Ah Deus, não creio, não creio que Austin Walker me beijou, o único problema era que eu não queria aquele beijo. Sei que muitas meninas iriam se descabelar por ter descobrir que ele me beijou, mas foi só um beijo e isso não significa nada.

Depois do beijo eu disse que tinha que procurar Carrie e sai sem mais sem menos. Eu não sabia onde Carrie estava eu liguei para o celular dela, mas ela não atendia, eu estava ficando preocupada, o que poderia ter acontecido com ela? Sua primeira festa e ela já desaparece. Até eu entrar em um outro quarto e a encontrar aos beijos com uma pessoa.

Bom, Carrie não tinha me contado se ela já ficou com algum menino, mas quando abri a porta e a vi, acho que ela não estava interessada em meninos, mas sim meninas. Carrie estava beijando Lindsay Hall à garota mais desejada da escola, Lindsay era líder de torcida, e eu não imaginava que, como posso dizer. Ela gostasse de meninas, mas tudo bem. Elas me fizeram prometer que eu não contaria nada a ninguém, pois se o pai da Lindsay descobrisse, ela imaginaria as piores coisas que o pai poderia fazer com ela.

Lindsay queria segredo total, não só pelo pai, mas pela humilhação que ela iria sofrer na escola por todos, então eu jurei que não iria contar nada, e não vou.

Depois do que aconteceu, eu e Carrie fomos para casa, ela iria dormir na minha casa, pois os pais delas estavam viajando. Quando estávamos no carro, eu contei para Carrie o que tinha acontecido.

– Então ele te beijou? Você tá brincando né?

– Não, ele me beijou, bom eu disse "Eu estou aqui" e ele me lascou um beijo.

– Ainda não estou acreditando que você beijou o Austin, imagina se a escola toda descobre.

– Carrie, você não pode contar a ninguém, isso fica aqui.

– Tá, tudo bem a minha boca é um tumulo.

Quando estávamos no carro, passamos na frente do cemitério da minha casa, e lá eu vi um menino no cemitério. Achei estranho, mas eu não iria conseguir dormir sem saber o que ele fazia lá. Eu não conseguia ver o rosto dele direito, porque estava muito escuro.

– Vamos Carrie, qualquer coisa a gente corre.

– Eu não, vou ficar aqui, no caso... no caso... é...

– Você não está com medo está?

– M... Medo? Eu? Ne.. nem um pouco, po.. pode ir eu fico aqui no caso de alguém querer roubar o carro.

Então ela ficou dentro do carro me esperando.

Eu sai do carro curiosa, eu não estava com nem um pouco de medo, diferente da Carrie, eu estava acostumada, no meu antigo bairro eu sempre tinha as minhas fugas da noite, e elas me fizeram perder o medo querendo ou não.

Eu pulei o muro do cemitério, e o tal menino estava de costas para mim, até o momento de eu perguntar:

– Não está um pouco tarde para você está em cemitério há essa hora?

Ele não virou. Então Carrie me gritou.

– Vamos Becca, a policia está vindo e eu não quero ir para delegacia por dirigir alcoolizada.

– Já estou indo, só um momento!

Eu tinha virado para ouvir Carrie, mas quando virei de novo para falar com o menino ele não estava mais lá.

Chegando em casa eu estava exausta da festa. Então tomei meu banho e fui dormir. No outro dia eu iria para casa da Carrie, porque ela não queria ficar sozinha.

Eu não fui dormir tranquila aquela noite, eu não parava de pensar naquele menino do cemitério, eu queria porque queria saber o motivo de ele estar lá, mas eu não vou morrer até descobrir porque ele estava lá.

Se não, não me chamarei Rebecca Green.