eu cheguei por trás dele e disse.

– Eu não saio daqui até descobrir por que todas as noites você está aqui.

– Qual o seu problema? Eu não posso ficar aqui?

– Poder pode, mas tem que ter um motivo e eu quero saber.

– As estrelas.

– O que tem elas?

– Elas me fascinam e me fazem ficar aqui observando-as.

– Você está drogado?

– Porque eu estaria?

– Não é normal alguém sair de casa a essa hora para ver estrelas.

– Mas eu sou normal, e não estou drogado. Por que está aqui?

– Porque eu queria saber o motivo de você estar aqui.

– Você é bastante curiosa para uma menina de 16 anos Becca.

– Nós nos se conhecemos? Como você sabe meu nome e minha idade? Eu te conheço?

– Tantas perguntas e poucas respostas, eu ouvi no dia que você estava aqui com a sua amiga.

– Você sabe meu nome e minha idade, agora quero saber sobre você.

– Tenho 17 anos e me chamo Petter, satisfeita?

Petter, era o seu nome, ele era um dos meninos mais lindos que eu já tinha visto. Ele era mais lindo que o Austin. Petter tinha os lábios finos e delicados, sua pele era lisa como seda. Seus olhos eram castanhos escuros e sua pele era branca. Seus cabelos eram lisos e brilhosos.

– Seus pais sabem que você sai a essa hora da noite?

– Os seus sabem?

– Não, eles não desconfiam, mas e você?

– Também não.

– O que tem de tão interessante em ver estrelas?

– Venha, vou lhe mostrar.

Então deitamos na grama e ficamos observando as estrelas, e ele realmente tinha razão, elas me fascinaram.

– Elas são extremamente perfeitas e fascinantes.

– Eu disse.

Então ficamos lá por horas.

– Ah Deus, está amanhecendo, Carrie deve estar preocupada.

– Você já vai?

– Sim, você não vai?

– Irei ficar um pouco mais.

– Tudo bem, então amanhã eu volto tá?

– Tá, eu te espero.

Então ele me deu um beijo no rosto. Eu estava voltando para casa lembrando daquele beijo, e não consegui parar de lembrar.

Eu guardei a bicicleta na garagem, subi o muro e entrei no meu quarto pela janela. Carrie estava dormindo, ela me viu chegar e levantou em um pulo perguntando o que aconteceu e porque eu demorei, então eu disse.

– Eu disse que iria voltar.

– Você me deixou morta de preocupação.

– Está tudo bem, eu voltei, e pude ver melhor o rosto do Petter.

– Vocês conversaram? O que aconteceu? Becca cuidado, vai que ele é um noiado, drogado, ladrão, estuprador, maniaco ou algo do tipo.

– Eu vejo nos olhos dele que ele não é isso. Vamos dormir, amanhã te contarei tudo, estou bastante cansada.

Então eu sonhei com Petter, mas se eu contar o que aconteceu no sonho, tenho que te matar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A menina que não sabia chorar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.